O crucifixo de Santa Terezinha
Na imagem de Santa Teresinha o crucifixo representa o seu sofrimento e o amor que ela tinha pela Paixão de Cristo. Santa Teresinha gostava de jogar flores no crucifixo do jardim do Carmelo. Viveu apenas 24 anos e tinha a saúde debilitada. Sofreu muito durante quase três anos por causa da tuberculose, doença incurável na época, e ofereceu todo seu sofrimento pela conversão dos pecadores. Ela disse: 'Eu nunca teria acreditado que fosse possível sofrer tanto! Nunca! Nunca! Não posso explicar isto, exceto pelos desejos ardentes que eu tive de salvar almas'.
As rosas de Santa Terezinha
As rosas na imagem de Santa Teresinha simbolizam uma promessa que ela fez antes de morrer. Aos 24 anos de idade, em 30 de setembro de 1897, Santa Teresinha disse às irmãs: 'Farei cair uma chuva de rosas sobre o mundo!' As rosas simbolizam a intercessão de santa Terezinha por todos aqueles que a pedem em oração.
O véu de Santa Terezinha
O véu preto de Santa Teresinha representa seus votos perpétuos de pobreza, obediência e castidade, na Ordem Carmelita. Representa seu casamento com Cristo e sua entrega total a ele. Nesse entrega, Santa Terezinha sentiu o ardente desejo de dedicar sua vida e suas orações na intenção de todos os missionários. Por isso, sem nunca ter saído do convento, ela se tornou a padroeira dos missionários e das missões.
O hábito de Santa Terezinha
Na imagem de Santa Teresinha, o hábito marrom simboliza a pobreza dos carmelitas e a fé inabalável em Jesus Cristo. Representa, também, a morte espiritual da pessoa para as coisas deste mundo, querendo apenas os bens celestiais, o que Santa Terezinha viveu de maneira exemplar.
História da novena de Santa Terezinha
Em 1925, o padre jesuíta, Antônio Putingan, começou a rezar uma novena em honra a Santa Teresinha do Menino Jesus. Ele rezava 24 glórias ao Pai em homenagem aos 24 anos que a santa viveu na terra. Pediu uma graça e uma prova de que seria atendido: que recebesse uma rosa. No terceiro dia da novena, uma jovem entrega-lhe uma rosa vermelha. O interessante é que não era época de flores, pois era inverno, nevava e fazia dez graus abaixo de zero. Numa segunda novena ele pediu uma rosa branca, que lhe foi entregue no quarto dia, pela Irmã Vitalis, que disse: 'Padre, este presente é de Santa Teresinha'. A partir de então, Pe. Putingan organizou a novena, para ser rezada entre os dias 9 e 17 de cada mês. E quem a reza com fé pedindo uma graça, se for da vontade de Deus concedê-la, recebe uma rosa de Santa Teresinha como confirmação.
Oração a Santa Terezinha do Menino Jesus
'Ó Santa Terezinha, branca e mimosa flor de Jesus e Maria, que embalsamais o Carmelo e o mundo inteiro com vosso suave perfume, chamai-nos e nós correremos convosco, ao encontro de Jesus, pelo caminho da renúncia, do abandono e do amor. Fazei-nos simples e dóceis, humildes e confiantes para nosso Pai do céu. Não permitais que o ofendamos com o pecado. Socorrei-nos em todos os perigos e necessidades; socorrei-nos em todas as aflições e alcançai-nos todas as graças espirituais e temporais, especialmente a graça que estamos precisando agora, (fazer o pedido). Lembrai-vos ó Santa Terezinha, que prometestes passar vosso céu fazendo o bem a terra, sem descanso, até ver completo o numero de eleitos. Cumpri em nós vossa promessa: sede nosso anjo protetor na travessia desta vida e não descanseis até que nos vejais no céu, ao vosso lado, contando as ternuras do amor misericordioso do Coração de Jesus. Amém.'
fonte:https://cruzterrasanta.com.br/significado-e-simbolismo-de-santa-terezinha/111/103/Ó Santa Teresinha do Menino Jesus, Mimosa Flor de Jesus e de Maria, a Vós recorremos e pedimos: auxilia-nos Santa Teresinha no caminho a Jesus pela renúncia, no abandono e no mais profundo amor.
