Boletim do dia 09 de Janeiro
Filhos e filhas,
Já
estamos na segunda semana de 2019, acredito que já tenha traçado suas
metas e objetivos para esse novo ano e, aqui, chamo atenção para um
aspecto importante de nossa vida que não pode ser esquecido: nossa vida
espiritual.
Antes
de tudo, devemos dar graças ao Senhor e confiar a Ele nossas
preocupações por meio de nossas orações, conforme São Paulo recomenda: “Não
vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias, apresentai a Deus
as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de
graças” (Fl 4,6).
Depois,
devemos deixar que o Espírito Santo nos conduza, tendo como farol a
Igreja, que nos ensina como mãe e mestra, e nos faz recordar de tudo o
que Jesus disse, nos educando para a vida de fé.
Colocado isso, sugiro dicas práticas para termos um ano rico espiritualmente:
- Não é possível ter fé sem conhecer a Palavra de Deus.
Procure estimular a fé através de leitura Bíblica e artigos religiosos,
assista a filmes de histórias bíblicas. Pesquise sobre a vida dos
santos.
- Tenha disciplina na oração.
Crie um espaço e o hábito de oração diária. Não se preocupe em se
dirigir a Deus com palavras difíceis ou muitas palavras. Ele nos conhece
e sabe o que vai em nosso coração. Nenhuma oração passa despercebida ao
seu conhecimento, porque Ele nos ama. Se não somos atendidos como
queríamos, somos atendidos como necessitamos.
Nenhuma
oração se perde, todas as preces chegam a Deus, mesmo quando não
sabemos o que é essencial a nós suplicar no momento. Sobre isto São
Paulo nos tranquiliza ensinado que: “Da mesma forma, o Espírito vem
em socorro de nossa fraqueza. Pois não sabemos o que pedir nem como
pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos
inefáveis” (Rm 8,26).
- Exercite a caridade. Fé e caridade caminham juntas, conforme adverte São Tiago: “Se
alguém diz que tem fé, mas não tem obras, que adianta isso? Por acaso a
fé poderá salvá-lo? Por exemplo: um irmão e uma irmã não têm o que
vestir e lhes falta o pão de cada dia. Então, alguém de vocês diz para
eles: ‘Vão em paz, aqueçam-se e comam bastante’. No entanto, não lhes dá
o necessário para o corpo. Que adianta isso?”. Assim também é a fé: sem
as obras ela está completamente morta. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e
eu tenho obras. “Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha
fé pelas minhas obras” (Tg 2,14-18).
- Obediência a Deus. A característica fundamental da fé é a obediência, a submissão a Deus e à Sua verdade revelada. “Quem diz que conhece a Deus, mas não cumpre os Seus mandamentos, é mentiroso e a verdade não está nele. (1Jo 2,4).
- Mantenha a confiança no Senhor.
Lembre-se que Ele nos ama e nos amou primeiro (1Jo 4,19). A esperança
deve ser renovada e fortalecida. A esperança nos impulsiona a dar um
passo a mais no crescimento espiritual e não nos deixa desanimar mesmo
em meio às maiores tribulações.
- Participe dos sacramentos. A fé é alimentada dentro da Igreja, sobretudo, na participação dos sacramentos da confissão e da comunhão.
- Seja ousado na fé.
Às vezes, por timidez ou pelo fato de estarmos condicionados a uma
rotina, deixamos de arriscar e não tomamos posse daquilo que Jesus nos
oferece.
- Respeite todas as religiões, mas seja firme na sua. Quem segue muitas, não vivencia nenhuma.
Se assim fizermos, teremos ao final do ano um coração abrasado de amor e muito mais próximo de Deus.
Deus os abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 20 de Fevereiro
Filhos e filhas,
Nessa
semana, no Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, começamos uma novena
suplicando: Jesus, pelas Vossas Santas Chagas, lavai-nos, purificai-nos,
perdoai-nos e seremos salvos. Serão nove terças-feiras nesse pedido,
quem puder, pode acompanhar pela TV Evangelizar às 12h.
O
perdão, filhos e filhas, nos purifica, nos lava e principalmente nos
liberta. É um mandamento de Jesus e nós somos constantemente perdoados
por Deus, que nos amou primeiro. E, porque somos perdoados e amados por
Deus, devemos também perdoar. Mas sejamos honestos, ao perdoar não
agimos só movidos por amor, por complacência ou benevolência, perdoamos
porque foi isso que Jesus nos pediu.
Quem
se fecha à graça do perdão fica preso ao passado, à dor, à magoa, à
raiva e, às vezes, até ao desejo de vingança, sentimentos tóxicos que
acabam bloqueando o futuro. Além disso, podem gerar doenças
psicossomáticas, pois reduzem a imunidade do organismo e abrem espaço
para as enfermidades oportunistas.
Há,
também, aqueles que acham difícil perdoar, porque ainda não entenderam
que perdoar não se trata de desculpar ou minimizar a ofensa sofrida e
fingir que nada aconteceu. Agir dessa forma significa mascarar o
problema, como colocar um curativo em cima de uma ferida que ainda
contém sujeira. Ela pode até aparentar estar cicatrizada, mas, por baixo
da casca, a infecção permanece.
Insisto:
a ferida precisa ser raspada, sangrada, para haver cicatrização.
Desculpar não é perdoar, e o perdão só cura quando reconhecemos a dor,
conversamos sobre a ofensa e, apesar de admitir ao outro que ele agiu
mal e nos machucou, escolhemos não alimentar a tristeza, não guardar
ressentimentos e, em Deus, perdoamos suas fraquezas e limitações.
Quando
se perdoa, não se esquece. A memória do que passamos não se apaga e nem
Deus pede que a apaguemos, mas, se no momento em que lembrarmos daquilo
que nos fizeram, o sentimento que brotar for mágoa ou dor, é sinal de
que não houve perdão.
Quando
perdoamos de fato, a lembrança daquilo que foi cometido contra nós
deixa de ter poder destrutivo e não desperta mais emoções negativas,
dando-nos força para prosseguir. Já os que não trilham esse caminho,
tendem a se tornar agressivos e vingativos.
Não
guardemos magoas, não fiquemos rancorosos, não azedemos nossa alma,
porque a ausência do perdão bloqueia até a oração. Toda a pessoa que tem
muita dificuldade de rezar devia se perguntar, se não está com excesso
de mágoa, de inimizade? Qual a relação? É bíblico: “Se estás,
portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que
teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do
altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a
tua oferta”. (Mt 5,23-24)
Então,
a falta de perdão causa um bloqueio em nossa comunhão com Deus e com o
irmão. Na verdade, somente perdoa quem entendeu o valor do perdão
recebido de Deus. Quanto mais uma pessoa vive a experiência desse amor e
perdão, maior é a sua capacidade de perdoar.
