A Ti, Senhor Jesus Cristo,
único Pastor da Igreja,
ofereço os frutos destes
vinte e cinco anos de ministério
ao serviço do povo que me confiaste.
Perdoa o mal feito
e multiplica o bem:
tudo é obra tua e unicamente a ti
é devida a glória.
Com plena confiança
na tua misericórdia,
apresento-te de novo, hoje,
aqueles que há anos confiaste
aos meus cuidados pastorais.
Preserva-os no amor,
reúne-os no teu redil, carrega
sobre os teus ombros os débeis,
cura os feridos,
sê solícito com os fortes.
Sê o seu Pastor,
para que não se percam.
Protege a amada Igreja
que está em Roma e as Igrejas
de todo o mundo.
Enche com a luz e com o poder
do teu Espírito
todos os que destinaste
como chefes do teu rebanho:
cumpram com arrebatamento
a sua missão de guias,
mestres e santificadores,
na expectativa da tua vinda gloriosa.
Renovo-te, pelas mãos de Maria,
Mãe amada, o dom de mim próprio,
do presente e do futuro:
tudo se realize segundo
a tua vontade.
Pastor Supremo, permanece
entre nós, para que possamos
caminhar contigo firmes,
rumo à casa do Pai. Amém!
(2003)
fonte:https://ideeanunciai.wordpress.com/2017/05/10/oracao-de-sao-joao-paulo-ii-3/
Comentário do dia: São João Paulo II (1920-2005), Papa
Encíclica «Dives in Misericordia» §§ 12-13
«Senhor mostra-nos o Pai»
A Igreja compartilha a inquietação de não poucos homens contemporâneos. Além disso, devemos preocupar-nos também com o declínio de muitos valores fundamentais que constituem um bem incontestável, não só da moral cristã, mas até simplesmente da moral humana, da cultura moral. […] Em relação a esta imagem da nossa geração, que não pode deixar de despertar profunda inquietação, vêm à minha mente as palavras que, por motivo da Encarnação do Filho de Deus, ressoaram no Magnificat de Maria e que cantam a «misericórdia […] de geração em geração» (Lc 1,50). A Igreja deve dar testemunho da misericórdia de Deus revelada em Cristo, ao longo de toda a sua missão de Messias. […]
Há teólogos que afirmam ser a misericórdia o maior dos atributos e perfeições de Deus; e a Bíblia, a Tradição e toda a vida de fé do Povo de Deus oferecem-nos testemunhos inesgotáveis. Não se trata aqui da perfeição da imperscrutável essência de Deus no mistério da própria divindade, mas da perfeição e do atributo, graças aos quais o homem, na verdade íntima da sua existência, se encontra com maior intimidade e maior frequência em relação autêntica com o Deus vivo. De acordo com as palavras que Cristo dirigiu a Filipe, «a visão do Pai» — visão de Deus mediante a fé — tem precisamente no encontro com a sua misericórdia um momento singular de simplicidade e verdade interior, como aquele que nos é dado ver na parábola do filho pródigo (Lc 15,11ss).
«Quem me mê, vê o Pai». A Igreja professa a misericórdia de Deus, a Igreja vive dela na sua vasta experiência de fé e também no seu ensino, contemplando constantemente a Cristo, concentrando-se nele, na sua vida e no seu Evangelho, na sua Cruz e Ressurreição, enfim, em todo o seu mistério. Tudo isto, que forma a «visão» de Cristo na fé viva e no ensino da Igreja, aproxima-nos da «visão do Pai» na santidade da sua misericórdia.
Exorto-vos, irmãos e irmãs, a deixar-vos conduzir pelo Espírito de Deus, a romper com as cadeias do pecado e do egoísmo. Fazei da família um remanso de paz e de alegria. Pedi a Deus que em cada lar cristão se reproduza de algum modo o mistério da Igreja, escolhida por Deus e enviada como guia do mundo.
João Paulo II
Anunciai que Cristo é conforto para quantos vivem na angústia e na dificuldade; é força para quem vive momentos de cansaço e de vulnerabilidade; é auxílio para aqueles que trabalham apaixonadamente em vista de assegurar melhores condições de vida e de saúde para todos.
PAPA JOÃO PAULO II
fonte: vaticano
Deus, Pai misericordioso,
que revelaste o Teu amor no Teu Filho Jesus Cristo
e o derramaste sobre nós no Espírito Santo, Consolador
confiamos-te hoje o destino do mundo e de cada homem.
Inclina-te sobre nós, pecadores cura a nossa debilidade vence o mal
"faz com que todos os habitantes da terra" conheçam a tua misericórdia
para que em Ti, Deus Uno e Trino encontrem sempre a esperança.
Pai eterno pela dolorosa Paixão "e Ressurreição do teu Filho"
tem misericórdia de nós e do mundo inteiro.
.Confio-vos todos à Virgem Imaculada, Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América e Saúde dos Enfermos. Que Ela acolha a imploração que sobe do mundo do sofrimento, enxugue as lágrimas de quem vive na dor, esteja junto de quantos vivem a doença na solidão, e, com a sua intercessão materna, ajude os crentes que trabalham no âmbito da saúde a tornar-se testemunhas credíveis do amor de Cristo.
A cada um, envio a minha Bênção afetuosa!
Vaticano, 2 de Fevereiro de 2003.
João Paulo II.
fonte:vaticano
É na família unida que os filhos maturam a sua existência, vivendo a experiência mais significativa e rica do amor gratuito, da fidelidade, do respeito recíproco e da defesa da vida. Famílias de hoje, olhai para a Famí- lia de Nazaré, inspirando-vos no exemplo de Maria e de José, que se dedicaram amorosamente ao Verbo Encarnado, a fim de obter deles as indicações adequadas para as quotidianas opções de vida! À luz dos ensinamentos recebidos naquela insuperável escola, cada família poderá orientar-se no caminho rumo à plena actuação do desígnio de Deus.
PAPA JOÃO PAULO II
fonte:vaticano
A Maria, Mãe da Igreja, renovo a minha confiança: Totus tuus! Que em todos os momentos da vida Ela nos ajude a cumprir a vontade de Deus.
O Papa não se esquece de todos aqueles, homens e mulheres, crianças e anciãos, do campo ou da cidade – parecem como se não existissem –, e lembra como o Senhor, em certa ocasião, chamando os seus discípulos, disse: “Tenho compaixão deste povo... não têm o que comer; não quero despedi-los em jejum, para que não desfaleçam pelo caminho” (Mt 15, 32).
Por isso, venho recordar a todos que não é possível verdadeiro progresso na sociedade, se faltar um profundo sentido de solidariedade entre todos. O povo brasileiro sempre tem sido generoso e capaz de suprir, por vezes com verdadeiras mobilizações populares, para ajudar os que sofrem.
João Paulo II
fonte:vaticano
MENSAGEM DO PAPA JOÃO PAULO II
PARA O 42º DIA MUNDIAL DE ORAÇÕES
PELAS VOCAÇÕES 2005
"Chamados a fazermo-nos ao largo"
Veneráveis Irmãos no Episcopado,
caríssimos Irmãos e Irmãs!
1. "Duc in altum"! No início da Carta apostólica Novo millennio ineunte referi-me às palavras com que Jesus exorta os primeiros discípulos a lançar as redes para uma pesca que se revelará milagrosa. Disse ele a Pedro: "Duc in altum - Faz-te ao largo" " (Lc 5, 4); "Pedro e os primeiros companheiros confiaram na palavra de Cristo e lançaram as redes" (Novo millennio ineunte, 1).
É este episódio evangélico familiar que serve de cenário para o próximo Dia de Oração pelas Vocações, que tem como tema: "Chamados a fazermo-nos ao largo". Trata-se de uma ocasião privilegiada para reflectir sobre o chamamento a seguir Jesus e, em particular, a segui-l’O no caminho do sacerdócio e da vida consagrada.
2. "Duc in altum!" A ordem de Cristo é particularmente atual para o nosso tempo, no qual se difunde uma certa mentalidade que favorece a falta de compromisso pessoal face às dificuldades. A primeira condição para "se fazer ao largo" é cultivar um profundo espírito de oração, alimentado pela escuta diária da Palavra de Deus. A autenticidade da vida cristã mede-se pela profundidade da oração, arte esta que se aprende humildemente "dos próprios lábios do Mestre divino, como que implorando, como os primeiros discípulos: ‘Senhor, ensina-nos a orar!’ (Lc 11, 1). Na oração, fomenta-se aquele diálogo com Cristo que faz de nós seus amigos íntimos: ‘Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós’ (Jo 15, 4)" (Novo millennio ineunte, 32).