Santa Teresinha do Menino Jesus, fazei-nos simples e dóceis, humildes e confiantes, e hoje nesta Novena, apresento o meu pedido…
(Faça seu pedido)
Lembrai-Vos ó Santa Teresinha, que prometestes passar o Vosso céu, fazendo o bem sobre a Terra sem descanso, até ver completo o número dos eleitos. Vós dissestes, Santa Teresinha, espero não ficar inativa no céu, meu desejo é de trabalhar ainda pela Igreja e pelas almas.
Santa Teresinha, no céu, trabalhe por esta graça que te peço agora. (Faça novamente o seu pedido)
Ó Santa Teresinha, sede nosso anjo protetor na travessia desta vida e não descanse até que nos veja no céu.
Santa Teresinha do Menino Jesus, que encontraste graça aos olhos de Nosso Senhor Jesus Cristo, leve até Ele a nossa prece, nosso pedido e nossa necessidade.
Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós. Amém.
fonte:https://www.padrereginaldomanzotti.org.br/novena/de-santa-teresinha-do-menino-jesus/
Novena a Santa Terezinha
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
“Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu Vos agradeço todos os favores, todas as graças com que enriquecestes a alma de Vossa serva Teresa do Menino Jesus durante os 24 anos que passou na Terra.
Pelos méritos de tão querida santinha, concedei-me a graça que ardentemente Vos peço: (fazer o pedido), se for conforme a Vossa Santíssima vontade e para salvação de minha alma.
Ajudai minha fé e minha esperança, ó Santa Teresinha, cumprindo, mais uma vez, sua promessa de que ninguém vos invocaria em vão, fazendo-me ganhar uma rosa, sinal de que alcançarei a graça pedida”.
Rezar, em seguida, 24 vezes: glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no principio agora e sempre. Amém.
Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, rogai por nós!
ORAÇÃO PARA MOMENTOS DE DESESPERO
Santa Teresinha do Menino Jesus, que atravessastes a noite escura da
alma, sem nenhuma consolação espiritual e, sustentada pela fé,
recuperastes a alegria de viver, implorai ao Bom Deus por mim, para que
eu seja capaz de dominar este estado de tristeza em que me encontro,
esta treva absurda que tomou conta de meu coração. Iluminai, Santa
Doutora, minha inteligência para que eu descubra que só Deus me basta e
que devo, em tudo e por tudo, realizar somente a vontade d'Ele, desse
Deus Misericordioso, que me carrega ao colo, mesmo quando me sinto
abandonado, sem nenhuma luz a me orientar. Dai-me crer, cheio de
esperança, que todo desespero tem seu fim pois o amor de Jesus liberta
os corações das correntes do medo e da angústia. Dai-me, um sorriso, ó
Santinha e providenciai para mim, junto ao Pai, o Dom da alegria. Que
esse Dom me cure e me liberte, me faça ver as novas luzes que se
acendem: o amor do Pai começa a brilhar para mim, Sua misericórdia
começa a me aquecer e eu me abro à vida nova que o Espírito Santo de
Deus me traz, o mesmo Espírito que ungiu a vossa vida, ó Santa das
Rosas, com o precioso óleo da alegria, do qual urgentemente necessito
para poder louvar o Pai e o Filho, sem nada a me pesar o coração. Creio
firmemente que serei atendido, que meu brado de angústia será ouvido e
me comprometo a espalhar a vossa devoção. Amém.
(Reze 1 Pai Nosso, 1
Ave Maria e 1 Glória ao Pai. Se possível, faça uma confissão
sacramental e participe de uma missa, comungando piedosamente na
intenção de todos os que sofrem no corpo e no espírito)
Santos Anjos da Guarda
Ó Deus, criando o mundo, / poder manifestais; / porém, ao governá-lo, / o vosso amor mostrais.
Aos que hoje vos suplicam / estais sempre presente: / que a luz da nova aurora / renove a nossa mente.
O mesmo anjo que um dia / por guarda nos foi dado / consiga a vida toda / livrar-nos do pecado.
Em nós ele extermine / as forças do inimigo; / que a fraude em nosso peito / jamais encontre abrigo.
Mandai para bem longe / a peste, a fome, a guerra: / haja entre nós justiça, / a paz brote da terra.