O perdão cura, liberta e propicia crescimento pessoal e espiritual.
Deus os abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 23 de Janeiro
Filhos e filhas,
“Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38).
Esse
é o tema da JMJ que está acontecendo no Panamá até o próximo dia 27 de
janeiro. Desde já colocamos em oração todo o evento, que o Espírito
Santo ilumine todos os envolvidos, principalmente os jovens, para que
sejam fortalecidos na esperança e na construção de um mundo mais justo e
generoso.
O
Papa Francisco em sua mensagem para a Jornada Mundial da Juventude 2019
chama os jovens para, como Maria, escutar a voz do Senhor e responder
com um sim audaz e generoso porque não existe vocação ao egoísmo. O
próprio Jesus nos ensina que os principais mandamentos são amar a Deus
com todo o seu coração, alma e entendimento e ao próximo como a ti mesmo
(cf. Mt 22,36-39).
Nossa
generosidade, pedida pelo Papa Francisco aos jovens e a todos nós, deve
ser exercitada em nosso cotidiano, a quem encontrarmos em necessidade,
como nos ensina Jesus na parábola do Bom Samaritano (cf. Lc 10,25-37).
Deus nos faz um apelo para que sejamos como Jesus, o Bom Samaritano, por
excelência.
No
texto da parábola o interlocutor de Jesus pergunta sobre quem é o
próximo. Sejamos sinceros: se pudéssemos escolher nosso próximo e o
momento de fazer a caridade seria mais fácil. Entretanto, o próximo se
impõe e a necessidade do outro não escolhe horário.
O
“próximo” não somos nós que escolhemos, é a vida que nos interpõe.
Ninguém pode escolher seu “próximo”, é o momento que nos traz. Podemos
estar saindo para comprar pão e o “próximo” estar ali entre a casa e a
panificadora. Às vezes, o próximo se coloca em nossa vida como se
colocou na vida do sacerdote que virou as costas e foi embora, na vida
do levita que também passou e não se comoveu.
Nós
devemos aprender com Jesus que é o Bom Samaritano! Quando Ele conta a
Parábola está falando isso, somos chamados a sermos hoje e sempre Bons
Samaritanos. Fico pensando naquele homem que apanhou dos ladrões e foi
deixado, todo machucado, quase morto e, Jesus diz que o samaritano o
levou para a hospedaria.
Jesus
é aquele que é capaz de passar pelos caminhos e acolher aqueles que
estão precisando de misericórdia. Ele os leva para a hospedaria, que é
seu coração. Conforta-me pensar que Jesus age dessa forma, recolhendo
aqueles que caíram, e se perderam, porque se não nos cuidarmos nos
perdemos.
Por
isso, quanto mais pudermos sejamos misericordiosos. Perdoemos mais. Se
alguém nos fez alguma ofensa, perdoemos. Quando tivermos oportunidade de
revidar, não revidemos. Se alguém nos fizer mal, nos fizer desaforos e
tivermos oportunidade de passar para a frente, falar mal, mesmo que
estejamos cobertíssimos de razão, é nessa hora que somos chamados a
dizer: “Não, eu não vou falar. Eu vou relevar”. Isso conta pontos no céu
e Deus agirá dessa forma conosco.
Sempre fique com essa imagem: “Eu quero ser o Bom Samaritano”.
A compaixão é uma atitude tão profundamente humana quanto divina, por
isso, deixemo-nos amar pelo Bom Samaritano e amemos nosso próximo como
Bom Samaritano.
Deus os abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 30 de Janeiro
Filhos e filhas,
Boletim do dia 30 de Janeiro
Filhos e filhas,
Ainda
início de ano, tempo de reflexão, de tomada de decisão sobre como viver
2019 Eu digo uma coisa, não importa o que decidir, se colocar Jesus
como seu companheiro para todas as horas, certamente a caminhada será
mais leve.
Antes
que me responda que Jesus já está na sua vida, eu o convido a pensar:
Você já fez o encontro verdadeiro com Jesus? Aquele encontro que muda
tudo? Muitas pessoas estão tomadas por sentimentos negativos, com
feridas na alma que as levam a acreditar que a situação em que se
encontram não tem mais jeito e a depressão toma conta de suas vidas.
Será
que não estão precisando de um encontro verdadeiro com Jesus? Com muita
insistência nosso querido Papa Francisco tem nos exortado ao “encontro”
com Jesus. Um encontro capaz de nos curar e transformar nossas vidas.
O
relacionamento com Jesus cura a visão da nossa própria existência e
esta adquire um novo sentido. Quem faz essa experiência do “encontro”
fica tão preenchido de Jesus que não consegue reter só para si a graça, a
alma, o coração curado se torna um coração evangelizador.
Um exemplo, que chama a atenção para a importância do nosso encontro pessoal com Jesus, encontra-se no Evangelho de São João: “No dia seguinte, Jesus decidiu partir para a Galileia. Encontrou Filipe e disse: “Siga-me.” Filipe era de Betsaida, cidade de André e Pedro. Filipe se encontrou com Natanael e disse: “Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei e também os profetas: é Jesus de Nazaré, o filho de José.” Natanael disse: “De Nazaré pode sair coisa boa?” Filipe respondeu: “Venha e você verá.” Jesus viu Natanael aproximar-se e comentou: “Eis aí um israelita verdadeiro, sem falsidade.” Natanael perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe chamasse você, eu o vi quando você estava debaixo da figueira”. Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel!” Jesus disse: “Você está acreditando só porque eu lhe disse: ‘Vi você debaixo da figueira’?” No entanto, você verá coisas maiores do que essas. E Jesus continuou: “Eu lhes garanto: vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.” (Jo 1,43-51)
Jesus
chama Filipe para segui-lo e que atitude linda, Filipe foi correndo a
Natanael e disse: encontramos... é Jesus de Nazaré. (cf. Jo 1,45) Havia
no coração de Filipe e Natanael um desejo de encontro. Eles estavam
buscando, procurando Aquele que iria fazer toda a diferença e, bastou
Filipe olhar para Jesus, um olhar tão profundo que deu a ele a certeza
de que era Jesus.
E
nós, o que buscamos? Será que percebemos que, talvez, estejamos
buscando coisas erradas? Será que buscamos Jesus atrás da vã glória, sem
cruz? Não existe Jesus sem cruz. Ninguém consegue chegar em Jesus
Cristo, mesmo na Sua glória sem abraçar as Suas chagas.