A união com Cristo através da oração torna-nos capazes de nos apercebermos da sua presença, mesmo nos momentos de aparente fracasso, quando todos os esforços parecem inúteis, tal como aconteceu com os próprios Apóstolos, os quais, depois de se terem afadigado durante toda a noite, exclamaram: "Mestre, não pescámos nada" (Lc 5, 5). É precisamente em tais momentos que se deve abrir o coração às ondas da graça, permitindo que a palavra do Redentor possa agir em nós com todo o seu poder: "Duc in altum!" (cf. Novo millennio ineunte, 38).
3. Quem abre o seu coração a Cristo não só compreende o mistério da sua própria existência, mas também o da sua própria vocação e amadurece excelentes frutos de graça. Destes, o primeiro é crescimento na santidade através de um caminho espiritual que, iniciando-se com a graça do Batismo, prossegue até chegar à sua plena consecução: a caridade perfeita (cf. ivi, 30). Vivendo o Evangelho "sem glosas", o cristão torna-se cada vez mais capaz de amar ao jeito de Cristo, acolhendo a sua exortação: "Sede perfeitos, como o vosso Pai do céu é perfeito" (Mt 5, 48). Empenha-se em perseverar na unidade com os irmãos dentro da comunhão eclesial e põe-se ao serviço da nova evangelização para proclamar e testemunhar a verdade maravilhosa do amor salvífico de Deus.
4. Queridos adolescentes e jovens, é a vós que, de modo particular, renovo o convite de Cristo a "fazer-se ao largo". Vós encontrais-vos perante o imperativo de fazer opções decisivas em ordem ao vosso futuro. Conservo no coração a recordação das numerosas ocasiões em que em anos passados me encontrei com os jovens, entretanto já adultos e, até mesmo, pais de alguns de vós, ou sacerdotes ou religiosos e religiosas ou vossos educadores na fé. Vi-os alegres, como os jovens o devem ser, mas também pensativos, porque tomados pelo desejo de dar pleno "sentido" à sua existência. Compreendi cada vez melhor quão forte é no coração das novas gerações a atração pelos valores do Espírito, como é sincero o seu desejo de santidade. Os jovens precisam de Cristo, mas sabem também que Cristo quis precisar deles.
Caríssimos jovens, amigos e amigas! Confiai-vos a Ele, escutai os seus ensinamentos, fixai o vosso olhar no seu rosto, perseverai na escuta da sua Palavra. Deixai que seja Ele a orientar cada uma das vossa buscas e das vossas aspirações, cada um dos vossos ideais e dos desejos do vosso coração.
5. Dirijo-me agora a vós, queridos pais e educadores cristãos, a vós, queridos sacerdotes, consagrados e catequistas. Deus confiou-vos a peculiar missão de conduzir a juventude no caminho da santidade. Sede para eles exemplo de uma generosa fidelidade a Cristo. Encorajai-os a não hesitar em "fazerem-se ao largo", respondendo sem delongas ao convite do Senhor. Ele chama, alguns à vida familiar, outros à vida consagrada ou ao ministério sacerdotal. Ajudai-os a saber discernir o seu caminho e a passarem a ser amigos verdadeiros de Cristo e seus autênticos discípulos. Quando os adultos, que têm fé, sabem, com as suas palavras e o seu exemplo, tornar visível o rosto de Cristo, os jovens prontificam-se mais facilmente a acolher a sua mensagem exigente, marcada pelo mistério da Cruz.
Mas depois não vos esqueçais que, também hoje, precisamos de sacerdotes santos, de almas totalmente consagradas ao serviço de Deus! Por isso, gostaria de vos repetir mais uma vez: "É urgente e necessário estruturar uma pastoral vocacional, ampla e detalhada, que envolva as paróquias, os centros de educação, as famílias, suscitando uma reflexão mais atenta aos valores essenciais da vida, cuja síntese decisiva reside na resposta que cada um é convidado a dar ao chamamento de Deus, especialmente quando este pede a total doação de si mesmo e das suas próprias forças à causa do Reino" (Novo millennio ineunte, 46).
A vós, jovens, repito a palavra de Jesus: "Duc in altum!". Ao propor novamente este seu apelo, penso ao mesmo tempo nas palavras que Maria, sua Mãe, dirigiu aos empregados, em Caná da Galileia: "Fazei tudo o que Ele vos disser" (Jo 2, 5). Queridos jovens, Cristo pede-vos a vós que aceiteis "fazer-vos ao largo" e a Virgem Maria anima-vos a não hesitardes em segui-l’O.
6. Suba de cada canto da terra ao Pai celeste, sustentada pela intercessão materna de Nossa Senhora, a ardente prece para obter "operários para a sua seara"(Mt 9, 38). Que Ele se digne conceder sacerdotes fervorosos e santos a cada porção do seu rebanho. Apoiando-nos em tal certeza, dirijamo-nos a Cristo, Sumo Sacerdote, dizendo-lhe com renovada confiança:
Jesus, Filho de Deus,
em quem habita toda a plenitude da divindade,
Vós chamais todos os batizados a "fazerem-se ao largo",
percorrendo o caminho da santidade.
Despertai no coração dos jovens
o desejo de serem no mundo de hoje
testemunhas da força do Vosso amor.
Enchei-os do Vosso Espírito de fortaleza e de prudência
para que sejam capazes descobrir
a verdade plena sobre si
e sobre a sua própria vocação.
Ó nosso Salvador,
enviado pelo Pai
para nos revelar o seu amor misericordioso,
concedei à vossa Igreja
o dom de jovens prontos a fazerem-se ao largo
para serem entre os irmãos uma manifestação
da Vossa presença salvífica e renovadora.
Virgem Santa, Mãe do Redentor,
guia segura no caminho para Deus e para o próximo,
Vós que guardastes as suas palavras no íntimo do coração,
protegei com a Vossa intercessão materna
as famílias e as comunidades eclesiais,
para que estas saibam ajudar os adolescentes e os jovens
a responder com generosidade ao chamamento do Senhor.
Amen.
De Castelo Gandolfo, 11 Agosto 2004
IOANNES PAULUS II
FONTE:http://www.vatican.va/
ORAÇÃO:
Ó Virgem Imaculada, Mãe do Verdadeiro Deus e Mãe da
Igreja, tu que manifestas a tua compaixão a todos os que
te invocam, escuta a oração que com confiança filial te
fazemos e, apresenta-a a teu Filho Jesus, nosso Redentor.
Queremos ser totalmente seus, na sua Igreja; por isso,
jamais nos separe de tua mão amorosa. AMÉM!
(João Paulo II- México)
......
Oração de João Paulo II para a consagração do mundo inteiro à Nossa Senhora, mediante a mensagem das aparições em Fátima/Portugal.
“A força desta consagração permanece por todos os tempos e abrange todos os homens, os povos e as nações; e supera todo o mal, que o espírito das trevas é capaz de despertar no coração do homem e na sua história e que, de facto, despertou nos nossos tempos.”
O Segredo de Fátima
Manifestação da solicitude materna de Maria Santíssima
Rezemos:
« Ó Mãe dos homens e dos povos, Vós que conheceis todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, Vós que sentis maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, que abalam o mundo contemporâneo, acolhei o nosso clamor que, movidos pelo Espírito Santo, elevamos diretamente ao vosso Coração: Abraçai, com amor de Mãe e de Serva do Senhor, este nosso mundo humano, que Vos confiamos e consagramos, cheios de inquietude pela sorte terrena e eterna dos homens e dos povos.
De modo especial Vos entregamos e consagramos aqueles homens e aquelas nações que desta entrega e desta consagração têm particularmente necessidade.
“À vossa proteção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus!” Não desprezeis as súplicas que se elevam de nós que estamos na provação! ».
(Depois o Papa continua com maior veemência e concretização de referências, quase comentando a Mensagem de Fátima nas suas predições infelizmente cumpridas)
« Encontrando-nos hoje diante Vós, Mãe de Cristo, diante do vosso Imaculado Coração, desejamos, juntamente com toda a Igreja, unir-nos à consagração que, por nosso amor, o vosso Filho fez de Si mesmo ao Pai: Eu consagro-Me por eles foram as suas palavras para eles serem também consagrados na verdade (Jo 17, 19).
