Maria Agata Simma, nasceu no dia 5 de Fevereiro de 1915
em Sonntag (Vorarlberg). É a segunda filha de José António
Simma e de Aloisa Rinderer. Seu pai, José António, era filho
do proprietário da pensão do Leão (Lówe), que se chamava
também José António, casado com Anna Pfisterer, de
Sonntag.
Durante anos ganhou a vida como porteiro, depois como
criado em casa de seu irmão João Simma, agricultor em
Bregenz. Aí conheceu Aloisa Rinderer, filha de um
funcionário dos caminhos de ferro, que João tinha levado
para sua casa e tinha criado. José casou com ela apesar de
ser 18 anos mais nova. A pobreza foi a dote que um e outro
levaram para o casamento. Foram morar num apartamento
nos arredores de Sonntag. Durante a primeira guerra
mundial foi carteiro, depois cantoneiro e finalmente
reformado.
Com a mulher e os oito filhos foi morar numa velha casa,
deixada em testamento por um velhinho caridoso, Franz
Bickel, carpinteiro.
Devido à grande pobreza da família, os filhos começaram a
trabalhar muito sedo para ganhar o pão, os rapazes como
operários e as raparigas como amas de crianças.
Maria, desde a juventude, era muito pia e frequentava
assiduamente a catequese dada pelo seu pároco, o dott. Karl
Fritz. Depois da escola primária partiu para a Svevia, mais
tarde para Hard, Nenzing e Lauterach.
MARIA SIMMA: SUA FAMÍLIA, SUA ORIGEM
Queria tornar-se religiosa, mas por três foi rejeitada devido
a sua fraca constituição. O enxoval para o convento foi, em
parte ganho por si própria, e mendigado o restante. Por três
anos ficou ao serviço no lar de S. José, em Feldkirch. Depois
que foi embora de Gaissau, Maria ficou em casa dos pais e
cuidava da igreja.
Desde a morte do pai, em 1947, viveu sozinha na casa
paterna e, para se sustentar, ocupa-se de jardinagem. Vive
na pobreza e tem ajuda de pessoas caridosas.
A sua permanência por três vezes no convento, a formaram e
a fizeram progredir espiritualmente, preparando-a assim o
apostolado em favor das almas do Purgatório. A sua vida
espiritual é caracterizada por um amor filial à Santíssima
Virgem e pelo desejo de socorrer as almas do purgatório,
mas também pelo empenho de ajudar por todos os meios, as
Missões.
Dedicou a sua virgindade a Nossa Senhora e fez a
consagração a Maria de São Luís Grignon de Montfort, em
favor, sobretudo, dos defuntos; e ofereceu-se a Deus, por
voto, como alma "vítima" de amor e de expiação. Maria
Simma encontrou assim, ao que parece, a vocação que Deus
lhe designou: ajudar as almas do Purgatório pela oração,
pelo sofrimento expiatório e pelo apostolado.
Na época do Nazismo – ela depois continuou - ajudou
gratuitamente a preparar as crianças para a confissão e a
primeira comunhão, dando-lhes uma instrução religiosa
complementar e demonstrando, nesta missão, um verdadeiro
talento.
Ajuda as almas do Purgatório
Desde a infância, Maria Simma ajuda as almas do
Purgatório com orações e procurando ganhar indulgencias.1
A partir de 1940, que as almas do Purgatório começaram a
manifestar-se pedindo-lhe o socorro das suas orações. Em
1953, no dia de Todos os Santos, começou a ajudar os
defuntos pelo sofrimento expiatório. Sofreu grandes dores
por um oficial morto na Carintia em 1660, dores que
correspondiam a pecados a expiar. Durante a semana dos
defuntos (a seguir o 1 de Novembro), assim parece, as almas
recebem favores, graças a misericórdia da Virgem. Assim
prece ser para elas, por todo o mês de Novembro, um tempo
de graças particularmente abundantes.