Então,
o nosso encontro com Jesus já aconteceu? Natanael saiu “debaixo da
figueira” e, no contexto, esse lugar expressa estar diante de Deus em
oração, mas o movimento de sair é muito importante, significa uma ação,
um interesse, um querer mudar, se desinstalar para conhecer o Messias e
deixar-se transformar por Ele.
Com
certeza não há quem, em dado momento da vida não tenha ouvido falar de
Jesus e este anúncio para quem O busca e O deseja faz toda a diferença.
Muitas pessoas que ouvem falar de Jesus, no princípio se aproximam Dele
por curiosidade, mas quando começamos a conhecê-Lo melhor, passamos a
ter intimidade com Ele, somos envolvidos por seu imenso amor.
Esse
encontro nos transforma, nos muda total e inteiramente, a ponto de as
pessoas que nos cercam reconhecerem a mudança em nosso jeito de ser e
agir.
Jesus
não nos força a nada, não arromba nosso coração, mas quando damos pelo
menos uma brechinha Ele entra lentamente em nossa vida, realiza
maravilhas e quando percebemos já não conseguiremos viver sem Ele.
Que em 2019, escolhamos sempre permanecer com Jesus.
Deus os abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 20 de Fevereiro
Filhos e filhas,
Nessa
semana, no Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, começamos uma novena
suplicando: Jesus, pelas Vossas Santas Chagas, lavai-nos, purificai-nos,
perdoai-nos e seremos salvos. Serão nove terças-feiras nesse pedido,
quem puder, pode acompanhar pela TV Evangelizar às 12h.
O
perdão, filhos e filhas, nos purifica, nos lava e principalmente nos
liberta. É um mandamento de Jesus e nós somos constantemente perdoados
por Deus, que nos amou primeiro. E, porque somos perdoados e amados por
Deus, devemos também perdoar. Mas sejamos honestos, ao perdoar não
agimos só movidos por amor, por complacência ou benevolência, perdoamos
porque foi isso que Jesus nos pediu.
Quem
se fecha à graça do perdão fica preso ao passado, à dor, à magoa, à
raiva e, às vezes, até ao desejo de vingança, sentimentos tóxicos que
acabam bloqueando o futuro. Além disso, podem gerar doenças
psicossomáticas, pois reduzem a imunidade do organismo e abrem espaço
para as enfermidades oportunistas.
Há,
também, aqueles que acham difícil perdoar, porque ainda não entenderam
que perdoar não se trata de desculpar ou minimizar a ofensa sofrida e
fingir que nada aconteceu. Agir dessa forma significa mascarar o
problema, como colocar um curativo em cima de uma ferida que ainda
contém sujeira. Ela pode até aparentar estar cicatrizada, mas, por baixo
da casca, a infecção permanece.
Insisto:
a ferida precisa ser raspada, sangrada, para haver cicatrização.
Desculpar não é perdoar, e o perdão só cura quando reconhecemos a dor,
conversamos sobre a ofensa e, apesar de admitir ao outro que ele agiu
mal e nos machucou, escolhemos não alimentar a tristeza, não guardar
ressentimentos e, em Deus, perdoamos suas fraquezas e limitações.
Quando
se perdoa, não se esquece. A memória do que passamos não se apaga e nem
Deus pede que a apaguemos, mas, se no momento em que lembrarmos daquilo
que nos fizeram, o sentimento que brotar for mágoa ou dor, é sinal de
que não houve perdão.
Quando
perdoamos de fato, a lembrança daquilo que foi cometido contra nós
deixa de ter poder destrutivo e não desperta mais emoções negativas,
dando-nos força para prosseguir. Já os que não trilham esse caminho,
tendem a se tornar agressivos e vingativos.
Não
guardemos magoas, não fiquemos rancorosos, não azedemos nossa alma,
porque a ausência do perdão bloqueia até a oração. Toda a pessoa que tem
muita dificuldade de rezar devia se perguntar, se não está com excesso
de mágoa, de inimizade? Qual a relação? É bíblico: “Se estás,
portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que
teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do
altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a
tua oferta”. (Mt 5,23-24)
Então,
a falta de perdão causa um bloqueio em nossa comunhão com Deus e com o
irmão. Na verdade, somente perdoa quem entendeu o valor do perdão
recebido de Deus. Quanto mais uma pessoa vive a experiência desse amor e
perdão, maior é a sua capacidade de perdoar.
O perdão cura, liberta e propicia crescimento pessoal e espiritual.
Deus os abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 13 de Março
Filhos e filhas,
Já
é Quaresma, estamos na primeira semana deste tempo que nos suscita
oração, jejum e caridade. Nas homilias e pregações que fiz, já dei
algumas pistas de como bem aproveitar esse tempo de reconciliação e no
tempo apropriado o farei aqui também.
Hoje,
quero destacar uma festa muito importante para a Igreja e todos os
fiéis, a Festa de São José, esposo da Virgem Maria, celebrada no próximo
dia 19. Aqui na Obra Evangelizar É Preciso teremos uma programação
especial para o Patrono da Igreja e protetor da Obra. Todos poderão
acompanhar tanto pelo rádio, quanto pela TV.
Tenho
muita devoção a São José e cada vez mais aprendo com esse grande santo.
São José é apresentado como um homem justo que observa a lei, um
trabalhador, humilde e apaixonado por Maria, como nos ensinou Papa
Francisco.
Diante
do incompreensível, São José prefere colocar-se de lado, mas depois
Deus lhe revela a sua missão. E assim José abraça a sua tarefa, o seu
papel, e acompanha o crescimento do Filho de Deus, sem julgar. Ele
ajudou Jesus a crescer, a se desenvolver. Assim procurou um lugar para
que o filho nascesse; cuidou dele; ajudou-o a crescer; ensinou-lhe a
profissão e certamente muitas outras coisas.
Em todos lugares procuro ter uma imagem de São José dormindo, propago o que aprendi com o Papa Francisco: “Eu
gostaria de dizer a vocês também uma coisa muito pessoal. Eu gosto
muito de São José porque é um homem forte e de silêncio. No meu
escritório, eu tenho uma imagem de São José dormindo, e dormindo, ele
cuida da Igreja. Quando eu tenho um problema ou uma dificuldade, e o
escrevo em um papelzinho e o coloco embaixo da imagem de São José, para
que ele sonhe sobre isso. Isso significa: para que ele reze por este
problema”.