Queremos unir-nos ao nosso Redentor, nesta consagração pelo mundo e pelos homens, a qual, no seu Coração divino, tem o poder de alcançar o perdão e de conseguir a reparação.
Neste Ano Santo, bendita sejais acima de todas as criaturas Vós, Serva do Senhor, que obedecestes da maneira mais plena ao chamamento Divino!
Louvada sejais Vós, que estais inteiramente unida à consagração redentora do vosso Filho!
Mãe da Igreja! Iluminai o Povo de Deus nos caminhos da fé, da esperança e da caridade! Iluminai de modo especial os povos dos quais Vós esperais a nossa consagração e a nossa entrega. Ajudai-nos a viver na verdade da consagração de Cristo por toda a família humana do mundo contemporâneo.
Confiando-Vos, ó Mãe, o mundo, todos os homens e todos os povos, nós Vos confiamos também a própria consagração do mundo, depositando-a no vosso Coração materno.
Oh Imaculado Coração! Ajudai-nos a vencer a ameaça do mal, que se enraíza tão facilmente nos corações dos homens de hoje e que, nos seus efeitos incomensuráveis, pesa já sobre a vida presente e parece fechar os caminhos do futuro!
Da fome e da guerra, livrai-nos!
Da guerra nuclear, de uma autodestruição incalculável, e de toda a espécie de guerra, livrai-nos!
Dos pecados contra a vida do homem desde os seus primeiros instantes, livrai-nos!
Do ódio e do aviltamento da dignidade dos filhos de Deus, livrai-nos!
De todo o gênero de injustiça na vida social, nacional e internacional, livrai-nos!
Da facilidade em calcar aos pés os mandamentos de Deus, livrai-nos!
Da tentativa de ofuscar nos corações humanos a própria verdade de Deus, livrai-nos!
Da perda da consciência do bem e do mal, livrai-nos!
Dos pecados contra o Espírito Santo, livrai-nos, livrai-nos!
Acolhei, ó Mãe de Cristo, este clamor carregado do sofrimento de todos os homens! Carregado do sofrimento de sociedades inteiras!
Ajudai-nos com a força do Espírito Santo a vencer todo o pecado: o pecado do homem e o pecado do mundo, enfim o pecado em todas as suas manifestações.
Que se revele uma vez mais, na história do mundo, a força salvífica infinita da Redenção: a força do Amor misericordioso! Que ele detenha o mal! Que ele transforme as consciências! Que se manifeste para todos, no vosso Imaculado Coração, a luz da Esperança! ».(4)
A Irmã Lúcia confirmou pessoalmente que este ato, solene e universal, de consagração correspondia àquilo que Nossa Senhora queria: « Sim, está feita tal como Nossa Senhora a pediu, desde o dia 25 de Março de 1984 » (carta de 8 de Novembro de 1989). Por isso, qualquer discussão e ulterior petição não tem fundamento.
A Maria, Consoladora dos aflitos, confio aqueles que sofrem no corpo e no espírito, juntamente com os operadores no campo da saúde e quantos se dedicam com generosidade à assistência dos enfermos.
A ti, Virgem lauretana, confiantes dirigimos o nosso olhar.
A ti, "vida, doçura e esperança nossa, pedimos a graça de saber esperar o alvorecer do terceiro milênio com os mesmos sentimentos que vibraram no teu coração, enquanto esperavas o nascimento do teu Filho Jesus.
A tua proteção nos liberte do pessimismo, fazendo-nos entrever no meio das sombras do nosso tempo os vestígios luminosos da presença do Senhor.
À tua ternura de Mãe confiamos as lágrimas, os suspiros e as esperanças dos doentes. Sobre as suas feridas desça o bálsamo benéfico da consolação e da esperança. Unido ao de Jesus, o sofrimento deles se transforme em instrumento de redenção.
O teu exemplo nos leva a fazer na nossa existência um contínuo louvor ao amor de Deus. Torna-nos atentos às necessidades do próximo, solícitos em socorrer quem está sozinho, construtores de esperança lá onde se consomem os dramas do homem.
Em cada etapa alegre ou triste do nosso caminho, com afeto de Mãe, mostra-nos o "teu Filho Jesus, ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria".
Amém
Vaticano, 29 de junho de 1997
PAPA JOÃO PAULO II
Imaculado Coração de Maria, "Ato de Consagração" feita por João Paulo II
Esta consagração foi elaborado a partir do Vaticano MENSAGEM DE FÁTIMA
"Mãe dos homens e dos povos, Vós que conheceis todos os seus sofrimentos e as esperanças, vós que maternalmente sentir todas as lutas entre o bem eo mal, entre a luz e escuridão que afligem o mundo moderno, aceitar a alegação de que, movidos pelo Espírito Santo, endereço diretamente para o seu coração, o amor abraça Mãe e Serva do Senhor a este nosso mundo humano, que nós confiamos e consagramos, cheios de preocupação terrena e eterna dos homens e dos povos sorte. modo especial Vos entregamos e consagramos aqueles homens e nações que têm particularmente necessidade este material e consagrado. "Buscamos sua proteção, Santa Mãe de Deus "! não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades! . ' "Eis que encontro hoje diante de ti, Mãe de Cristo, diante do vosso Imaculado Coração, desejamos, juntamente com toda a Igreja, para se juntar à consagração que, por amor, o vosso Filho fez de Si mesmo ao Pai, quando disse: "Por causa deles eu me consagro, para que também eles sejam consagrados na verdade" (Jo 17, 19). Queremos participar de nosso Redentor, nesta consagração pelo mundo e para os homens, o qual, no seu Coração divino tem o poder de alcançar o perdão e de conseguir a reparação. Abençoe-lo acima de todas as criaturas, Servo do Senhor que da maneira mais plena obedeceu ao chamado divino. Hail a você, que estais inteiramente unida à consagração redentora do vosso Filho. Mãe da Igreja: Iluminai o Povo de Deus nos caminhos da fé, da esperança e da caridade. Iluminai de modo especial os povos dos quais se espera a nossa consagração ea nossa oferta. Ajude-nos a viver na verdade da consagração de Cristo por toda a família humana no mundo de hoje. confiar Al, ó Mãe, o mundo, todos os indivíduos e os povos, nós Vos confiamos também a consagração do mundo, colocando-a em seu coração maternal. Imaculado Coração! Ajude-nos a vencer a ameaça do mal, que se enraíza tão facilmente nos corações dos homens de hoje, nos seus efeitos incomensuráveis, pesa já sobre a vida presente e parece fechar o caminho para o futuro. de fome e guerra, livrai-nos Da guerra nuclear, de uma autodestruição incalculável e cada espécie de guerra, livrai-nos Dos pecados contra a vida humana desde o seu início, livrai-nos do ódio e do aviltamento da dignidade da os filhos de Deus, livrai-nos de todo tipo de injustiça na vida social, nacional e internacional, livrai-nos de prontidão para pisar os mandamentos de Deus, livrai-nos Da tentativa de ofuscar nos corações humanos a própria verdade Deus, livrai-nos da perda da consciência do bem e do mal, livrai-nos Dos pecados contra o Espírito Santo, livrai-nos, livrai-nos! Acolhei, ó Mãe de Cristo, este clamor carregado do sofrimento de todos os homens . Laden com os sofrimentos de sociedades inteiras. Ajude-nos com o poder do Espírito Santo a vencer todo o pecado, o pecado do homem eo "pecado do mundo", o pecado em todas as suas manifestações. revelou, mais uma vez, na história do mundo força salvífica infinita da Redenção: a força do Amor misericordioso. Pare ele transforma o conciencias.Que mal.Que seu Imaculado Coração revele para todos a luz da esperança ".
