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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

BOLETINS DO PADRE REGINALDO MANZOTTI - 2019

  Boletim do dia 09 de Janeiro

Filhos e filhas, 

Já estamos na segunda semana de 2019, acredito que já tenha traçado suas metas e objetivos para esse novo ano e, aqui, chamo atenção para um aspecto importante de nossa vida que não pode ser esquecido: nossa vida espiritual.

Antes de tudo, devemos dar graças ao Senhor e confiar a Ele nossas preocupações por meio de nossas orações, conforme São Paulo recomenda: “Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias, apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças” (Fl 4,6).

Depois, devemos deixar que o Espírito Santo nos conduza, tendo como farol a Igreja, que nos ensina como mãe e mestra, e nos faz recordar de tudo o que Jesus disse, nos educando para a vida de fé.

Colocado isso, sugiro dicas práticas para termos um ano rico espiritualmente:

- Não é possível ter fé sem conhecer a Palavra de Deus. Procure estimular a fé através de leitura Bíblica e artigos religiosos, assista a filmes de histórias bíblicas. Pesquise sobre a vida dos santos.

- Tenha disciplina na oração. Crie um espaço e o hábito de oração diária. Não se preocupe em se dirigir a Deus com palavras difíceis ou muitas palavras. Ele nos conhece e sabe o que vai em nosso coração. Nenhuma oração passa despercebida ao seu conhecimento, porque Ele nos ama. Se não somos atendidos como queríamos, somos atendidos como necessitamos.

Nenhuma oração se perde, todas as preces chegam a Deus, mesmo quando não sabemos o que é essencial a nós suplicar no momento. Sobre isto São Paulo nos tranquiliza ensinado que: “Da mesma forma, o Espírito vem em socorro de nossa fraqueza. Pois não sabemos o que pedir nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis” (Rm 8,26).

- Exercite a caridade. Fé e caridade caminham juntas, conforme adverte São Tiago: “Se alguém diz que tem fé, mas não tem obras, que adianta isso? Por acaso a fé poderá salvá-lo? Por exemplo: um irmão e uma irmã não têm o que vestir e lhes falta o pão de cada dia. Então, alguém de vocês diz para eles: ‘Vão em paz, aqueçam-se e comam bastante’. No entanto, não lhes dá o necessário para o corpo. Que adianta isso?”. Assim também é a fé: sem as obras ela está completamente morta. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras. “Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras” (Tg 2,14-18).

- Obediência a Deus. A característica fundamental da fé é a obediência, a submissão a Deus e à Sua verdade revelada. “Quem diz que conhece a Deus, mas não cumpre os Seus mandamentos, é mentiroso e a verdade não está nele. (1Jo 2,4).

- Mantenha a confiança no Senhor. Lembre-se que Ele nos ama e nos amou primeiro (1Jo 4,19). A esperança deve ser renovada e fortalecida. A esperança nos impulsiona a dar um passo a mais no crescimento espiritual e não nos deixa desanimar mesmo em meio às maiores tribulações.

- Participe dos sacramentos. A fé é alimentada dentro da Igreja, sobretudo, na participação dos sacramentos da confissão e da comunhão.

- Seja ousado na fé. Às vezes, por timidez ou pelo fato de estarmos condicionados a uma rotina, deixamos de arriscar e não tomamos posse daquilo que Jesus nos oferece.

- Respeite todas as religiões, mas seja firme na sua. Quem segue muitas, não vivencia nenhuma.

Se assim fizermos, teremos ao final do ano um coração abrasado de amor e muito mais próximo de Deus.

Deus os abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti

Boletim do dia 20 de Fevereiro

Filhos e filhas, 

Nessa semana, no Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, começamos uma novena suplicando: Jesus, pelas Vossas Santas Chagas, lavai-nos, purificai-nos, perdoai-nos e seremos salvos. Serão nove terças-feiras nesse pedido, quem puder, pode acompanhar pela TV Evangelizar às 12h.

O perdão, filhos e filhas, nos purifica, nos lava e principalmente nos liberta. É um mandamento de Jesus e nós somos constantemente perdoados por Deus, que nos amou primeiro. E, porque somos perdoados e amados por Deus, devemos também perdoar. Mas sejamos honestos, ao perdoar não agimos só movidos por amor, por complacência ou benevolência, perdoamos porque foi isso que Jesus nos pediu.

Quem se fecha à graça do perdão fica preso ao passado, à dor, à magoa, à raiva e, às vezes, até ao desejo de vingança, sentimentos tóxicos que acabam bloqueando o futuro. Além disso, podem gerar doenças psicossomáticas, pois reduzem a imunidade do organismo e abrem espaço para as enfermidades oportunistas.

Há, também, aqueles que acham difícil perdoar, porque ainda não entenderam que perdoar não se trata de desculpar ou minimizar a ofensa sofrida e fingir que nada aconteceu. Agir dessa forma significa mascarar o problema, como colocar um curativo em cima de uma ferida que ainda contém sujeira. Ela pode até aparentar estar cicatrizada, mas, por baixo da casca, a infecção permanece.

Insisto: a ferida precisa ser raspada, sangrada, para haver cicatrização. Desculpar não é perdoar, e o perdão só cura quando reconhecemos a dor, conversamos sobre a ofensa e, apesar de admitir ao outro que ele agiu mal e nos machucou, escolhemos não alimentar a tristeza, não guardar ressentimentos e, em Deus, perdoamos suas fraquezas e limitações.

Quando se perdoa, não se esquece. A memória do que passamos não se apaga e nem Deus pede que a apaguemos, mas, se no momento em que lembrarmos daquilo que nos fizeram, o sentimento que brotar for mágoa ou dor, é sinal de que não houve perdão.

Quando perdoamos de fato, a lembrança daquilo que foi cometido contra nós deixa de ter poder destrutivo e não desperta mais emoções negativas, dando-nos força para prosseguir. Já os que não trilham esse caminho, tendem a se tornar agressivos e vingativos.

Não guardemos magoas, não fiquemos rancorosos, não azedemos nossa alma, porque a ausência do perdão bloqueia até a oração. Toda a pessoa que tem muita dificuldade de rezar devia se perguntar, se não está com excesso de mágoa, de inimizade? Qual a relação? É bíblico: “Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta”. (Mt 5,23-24)

Então, a falta de perdão causa um bloqueio em nossa comunhão com Deus e com o irmão. Na verdade, somente perdoa quem entendeu o valor do perdão recebido de Deus. Quanto mais uma pessoa vive a experiência desse amor e perdão, maior é a sua capacidade de perdoar.