São
José, mesmo dormindo continua intercedendo por nós, pelas famílias e
pela Igreja. O culto a São José começou no século IX e um dos primeiros
títulos que utilizaram para honrá-lo foi “nutritor Domini”, que
significa “guardião do Senhor”. Ele ainda é o padroeiro da Igreja
Universal, da boa morte, das famílias, dos pais, das mulheres grávidas,
dos viajantes, dos imigrantes, dos artesãos, dos engenheiros e
trabalhadores. E também é padroeiro das Américas, Canadá, China,
Croácia, México, Coréia, Áustria, Bélgica, Peru, Filipinas e Vietnã.
Todos
os anos faço, no programa "Experiência de Deus", a novena ‘São José,
providenciai’ e sempre recebo muitos testemunhos antes mesmo da novena
terminar, mas esse ano foi surpreendente, já no primeiro dia uma filha
de Deus testemunhou uma graça alcançada.
Por isso, compartilho com vocês a oração da novena:
"Ó
glorioso São José, a quem foi dado o poder de tornar possíveis as
coisas humanamente impossíveis, vinde em nosso auxílio nas dificuldades
em que nos achamos. Tomai sob a vossa proteção a causa que vos
confiamos, para que tenha uma solução favorável.
(faça o seu pedido)
Ó
São José muito amado, em vós depositamos toda nossa confiança. Já que
tudo podeis junto a Jesus e Maria, mostrai-nos que a vossa bondade é
igual ao vosso poder.
São José, a quem Deus confiou o cuidado da Sagrada Família, protegei, amparai e providenciai esta causa que peço agora.
Saúde física e psíquica… São José, Providenciai.
Emprego…
Cura das feridas da alma…
Harmonia na vida familiar…
Restauração do Matrimônio…
Solução na justiça…
Amparo na velhice…
O pão nosso de cada dia…
Estabilidade na vida financeira…
(coloque outras causas para São José, providenciai)
São José, alcançai-nos a graça de vivermos e morrermos no amor de Jesus e Maria.
São José, providenciai!
São José, providenciai!
São José, providenciai!"
Oremos:
Deus, em vossa Providência, infinitamente sábia, escolheu São José para
esposo da Virgem Santíssima. Concedei-nos que aquele mesmo que
veneramos como protetor, mereçamos tê-lo no céu por nosso intercessor.
Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 03 de Abril
Filhos e filhas,
Estamos
na semana do Retiro Nacional Evangelizar é Preciso, já em sua VII
edição. E para já nos prepararmos, escolhi o assunto da oração para esta
mensagem, pois o tema do Retiro esse ano é “A Força da Oração” e o lema
“Tudo o que pedirdes com fé na oração, recebereis” (Mt 21,22).
A
oração é uma mão de duas vias, nós falamos, nós calamos, Deus nos fala,
nós ouvimos. Porém, na maioria das vezes, para nós a oração é “eu falo, eu desabafo, Deus escuta”. Só que Deus também quer falar e não deixamos. Não esperamos para ouvi-Lo.
Na
oração deve haver um diálogo silencioso e amoroso entre Deus e nós, o
amante e o amado. Tomemos por exemplo um casal apaixonado. Às vezes, não
precisam falar muito com palavras, pois se falam com o olhar. O amor se
expressa pelos olhos. É tão bonito o amor. Quem nunca amou na vida vai
morrer sem ter conhecido um dos grandes milagres de Deus, porque o amor
verdadeiro é sublime.
O amor entre a alma e o amado, Deus. É o que diz São João da Cruz, num poema:
“Oh! Feliz ventura
Sair, indo à procura do amor,
do meu Amado! ”
Nas Sagradas Escritura é só ler o Livro do Cântico dos Cânticos para entender o que é uma alma apaixonada por Deus.
Santa Tereza D’Avila nos ensina: “assim
se espera na oração, ao meu ver é um comércio interior de amizade em
que nós conversamos a sós com Deus, com esse Deus, que nós sabemos
sermos amados, a oração busca do coração que é como o desejo de
encontrar o amado”.
É
isso que a oração faz, não tem água morna para quem reza, não tem só
“mais ou menos”. Se nós conseguíssemos um pouquinho, uma centelha desse
amor, uma faísca desse amor do Espírito Santo em nosso coração, então
nossa oração seria fervorosa, nós gostaríamos de estar mais na presença
do amor que é Deus, porque nossa alma sente necessidade.
O
vazio que muitos sentem que não tem bem material que preencha, nem
joia, nem roupas de grife. Esse vazio só Deus preenche, esse vazio é o
lugar de Deus. A oração transfigura, a oração transcende, a oração muda,
a oração converte, a oração verdadeira nos impulsiona.
Muitas
vezes, nossas orações não estão sendo qualificativas, nós estamos sendo
mecânicos, ritualistas, cumpridores e observadores, mas não estamos
deixando nos tocar por Deus. Está sendo um caminho de ida, mas não há o
caminho de volta. Não porque Deus não quer, porque não deixamos, nós não
O escutamos
Na
mesma proporção que nos dedicamos a cuidar do corpo, devemos dedicar a
cuidar do espírito. Se, na mesma proporção, buscamos manter a
sobrevivência do corpo, buscássemos manter a sobrevivência da alma não
seríamos tão doentes espiritualmente, desnutridos, desesperados e
desgastados. Por isso, insisto tanto na disciplina, no reservar um
momento para a intimidade com Deus.
É
isso que gostaria de propor e exercitar com todos no VII Retiro
Nacional Evangelizar é Preciso, pois a oração é nosso combustível para a
caminhada.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 18 de Setembro
Filhos e filhas,
Estamos
nos aproximando do dia de São Pio de Pietrelcina, na próxima
segunda-feira, dia 23. E, pela primeira vez, estamos fazendo a novena em
honra ao intercessor da Obra Evangelizar, no programa Experiência de
Deus. Tenho certeza que muitos testemunhos chegarão.
São
Pio é um santo moderno, faz 20 anos que foi canonizado e temos muito o
que aprender com ele. Nesta mensagem, quero destacar a intimidade dele
com Deus. São Pio desde de criança deixou-se atrair por Deus e ao longo
da vida foi estreitando os laços, tornando-se um santo.
Quem
dera se nós também, um dia, tivéssemos tamanha intimidade com Deus,
assim como São Pio. Mas, filhos e filhas, precisamos primeiramente nos
encontrar com Ele, pois nossa felicidade, nossa vida plena só
encontramos em Jesus Cristo. Não adianta buscar em outro lugar ou
pessoa.