Oração de São João Paulo II
Oh, Virgem Imaculada, Mãe do verdadeiro Deus e Mãe da Igreja! Tu, que desse lugar manifestas tua clemência e tua compaixão a todos que solicitam teu amparo; escuta a oração que com filial confiança te dirigimos e a apresente a teu Filho Jesus, nosso único Redentor. Mãe de Misericórdia, Mestra do sacrifício escondido e silencioso, a ti, que vens ao encontro de nós pecadores, te consagramos neste dia todo nosso ser e todo nosso amor. Consagramos-te também nossa vida, nossos trabalhos, nossas alegrias, nossas enfermidades e nossas dores. Concede a paz, a justiça e a prosperidade a nossos povos. Tudo o que temos e somos colocamos sob teus cuidados, Senhora e Mãe nossa. Queremos ser totalmente teus e percorrer contigo o caminho de plena fidelidade a Jesus Cristo em sua Igreja. Não nos soltes de tua mão amorosa. Virgem de Guadalupe, Mãe das Américas, te pedimos por todos os bispos, para que conduzam os fiéis por caminhos de intensa vida cristã, de amor e de humilde serviço a Deus e às almas. Contempla esta imensa messe, e intercede para que o Senhor infunda fome de santidade em todo o Povo de Deus, e envie abundantes vocações sacerdotais e religiosas, fortes na fé e zelosos dispensadoras dos mistérios de Deus. Concede aos nossos lares a graça de amar e respeitar a vida que começa, com o mesmo amor com que concebeste em teu seio a vida do Filho de Deus. Virgem Santa Maria, Mãe do Formoso Amor, protege nossas famílias, para que estejam sempre muito unidas, e abençoe a educação de nossos filhos. Esperança nossa, lança-nos um olhar compassivo ensina-nos a procurar continuamente a Jesus e, se cairmos, ajuda-nos a nos levantar, a nos voltarmos a Ele, mediante a confissão de nossas culpas e pecados no sacramento da Penitência, que traz serenidade à nossa alma. Nós te suplicamos para que nos concedas um grande amor a todos os santos Sacramentos, que são as pegadas de teu Filho na terra. Assim, Mãe Santíssima, com a paz de Deus na consciência, com nossos corações livres do mal e do ódio poderemos levar a todos a verdadeira alegria e a verdadeira paz, que vem de teu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, que com Deus Pai e com o Espírito Santo vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém.
Sua Santidade João Paulo II México, janeiro de 1979.
Dia 11 de maio, no Dia das Mães, foi apresentada à comunidade católica, da Catedral Basílica de Curitiba, a obra Papa João Paulo II - São João Paulo. Para você que não pode acompanhar pessoalmente esta data, segue o link do vídeo. O convite para você ir conhecer a obra é vitalício! https://www.youtube.com/Senhor, Deus da Paz, Tu que criastes os homens para serem herdeiros da Tua Glória, nós Te bendizemos e agradecemos porque nos enviou Jesus, Teu Filho bem-amado.
Tu O fizeste realizador da nossa salvação, a fonte de toda Paz, o laço de toda fraternidade. Agradecemos pelos desejos, esforços e realizações que Teu Espírito de Paz suscita em nossos dias, para substituir o ódio pelo amor, à desconfiança pela compreensão, a indiferença pela solidariedade. Abre mais ainda nosso Espírito e nosso coração para as exigências concretas do amor a todos os nossos irmãos, para que sejamos, cada vez mais, artífices da Paz.
Lembra-te, ó Pai, de todos os que lutam, sofrem e morrem para o nascimento de um mundo mais fraterno. Que para todos os homens venha Teu Reino de Justiça, Paz e Amor.
Amém.
A PIEDADE MARIANA DE SÃO JOÃO PAULO II
“Totus Tuus ego sum”, “Sou completamente Teu”. Foi esse o lema escolhido por João Paulo II para o seu pontificado e, nos quase 27 anos em que esteve à frente da Igreja, ele testemunhou a importância da devoção mariana em nossas vidas e renovou em nossos íntimos a sólida piedade mariana.
Em suas viagens pastorais, era comum se reservar um espaço para poder visitar os Santuários e Basílicas dedicados a Nossa Senhora. Entre outras, ele visitou a Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, no México; o Santuário de Fátima em Portugal; o Santuário de Jasna Góra em Czestochowa, na Polônia; o Santuário da Bem-Aventurada Virgem Maria do Santo Rosário de Pompéia; a Basílica de Nossa Senhora de Lourdes, na França, e a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em nosso país. Em todas essas ocasiões, de joelhos, São João Paulo II, em profunda oração, se dirigiu a Nossa Senhora, afirmando: “Mulher, eis o teu filho!” (Jo 20,26)
A origem da devoção e da piedade mariana na vida de Karol Wojtyla está relacionada à Polônia. Vejamos o seu testemunho: “A veneração à Mãe de Deus, na sua forma tradicional, recebi-a da família e da paróquia de Wadowice. Lembro-me que, na igreja paroquial, havia uma capela lateral dedicada à Mãe do Perpétuo Socorro, aonde iam pela manhã, antes do início das aulas, os estudantes do ginásio. O escapulário de Nossa Senhora do Carmo eu o recebi, aos 10 anos, e ainda agora o trago. Houve um tempo em que, de certa forma, pus em discussão o meu culto por Maria, temendo que se dilatasse excessivamente e acabasse comprometendo a supremacia do culto devido a Cristo. Foi então que veio em minha ajuda o livro de São Luís Maria Grignion de Montfort, o ‘Tratado da verdadeira devoção à Virgem Maria’. Nele encontrei a resposta às minhas perplexidades. Sim, Maria aproxima-nos de Cristo, conduz-nos a Ele, com a condição de que se viva o seu mistério em Cristo”. (Dom e mistério).
Ainda explanando sobre a sua devoção à Virgem Maria, Karol Wojtyla nos disse em Aparecida: “A devoção a Maria é fonte de vida profunda, é fonte de compromisso com Deus e com os irmãos. Permanecei na escola de Maria, escutai a sua voz, segui os seus exemplos. Ela nos orienta para Jesus: ‘Fazei o que Ele vos disser’. E, como outrora em Caná da Galileia, encaminha ao Filho as dificuldades dos homens, obtendo d’Ele as graças desejadas. Rezemos com Maria e por Maria: Ela é sempre a “Mãe de Deus e nossa!” (Homilia do Santo Padre João Paulo II em Aparecida, em julho de 1980).
Essa foi uma constante lição de João Paulo II: A autêntica devoção mariana é, em sua essência, cristocêntrica, radicada profundamente no Mistério trinitário de Deus. “A função maternal de Maria para com os homens, de modo algum obscurece ou diminui esta única mediação de Cristo”. (Redemptoris Mater, 22)
Como transbordamento de seu amor a Nossa Senhora, o Papa João Paulo II nos brindou com o Ano Mariano (1987-1988) e com o Ano do Rosário (outubro de 2002-outubro de 2003), além de duas importantes fontes de estudo de cunho mariano: a Carta Encíclica “Redemptoris Mater” e a Carta Apostólica “Rosarium Virginis Mariae”. E em diversas homilias, ele sempre se dirigiu à Mãe do Nosso Redentor. Em sua última viagem a Lourdes, em agosto de 2004, ele nos orientou: “A Imaculada Conceição de Maria constitui o sinal do amor gratuito do Pai, a expressão perfeita da redenção levada a cabo pelo Filho, o ponto de partida de uma vida totalmente disponível à ação do Espírito”. (Homilia do Santo Padre na solenidade da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria em Lourdes). Outras lições de seu pontificado: aprender a olhar para Maria para junto dela aprender a viver em profunda união com Cristo e ainda, conhecer os dogmas marianos e se empenhar em sua defesa.
Diante da possibilidade de novos e sangrentos confrontos mundiais, João Paulo II recorreu à poderosa intercessão de Nossa Senhora. Aos 13 de maio de 1982, ele renovou a consagração do mundo a Nossa Senhora de Fátima, feita quatro décadas antes pelo seu predecessor, Pio XII. “À vossa proteção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus! Diante de Vós, Mãe de Cristo, diante de Vosso Coração Imaculado, desejo eu, hoje, juntamente com toda a Igreja, unir-me com o nosso Redentor nesta sua consagração pelo mundo e pelos homens, a qual só no seu coração divino tem o poder de alcançar o perdão e de conseguir a reparação. Oh, Coração Imaculado! Ajudai-nos a vencer a ameaça do mal que tão facilmente se enraíza nos corações dos homens de hoje e que, nos seus efeitos incomensuráveis, pesa já sobre a nossa época e parece fechar os caminhos do futuro! Da fome e da guerra, livrai-nos! Da guerra nuclear, de uma autodestruição incalculável e de toda espécie de guerra, livrai-nos! Quero dirigir-vos ainda uma oração especial, ó Mãe que conheceis as ansiedades e as preocupações dos vossos filhos. Suplico-vos, em imploração ardente e dorida que interponhais a vossa intercessão pela paz no mundo”. (Ato de confiança e de consagração à Nossa Senhora de Fátima). Com esse ato de consagração, notamos a sua atitude de entrega total a Maria, pois “A Virgem Maria está constantemente presente nesta caminhada de fé do povo de Deus em direção à luz!” (Redemptoris Mater, 35) Com os olhos da fé, vislumbramos o alcance desse ato de confiança e as inúmeras graças que posteriormente Deus derramou sobre o mundo.