Maria sentiu-se feliz por ver o mês de Novembro acabar;
mas a sua missão só começou verdadeiramente no dia 8 de
Dezembro, festa da Imaculada.
Apresentou-se-lhe, desesperado, um padre de Colónia morto
em 555. Vinha pedir-lhe sofrimentos expiatórios, mas era
necessário que ela os aceitasse livremente; sem isso, ele
teria de sofrer até ao juízo final. Aceitou e teve uma semana
de dores terríveis. Todas as noites esta alma vinha
encarregá-la de novos sofrimentos. Era como se lhe tivessem
deslocado todos os membros. Esta alma oprimia-a, como
que a esmagava, e sempre, de todos os lados novos punhais
a penetravam com violência. Outra vez era como se
apoiassem contra ela uma lâmina romba que, curvando-se e
partindo-se sob o efeito da resistência, se lhe entrasse em
todas as partes do corpo. Esta alma tinha de expiar
Designa-se com o termo “indulgência” a remissão da pena temporal de
pecados já perdoados quanto à culpa.
COMO APARECEM AS ALMAS DO PURGATÓRIO
As almas do Purgatório aparecem sob diversas formas e de
diferentes modos. Algumas batem, outras aparecem de
repente. Algumas mostram-se sob aparência humana,
visíveis nitidamente como no tempo da sua vida mortal, em
geral vestidas com o fato de trabalho, outras, ao contrário,
apresentam-se sob uma forma etérea. As almas envoltas no
terrível fogo do purgatório provocam uma impressão
aterradora. Quanto mais purificadas foram pelo sofrimento,
mais afáveis e luminosas se tornam. Algumas contam como
pecaram e como escaparam ao fogo do inferno pela
misericórdia divina; não é raro transmitirem também
ensinamentos e exortações.
Por vezes, Maria apenas sente que há almas presentes e que
deve rezar e sofrer por elas. Durante a Quaresma, as almas
só se manifestam para pedir a Maria que sofra por elas, de
noite e mesmo de dia.
Também acontece aparecerem sob formas extraordinárias
que metem medo. Algumas falam como durante a vida, no
seu dialecto. As de língua estrangeira falam um mau alemão,
com sotaque, cada uma a seu modo pessoal.
A VISÃO DO PURGATÓRLO
O Purgatório é em vários sítios, respondeu um dia Maria.
“As almas não vêm ‘para fora ‘do Purgatório, mas ‘com ‘o
Purgatório “. Maria Simma viu o Purgatório de diversos
modos: uma vez assim, outra de outro modo. Há uma
multidão imensa de almas no Purgatório: é um contínuo
vaivém. Viu uma vez um grande número de almas que lhe
eram desconhecidas. As que tinham pecado contra a fé
tinham sobre o coração uma chama sombria; outras, que
pecaram por impureza, uma chama vermelha.
Depois viu as almas por grupos: sacerdotes, religiosos,
religiosas, católicos, protestantes e pagãos. As almas dos
católicos têm mais que sofrer do que as dos protestantes. Os
pagãos têm um purgatório ainda mais leve, mas também
recebem menos socorro e as suas penas duram mais tempo.
Os católicos são mais socorridos e, portanto, mais
rapidamente são libertados. Viu também religiosos e
religiosas condenados ao Purgatório por causa da sua
tibieza e falta de caridade. Crianças com apenas seis anos
podem ter de sofrer durante bastante tempo o purgatório.
Maria teve a revelação da maravilhosa harmonia que existe
no purgatório entre o amor e a justiça divinas.
Cada alma é punida segundo a natureza das suas faltas e o grau de apego
ao pecado que tinha quando as cometeu.