Podemos
encontrar Jesus e não ser mais um serviçal, ser como Ele mesmo nos
chamou “amigos”. Ninguém é servo de Jesus. Somos amigos e foi Ele quem
nos autorizou e confirmou esta amizade (cf. Jo 15,15). Essa experiência
pessoal com Jesus é fundamental, e é ela que traz a alegria de Deus.
Lembremos
de Natanael (cf. Jo 1,43-51): “Eu te vi embaixo da figueira”. Isso é
lindo demais, esse olhar de Jesus, que é profundo. Basta esse olhar para
transformar corações. Como Natanael podemos nos perguntar: De onde
Jesus me conhece? A resposta de Jesus certamente será: “Eu te vejo, eu
te conheço antes que você me conhecesse; eu te encontrei antes mesmo de
você me encontrar, eu te amei antes de você me amar!”
Você
já foi olhado por Jesus? Ou melhor, você já olhou nos olhos de Jesus,
quando está diante do Santíssimo? Isso é de um valor incomensurável. Se
ajoelhar em frente do Sacrário e fazer como Santa Teresinha de Lisieux:
“Jesus, tua menina chegou, tua menina está aqui”, não precisa nem rezar,
somente se colocar sob o olhar de Jesus. Se sentir vontade de chorar,
chore. Se sentir vontade de cantar, cante. Se não sentir vontade de
fazer nada, não faça. Apenas saber que está sob o olhar de Jesus, basta.
Jesus
nos olha com amor (cf. Mc 10,21). Você já sentiu esse olhar de Jesus
que diz: “Eu te amo!”? Esse olhar de Jesus muda toda a nossa vida e nos
leva a uma experiência de amor tão grande que faz nos apaixonar por Ele a
ponto de afirmar: “Jesus é meu amado, é a razão da minha vida!”
Com
certeza, São Pio, sentiu esse olhar de Jesus e por isso rezava aquela
oração que rezo e até fiz questão de cantar, Fica Senhor Comigo. Convido
a acessar as plataformas digitais, ouvir e rezar essa lindíssima
oração:
Fica Senhor comigo, pois preciso da tua presença para não te esquecer.
Sabes quão facilmente posso te abandonar.
Fica Senhor comigo, porque sou fraco e preciso da tua força para não cair.
Fica Senhor comigo, porque és minha vida, e sem ti perco o fervor.
Fica Senhor comigo, porque és minha luz, e sem ti reina a escuridão.
Fica Senhor comigo, para me mostrar tua vontade.
Fica Senhor comigo, para que ouça tua voz e te siga.
Fica Senhor comigo, pois desejo amar-te e permanecer sempre em tua companhia.
Fica Senhor comigo, se queres que te seja fiel.
Fica
Senhor comigo, porque, por mais pobre que seja minha alma, quero que se
transforme num lugar de consolação para ti, um ninho de amor.
Fica
comigo, Jesus, pois se faz tarde e o dia chega ao fim; a vida passa, e a
morte, o julgamento e a eternidade se aproximam. Preciso de ti para
renovar minhas energias e não parar no caminho. Está ficando tarde, a
morte avança e eu tenho medo da escuridão, das tentações, da falta de
fé, da cruz, das tristezas. Oh, quanto preciso de ti, meu Jesus, nesta
noite de exílio.
Fica
comigo nesta noite, Jesus, pois ao longo da vida, com todos os seus
perigos, eu preciso de ti. Faze, Senhor, que te reconheça como te
reconheceram teus discípulos ao partir do pão, a fim de que a Comunhão
Eucarística seja a luz a dissipar a escuridão, a força a me sustentar, a
única alegria do meu coração.
Fica comigo, Senhor, porque na hora da morte quero estar unido a ti, se não pela Comunhão, ao menos pela graça e pelo amor.
Fica
comigo, Jesus. Não peço consolações divinas, porque não as mereço, mas
apenas o presente da tua presença, ah, isso sim te suplico!
Fica
Senhor comigo, pois é só a ti que procuro, teu amor, tua graça, tua
vontade, teu coração, teu Espírito, porque te amo, e a única recompensa
que te peço é poder amar-te sempre mais. Com este amor resoluto desejo
amar-te de todo o coração enquanto estiver na Terra, para continuar a te
amar perfeitamente por toda a eternidade.
Amém.
São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 09 de Outubro
Filhos e filhas,
Nós,
brasileiros, estamos em uma semana mariana. Podemos dizer assim porque
no próximo final de semana celebramos Nossa Senhora Aparecida e Nossa
Senhora de Nazaré, esta em especial na região norte do país, mas Mãe de
Deus e de todos nós.
Que
alegria celebrar Nossa Senhora. Maria é a melhor companhia para nos
aproximarmos do Senhor. Então, vamos aproveitar essa semana e por
intercessão de Maria, aumentar nossa intimidade com Deus.
Maria é modelo de fé. Disse Santo Agostinho: “Mais
bem-aventurada, pois, foi Maria em receber Cristo pela fé do que em
conceber a carne de Cristo. A consanguinidade materna, de nada teria
servido a Maria, se Ela não se tivesse sentido mais feliz em acolher
Cristo no seu Coração, que no seu seio”.
Maria
é a Mãe da Igreja, a mãe que intercede por nós junto a Jesus. Como nas
Bodas de Caná, ela continua a ver nossas necessidades e levá-las ao
Filho. Ao mesmo tempo continua sempre a nos dizer: “Façam tudo o que meu Filho vos disser” (cf. Jo 2,5).
São Francisco de Sales nos ensina: “Não existe devoção a Deus sem amor à Santíssima Virgem”.
E podemos citar tantos outros santos que nutriam a espiritualidade com
amor e devoção a Nossa Senhora. Entre eles, aquela que será canonizada
domingo, dia 13, Santa Dulce dos Pobres, o Anjo bom da Bahia.
A
jovem Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes ouviu o chamado de Deus
para um serviço especial junto ao seu povo, em particular os pobres, os
doentes e aqueles que eram rejeitados. Deixando tudo, tornou-se
religiosa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição
da Mãe de Deus e é designada para um serviço em sua cidade.
Por
fidelidade ao chamado de Deus, de cuidar dos mais necessitados, aquela
frágil mulher enfrentou poderosos (dentro e fora da Igreja), pois no seu
coração, os clamores dos pobres sofredores inteiramente desamparados
gritava cada vez mais forte. Foi quando ela tomou a decisão de
entregar-se completamente a esta causa, abrindo uma casa para acolher
doentes por ela encontrados nas ruas e todos que vinham bater à sua
porta.