O perdão cura, liberta e propicia crescimento pessoal e espiritual.

Deus os abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti

Boletim do dia 23 de Janeiro

Filhos e filhas, 

Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38).
Esse é o tema da JMJ que está acontecendo no Panamá até o próximo dia 27 de janeiro. Desde já colocamos em oração todo o evento, que o Espírito Santo ilumine todos os envolvidos, principalmente os jovens, para que sejam fortalecidos na esperança e na construção de um mundo mais justo e generoso.
O Papa Francisco em sua mensagem para a Jornada Mundial da Juventude 2019 chama os jovens para, como Maria, escutar a voz do Senhor e responder com um sim audaz e generoso porque não existe vocação ao egoísmo. O próprio Jesus nos ensina que os principais mandamentos são amar a Deus com todo o seu coração, alma e entendimento e ao próximo como a ti mesmo (cf. Mt 22,36-39).
Nossa generosidade, pedida pelo Papa Francisco aos jovens e a todos nós, deve ser exercitada em nosso cotidiano, a quem encontrarmos em necessidade, como nos ensina Jesus na parábola do Bom Samaritano (cf. Lc 10,25-37). Deus nos faz um apelo para que sejamos como Jesus, o Bom Samaritano, por excelência.
No texto da parábola o interlocutor de Jesus pergunta sobre quem é o próximo. Sejamos sinceros: se pudéssemos escolher nosso próximo e o momento de fazer a caridade seria mais fácil. Entretanto, o próximo se impõe e a necessidade do outro não escolhe horário.
O “próximo” não somos nós que escolhemos, é a vida que nos interpõe. Ninguém pode escolher seu “próximo”, é o momento que nos traz. Podemos estar saindo para comprar pão e o “próximo” estar ali entre a casa e a panificadora. Às vezes, o próximo se coloca em nossa vida como se colocou na vida do sacerdote que virou as costas e foi embora, na vida do levita que também passou e não se comoveu.
Nós devemos aprender com Jesus que é o Bom Samaritano! Quando Ele conta a Parábola está falando isso, somos chamados a sermos hoje e sempre Bons Samaritanos. Fico pensando naquele homem que apanhou dos ladrões e foi deixado, todo machucado, quase morto e, Jesus diz que o samaritano o levou para a hospedaria.
Jesus é aquele que é capaz de passar pelos caminhos e acolher aqueles que estão precisando de misericórdia. Ele os leva para a hospedaria, que é seu coração. Conforta-me pensar que Jesus age dessa forma, recolhendo aqueles que caíram, e se perderam, porque se não nos cuidarmos nos perdemos.
Por isso, quanto mais pudermos sejamos misericordiosos. Perdoemos mais. Se alguém nos fez alguma ofensa, perdoemos. Quando tivermos oportunidade de revidar, não revidemos. Se alguém nos fizer mal, nos fizer desaforos e tivermos oportunidade de passar para a frente, falar mal, mesmo que estejamos cobertíssimos de razão, é nessa hora que somos chamados a dizer: “Não, eu não vou falar. Eu vou relevar”. Isso conta pontos no céu e Deus agirá dessa forma conosco.
Sempre fique com essa imagem: “Eu quero ser o Bom Samaritano”. A compaixão é uma atitude tão profundamente humana quanto divina, por isso, deixemo-nos amar pelo Bom Samaritano e amemos nosso próximo como Bom Samaritano.
Deus os abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

Boletim do dia 30 de Janeiro 

Filhos e filhas, 
Ainda início de ano, tempo de reflexão, de tomada de decisão sobre como viver 2019 Eu digo uma coisa, não importa o que decidir, se colocar Jesus como seu companheiro para todas as horas, certamente a caminhada será mais leve.
Antes que me responda que Jesus já está na sua vida, eu o convido a pensar: Você já fez o encontro verdadeiro com Jesus? Aquele encontro que muda tudo? Muitas pessoas estão tomadas por sentimentos negativos, com feridas na alma que as levam a acreditar que a situação em que se encontram não tem mais jeito e a depressão toma conta de suas vidas.
Será que não estão precisando de um encontro verdadeiro com Jesus? Com muita insistência nosso querido Papa Francisco tem nos exortado ao “encontro” com Jesus. Um encontro capaz de nos curar e transformar nossas vidas.
O relacionamento com Jesus cura a visão da nossa própria existência e esta adquire um novo sentido. Quem faz essa experiência do “encontro” fica tão preenchido de Jesus que não consegue reter só para si a graça, a alma, o coração curado se torna um coração evangelizador.
Um exemplo, que chama a atenção para a importância do nosso encontro pessoal com Jesus, encontra-se no Evangelho de São João: “No dia seguinte, Jesus decidiu partir para a Galileia. Encontrou Filipe e disse: “Siga-me.” Filipe era de Betsaida, cidade de André e Pedro. Filipe se encontrou com Natanael e disse: “Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei e também os profetas: é Jesus de Nazaré, o filho de José.” Natanael disse: “De Nazaré pode sair coisa boa?” Filipe respondeu: “Venha e você verá.” Jesus viu Natanael aproximar-se e comentou: “Eis aí um israelita verdadeiro, sem falsidade.” Natanael perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe chamasse você, eu o vi quando você estava debaixo da figueira”. Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel!” Jesus disse: “Você está acreditando só porque eu lhe disse: ‘Vi você debaixo da figueira’?” No entanto, você verá coisas maiores do que essas. E Jesus continuou: “Eu lhes garanto: vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.” (Jo 1,43-51)
Jesus chama Filipe para segui-lo e que atitude linda, Filipe foi correndo a Natanael e disse: encontramos... é Jesus de Nazaré. (cf. Jo 1,45) Havia no coração de Filipe e Natanael um desejo de encontro. Eles estavam buscando, procurando Aquele que iria fazer toda a diferença e, bastou Filipe olhar para Jesus, um olhar tão profundo que deu a ele a certeza de que era Jesus.
E nós, o que buscamos? Será que percebemos que, talvez, estejamos buscando coisas erradas? Será que buscamos Jesus atrás da vã glória, sem cruz? Não existe Jesus sem cruz. Ninguém consegue chegar em Jesus Cristo, mesmo na Sua glória sem abraçar as Suas chagas.
Então, o nosso encontro com Jesus já aconteceu? Natanael saiu “debaixo da figueira” e, no contexto, esse lugar expressa estar diante de Deus em oração, mas o movimento de sair é muito importante, significa uma ação, um interesse, um querer mudar, se desinstalar para conhecer o Messias e deixar-se transformar por Ele.
Com certeza não há quem, em dado momento da vida não tenha ouvido falar de Jesus e este anúncio para quem O busca e O deseja faz toda a diferença. Muitas pessoas que ouvem falar de Jesus, no princípio se aproximam Dele por curiosidade, mas quando começamos a conhecê-Lo melhor, passamos a ter intimidade com Ele, somos envolvidos por seu imenso amor.
Esse encontro nos transforma, nos muda total e inteiramente, a ponto de as pessoas que nos cercam reconhecerem a mudança em nosso jeito de ser e agir.
Jesus não nos força a nada, não arromba nosso coração, mas quando damos pelo menos uma brechinha Ele entra lentamente em nossa vida, realiza maravilhas e quando percebemos já não conseguiremos viver sem Ele.
Que em 2019, escolhamos sempre permanecer com Jesus.
Deus os abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