A intensidade do sofrimento não é a mesma para todas as
almas. Umas têm de sofrer como se sofre na terra no
decurso de uma vida difícil e devem esperar para contemplar
Deus. Um dia de purgatório rigoroso é mais terrível do que
dez anos de purgatório leve. A duração das penas é muito
variável. O padre de Colónia ficou no Purgatório desde o
ano 555 até à Ascensão de 1954 e se não tivesse sido
libertado pelos sofrimentos aceites por Maria Simma, ainda
sofreria longa e terrivelmente. Há também almas que terão
de sofrer duramente até ao juízo final. Outras têm meia hora
de sofrimento ou ainda menos: apenas “atravessam o
Purgatório voando”.
O demónio pode torturar as almas do purgatório, sobretudo
as que foram causa de perdição de outras almas.
As almas do purgatório sofrem com uma paciência
admirável e louvam a misericórdia divina que lhes permitiu
escapar ao inferno. Sabem que mereceram sofrer, lamentam
as suas faltas e imploram a ajuda de Maria Santíssima, Mãe
de misericórdia.
COMO PODEMOS AJUDAR
AS ALMAS DO PURGATÓRIO
1. Sobretudo pelo Santo Sacrifício da Missa, que nada pode
substituir
2. Por sofrimentos expiatórios: todo o sofrimento físico ou
moral oferecido pelas almas, lhes dá grande alívio.
3. Depois do Santo Sacrifício da Missa, o rosário é o meio
mais eficaz para ajudá-las. Todos os dias são libertadas pelo
rosário numerosas almas que, sem ele, teriam de sofrer
ainda muitos anos.
4. A Via Sacra proporciona-lhes também grande alívio.
5. As indulgências são, segundo as almas, de um valor
inestimável. As indulgências são uma apropriação da
satisfação oferecida por Jesus Cristo ao Pai. Quem durante
a sua vida terrestre ganhar muitas indulgências para os
defuntos, receberá também mais do que a maioria das
pessoas na sua última hora: a graça de ganhar inteiramente
a indulgência plenária concedida aos cristãos em artigo de
morte. É uma crueldade não usar estes tesouros da Igreja em
proveito das almas dos defuntos. Vejamos! Se nos
encontrássemos frente a um monte de moedas de ouro e
tivéssemos a possibilidade de nos servirmos à vontade para
socorrer um pobre incapaz de as atingir; não seria cruel
recusar-lhe esse serviço?
Na maior parte das localidades, incluindo mesmo as nossas,
o uso de orações indulgenciadas diminui de ano para ano.
Os fiéis deviam ser exortados a esta prática piedosa.
6. As esmolas e boas obras, sobretudo os donativos em favor
das Missões, ajudam as almas do Purgatório.
7. Acender velas também as auxilia, primeiro porque é uma
atenção e um acto de amor para com elas, depois porque as
velas são benzidas e iluminam as trevas.
Uma criança de 11 anos, de Kaisers, pediu a Maria Simma
que rezasse por ele. Estava no purgatório por, no dia de
Finados, ter apagado as luzes que no cemitério ardiam sobre
as campas e ter roubado a cera delas para se divertir. As
luzes benzidas têm muito valor para as almas.
No dia da Candelária, Maria Simma teve de acender duas
velas por uma alma enquanto suportavam por essa mesma
alma sofrimentos expiatórios.
8. Deitar água benta alivia os sofrimentos dos defuntos. Um
dia, ao passar, Maria Simma deitou água benta para as
almas. Uma voz disse-lhe: “Mais!”
Estes meios não ajudam todas as almas da mesma maneira.
Se durante a sua vida alguém teve pouco apreço pela missa,
a missa aproveita-lhe pouco quando estiver no Purgatório.
Se alguém não teve coração durante a sua vida, recebe
pouca ajuda. Os que pecaram difamando os outros vão
também expiar duramente. Mas quem, enquanto vivo, teve
bom coração, recebe muita ajuda. Uma alma que
negligenciou a assistência à missa pôde pedir oito missas
para seu alívio porque, durante a sua vida mortal tinha
oferecido oito missas por uma alma do Purgatório.