Que
possamos aprender com Santa Dulce o cuidado com os mais necessitados e
não medir esforços para sempre fazer a vontade de Deus.
Quero
terminar essa mensagem pedindo orações pelo nosso Pontífice, Papa
Francisco, pelo Sínodo para a Amazônia, para que os frutos deste
encontro sejam de vida e fé para uma região com muitos olhares, porém
poucos cuidados.
Oremos pelo nosso Pontífice, Francisco:
Que Deus o conserve
E que o vivifique
O faça bem-aventurado na Terra
E que não seja entregue à vontade
dos seus inimigos
Amém.
Boletim do dia 06 de Novembro
Filhos e filhas,
Passamos
a data de Finados e já podemos ver decorações natalinas ao nosso redor.
Acho válido e indico decorar, ou pelo menos ter um enfeite de Natal em
sua casa. É o externo nos recordando que estamos em um tempo especial.
Como
padre, não posso deixar de lembrar que devemos preparar a nossa alma
para revivermos o mistério do Natal. Acredito que a melhor forma de nos
prepararmos é com uma confissão.
O
Sacramento da Reconciliação é um convite a fazer a experiência da
misericórdia pelo perdão, por intermédio do sacerdote que age em nome de
Deus e da Igreja.
Nosso
Senhor Jesus Cristo, sabendo de nossas fraquezas, instituiu o
sacramento da confissão. Escolheu seus representantes, dando-lhes o
poder de perdoar os pecados em Seu nome, como ensina São João: "Soprando
sobre eles, dizendo-lhes: 'Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem
perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os
retiverdes, ser-lhes-ão retidos'" (Jo 20, 22b-23).
Jesus já havia dito em outra ocasião: "Tudo quanto ligardes na terra será ligado no céu, e tudo quanto desligardes na terra será desligado também no céu"
(Mt 18, 18). Sendo assim, o sacerdote não age em seu nome, mas com a
autoridade concedida por Jesus. Ou seja, mesmo sendo uma pessoa sujeita
ao pecado, como todas as outras, ele atua em nome de Deus e da Igreja
para absolver os pecados. É instrumento do perdão de Deus. O fato de
também possuir fraquezas o faz compreender a conduta humana e sua
inclinação ao pecado, não se colocando na posição de juiz intransigente.
Vale mencionar ainda que, segundo o cânon 1388, o segredo de confissão é
inviolável.
Costumo
dizer que a confissão é um banho espiritual que lava a alma. Da mesma
forma que é preciso tomar banho todos os dias para manter o corpo limpo,
há a necessidade de confessar-se para garantir a limpeza espiritual. A
confissão apaga completamente os pecados, mesmo os mortais, e concede a
graça santificante. Aumenta os méritos diante do Criador e permite
desenvolver todas as virtudes, além de proporcionar tranquilidade de
consciência, alívio das mágoas e consolo espiritual.
Para realizar uma confissão adequada, são necessárias, pelo menos, cinco condições:
-
Fazer um exame de consciência, que consiste em lembrar os pecados
mortais cometidos desde a última confissão. Para que seja caracterizado
pecado mortal ou matéria grave (praticar ato que caracterize grande
ofensa aos Mandamentos de Deus e da Igreja) é necessário: conhecimento
(estar ciente, saber que o ato a ser praticado é pecado) e consentimento
(ter tempo para refletir e, mesmo assim, cometer o pecado por livre e
espontânea vontade). Quando falta um só adjetivo a estes requisitos, é
pecado venial ou leve;
- Estar sinceramente arrependido por ter ofendido a Deus e ao próximo;
- Ter o firme propósito de não cometer mais o(s) erro(s), confiando no auxílio da graça de Deus;
- Confessar objetivamente os próprios pecados e não o dos outros;
- Cumprir a penitência que o confessor indicar.
Muitas
pessoas, de fato, não sabem confessar e usam a seguinte fórmula: “Não
matei, não roubei, o resto fiz tudo”. Não é tão simples assim. Nada
melhor do que examinarmos nossa consciência, baseando-nos nos Dez
Mandamentos da Lei de Deus:
1º) “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças”;
2º) “Não pronunciarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão”;
3º) “Guardarás o domingo e dias santos de preceito”;
4º) “Honrarás pai e mãe”;
5º) “Não matarás”;
6º) “Não pecarás contra a castidade";
7º) “Não furtarás”;
8º) “Não levantarás falso testemunho”;
9º) “Não cobiçarás a mulher do próximo”;
10º) “Não cobiçarás as coisas alheias”.
Confesse seus pecados com a fé em Jesus Cristo. E, lembre-se: “Se confessarmos nossos pecados, fiel e justo é Ele para perdoar-nos e purificar-nos de toda iniquidade" (1 João 1, 9).
Que o Espírito Santo ilumine e impulsione sempre à confissão.
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 20 de Novembro
Filhos e filhas,
Com
a chegada do final de ano, tenho ouvido muitos depoimentos de pessoas
que estão sofrendo de ansiedade por não realizarem o que se propuseram
no início do ano, como o meme que o Manzottinho me mostrou: “Dos 5Kg que queria perder o início do ano, só me faltam 10Kg”.
Desconsiderando
a brincadeira, a ansiedade é considerada uma reação normal ao estresse.
Ao observarmos a correria no dia a dia, percebemos que, de modo geral,
cada vez mais nos tornamos pessoas nervosas, ansiosas, irritadas,
estressadas e angustiadas. Isso é uma resposta natural aos desafios que
enfrentamos.
De
fato, uma vida sem situações estressantes é praticamente impossível,
mas podemos prevenir seus efeitos negativos mantendo uma boa qualidade
de vida. Isso implica conciliar trabalho, vida pessoal e todos os
afazeres de todos os aspectos de nossa vida.
Deus
criou tudo o que existe em seis dias e no sétimo descansou. Por isso,
esse dia foi santificado, abençoado. Jesus, com Sua ressurreição,
começou um novo tempo no qual tudo se recria. Nessa nova etapa, pelo ato
de Jesus ter ressuscitado no domingo, o primeiro dia da semana, essa
data passou a ser um marco para o cristão, o “Dia do Senhor” (cf. Ap
1,10).
A
própria espiritualidade cristã nos ensina que é necessário pararmos um
tempo, um dia por semana, para uma reflexão. Muitos se deprimem e se
angustiam pelo que já passou. Outros, criam ansiedade desnecessária pelo
que virá e se estressam por não poderem acelerar ou retardar o tempo
das coisas, quando, na verdade, o tempo segue seu curso
independentemente da nossa vontade.