Boletim do dia 20 de Fevereiro

Filhos e filhas, 

Nessa semana, no Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, começamos uma novena suplicando: Jesus, pelas Vossas Santas Chagas, lavai-nos, purificai-nos, perdoai-nos e seremos salvos. Serão nove terças-feiras nesse pedido, quem puder, pode acompanhar pela TV Evangelizar às 12h.
O perdão, filhos e filhas, nos purifica, nos lava e principalmente nos liberta. É um mandamento de Jesus e nós somos constantemente perdoados por Deus, que nos amou primeiro. E, porque somos perdoados e amados por Deus, devemos também perdoar. Mas sejamos honestos, ao perdoar não agimos só movidos por amor, por complacência ou benevolência, perdoamos porque foi isso que Jesus nos pediu.
Quem se fecha à graça do perdão fica preso ao passado, à dor, à magoa, à raiva e, às vezes, até ao desejo de vingança, sentimentos tóxicos que acabam bloqueando o futuro. Além disso, podem gerar doenças psicossomáticas, pois reduzem a imunidade do organismo e abrem espaço para as enfermidades oportunistas.
Há, também, aqueles que acham difícil perdoar, porque ainda não entenderam que perdoar não se trata de desculpar ou minimizar a ofensa sofrida e fingir que nada aconteceu. Agir dessa forma significa mascarar o problema, como colocar um curativo em cima de uma ferida que ainda contém sujeira. Ela pode até aparentar estar cicatrizada, mas, por baixo da casca, a infecção permanece.
Insisto: a ferida precisa ser raspada, sangrada, para haver cicatrização. Desculpar não é perdoar, e o perdão só cura quando reconhecemos a dor, conversamos sobre a ofensa e, apesar de admitir ao outro que ele agiu mal e nos machucou, escolhemos não alimentar a tristeza, não guardar ressentimentos e, em Deus, perdoamos suas fraquezas e limitações.
Quando se perdoa, não se esquece. A memória do que passamos não se apaga e nem Deus pede que a apaguemos, mas, se no momento em que lembrarmos daquilo que nos fizeram, o sentimento que brotar for mágoa ou dor, é sinal de que não houve perdão.
Quando perdoamos de fato, a lembrança daquilo que foi cometido contra nós deixa de ter poder destrutivo e não desperta mais emoções negativas, dando-nos força para prosseguir. Já os que não trilham esse caminho, tendem a se tornar agressivos e vingativos.
Não guardemos magoas, não fiquemos rancorosos, não azedemos nossa alma, porque a ausência do perdão bloqueia até a oração. Toda a pessoa que tem muita dificuldade de rezar devia se perguntar, se não está com excesso de mágoa, de inimizade? Qual a relação? É bíblico: “Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta”. (Mt 5,23-24)
Então, a falta de perdão causa um bloqueio em nossa comunhão com Deus e com o irmão. Na verdade, somente perdoa quem entendeu o valor do perdão recebido de Deus. Quanto mais uma pessoa vive a experiência desse amor e perdão, maior é a sua capacidade de perdoar.
O perdão cura, liberta e propicia crescimento pessoal e espiritual.
Deus os abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