Com São João Paulo II, reavivamos a certeza de que Maria é uma graça singular que Deus nos concede. “A maternidade de Maria que se torna herança do homem é um dom: um dom que o próprio Cristo faz a cada homem pessoalmente” (Redemptoris Mater, 45). Com São João Paulo II, aprendemos a contemplar o Rosário. “O Rosário é a minha oração predileta. Oração maravilhosa! Maravilhosa na simplicidade e na profundidade. O Rosário, quando descoberto no seu pleno significado, conduz ao âmago da vida cristã, oferecendo uma ordinária e fecunda oportunidade espiritual e pedagógica para a contemplação pessoal, a formação do Povo de Deus e a nova evangelização”. (Rosarium Virginis Mariae, 2 e 3). Com João Paulo II, de modo especial, renasceu a necessidade da família rezar unida. “Sede fiéis àqueles exercícios de piedade mariana tradicionais na Igreja: a oração do Angelus, o mês de Maria e, de maneira toda especial, o Rosário. Quem dera renascesse o belo costume outrora tão difundido, hoje ainda presente em algumas famílias brasileiras, da reza do terço em família.” (Homilia em Aparecida em julho de 1980). E ainda, com João Paulo II aprendemos a ver Maria como a Mulher eucarística. “Maria está presente, com a Igreja e como Mãe da Igreja, em cada uma das celebrações eucarísticas. Recebemos o dom da Eucaristia, para que a nossa vida, à semelhança da de Maria, seja toda ela um Magnificat!” (Ecclesia de Eucharistia, 57 e 58).
Diante da Madona Negra de Jasna Góra, a Padroeira da Polônia, Wojtyla nos disse: “Seja Maria exemplo e guia no nosso trabalho quotidiano e difícil. Ajude cada um a crescer no amor a Deus e aos homens, a construir o bem comum da Pátria, a introduzir e consolidar a justa paz nos nossos corações e nos nossos ambientes”. (Discurso do Papa João Paulo II aos fiéis reunidos no Santuário Mariano da Virgem de Jasna Góra em junho de 1999).
E no Brasil, diante da Virgem Negra de Aparecida, ele rezou por todos nós: “Ó Mãe! Acolhei em vosso coração todas as famílias brasileiras! Acolhei os adultos e os anciãos, os jovens e as crianças! Acolhei também os doentes e todos aqueles que vivem na solidão! Não cesseis, ó Virgem Aparecida, pela vossa presença, de manifestar nesta terra que o Amor é mais forte que a morte, mais poderoso que o pecado! Não cesseis de mostrar-nos Deus, que amou tanto o mundo a ponto de entregar o seu Filho Unigênito, para que nenhum de nós pereça, mas tenha a vida eterna! Amém! (Oração do Papa João Paulo II na Basílica de Nossa Senhora Aparecida em julho de 1980).
Era tão profundo o amor de Karol Wojtyla por Nossa Senhora que, em seu testamento, ele nos diz: “Sinto cada vez mais profundamente que me encontro totalmente nas mãos de Deus e me ponho continuamente à disposição de meu Senhor, encomendando-me a Ele em sua Imaculada Mãe”.
Com o olhar da fé, podemos vislumbrar sob o pontificado de João Paulo II o manto azul de Maria que o protegeu não somente no atentado de 1981, mas em todos os momentos, em que ele, inspirado pelo Espírito Santo, conduziu a Igreja. Com essa certeza, podemos também afirmar que “o Papa encontrou o reflexo mais puro da misericórdia de Deus na Mãe de Deus. Ele, que havia perdido a sua mãe quando era muito jovem, amou ainda mais a Mãe de Deus. Escutou as palavras do Senhor crucificado como se estivessem dirigidas a ele pessoalmente: ‘Aqui tens a tua Mãe!’ E fez como o discípulo predileto: acolheu-a no íntimo de seu ser. Totus Tuus! E da mãe aprendeu a conformar-se com Cristo. Confiamos tua querida alma à Mãe de Deus, tua Mãe, que te guiou cada dia e te guiará agora à glória eterna de seu Filho, Jesus Cristo Senhor Nosso. Amém! (Homilia do Cardeal Ratzinger na Missa de exéquias de João Paulo II).
São João Paulo II, intercedei por nós, para que possamos permanecer na escola da Virgem Santa Maria, servindo a Deus e à Igreja com a generosidade da fé, com o testemunho da esperança e com a força transformadora da caridade.
Aloísio Parreiras
(Escritor e membro do Movimento de Emaús)
fonte: https://arqbrasilia.com.br/a-piedade-mariana-de-sao-joao-paulo-ii/
Sabia que o Papa João Paulo II pediu para os católicos retomarem a oração de São Miguel Arcanjo?
Oração foi escrita há mais de 100 anos por outro papa
A oração ao Arcanjo Miguel foi composta pelo Papa Leão XIII, depois que ele teve uma visão da batalha entre a “mulher vestida de sol” e o grande dragão que tentou devorar seu filho ao nascer. A passagem está no capítulo 2 do livro do Apocalipse.
Em 1886, o Papa decretou que a oração fosse rezada no fim da Santa Missa em todas as igrejas do mundo.
Esta prática de invocar São Miguel Arcanjo aconteceu até o Concílio do Vaticano II, em que a determinação de fazer a oração no fim da Missa foi revogada. Os fieis poderiam continuar com a devoção, mas de forma particular.
João Paulo II e a oração a São Miguel Arcanjo
Em 1994, durante o Ano Internacional da Família, o Papa João Paulo II pediu a todos os católicos que rezassem essa oração diariamente. Ele advertiu que o destino da humanidade estava em perigo.
Mesmo que São João Paulo II não tenha ordenado que a oração fosse feita depois da Missa, ele exortou a todos os católicos a rezarem-na juntos para superar as forças da escuridão e o mal no mundo.
A mulher vestida de sol
Na sua mensagem durante o Ângelus do dia 24 de Abril de 1994, na praça São Pedro, pouco antes da Conferência das Nações Unidas no Cairo, João Paulo II falou da “mulher vestida de sol”.
O Santo Padre disse, na época, que na nossa era “todas as ameaças acumuladas na vida” são colocadas diante da mulher, e nós devemos nos dirigir à “mulher vestida de sol” para superar todas as armadilhas.
A mensagem incentivava o povo católico a invocar novamente São Miguel Arcanjo através da oração que o Papa Leão XVIII escreveu.
“Que a oração nos fortaleça para a batalha espiritual a que se refere a Carta aos Efésios: Fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.”
Efésios 6:10,11
“O Papa Leão XIII, sem dúvida, tinha uma visão muito viva desta cena quando, no fim do século passado, introduziu uma oração especial a São Miguel Arcanjo em toda a Igreja. Inclusive, se não se faz mais esta oração ao fim da Missa, nós podemos recordar este chamado à luta espiritual e recitá-la para obtermos a ajuda na batalha contra as forças da escuridão e do inimigo mal.”
São Miguel Arcanjo,
protegei-nos no combate,
defendei-nos com o vosso escudo
contra as armadilhas
e ciladas do demônio.
Deus o submeta,
instantemente o pedimos;
e vós, Príncipe da milícia celeste,
pelo divino poder,
precipitai no inferno a Satanás
e aos outros espíritos malignos
que andam pelo mundo
procurando perder as almas.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém.
fonte:https://pt.aleteia.org/2017/07/31/sabia-que-o-papa-joao-paulo-ii-pediu-que-os-catolicos-retomassem-a-oracao-de-sao-miguel-arcanjo/
Oração pela solidariedade de São João Paulo II
Maria Santíssima, nossa Mãe e Rainha,
sois Aquela que, dirigindo-se a Vosso Filho,
disseste: “Eles não têm mais vinho”;
sois também aquela que louva a Deus Pai,
porque “Derrubou os poderosos de seus tronos
e exaltou os humildes.