O
segredo para ter serenidade está em compreender que cada acontecimento é
um dom de Deus. Desfrutar dos bons momentos e aprender com os ruins são
sinais de sensatez e sabedoria. E é essa a mensagem que procurei passar
com a música que lancei na última terça-feira, dia 19, “Hora de Amar”.
Essa é a primeira do meu novo trabalho “Tempo de Inovar”. Agradeço a
minha amiga Naiara Azevedo por cantar comigo e espalhar essa mensagem.
Coloco aqui a letra da música para uma reflexão de como temos desfrutado nosso tempo:
Quanto tempo eu tenho
Eu tô correndo demais
E na minha velocidade o que era importante eu deixei lá atrás
O meu relógio não para
O meu celular vai tocar
Deus eu te peço perdão
O que tinha valor eu não soube cuidar
O que é que eu tô fazendo da minha vida
Se ainda tenho tempo pra mudar
Eu vou cantando essa melodia
Viver desse jeito não dá
Chegou minha hora de amar
Eu não vou correr contra o tempo
Pra fazer tudo o que eu tenho
E perder a minha vida
Eu vou curtir sem me esquecer
Do que Deus me deu de presente
Meus amigos, minha família
Eu vou amar mais
Vou abraçar mais
Eu vou viver em paz
Eu vou amar mais
Vou abraçar mais
Eu vou viver em paz
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 27 de Novembro
Filhos e filhas,
Nesta
quarta-feira, 27 de novembro, a Igreja celebra Nossa Senhora das
Graças. Neste dia, em 1830, a noviça Catarina Labouré teve uma visão de
Nossa Senhora, na capela das Irmãs Filhas da caridade de São Vicente de
Paulo.
Nessa
visão, a Virgem Santíssima estava em cima de um globo e tinha sob seus
pés uma serpente. Das mãos de Nossa Senhora provinham raios luminosos,
símbolo das graças que Ela derrama sobre quem suplica. E os raios opacos
simbolizavam as graças que não eram pedidas.
Essa
aparição, além de tanto simbolismo, nos lembra a importância de sempre
rezarmos, suplicando pela intercessão de Maria, para atender nossas
necessidades. Filhos, a oração transfigura, a oração transcende, a
oração muda, a oração converte, a oração verdadeira nos impulsiona.
Muitas
vezes, nossas orações não estão sendo qualificativas. Nós estamos sendo
mecânicos, ritualistas, cumpridores e observadores, mas não estamos
deixando nos tocar por Deus.
Está
sendo um caminho de ida, mas não há o caminho de volta. Não porque Deus
não quer, mas porque não deixamos, nós não O escutamos. Na mesma
proporção que nos dedicamos a cuidarmos do corpo, devemos dedicar a
cuidar do espírito.
Se,
na mesma proporção que buscamos manter a sobrevivência do corpo,
buscássemos manter a sobrevivência da alma, não seríamos tão doentes
espiritualmente Não seríamos desnutridos, desesperados e desgastados.
Por isso, insisto tanto na disciplina, no reservar um momento para a
intimidade com Deus.
Muitos
me perguntam: E quando a oração não é atendida? Como saber o que está
errado? A oração é um combate e nós devemos lutar contra tudo aquilo que
nos faz desanimar, como a sensação de fracasso, ressentimento e
decepção, principalmente por não ser atendido. Chamo a atenção para o
que diz, um dos Padres do Deserto: “Não te aflijas quando não
receberes imediatamente de Deus, o objeto de teu pedido: é que Ele quer
fazer-te ainda maior bem, por tua perseverança em permanecer com Ele na
oração” (Evágrio Pôntico). “Ele quer que nosso desejo seja provado na oração. Assim Ele nos prepara para receber aquilo que Ele está pronto a nos dar” (Santo Agostinho).
Esses
pensamentos dizem para não nos desesperarmos. A demora de Deus é uma
provação da oração, nos prepara para a graça que vamos receber. Essa é a
prática de esperar em Deus e a oração é uma espera em Deus que requer
recolhimento. A meditação nos ajuda neste contexto de sempre voltarmos o
pensamento para Deus e aumentar a esperança, sem cairmos em desespero.
Termino citando mais um grande Santo de nossa Igreja, Santo Afonso de Ligório: “É
preciso que nos convençamos de que da oração depende todo o nosso bem.
Da oração depende a nossa mudança de vida, o vencer das tentações; dela
depende conseguirmos o amor de Deus, a perfeição, a perseverança e a
salvação eterna”.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 11 de Dezembro
Filhos e filhas,
Nesta
semana, celebramos Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira das Américas.
No entanto, sua história e devoção são pouco conhecidas de nós,
brasileiros. Por isso, dedico esta mensagem para contar a história da
Virgem de Guadalupe, que se passa no ano de 1531 onde atualmente está o
México, que ainda pertencia ao império espanhol.
Juan
Diego não pertencia a qualquer classe social do Império, mas era livre.
Sabia ler e escrever. Perdera os pais muito cedo e dedicava-se ao
trabalho no campo. Viúvo, ele vivia com o tio, Juan Bernardino, a quem
estimava como a um pai. Eles haviam se convertido e receberam o batismo.
No
dia 9 de dezembro de 1531, quando se dirigia para a igreja das Missões,
ouviu uma linda música vinda da montanha. Parou para apreciar, quando
ouviu uma voz por cima da montanha que o chamava suavemente: "Juanito, Juan Diego".
Subindo em sua direção, viu uma senhora e maravilhou-se pela sua
grandeza. Seu vestido era radiante e seu rosto transparecia bondade e
compaixão. Ela perguntou-lhe: "Juanito, o mais humilde de meus filhos, onde vais? Juan Diego respondeu: Minha Senhora e Menina, vou à igreja, seguir as coisas divinas". Então pediu-lhe a senhora: "Eu
desejo que um templo seja construído aqui, rapidamente, para que eu
possa mostrar todo o meu amor, e realizar o que a minha clemência
pretende. Vá ao palácio do Bispo e comunica este meu grande desejo". Ele, inclinou-se diante d’Ela e disse: "Minha Senhora, Eu estou indo cumprir Tua ordem, agora me despeço de Ti, Teu humilde servo".
Apressado seguiu para a casa do bispo. Esperou muito tempo e quando foi
atendido, após ouvi-lo, o Bispo mandou que voltasse outro dia, para
relatar melhor a história.