Boletim do dia 13 de Março

Filhos e filhas, 

Já é Quaresma, estamos na primeira semana deste tempo que nos suscita oração, jejum e caridade. Nas homilias e pregações que fiz, já dei algumas pistas de como bem aproveitar esse tempo de reconciliação e no tempo apropriado o farei aqui também.
Hoje, quero destacar uma festa muito importante para a Igreja e todos os fiéis, a Festa de São José, esposo da Virgem Maria, celebrada no próximo dia 19. Aqui na Obra Evangelizar É Preciso teremos uma programação especial para o Patrono da Igreja e protetor da Obra. Todos poderão acompanhar tanto pelo rádio, quanto pela TV.
Tenho muita devoção a São José e cada vez mais aprendo com esse grande santo. São José é apresentado como um homem justo que observa a lei, um trabalhador, humilde e apaixonado por Maria, como nos ensinou Papa Francisco.
Diante do incompreensível, São José prefere colocar-se de lado, mas depois Deus lhe revela a sua missão. E assim José abraça a sua tarefa, o seu papel, e acompanha o crescimento do Filho de Deus, sem julgar. Ele ajudou Jesus a crescer, a se desenvolver. Assim procurou um lugar para que o filho nascesse; cuidou dele; ajudou-o a crescer; ensinou-lhe a profissão e certamente muitas outras coisas.
Em todos lugares procuro ter uma imagem de São José dormindo, propago o que aprendi com o Papa Francisco: “Eu gostaria de dizer a vocês também uma coisa muito pessoal. Eu gosto muito de São José porque é um homem forte e de silêncio. No meu escritório, eu tenho uma imagem de São José dormindo, e dormindo, ele cuida da Igreja. Quando eu tenho um problema ou uma dificuldade, e o escrevo em um papelzinho e o coloco embaixo da imagem de São José, para que ele sonhe sobre isso. Isso significa: para que ele reze por este problema”.
São José, mesmo dormindo continua intercedendo por nós, pelas famílias e pela Igreja. O culto a São José começou no século IX e um dos primeiros títulos que utilizaram para honrá-lo foi “nutritor Domini”, que significa “guardião do Senhor”. Ele ainda é o padroeiro da Igreja Universal, da boa morte, das famílias, dos pais, das mulheres grávidas, dos viajantes, dos imigrantes, dos artesãos, dos engenheiros e trabalhadores. E também é padroeiro das Américas, Canadá, China, Croácia, México, Coréia, Áustria, Bélgica, Peru, Filipinas e Vietnã.
Todos os anos faço, no programa "Experiência de Deus", a novena ‘São José, providenciai’ e sempre recebo muitos testemunhos antes mesmo da novena terminar, mas esse ano foi surpreendente, já no primeiro dia uma filha de Deus testemunhou uma graça alcançada.
Por isso, compartilho com vocês a oração da novena:
"Ó glorioso São José, a quem foi dado o poder de tornar possíveis as coisas humanamente impossíveis, vinde em nosso auxílio nas dificuldades em que nos achamos. Tomai sob a vossa proteção a causa que vos confiamos, para que tenha uma solução favorável.
(faça o seu pedido)
Ó São José muito amado, em vós depositamos toda nossa confiança. Já que tudo podeis junto a Jesus e Maria, mostrai-nos que a vossa bondade é igual ao vosso poder.
São José, a quem Deus confiou o cuidado da Sagrada Família, protegei, amparai e providenciai esta causa que peço agora.
Saúde física e psíquica… São José, Providenciai.
Emprego…
Cura das feridas da alma…
Harmonia na vida familiar…
Restauração do Matrimônio…
Solução na justiça…
Amparo na velhice…
O pão nosso de cada dia…
Estabilidade na vida financeira…
(coloque outras causas para São José, providenciai)
São José, alcançai-nos a graça de vivermos e morrermos no amor de Jesus e Maria.
São José, providenciai!
São José, providenciai!
São José, providenciai!"
Oremos: Deus, em vossa Providência, infinitamente sábia, escolheu São José para esposo da Virgem Santíssima. Concedei-nos que aquele mesmo que veneramos como protetor, mereçamos tê-lo no céu por nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

Boletim do dia 03 de Abril

Filhos e filhas, 

Estamos na semana do Retiro Nacional Evangelizar é Preciso, já em sua VII edição. E para já nos prepararmos, escolhi o assunto da oração para esta mensagem, pois o tema do Retiro esse ano é “A Força da Oração” e o lema “Tudo o que pedirdes com fé na oração, recebereis” (Mt 21,22).
A oração é uma mão de duas vias, nós falamos, nós calamos, Deus nos fala, nós ouvimos. Porém, na maioria das vezes, para nós a oração é “eu falo, eu desabafo, Deus escuta”. Só que Deus também quer falar e não deixamos. Não esperamos para ouvi-Lo.
Na oração deve haver um diálogo silencioso e amoroso entre Deus e nós, o amante e o amado. Tomemos por exemplo um casal apaixonado. Às vezes, não precisam falar muito com palavras, pois se falam com o olhar. O amor se expressa pelos olhos. É tão bonito o amor. Quem nunca amou na vida vai morrer sem ter conhecido um dos grandes milagres de Deus, porque o amor verdadeiro é sublime.
O amor entre a alma e o amado, Deus. É o que diz São João da Cruz, num poema:
“Oh! Feliz ventura
Sair, indo à procura do amor,
do meu Amado! ”
Nas Sagradas Escritura é só ler o Livro do Cântico dos Cânticos para entender o que é uma alma apaixonada por Deus.
Santa Tereza D’Avila nos ensina: “assim se espera na oração, ao meu ver é um comércio interior de amizade em que nós conversamos a sós com Deus, com esse Deus, que nós sabemos sermos amados, a oração busca do coração que é como o desejo de encontrar o amado”.
É isso que a oração faz, não tem água morna para quem reza, não tem só “mais ou menos”. Se nós conseguíssemos um pouquinho, uma centelha desse amor, uma faísca desse amor do Espírito Santo em nosso coração, então nossa oração seria fervorosa, nós gostaríamos de estar mais na presença do amor que é Deus, porque nossa alma sente necessidade.
O vazio que muitos sentem que não tem bem material que preencha, nem joia, nem roupas de grife. Esse vazio só Deus preenche, esse vazio é o lugar de Deus. A oração transfigura, a oração transcende, a oração muda, a oração converte, a oração verdadeira nos impulsiona.
Muitas vezes, nossas orações não estão sendo qualificativas, nós estamos sendo mecânicos, ritualistas, cumpridores e observadores, mas não estamos deixando nos tocar por Deus. Está sendo um caminho de ida, mas não há o caminho de volta. Não porque Deus não quer, porque não deixamos, nós não O escutamos
Na mesma proporção que nos dedicamos a cuidar do corpo, devemos dedicar a cuidar do espírito. Se, na mesma proporção, buscamos manter a sobrevivência do corpo, buscássemos manter a sobrevivência da alma não seríamos tão doentes espiritualmente, desnutridos, desesperados e desgastados. Por isso, insisto tanto na disciplina, no reservar um momento para a intimidade com Deus.
É isso que gostaria de propor e exercitar com todos no VII Retiro Nacional Evangelizar é Preciso, pois a oração é nosso combustível para a caminhada.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