Encheu de bens os famintos
e aos ricos despediu-os de mãos vazias”.
A Vossa solicitude materna se interessa
pelos aspectos pessoais e sociais
da vida das pessoas sobre a terra.
Diante da Santíssima Trindade,
entrego confiante a vós
o empenho em promover, na solidariedade,
o verdadeiro desenvolvimento dos povos.
“Que todos sejam mais irmãos,
para que sejam reconhecidos
os direitos de cada pessoa,
e a comunidade humana
conheça uma era de igualdade e de paz.”
Amém.
Oração à Sagrada Família, de São João Paulo II
Que São José, “homem justo”,
trabalhador incansável,
guarda íntegro dos penhores
que lhe foram confiados,
guarde, proteja e ilumine nossas famílias.
Que a Virgem Maria, Mãe da Igreja,
seja também a Mãe da “Igreja doméstica”
e, graças ao Seu auxílio materno,
cada família cristã
possa tornar-se verdadeiramente uma “pequena Igreja”,
na qual se manifeste e reviva
o mistério da Igreja de Cristo.
Seja Ela, a serva do Senhor,
o exemplo de acolhimento
humilde e generoso da vontade de Deus;
seja Ela, Mãe das dores aos pés da cruz,
a confortar e a enxugar as lágrimas dos que sofrem
pelas dificuldades das suas famílias.
E Cristo Senhor, Rei do Universo,
Rei das famílias, como em Caná,
esteja presente em cada lar cristão
a conceder-lhe luz e felicidade,
fortaleza e serenidade.
Amém.
https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/oracao/oracao-sagrada-familia-de-sao-joao-paulo-ii/
A Oração do Papa João Paulo II pela Família é uma prece muito bela, para clamar a Deus por auxílio para fazer com que cada vez mais famílias sigam o caminho da fé e da salvação.
Através dela também pedimos que Nosso Senhor proteja, abençoe e ilumine nossas famílias, para que continuemos seguindo a Palavra Divina com fé e amor.
Oração do Papa João Paulo II pela Família
Ó Deus, de quem procede toda a paternidade no céu e na terra.
Pai, que és amor e vida, faze que cada família humana sobre a terra se converta, por meio de Teu Filho, Jesus Cristo, nascido de mulher e mediante o Espírito Santo, fonte da caridade divina, em verdadeiro santuário da vida e do amor para as gerações que sempre se renovam.
Faze que tua graça guie os pensamentos e as obras dos esposos para o bem de suas famílias e de todas as famílias do mundo.
Faze que as jovens gerações encontrem na família apoio para sua humanidade e para seu crescimento na verdade e no amor.
Faze que o amor reafirmado pela graça do sacramento do matrimônio, se revele mais forte que qualquer debilidade a qualquer crise, pelas quais às vezes passam nossas famílias.
Faze, finalmente, Te pedimos por intercessão da Sagrada Família de Nazaré, que a Igreja, em todas as nações da Terra, possa cumprir frutiferamente sua missão na família e por meio da família.
Tu, que és a vida, a verdade e o amor, na unidade do Filho e do Espírito Santo.
Amém. fonte:https://www.drafilo.com.br/oracao-do-papa-joao-paulo-ii-pela-familia/
ÀS CRIANÇAS POR OCASIÃO
DO ANO DA FAMÍLIA - 1994
Nasce Jesus
Dentro de poucos dias, celebraremos o Natal, festa muito sentida por todas as crianças no seio de cada família. Neste ano, sê-lo-á ainda mais, porque é o Ano da Família. Antes que ele termine, desejo dirigir-me a vós, crianças do mundo inteiro, para partilhar convosco a alegria desta sugestiva ocorrência.
O Natal é a festa de um Menino, de um Recém-nascido. É, portanto, a vossa festa! Aguardais-la com impaciência, e para ela vos preparais com alegria, contando os dias e quase as horas que faltam para a Noite Santa de Belém.
Parece que estou a ver-vos: andais a preparar o presépio, em casa, na paróquia, em cada canto do mundo, reconstruindo o clima e o ambiente em que nasceu o Salvador. É verdade! Durante o período natalício, a gruta com a manjedoura ocupa o lugar central na Igreja. E todos se apressam a ir em peregrinação espiritual até lá, como os pastores na noite do nascimento de Jesus. Mais tarde, será a vez dos Magos chegarem do Oriente distante, seguindo a estrela até ao lugar onde foi colocado o Redentor do universo.
Também vós, nos dias de Natal, visitais os presépios, parando a ver o Menino deitado nas palhinhas. Olhais sua Mãe, São José, guardião do Redentor. Ao contemplar a Sagrada Família, pensais na vossa família, aquela onde viestes ao mundo. Pensais na vossa mãe, que vos deu à luz, e no vosso pai. Eles preocupam-se com o sustento da família e com a vossa educação. Com efeito, tarefa dos pais não é apenas a de gerar os filhos, mas também de os educar desde o seu nascimento.
Queridas crianças, escrevo-vos a pensar no tempo - já lá vão muitos anos - em que também eu era menino como vós. Também eu vivia, então, a atmosfera feliz do Natal, e quando brilhava a estrela de Belém corria ao presépio, junto com os da minha idade, para reviver o que sucedeu há 2000 anos, na Palestina. Nós, crianças, manifestávamos a nossa alegria sobretudo com o canto. Como são belos e comoventes os cânticos natalícios, que, segundo a tradição de cada povo, se alternam à volta do presépio! Como são profundos os pensamentos neles contidos, e sobretudo quanta alegria e ternura neles se exprime ao Deus-Menino, que veio ao mundo na Noite Santa!
Também os dias que se seguem ao nascimento de Jesus, são dias de festa: assim, oito dias depois, recorda-se que, como mandava a tradição do Antigo Testamento, foi dado ao Menino um nome: foi chamado Jesus. Após quarenta dias, comemora-se a sua apresentação no Templo, como sucedia com todo o filho primogénito de Israel. Naquela ocasião, teve lugar um encontro extraordinário: Nossa Senhora, que chegava ao Templo com o Menino, vê vir ao seu encontro o velho Simeão, o qual, tendo pegado Jesus pequenino em seus braços, pronunciou estas palavras proféticas: « Agora, Senhor, podes deixar o teu servo partir em paz, segundo a tua palavra, porque os meus olhos viram a Salvação, que preparaste em favor de todos os povos: Luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo » (Lc 2, 29-32). Voltando-se depois para Maria, sua mãe, acrescentou: « Este Menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; uma espada trespassará a tua alma, a fim de se revelarem os pensamentos de muitos corações » (Lc 2, 34-35). Assim pois, já nos primeiros dias da vida de Jesus, ressoa o anúncio da Paixão, à qual um dia será associada também a Mãe, Maria: na Sexta-feira Santa, estará silenciosa ao pé da Cruz do Filho. Aliás, não deverá transcorrer muito tempo depois do nascimento até o pequenino Jesus Se achar sujeito a grave perigo: o cruel rei Herodes mandará matar todos os meninos com menos de dois anos, pelo que Ele será obrigado a fugir com os pais para o Egipto.
Certamente conheceis muito bem estes factos ligados ao nascimento de Jesus. Foram-vos contados pelos vossos pais, os padres, os professores, os catequistas; e, além disso, cada ano voltais a vivê-los espiritualmente no período das festas natalícias, juntamente com toda a Igreja: portanto, vós tendes conhecimento destes aspectos dramáticos da infância de Jesus.
Queridos amigos! Nas vicissitudes do Menino de Belém, podeis reconhecer a sorte das crianças de todo o mundo. Se é certo que uma criança constitui a alegria dos pais, e também da Igreja e da sociedade inteira, é igualmente verdade que nos nossos tempos, infelizmente, muitas crianças sofrem e vivem ameaçadas, em várias partes do mundo: padecem fome e miséria, morrem por causa das doenças e da desnutrição, caem vítimas das guerras, são abandonadas pelos pais e condenadas a ficar sem casa, privadas do calor de uma família própria, sofrem muitas formas de violência e prepotência por parte dos adultos. Como é possível permanecer indiferente perante o sofrimento de tantas crianças, especialmente quando, de qualquer modo, é causado pelos adultos?