A VIRGEM MARIA E AS ALMAS DO PURGATÓRIO
A Virgem Maria é para as almas do Purgatório, a Mãe de
misericórdia. Quando o Seu nome ecoa no purgatório, as
almas sentem uma grande alegria. Uma alma disse, no dia
da Assunção, que na sua morte Maria tinha pedido a Jesus a
libertação de todas as almas que se encontravam no
Purgatório, que Jesus tinha atendido o pedido de sua mãe e
que no dia da Assunção essas almas tinham acompanhado a
Virgem ao céu porque Ela fora então coroada como Mãe de
Misericórdia e Mãe da graça divina. No Purgatório Maria
distribui as graças segundo a vontade divina; Ela passa com
21
frequência pelo Purgatório: Eis o que viu Maria Simma.
AS ALMAS DO PURGATÓRIO E OS MORIBUNDOS
Na noite de Todos-os-Santos uma alma disse-lhe: “Hoje, dia
de Todos-os-Santos, morrerão no Vorarlberg duas pessoas
que estão em grande perigo de condenação. Não podem ser
salvas se não se rezar insistentemente por elas”.
Maria Simma rezou; e foi também ajudada por outras
pessoas. Na noite seguinte uma alma disse-lhe que as duas
tinham escapado ao inferno e tinham chegado ao
Purgatório. Um dos dois doentes tinha mesmo recebido no
fim os sacramentos; o outro tinha recusado os últimos
sacramentos. Segundo dizem as almas do Purgatório, muitos
vão para o inferno porque se reza muito pouco por eles.
Poderíamos salvar muitas almas de ir para o inferno se
todas as manhãs e noites, rezássemos esta oração
indulgenciada e três Avé Marias, pelos que vão morrer nesse
dia: “O Misericordiosíssimo Jesus, que ardeis num tão
grande amor pelas almas, peço-Vos pela agonia do Vosso
Santíssimo Coração e pelas dores da Vossa Mãe
Imaculada, purificai com o Vosso Sangue todos os
pecadores da terra que estão em agonia e que hoje mesmo
vão morrer. Coração agonizante de Jesus, tende piedade
dos moribundos”
Maria Simma viu um dia numerosas almas na balança, entre
o inferno e o Purgatório.
22
INSTRUÇÕES
As almas do purgatório preocupam-se muito connosco e com
o Reino de Deus. Temos a prova disso em certos conselhos
que elas deram a Maria Simma, são tirados das suas notas
os que se seguem:
“Não vale a pena lamentarmo-nos sobre os maus tempos que
atravessamos. E preciso dizer aos pais que são eles os
principais responsáveis. Os pais não podem prestar pior
serviço aos seus filhos do que satisfazer todos os seus
desejos, dar-lhes tudo o que querem, simplesmente para que
fiquem contentes e não gritem. Assim o orgulho pode criar
raízes no coração da criança.
Mais tarde, quando a criança começa a ir à escola, não sabe
nem recitar o Pai Nosso, nem mesmo fazer o sinal da cruz.
Por vezes, de Deus ela não sabe absolutamente nada. Os
pais desculpam-se dizendo que isso é dever dos catequistas e
dos professores de religião.
Onde o ensinamento religioso não começa desde a mais
tenra infância, mais tarde a religião não perdura.
Ensinai à criança a renúncia! Porque há hoje esta
indiferença religiosa? Esta decadência moral? Porque as
crianças não aprenderam a renunciar! Mais tarde tornam-se
uns descontentes e homens sem contenção, que fazem de
tudo e querem tudo à larga. E isso que provoca tanta
devassidão sexual, práticas anticoncecionais e assassinatos
no seio materno. Estas crianças que não nasceram clamam
por vingança no céu. Em muitos lugares o seu número
ultrapassa o dos nascimentos. A lei contra o aborto devia ser mais severa.