Boletim do dia 18 de Setembro

Filhos e filhas, 

Estamos nos aproximando do dia de São Pio de Pietrelcina, na próxima segunda-feira, dia 23. E, pela primeira vez, estamos fazendo a novena em honra ao intercessor da Obra Evangelizar, no programa Experiência de Deus. Tenho certeza que muitos testemunhos chegarão.
São Pio é um santo moderno, faz 20 anos que foi canonizado e temos muito o que aprender com ele. Nesta mensagem, quero destacar a intimidade dele com Deus. São Pio desde de criança deixou-se atrair por Deus e ao longo da vida foi estreitando os laços, tornando-se um santo.
Quem dera se nós também, um dia, tivéssemos tamanha intimidade com Deus, assim como São Pio. Mas, filhos e filhas, precisamos primeiramente nos encontrar com Ele, pois nossa felicidade, nossa vida plena só encontramos em Jesus Cristo. Não adianta buscar em outro lugar ou pessoa.
Podemos encontrar Jesus e não ser mais um serviçal, ser como Ele mesmo nos chamou “amigos”. Ninguém é servo de Jesus. Somos amigos e foi Ele quem nos autorizou e confirmou esta amizade (cf. Jo 15,15). Essa experiência pessoal com Jesus é fundamental, e é ela que traz a alegria de Deus.
Lembremos de Natanael (cf. Jo 1,43-51): “Eu te vi embaixo da figueira”. Isso é lindo demais, esse olhar de Jesus, que é profundo. Basta esse olhar para transformar corações. Como Natanael podemos nos perguntar: De onde Jesus me conhece? A resposta de Jesus certamente será: “Eu te vejo, eu te conheço antes que você me conhecesse; eu te encontrei antes mesmo de você me encontrar, eu te amei antes de você me amar!”
Você já foi olhado por Jesus? Ou melhor, você já olhou nos olhos de Jesus, quando está diante do Santíssimo? Isso é de um valor incomensurável. Se ajoelhar em frente do Sacrário e fazer como Santa Teresinha de Lisieux: “Jesus, tua menina chegou, tua menina está aqui”, não precisa nem rezar, somente se colocar sob o olhar de Jesus. Se sentir vontade de chorar, chore. Se sentir vontade de cantar, cante. Se não sentir vontade de fazer nada, não faça. Apenas saber que está sob o olhar de Jesus, basta.
Jesus nos olha com amor (cf. Mc 10,21). Você já sentiu esse olhar de Jesus que diz: “Eu te amo!”? Esse olhar de Jesus muda toda a nossa vida e nos leva a uma experiência de amor tão grande que faz nos apaixonar por Ele a ponto de afirmar: “Jesus é meu amado, é a razão da minha vida!”
Com certeza, São Pio, sentiu esse olhar de Jesus e por isso rezava aquela oração que rezo e até fiz questão de cantar, Fica Senhor Comigo. Convido a acessar as plataformas digitais, ouvir e rezar essa lindíssima oração:



Fica Senhor comigo, pois preciso da tua presença para não te esquecer.
Sabes quão facilmente posso te abandonar.
Fica Senhor comigo, porque sou fraco e preciso da tua força para não cair.
Fica Senhor comigo, porque és minha vida, e sem ti perco o fervor.
Fica Senhor comigo, porque és minha luz, e sem ti reina a escuridão.
Fica Senhor comigo, para me mostrar tua vontade.
Fica Senhor comigo, para que ouça tua voz e te siga.
Fica Senhor comigo, pois desejo amar-te e permanecer sempre em tua companhia.
Fica Senhor comigo, se queres que te seja fiel.
Fica Senhor comigo, porque, por mais pobre que seja minha alma, quero que se transforme num lugar de consolação para ti, um ninho de amor.
Fica comigo, Jesus, pois se faz tarde e o dia chega ao fim; a vida passa, e a morte, o julgamento e a eternidade se aproximam. Preciso de ti para renovar minhas energias e não parar no caminho. Está ficando tarde, a morte avança e eu tenho medo da escuridão, das tentações, da falta de fé, da cruz, das tristezas. Oh, quanto preciso de ti, meu Jesus, nesta noite de exílio.
Fica comigo nesta noite, Jesus, pois ao longo da vida, com todos os seus perigos, eu preciso de ti. Faze, Senhor, que te reconheça como te reconheceram teus discípulos ao partir do pão, a fim de que a Comunhão Eucarística seja a luz a dissipar a escuridão, a força a me sustentar, a única alegria do meu coração.
Fica comigo, Senhor, porque na hora da morte quero estar unido a ti, se não pela Comunhão, ao menos pela graça e pelo amor.
Fica comigo, Jesus. Não peço consolações divinas, porque não as mereço, mas apenas o presente da tua presença, ah, isso sim te suplico!
Fica Senhor comigo, pois é só a ti que procuro, teu amor, tua graça, tua vontade, teu coração, teu Espírito, porque te amo, e a única recompensa que te peço é poder amar-te sempre mais. Com este amor resoluto desejo amar-te de todo o coração enquanto estiver na Terra, para continuar a te amar perfeitamente por toda a eternidade.
Amém.
São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

 Boletim do dia 09 de Outubro

Filhos e filhas, 

Nós, brasileiros, estamos em uma semana mariana. Podemos dizer assim porque no próximo final de semana celebramos Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Nazaré, esta em especial na região norte do país, mas Mãe de Deus e de todos nós.
Que alegria celebrar Nossa Senhora. Maria é a melhor companhia para nos aproximarmos do Senhor. Então, vamos aproveitar essa semana e por intercessão de Maria, aumentar nossa intimidade com Deus.
Maria é modelo de fé. Disse Santo Agostinho: “Mais bem-aventurada, pois, foi Maria em receber Cristo pela fé do que em conceber a carne de Cristo. A consanguinidade materna, de nada teria servido a Maria, se Ela não se tivesse sentido mais feliz em acolher Cristo no seu Coração, que no seu seio”.
Maria é a Mãe da Igreja, a mãe que intercede por nós junto a Jesus. Como nas Bodas de Caná, ela continua a ver nossas necessidades e levá-las ao Filho. Ao mesmo tempo continua sempre a nos dizer: “Façam tudo o que meu Filho vos disser” (cf. Jo 2,5).
São Francisco de Sales nos ensina: “Não existe devoção a Deus sem amor à Santíssima Virgem”. E podemos citar tantos outros santos que nutriam a espiritualidade com amor e devoção a Nossa Senhora. Entre eles, aquela que será canonizada domingo, dia 13, Santa Dulce dos Pobres, o Anjo bom da Bahia.
A jovem Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes ouviu o chamado de Deus para um serviço especial junto ao seu povo, em particular os pobres, os doentes e aqueles que eram rejeitados. Deixando tudo, tornou-se religiosa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus e é designada para um serviço em sua cidade.
Por fidelidade ao chamado de Deus, de cuidar dos mais necessitados, aquela frágil mulher enfrentou poderosos (dentro e fora da Igreja), pois no seu coração, os clamores dos pobres sofredores inteiramente desamparados gritava cada vez mais forte. Foi quando ela tomou a decisão de entregar-se completamente a esta causa, abrindo uma casa para acolher doentes por ela encontrados nas ruas e todos que vinham bater à sua porta.
Que possamos aprender com Santa Dulce o cuidado com os mais necessitados e não medir esforços para sempre fazer a vontade de Deus.
Quero terminar essa mensagem pedindo orações pelo nosso Pontífice, Papa Francisco, pelo Sínodo para a Amazônia, para que os frutos deste encontro sejam de vida e fé para uma região com muitos olhares, porém poucos cuidados.
Oremos pelo nosso Pontífice, Francisco:
Que Deus o conserve
E que o vivifique
O faça bem-aventurado na Terra
E que não seja entregue à vontade
dos seus inimigos
Amém.