Jesus comunica a Verdade
Aquele Menino, que, no Natal, contemplamos deitado na manjedoura, com o passar dos anos cresceu. Como sabeis, aos doze anos Ele deslocou-Se pela primeira vez, juntamente com Maria e José, de Nazaré a Jerusalém por ocasião da Festa da Páscoa. Lá, perdido no meio da multidão dos peregrinos, separou-Se dos pais e, junto com outros da sua idade, pôs-Se a ouvir os doutores do Templo, como se fosse uma « sessão de catequese ». Realmente as festas eram ocasiões propícias para transmitir a fé aos rapazes com a mesma idade de Jesus. Sucedeu, porém, que, durante tal encontro, o Adolescente extraordinário, vindo de Nazaré, não só fez perguntas muito inteligentes, mas Ele próprio começou a dar respostas profundas àqueles que O estavam a ensinar. As perguntas e, mais ainda, as respostas maravilharam os doutores do Templo. Era aquela mesma admiração que, mais tarde, haveria de acompanhar a pregação pública de Jesus: o episódio do Templo de Jerusalém não era senão o início e como que o prenúncio daquilo que viria a acontecer alguns anos mais tarde.
Queridos rapazes e meninas que andais pelos doze anos como Jesus, este episódio da sua vida não vos faz lembrar as lições de religião, que tendes na paróquia e na escola, e às quais sois convidados a tomar parte? Quereria, então, fazer-vos algumas perguntas: qual é a vossa atitude face às aulas de religião? Deixais-vos enlevar como Jesus aos doze anos no Templo? Sois diligentes a frequentá-las na escola e na paróquia? Ajudam-vos nisso os vossos pais?
Com doze anos, Jesus ficou de tal modo compenetrado por aquela catequese no Templo de Jerusalém que, de certa forma, esqueceu até os próprios pais. Maria e José, tomando a estrada de regresso para Nazaré juntamente com outros peregrinos, depressa se deram conta da ausência de Jesus. Longas foram as buscas. Voltaram sobre os seus passos, e somente ao terceiro dia é que O conseguiram encontrar em Jerusalém no Templo. « Filho, porque nos fizeste isto? Olha que teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura » (Lc 2, 48). Como é estranha a resposta de Jesus, e quanto dá que pensar! « Porque Me procuráveis? - disse Ele -. Não sabíeis que devo ocupar-Me das coisas de meu Pai? » (Lc 2, 49). Era uma resposta difícil de aceitar. O evangelista Lucas acrescenta simplesmente que Maria « guardava todas estas coisas no seu coração » (2, 51). Efectivamente, era uma resposta que só mais tarde se tornaria compreensível, quando Jesus, já adulto, teria iniciado a pregar, declarando que, pelo seu Pai celeste, estava disposto a enfrentar qualquer sofrimento e até mesmo a morte na cruz.
Jesus voltou de Jerusalém com Maria e José para Nazaré, onde viveu submisso a eles (cfr. Lc 2, 51). A propósito deste período, anterior ao início da pregação pública, o Evangelho diz apenas que Ele « crescia em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens » (Lc 2, 52).
Queridos adolescentes, no Menino que admirais no presépio, aprendei a ver já o rapaz de doze anos que dialoga com os doutores, no Templo de Jerusalém. Ele é o mesmo homem adulto que mais tarde, pelos trinta anos, começará a anunciar a palavra de Deus, escolherá os doze Apóstolos, será seguido por multidões sequiosas de verdade. A cada passo, confirmará o seu ensinamento extraordinário com os sinais do poder divino: restituirá a vista aos cegos, curará os doentes, até os mortos ressuscitará. E entre os mortos chamados à vida, contar-se-á a filha de Jairo - também ela com doze anos -, e o filho da viúva de Naim, restituído vivo à sua mãe banhada em lágrimas.
É assim mesmo: este Menino, acabado agora de nascer, quando Se tornar grande, como Mestre da Verdade divina, manifestará um afecto extraordinário pelas crianças. Dirá aos Apóstolos: « Deixai vir a Mim as criancinhas, não as afasteis », acrescentando: « Pois a quem é como elas pertence o Reino de Deus » (Mc 10, 14). Outra vez, quando os Apóstolos discutiam sobre quem seria o maior, por-lhes-á diante uma criança dizendo: « Se não vos converterdes voltando a ser como as criancinhas, não podereis entrar no Reino dos Céus » (Mt 18, 3). Naquela ocasião, pronunciará também palavras de advertência muito severas: « Mas se alguém escandalizar um destes pequeninos que crêem em Mim, seria preferível que lhe suspendessem em volta do pescoço uma mó de moinho, das movidas pelos jumentos, e o lançassem nas profundezas do mar » (Mt 18, 6).
Como é importante a criança aos olhos de Jesus! Poder-se-ia mesmo observar que o Evangelho está profundamente permeado pela verdade sobre a criança. Até seria possível lê-lo, no seu todo, como o « Evangelho da criança ».
Na verdade, que quer dizer: « Se não vos converterdes voltando a ser como as criancinhas, não podereis entrar no Reino dos Céus »? Porventura não apresenta Jesus a criança como modelo também para os adultos? Na criança, há algo que nunca poderá faltar em quem deseja entrar no Reino dos Céus. Ao Céu, estão destinados aqueles que são simples como as crianças, quantos são cheios de confiante abandono, ricos de bondade e puros como elas. Só esses podem encontrar em Deus um Pai, e tornarem-se, por sua vez e graças a Jesus, igualmente filhos de Deus.
Não é esta a principal mensagem do Natal? Lemos em São João: « E o Verbo fez-Se homem e habitou entre nós » (1, 14); e ainda: « A todos os que O receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus » (1, 12). Filhos de Deus! Vós, queridos adolescentes, sois filhos e filhas dos vossos pais. Pois bem, Deus quer que todos sejamos seus filhos adoptivos, mediante a graça. Está aqui a verdadeira fonte da alegria do Natal, a propósito da qual vos escrevo já quase no final do Ano da Família. Alegrai-vos por este « Evangelho da filiação divina ». Nesta alegria, produzam abundantes frutos as próximas festas natalícias, no Ano da Família.
Jesus comunica-Se a Si próprio
Queridos amigos, inesquecível encontro com Jesus é, sem dúvida, a Primeira Comunhão, dia esse que há-de ser recordado como um dos mais belos da vida. A Eucaristia, instituída por Cristo na véspera da sua Paixão, durante a Última Ceia, é um sacramento da Nova Aliança, melhor, é o maior dos sacramentos. Nele, o Senhor faz-Se alimento das almas sob as espécies do pão e do vinho. As crianças recebem-no solenemente na primeira vez - precisamente a Primeira Comunhão - e são convidadas a recebê-lo depois o maior número de vezes possível, para per manecerem na amizade íntima com Jesus.
Como sabeis, para aproximar-se da Sagrada Comunhão é preciso ter recebido o Baptismo: este é o primeiro dos sacramentos e o mais necessário para a salvação. Trata-se de um grande acontecimento! Nos primeiros séculos da Igreja, quando o Baptismo era recebido sobretudo pelos adultos, o rito sagrado concluía com a participação na Eucaristia e tinha a solenidade que hoje se dá à Primeira Comunhão. Posteriormente, quando se começou a baptizar principalmente os recém-nascidos - é o caso também de muitas de vós, queridas crianças, que por isso não recordais o dia do vosso Baptismo - a festa mais solene foi deslocada para o momento da Primeira Comunhão. Qualquer criança, menino ou menina, de família católica conhece perfeitamente este costume: a Primeira Comunhão é vivida como uma grande festa de família. Naquele dia, juntamente com o festejado, em geral aproximam-se da Eucaristia os pais, os irmãos, as irmãs, os parentes, os padrinhos, e às vezes também os professores e os educadores.
Além disso, o dia da Primeira Comunhão é uma grande festa na paróquia. Recordo como se fosse hoje, quando, junto com os da minha idade, recebi pela primeira vez a Eucaristia na igreja paroquial da minha terra. Costuma-se registar este acontecimento no álbum da família, para que não seja esquecido. Geralmente tais fotografias acompanham a pessoa pelo resto da sua vida. Com o passar do tempo, indo folheá-las revive-se a atmosfera daqueles momentos; torna-se à pureza e à alegria experimentada no encontro com Jesus, que por amor Se fez Redentor do homem.