Juan
Diego saiu triste, mas no dia seguinte, depois de rezar à Virgem, ele
deixou sua casa e foi ver o Bispo. Novamente depois de muita
dificuldade, o Bispo estava à sua frente. Ele expôs a ordem de Nossa
Senhora do Céu, e que por Deus, acreditasse em sua mensagem. O Bispo,
para assegurar-se, fez várias perguntas, e pediu que apresentasse provas
de que estava dizendo a verdade.
Juan Diego voltou logo para contar à Virgem Santíssima, a resposta que trazia do Bispo. A Senhora, após ouvir, disse-lhe: "Muito bem, você retornará aqui amanhã, então levará ao Bispo o sinal por ele pedido. Com isso ele irá acreditar".
No
dia seguinte, não foi ao encontro da senhora. Saiu para trazer um
sacerdote para seu tio, que estava gravemente enfermo. Mas, Ela o
encontrou no caminho. Aproximou-se dele e disse: "O que há, meu pequeno filho? Onde estás indo?"
E Juan Diego pedindo desculpas disse que deveria levar um sacerdote,
para administrar os Sacramentos, pois seu tio estava muito enfermo. A
Santa Virgem lhe disse: "Escuta-me e entenda bem, meu filho, nada
deve amedrontar ou afligir você. Não deixe seu coração perturbado. Não
tema esta ou qualquer outra enfermidade ou angústia. Eu não estou aqui?
Quem é sua Mãe? Você não está abaixo de minha proteção? Eu não sou a
saúde? Não se aflija, pois seu tio será salvo dessa enfermidade".
Então Juan Diego prometeu que, quanto antes, estaria na presença do
Bispo, para levar o sinal ou prova, a fim de que cresse. A Senhora pediu
que ele subisse ao topo da montanha para que colhesse flores, e
trouxesse à sua presença.
Atendendo
ao pedido da Virgem Maria, Juan Diego foi e quando chegou no topo da
montanha ficou admirado vendo tantas rosas, perfumadas e umedecidas pelo
orvalho. Colheu-as, levou-as à Senhora, que as arrumou dentro da tilma
(manto) do índio e mandou que as mostrasse somente ao Bispo. Juan Diego
se pôs a caminho, desta vez mais confiante.
Diante
do Bispo, Juan Diego relatou como a Senhora o fizera subir até o local
onde naquela época do ano só havia espinhos e lá encontrara rosas
belíssimas. Dizendo isso, desenrolou o manto e as rosas rolaram pelo
chão, o Bispo ficou maravilhado, pois além das rosas, estava estampada
no manto de Juan Diego a imagem da Virgem de Guadalupe. Sua aparência,
sua pele morena trazia as características de uma jovem indígena.
A
preciosa imagem da sempre Virgem Santa Maria, Mãe de Deus, da mesma
maneira como hoje ela é guardada no templo do Tepeyacac, desafia o tempo
e os estudos científicos, pois a imagem impressa milagrosamente em um
tecido de pouca qualidade (feito a partir do cacto), que deveria se
deteriorar em 20 anos, não mostra sinais de deterioração depois de 474
anos, desafiando qualquer explicação científica sobre sua origem.
O
Bispo e toda Igreja acreditaram. Logo foi erguida uma capela. Juan
Diego construiu, ao lado do templo, uma cabana, onde permaneceu até sua
morte. A Virgem de Guadalupe foi declarada Mãe das Américas e hoje,
acolhe e intercede por todos seus filhos e filhas.
Que a história da Virgem de Guadalupe nos leve a uma autêntica devoção Mariana.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Filhos e filhas,
É Natal! O Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14).
Todo
o dia de hoje se volta para o Deus criança. É o céu e a terra se
encontrando na altura de uma manjedoura. Isso acontece, independente se
cremos ou não, se nós fizemos uma devida preparação ou não. Isso não
importa, porque Deus nasceu como uma graça divina, é Dele a iniciativa.
Precisamos
entender que Deus não existe porque nós cremos, mas sim porque Ele, no
seu amor infinito, é incapaz de deixar de nos amar. A ação de nascer foi
de Deus, mas felizes somos nós se nos deixarmos contagiar por esse
grande feito: o amor de Deus em forma de criança!
Filhos,
Jesus já nasce transformando vidas e eu gostaria de chamar atenção para
alguns personagens para que nós nos espelhemos. Antes preciso lembrar
que o nascimento de Jesus é histórico. A própria estrela guia, dizem os
cientistas, foi um alinhamento de planetas que a olho nu pareciam uma
única estrela. É interessante que depois de tanta negação, começa a
ciência a rever suas posições e dizer que algo extraordinário aconteceu.
A
fé vai muito além da ciência e Deus sempre nos surpreende. Então, se
deixe surpreender por Deus. Se você acha que já está resolvido é porque
você não experimentou esse Deus que nos surpreende a cada dia, que nos
renova a cada dia.
Já feita essa explicação, quero destacar a figura de São José.
Tenho pensado muito nesse homem que tinha todas as possibilidades de
negar Nossa Senhora. Todo mundo fica surpreso que em sonho o anjo
apareceu e lhe disse para acolher Maria porque ela concebeu do Espírito
Santo (Mt1,19-21), porém fico pensando que mesmo antes do sonho, José
poderia ter feito besteira, poderia ter posto tudo a perder.
Com
José, aprendemos que Deus vai lapidando as pessoas. Quando Maria foi
avisá-lo de sua gravidez, ele já tinha deixado se deixar lapidar por
Deus para ser sensato, para esperar a resposta em Deus, para discernir
na oração. E a pergunta fica: como nós nos deixamos lapidar por Deus
diante das surpresas que a vida nos traz?
Deus,
quando assumiu a condição humana, se colocou nas mãos de um homem,
José. Que nós sejamos ‘José’ e sejamos mais coerentes, mais sóbrios nas
decisões, menos intempestivos, menos tomados pela violência, pela fúria,
pelo sangue quente, que nós sejamos mais temperados.
Outra figura que não posso deixar de realçar é Maria.
O Natal é nascimento de Jesus, mas Deus se colocou refém do ventre de
uma mulher. Maria faz acontecer o Natal! Pelo sim de Maria, pela sua fé e
confiança, nós hoje celebramos o Natal.
E
frente a tamanha força nos questionamos, será que nós fazemos acontecer
o Natal em nossa família, em nosso lar? Se não acontece, não é porque
Jesus não nasceu, mas porque nós não estamos próximos para cooperar,
colaborar e sentir.
Então
aproveite essa iniciativa de Deus e permita-se viver e conhecer Aquele
que luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina todas as pessoas, Jesus
Cristo (cf. Jo 1,9).
Um santo e feliz Natal. Que o Menino Deus abençoe a todos.
Padre Reginaldo Manzotti