Boletim do dia 06 de Novembro

Filhos e filhas, 

Passamos a data de Finados e já podemos ver decorações natalinas ao nosso redor. Acho válido e indico decorar, ou pelo menos ter um enfeite de Natal em sua casa. É o externo nos recordando que estamos em um tempo especial.
Como padre, não posso deixar de lembrar que devemos preparar a nossa alma para revivermos o mistério do Natal. Acredito que a melhor forma de nos prepararmos é com uma confissão.
O Sacramento da Reconciliação é um convite a fazer a experiência da misericórdia pelo perdão, por intermédio do sacerdote que age em nome de Deus e da Igreja.
Nosso Senhor Jesus Cristo, sabendo de nossas fraquezas, instituiu o sacramento da confissão. Escolheu seus representantes, dando-lhes o poder de perdoar os pecados em Seu nome, como ensina São João: "Soprando sobre eles, dizendo-lhes: 'Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos'" (Jo 20, 22b-23).
Jesus já havia dito em outra ocasião: "Tudo quanto ligardes na terra será ligado no céu, e tudo quanto desligardes na terra será desligado também no céu" (Mt 18, 18). Sendo assim, o sacerdote não age em seu nome, mas com a autoridade concedida por Jesus. Ou seja, mesmo sendo uma pessoa sujeita ao pecado, como todas as outras, ele atua em nome de Deus e da Igreja para absolver os pecados. É instrumento do perdão de Deus. O fato de também possuir fraquezas o faz compreender a conduta humana e sua inclinação ao pecado, não se colocando na posição de juiz intransigente. Vale mencionar ainda que, segundo o cânon 1388, o segredo de confissão é inviolável.
Costumo dizer que a confissão é um banho espiritual que lava a alma. Da mesma forma que é preciso tomar banho todos os dias para manter o corpo limpo, há a necessidade de confessar-se para garantir a limpeza espiritual. A confissão apaga completamente os pecados, mesmo os mortais, e concede a graça santificante. Aumenta os méritos diante do Criador e permite desenvolver todas as virtudes, além de proporcionar tranquilidade de consciência, alívio das mágoas e consolo espiritual.
Para realizar uma confissão adequada, são necessárias, pelo menos, cinco condições:
- Fazer um exame de consciência, que consiste em lembrar os pecados mortais cometidos desde a última confissão.  Para que seja caracterizado pecado mortal ou matéria grave (praticar ato que caracterize grande ofensa aos Mandamentos de Deus e da Igreja) é necessário:  conhecimento (estar ciente, saber que o ato a ser praticado é pecado) e consentimento (ter tempo para refletir e, mesmo assim, cometer o pecado por livre e espontânea vontade). Quando falta um só adjetivo a estes requisitos, é pecado venial ou leve;
- Estar sinceramente arrependido por ter ofendido a Deus e ao próximo;
- Ter o firme propósito de não cometer mais o(s) erro(s), confiando no auxílio da graça de Deus;
- Confessar objetivamente os próprios pecados e não o dos outros;
- Cumprir a penitência que o confessor indicar.
Muitas pessoas, de fato, não sabem confessar e usam a seguinte fórmula: “Não matei, não roubei, o resto fiz tudo”. Não é tão simples assim. Nada melhor do que examinarmos nossa consciência, baseando-nos nos Dez Mandamentos da Lei de Deus:
1º) “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças”;
2º) “Não pronunciarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão”;
3º) “Guardarás o domingo e dias santos de preceito”;
4º) “Honrarás pai e mãe”;
5º) “Não matarás”;
6º) “Não pecarás contra a castidade";
7º) “Não furtarás”;
8º) “Não levantarás falso testemunho”;
9º) “Não cobiçarás a mulher do próximo”;
10º) “Não cobiçarás as coisas alheias”.
Confesse seus pecados com a fé em Jesus Cristo. E, lembre-se: “Se confessarmos nossos pecados, fiel e justo é Ele para perdoar-nos e purificar-nos de toda iniquidade" (1 João 1, 9).
Que o Espírito Santo ilumine e impulsione sempre à confissão.
Padre Reginaldo Manzotti

Boletim do dia 20 de Novembro

Filhos e filhas, 

Com a chegada do final de ano, tenho ouvido muitos depoimentos de pessoas que estão sofrendo de ansiedade por não realizarem o que se propuseram no início do ano, como o meme que o Manzottinho me mostrou: “Dos 5Kg que queria perder o início do ano, só me faltam 10Kg”.
Desconsiderando a brincadeira, a ansiedade é considerada uma reação normal ao estresse. Ao observarmos a correria no dia a dia, percebemos que, de modo geral, cada vez mais nos tornamos pessoas nervosas, ansiosas, irritadas, estressadas e angustiadas. Isso é uma resposta natural aos desafios que enfrentamos.
De fato, uma vida sem situações estressantes é praticamente impossível, mas podemos prevenir seus efeitos negativos mantendo uma boa qualidade de vida. Isso implica conciliar trabalho, vida pessoal e todos os afazeres de todos os aspectos de nossa vida.
Deus criou tudo o que existe em seis dias e no sétimo descansou. Por isso, esse dia foi santificado, abençoado. Jesus, com Sua ressurreição, começou um novo tempo no qual tudo se recria. Nessa nova etapa, pelo ato de Jesus ter ressuscitado no domingo, o primeiro dia da semana, essa data passou a ser um marco para o cristão, o “Dia do Senhor” (cf. Ap 1,10).
A própria espiritualidade cristã nos ensina que é necessário pararmos um tempo, um dia por semana, para uma reflexão. Muitos se deprimem e se angustiam pelo que já passou. Outros, criam ansiedade desnecessária pelo que virá e se estressam por não poderem acelerar ou retardar o tempo das coisas, quando, na verdade, o tempo segue seu curso independentemente da nossa vontade.
O segredo para ter serenidade está em compreender que cada acontecimento é um dom de Deus. Desfrutar dos bons momentos e aprender com os ruins são sinais de sensatez e sabedoria. E é essa a mensagem que procurei passar com a música que lancei na última terça-feira, dia 19, “Hora de Amar”. Essa é a primeira do meu novo trabalho “Tempo de Inovar”. Agradeço a minha amiga Naiara Azevedo por cantar comigo e espalhar essa mensagem.
Coloco aqui a letra da música para uma reflexão de como temos desfrutado nosso tempo:
Quanto tempo eu tenho
Eu tô correndo demais
E na minha velocidade o que era importante eu deixei lá atrás
O meu relógio não para
O meu celular vai tocar
Deus eu te peço perdão
O que tinha valor eu não soube cuidar 
O que é que eu tô fazendo da minha vida
Se ainda tenho tempo pra mudar
Eu vou cantando essa melodia
Viver desse jeito não dá
Chegou minha hora de amar
Eu não vou correr contra o tempo
Pra fazer tudo o que eu tenho
E perder a minha vida
Eu vou curtir sem me esquecer
Do que Deus me deu de presente
Meus amigos, minha família
Eu vou amar mais
Vou abraçar mais
Eu vou viver em paz
Eu vou amar mais
Vou abraçar mais
Eu vou viver em paz

Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

Boletim do dia 27 de Novembro

Filhos e filhas, 

Nesta quarta-feira, 27 de novembro, a Igreja celebra Nossa Senhora das Graças. Neste dia, em 1830, a noviça Catarina Labouré teve uma visão de Nossa Senhora, na capela das Irmãs Filhas da caridade de São Vicente de Paulo.
Nessa visão, a Virgem Santíssima estava em cima de um globo e tinha sob seus pés uma serpente. Das mãos de Nossa Senhora provinham raios luminosos, símbolo das graças que Ela derrama sobre quem suplica. E os raios opacos simbolizavam as graças que não eram pedidas.
Essa aparição, além de tanto simbolismo, nos lembra a importância de sempre rezarmos, suplicando pela intercessão de Maria, para atender nossas necessidades. Filhos, a oração transfigura, a oração transcende, a oração muda, a oração converte, a oração verdadeira nos impulsiona.
Muitas vezes, nossas orações não estão sendo qualificativas. Nós estamos sendo mecânicos, ritualistas, cumpridores e observadores, mas não estamos deixando nos tocar por Deus.
Está sendo um caminho de ida, mas não há o caminho de volta. Não porque Deus não quer, mas porque não deixamos, nós não O escutamos. Na mesma proporção que nos dedicamos a cuidarmos do corpo, devemos dedicar a cuidar do espírito.
Se, na mesma proporção que buscamos manter a sobrevivência do corpo, buscássemos manter a sobrevivência da alma, não seríamos tão doentes espiritualmente Não seríamos desnutridos, desesperados e desgastados. Por isso, insisto tanto na disciplina, no reservar um momento para a intimidade com Deus.
Muitos me perguntam: E quando a oração não é atendida? Como saber o que está errado? A oração é um combate e nós devemos lutar contra tudo aquilo que nos faz desanimar, como a sensação de fracasso, ressentimento e decepção, principalmente por não ser atendido. Chamo a atenção para o que diz, um dos Padres do Deserto: “Não te aflijas quando não receberes imediatamente de Deus, o objeto de teu pedido: é que Ele quer fazer-te ainda maior bem, por tua perseverança em permanecer com Ele na oração” (Evágrio Pôntico). “Ele quer que nosso desejo seja provado na oração. Assim Ele nos prepara para receber aquilo que Ele está pronto a nos dar” (Santo Agostinho).
Esses pensamentos dizem para não nos desesperarmos. A demora de Deus é uma provação da oração, nos prepara para a graça que vamos receber. Essa é a prática de esperar em Deus e a oração é uma espera em Deus que requer recolhimento. A meditação nos ajuda neste contexto de sempre voltarmos o pensamento para Deus e aumentar a esperança, sem cairmos em desespero.
Termino citando mais um grande Santo de nossa Igreja, Santo Afonso de Ligório: “É preciso que nos convençamos de que da oração depende todo o nosso bem. Da oração depende a nossa mudança de vida, o vencer das tentações; dela depende conseguirmos o amor de Deus, a perfeição, a perseverança e a salvação eterna”.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