Para quantas crianças na história da Igreja, a Eucaristia foi fonte de força espiritual, por vezes mesmo heróica! Como não recordar, por exemplo, meninas e meninos santos, que viveram nos primeiros séculos e, ainda hoje, são conhecidos e venerados em toda a Igreja? Santa Inês, que viveu em Roma; Santa Águeda, martirizada na Sicília; São Tarcísio, com toda a razão chamado mártir da Eucaristia, porque preferiu morrer a entregar Jesus, que levava consigo sob as espécies de pão.
E assim ao longo dos séculos, até aos nossos tempos, não faltam crianças e adolescentes entre os santos e beatos da Igreja. Como, no Evangelho, Jesus deposita particular confiança nas crianças, assim também a Sua Mãe, Maria, não deixou de reservar aos pequenos, no curso da história, o seu carinho materno. Pensai em Santa Bernardete de Lourdes, nas crianças de La Salette e, em nosso século, nos pastorinhos de Fátima - Lúcia, Francisco e Jacinta.
Falei-vos, mais atrás, do « Evangelho da criança »: não teve ele uma expressão particular, em nossa época, na espiritualidade de Santa Teresinha do Menino Jesus? É bem verdade: Jesus e a sua Mãe escolhem frequentemente as crianças para lhes confiar tarefas grandes para a vida da Igreja e da humanidade. Nomeei apenas algumas delas universalmente conhecidas, mas tantas outras crianças, menos notadas, existem! O Redentor da humanidade parece partilhar com elas a solicitude pelos outros: pelos pais, pelos companheiros e companheiras. Jesus põe grande esperança na sua oração. Que poder enorme tem a oração das crianças! Ela torna-se um modelo para os próprios adultos: rezar com confiança simples e total, quer dizer orar como sabem rezar as crianças.
E chego a um ponto importante desta minha Carta: já no final do Ano da Família, é à vossa oração, queridos amiguinhos, que desejo confiar os problemas da vossa família e de todas as famílias do mundo. E não só isso: tenho ainda outras intenções a recomendar-vos. O Papa conta muito com as vossas orações. Devemos rezar juntos e muito, para que a humanidade, formada por diversos milhares de milhões de seres humanos, se torne cada vez mais a família de Deus, e possa viver na paz. No princípio, recordei os indescritíveis sofrimentos, que tantas crianças experimentaram neste século, e os que muitas delas continuam a sofrer ainda neste momento. Quantas, mesmo nestes dias, caem vítimas do ódio que enfurece em diversas regiões da terra: nos Balcãs, por exemplo, e em alguns países da África. Foi precisamente ao meditar sobre estes factos que inundam de dor os nossos corações, que decidi pedir-vos, queridas crianças e adolescentes, que fizésseis vossa a oração pela paz. Vós bem o sabeis: o amor e a concórdia constroem a paz, o ódio e a violência destroem-na. Instintivamente procurais resguardo do ódio e sentis-vos atraídos pelo amor: por isso, o Papa está certo de que não recusareis o seu pedido, mas unir-vos-eis à sua oração pela paz no mundo com o mesmo ardor com que rezais pela paz e a concórdia nas vossas famílias.
Louvai o nome do Senhor!
Permiti, queridos meninos e meninas, que, no final desta Carta, recorde as palavras de um Salmo que sempre me tocaram: Laudate pueri Dominum! Louvai, meninos, louvai o nome do Senhor! Bendito seja o nome do Senhor agora e para sempre! Desde o nascer ao pôr do sol, seja louvado o nome do Senhor (cfr. Sal 112113,1- 3). Quando medito as palavras deste Salmo, passam diante dos meus olhos os rostos das crianças de todo o mundo: do Oriente ao Ocidente, do Norte ao Sul. É a vós, meus amiguinhos, sem distinção de língua, de raça ou nacionalidade, que digo: Louvai o nome do Senhor!
E uma vez que o homem deve louvar a Deus, antes de mais, com a vida, não vos esqueçais daquilo que Jesus, com doze anos, disse a sua Mãe e a José no Templo de Jerusalém: « Não sabíeis que devo ocupar-Me das coisas de meu Pai? » (Lc 2, 49). O homem louva a Deus seguindo a voz da própria vocação. Deus chama cada homem, e a sua voz faz-se sentir já na alma da criança: chama a viver no matrimónio ou então a ser sacerdote; chama à vida consagrada ou talvez ao trabalho nas missões... Quem sabe?! Rezai, queridos rapazes e meninas, para descobrirdes qual é a vossa vocação, para depois a seguirdes generosamente.
Louvai o nome do Senhor! Na noite de Belém, as crianças dos diversos Continentes olham com fé para o Menino recém-nascido e vivem a grande alegria do Natal. Cantando em suas línguas, louvam o nome do Senhor. Assim se estendem por toda a terra as sugestivas melodias do Natal. São palavras ternas, comoventes, que ressoam em todas as línguas humanas; é como um canto de festa que se eleva de toda a terra, e se une ao canto dos Anjos, mensageiros da glória de Deus, sobre a gruta de Belém: « Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado » (Lc 2, 14). O Filho predilecto de Deus apresenta-Se entre nós como um recém-nascido; ao redor d'Ele, as crianças de todas as nações da terra sentem sobre si o olhar repleto de amor do Pai celeste e alegram-se porque Deus as ama. O homem não pode viver sem amor. Ele é chamado a amar a Deus e ao próximo, mas para amar verdadeiramente deve ter a certeza que Deus lhe quer bem.
Deus vos ama, queridos meninos! Isto é o que vos quero dizer no final do Ano da Família e por ocasião destas festas natalícias que são de modo particular as vossas festas.
Desejo-vos que elas sejam felizes e em paz; desejo que tenhais nelas uma experiência mais intensa do amor dos vossos pais, irmãos, irmãs e dos outros membros da vossa família. Que este amor se estenda, depois, à vossa comunidade inteira, melhor, a todo o mundo, graças precisamente a vós, queridos adolescentes e crianças. Então o amor alcançará a todos quantos têm particular necessidade dele, especialmente aos doentes e abandonados. Haverá alegria maior do que a alegria gerada pelo amor? Que alegria é maior do que aquela que vós, Jesus, trazeis, no Natal, ao coração dos homens, e particularmente ao coração das crianças?
Levantai a vossa mãozinha, Deus-Menino,
e abençoai estes vossos amiguinhos,
abençoai as crianças de toda a terra!
Vaticano, 13 de Dezembro de 1994.
JOÃO PAULO PP. II
CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA EM SUFRÁGIO
DE SUA SANTIDADE JOÃO PAULO II
REGINA CAELI
Solenidade da Divina Misericórdia
Domingo, 3 de Abril de 2005
Caríssimos Irmãos e Irmãs!
1. Hoje ressoa igualmente o alegre Aleluia da Páscoa. A hodierna página do Evangelho de João sublinha que o Ressuscitado, na tarde daquele dia, apareceu aos Apóstolos e "mostrou-lhes as mãos e o lado" (Jo 20, 20), isto é, os sinais da dolorosa paixão impressos de modo indeléveis no seu corpo mesmo depois da ressurreição. Aquelas chagas gloriosas, que oito dias depois fez o incrédulo Tomé tocar, revelando a misericórdia de Deus que "tanto amou o mundo que deu o seu Filho unigénito" (Jo 3, 16).
Este mistério da morte está no centro da hodierna liturgia do Domingo in Albis, dedicado ao culto da Divina Misericórdia.
2. À humanidade, que no momento parece desfalecida e dominada pelo poder do mal, do egoísmo e do medo, o Senhor ressuscitado oferece como dom o seu amor que perdoa, reconcilia e abre novamente o ânimo à esperança. Quanta necessidade tem o mundo de compreender e de acolher a Divina Misericórdia!
Senhor, que com a tua morte e ressurreição revelas o amor do Pai, nós cremos em Ti e com confiança te repetimos no dia de hoje: Jesus eu confio em Ti, tem misericórdia de nós e do mundo inteiro.
3. A solenidade litúrgica da Anunciação, que celebraremos amanhã, nos leva a contemplar com os olhos de Maria, o imenso mistério deste amor misericordioso que sai do Coração de Cristo.
Ajudados por Ela, possamos compreender o sentido verdadeiro da alegria pascal, que se fundamenta nesta certeza: Aquele que a Virgem trouxe em seu ventre, que sofreu e morreu por nós, ressuscitou verdadeiramente. Aleluia!