Vêm-se raparigas de catorze anos a fazer já abortos. Todo o
médico que, no decurso de consultas descobre um aborto
deveria ter a obrigação de o anunciar às autoridades
competentes, sob pena de encobrir uma grande
responsabilidade.
Quem não aprendeu em criança a renunciar, torna-se
egoísta, sem amor e tirano. E por isso que há hoje tanto ódio
e falta de caridade.
Para todo o católico, o apostolado é um dever. Uns exercem-
no professando, outros pelo bom exemplo. Queixamo-nos de
que muitos são corrompidos por discursos contra a moral ou
contra a religião. Então porque se calam os outros? Os bons
também devem defender as suas convicções e declarar-se
cristãos. No decurso da história da Igreja, a salvação das
almas e a civilização cristã alguma vez foram, para os
leigos, um dever mais urgente e mais imperioso que nos
nossos dias?
Todos os cristãos deviam entregar-se a procurar o Reino de
Deus e afazê-lo progredir, senão os homens não serão
capazes de reconhecer o governo da Providência. O cuidado
com a alma não deve ser abafado por um cuidado exagerado
com o corpo.
Em 2 de Janeiro de 1955, durante a noite, ouvi
distintamente: “Deus exige uma expiação!” É por sacrifícios
voluntariamente aceites e pela oração que podemos expiar
muito. Mas se os não aceitarmos de boa vontade, Deus
exigirá esses sacrifícios. Porque é necessário que haja expiação.
CONCLUSÃO
Em resumo, trata-se no caso de Maria Simma de uma
vocação especial em favor das almas do purgatório. Isso
encontra-se claramente expresso numa nota de 21 de
Novembro de1954, onde se lê: “Já várias vezes me perguntei
como poderia eu enviar a uma pessoa uma alma do
purgatório. Pensava: porque não se dirigem elas
directamente aos seus parentes? Porque seria muito mais
simples do que ter de ser eu de a anunciá-lo.
Então veio uma alma que me fez esta severa reprimenda:
“Não peques contra as decisões divinas! Deus distribui as
suas graças a quem Ele quer Nunca terás o poder de enviar
uma alma a outra pessoa. Não é pelos teus méritos que Deus
te concede isso a ti. Se se considerarem os méritos, muitos
outros merecem mais que tu. E verdade que tu, já desde
criança, deste muita ajuda às almas; mas também isso foi
uma grande graça. Muitas almas teriam aproveitado essa
graça melhor que tu. Ao lado dos santos que fizeram na
terra muitos milagres, houve outros ainda maiores,
escondidos, que não tinham esse poder, mas que atingiram
uma santidade ainda maior do que aqueles a quem Deus deu
o poder de operar milagres. É preciso não esquecer: de
quem recebeu mais graças, Deus exige ainda mais. Deus
quer que nós Lhe peçamos as Suas graças; uma oração boa
e perseverante atravessa as nuvens e é atendida da maneira
melhor para quem a faz
Por este relato, creio ter dado uma imagem suficiente dos
factos. Procurei relatar tudo o que aprendi de Maria Simma,
de Todos-os-Santos de 1953 a Fevereiro de 1955, e que pude
verificar; citando os factos tal como foram relatados - em
parte - nas suas notas. Trata-se de um apostolado e de uma
ajuda às almas do purgatório. Cada um tem a liberdade de
formar a sua opinião segundo o que lhe parece bom. Mas
que quem não aceita estes factos, julgue Maria Simma com
justiça.
Sonntag, domingo 20 de Fevereiro de 1955
Assinado: Alphonse Matt, Pároco de Sonntag
Maria Simma, As almas do Purgatório disseram-me, Editora
Cidade do Imaculado Coração de Maria, Fátima, pp. 18-50
fonte: https://www.padreleo.org/media/Maria-Simma-notas-biograficas-1.pdf
TÚMULO DE MARIA SIMMA
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