Boletim do dia 11 de Dezembro 

Filhos e filhas, 

Nesta semana, celebramos Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira das Américas. No entanto, sua história e devoção são pouco conhecidas de nós, brasileiros. Por isso, dedico esta mensagem para contar a história da Virgem de Guadalupe, que se passa no ano de 1531 onde atualmente está o México, que ainda pertencia ao império espanhol.
Juan Diego não pertencia a qualquer classe social do Império, mas era livre. Sabia ler e escrever. Perdera os pais muito cedo e dedicava-se ao trabalho no campo. Viúvo, ele vivia com o tio, Juan Bernardino, a quem estimava como a um pai. Eles haviam se convertido e receberam o batismo.
No dia 9 de dezembro de 1531, quando se dirigia para a igreja das Missões, ouviu uma linda música vinda da montanha. Parou para apreciar, quando ouviu uma voz por cima da montanha que o chamava suavemente: "Juanito, Juan Diego". Subindo em sua direção, viu uma senhora e maravilhou-se pela sua grandeza. Seu vestido era radiante e seu rosto transparecia bondade e compaixão. Ela perguntou-lhe: "Juanito, o mais humilde de meus filhos, onde vais? Juan Diego respondeu: Minha Senhora e Menina, vou à igreja, seguir as coisas divinas". Então pediu-lhe a senhora: "Eu desejo que um templo seja construído aqui, rapidamente, para que eu possa mostrar todo o meu amor, e realizar o que a minha clemência pretende. Vá ao palácio do Bispo e comunica este meu grande desejo". Ele, inclinou-se diante d’Ela e disse: "Minha Senhora, Eu estou indo cumprir Tua ordem, agora me despeço de Ti, Teu humilde servo". Apressado seguiu para a casa do bispo. Esperou muito tempo e quando foi atendido, após ouvi-lo, o Bispo mandou que voltasse outro dia, para relatar melhor a história.
Juan Diego saiu triste, mas no dia seguinte, depois de rezar à Virgem, ele deixou sua casa e foi ver o Bispo. Novamente depois de muita dificuldade, o Bispo estava à sua frente. Ele expôs a ordem de Nossa Senhora do Céu, e que por Deus, acreditasse em sua mensagem. O Bispo, para assegurar-se, fez várias perguntas, e pediu que apresentasse provas de que estava dizendo a verdade.
Juan Diego voltou logo para contar à Virgem Santíssima, a resposta que trazia do Bispo. A Senhora, após ouvir, disse-lhe: "Muito bem, você retornará aqui amanhã, então levará ao Bispo o sinal por ele pedido. Com isso ele irá acreditar".
No dia seguinte, não foi ao encontro da senhora. Saiu para trazer um sacerdote para seu tio, que estava gravemente enfermo. Mas, Ela o encontrou no caminho.  Aproximou-se dele e disse: "O que há, meu pequeno filho? Onde estás indo?" E Juan Diego pedindo desculpas disse que deveria levar um sacerdote, para administrar os Sacramentos, pois seu tio estava muito enfermo. A Santa Virgem lhe disse: "Escuta-me e entenda bem, meu filho, nada deve amedrontar ou afligir você. Não deixe seu coração perturbado. Não tema esta ou qualquer outra enfermidade ou angústia. Eu não estou aqui? Quem é sua Mãe? Você não está abaixo de minha proteção? Eu não sou a saúde? Não se aflija, pois seu tio será salvo dessa enfermidade". Então Juan Diego prometeu que, quanto antes, estaria na presença do Bispo, para levar o sinal ou prova, a fim de que cresse. A Senhora pediu que ele subisse ao topo da montanha para que colhesse flores, e trouxesse à sua presença.
Atendendo ao pedido da Virgem Maria, Juan Diego foi e quando chegou no topo da montanha ficou admirado vendo tantas rosas, perfumadas e umedecidas pelo orvalho. Colheu-as, levou-as à Senhora, que as arrumou dentro da tilma (manto) do índio e mandou que as mostrasse somente ao Bispo. Juan Diego se pôs a caminho, desta vez mais confiante.
Diante do Bispo, Juan Diego relatou como a Senhora o fizera subir até o local onde naquela época do ano só havia espinhos e lá encontrara rosas belíssimas. Dizendo isso, desenrolou o manto e as rosas rolaram pelo chão, o Bispo ficou maravilhado, pois além das rosas, estava estampada no manto de Juan Diego a imagem da Virgem de Guadalupe. Sua aparência, sua pele morena trazia as características de uma jovem indígena.
A preciosa imagem da sempre Virgem Santa Maria, Mãe de Deus, da mesma maneira como hoje ela é guardada no templo do Tepeyacac, desafia o tempo e os estudos científicos, pois a imagem impressa milagrosamente em um tecido de pouca qualidade (feito a partir do cacto), que deveria se deteriorar em 20 anos, não mostra sinais de deterioração depois de 474 anos, desafiando qualquer explicação científica sobre sua origem.
O Bispo e toda Igreja acreditaram. Logo foi erguida uma capela. Juan Diego construiu, ao lado do templo, uma cabana, onde permaneceu até sua morte. A Virgem de Guadalupe foi declarada Mãe das Américas e hoje, acolhe e intercede por todos seus filhos e filhas.
Que a história da Virgem de Guadalupe nos leve a uma autêntica devoção Mariana.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

Filhos e filhas, 

É Natal! O Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14).
Todo o dia de hoje se volta para o Deus criança. É o céu e a terra se encontrando na altura de uma manjedoura. Isso acontece, independente se cremos ou não, se nós fizemos uma devida preparação ou não. Isso não importa, porque Deus nasceu como uma graça divina, é Dele a iniciativa.
Precisamos entender que Deus não existe porque nós cremos, mas sim porque Ele, no seu amor infinito, é incapaz de deixar de nos amar. A ação de nascer foi de Deus, mas felizes somos nós se nos deixarmos contagiar por esse grande feito: o amor de Deus em forma de criança!
Filhos, Jesus já nasce transformando vidas e eu gostaria de chamar atenção para alguns personagens para que nós nos espelhemos. Antes preciso lembrar que o nascimento de Jesus é histórico. A própria estrela guia, dizem os cientistas, foi um alinhamento de planetas que a olho nu pareciam uma única estrela. É interessante que depois de tanta negação, começa a ciência a rever suas posições e dizer que algo extraordinário aconteceu.
A fé vai muito além da ciência e Deus sempre nos surpreende. Então, se deixe surpreender por Deus. Se você acha que já está resolvido é porque você não experimentou esse Deus que nos surpreende a cada dia, que nos renova a cada dia.
Já feita essa explicação, quero destacar a figura de São José. Tenho pensado muito nesse homem que tinha todas as possibilidades de negar Nossa Senhora. Todo mundo fica surpreso que em sonho o anjo apareceu e lhe disse para acolher Maria porque ela concebeu do Espírito Santo (Mt1,19-21), porém fico pensando que mesmo antes do sonho, José poderia ter feito besteira, poderia ter posto tudo a perder.
Com José, aprendemos que Deus vai lapidando as pessoas. Quando Maria foi avisá-lo de sua gravidez, ele já tinha deixado se deixar lapidar por Deus para ser sensato, para esperar a resposta em Deus, para discernir na oração. E a pergunta fica: como nós nos deixamos lapidar por Deus diante das surpresas que a vida nos traz?
Deus, quando assumiu a condição humana, se colocou nas mãos de um homem, José. Que nós sejamos ‘José’ e sejamos mais coerentes, mais sóbrios nas decisões, menos intempestivos, menos tomados pela violência, pela fúria, pelo sangue quente, que nós sejamos mais temperados.
Outra figura que não posso deixar de realçar é Maria. O Natal é nascimento de Jesus, mas Deus se colocou refém do ventre de uma mulher. Maria faz acontecer o Natal! Pelo sim de Maria, pela sua fé e confiança, nós hoje celebramos o Natal.
E frente a tamanha força nos questionamos, será que nós fazemos acontecer o Natal em nossa família, em nosso lar? Se não acontece, não é porque Jesus não nasceu, mas porque nós não estamos próximos para cooperar, colaborar e sentir.
Então aproveite essa iniciativa de Deus e permita-se viver e conhecer Aquele que luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina todas as pessoas, Jesus Cristo (cf. Jo 1,9).
Um santo e feliz Natal. Que o Menino Deus abençoe a todos.
Padre Reginaldo Manzotti