Salvai por vosso Filho, / a nós, no amor ungidos, / sejamos pelos anjos / Deus trino, protegidos!
. O Senhor enviará o seu anjo junto a ti, para guiar o teu caminho.
Ex 23,20-21a
Vou enviar um anjo que vá à tua frente, que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que te preparei. Respeita-o e ouve a sua voz.
Cântico evangélico
Ant. Todos eles são espíritos servidores, enviados ao serviço e proteção daqueles que herdarão a salvação.
– Bendito seja o Senhor Deus de Israel, *
porque a seu povo visitou e libertou;
– e fez surgir um poderoso Salvador *
na casa de Davi, seu servidor,
– como falara pela boca de seus santos, *
os profetas desde os tempos mais antigos,
– para salvar-nos do poder dos inimigos *
e da mão de todos quantos nos odeiam.
– Assim mostrou misericórdia a nossos pais, *
recordando a sua santa Aliança
– e o juramento a Abraão, o nosso pai, *
de conceder-nos que, libertos do inimigo,
= a ele nós sirvamos sem temor †
em santidade e em justiça diante dele, *
enquanto perdurarem nossos dias.
= Serás profeta do Altíssimo, ó menino, †
pois irás andando à frente do Senhor *
para aplainar e preparar os seus caminhos,
– anunciando ao seu povo a salvação, *
que está na remissão de seus pecados,
– pela bondade e compaixão de nosso Deus, *
que sobre nós fará brilhar o Sol nascente,
– para iluminar a quantos jazem entre as trevas *
e na sombra da morte estão sentados
– e para dirigir os nossos passos, *
guiando-os no caminho da paz.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Todos eles são espíritos servidores, enviados ao serviço e proteção daqueles que herdarão a salvação.
Irmãos e irmãs, louvemos o Senhor em cuja presença estão multidões de anjos que o servem dia e noite, cantando a uma só voz; aclamemos com alegria, dizendo:
R. Bendizei ao Senhor, todos os seus anjos!
DEUS santo, que mandastes vossos anjos para nos protegerem em todos os caminhos, conduzi-nos hoje pelos vossos caminhos sem mancha de pecado. – R.
PAI de bondade, cuja face os anjos contemplam dia e noite no céu, fazei que procuremos sem cessar a vossa face. – R.
DEUS eterno, cujos filhos serão como anjos no céu, dai-nos a pureza de coração e de corpo. – R.
DEUS todo-poderoso, enviai o grande príncipe Miguel para ajudar o vosso povo, a fim de defendê-lo na luta contra Satanás e seus anjos. – R.
Ó Deus, que na vossa misteriosa providência mandais os vossos Anjos para guardar-nos, concedei que nos defendam de todos os perigos e gozemos eternamente do seu convívio. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
fonte:https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria-das-horas/
LAUDES - SANTOS ANJOS DA GUARDA
V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Hino
Ó Deus, criando o mundo,
poder manifestais;
porém, ao governá-lo,
o vosso amor mostrais.
Aos que hoje vos suplicam
estai sempre presente:
que a luz da nova aurora
renove a nossa mente.
O mesmo anjo que um dia
por guarda nos foi dado
consiga a vida toda
livrar-nos do pecado.
Em nós ele extermine
as forças do inimigo;
que a fraude em nosso peito
jamais encontre abrigo.
Mandai para bem longe
a peste, a fome, a guerra:
haja entre nós justiça,
a paz brote da terra.
Salvai por vosso Filho
a nós, no amor ungidos,
sejamos pelos anjos
Deus trino, protegidos!
Oração
Ó Deus, que na vossa misteriosa providência mandais os vossos Anjos para guardar-nos, concedei que nos defendam de todos os perigos e gozemos eternamente do seu convívio. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
O Senhor nos abençoe,
nos livre de todo o mal
e nos conduza à vida eterna. Amém.
Bendito seja Deus, que seu anjo enviou e libertou seus servidores, que nele confiaram.
Biografia de São Francisco
São Francisco de Assis era filho de um comerciante da cidade de Assis, na Itália. Foi batizado na igreja de Santa Maria Maior e cresceu sem grandes dificuldades, e sem uma grande experiência religiosa.
O jovem Francisco deseja tornar-se nobre e conquistar a fama. Para
isso, precisava tornar-se herói de
batalha e então, no ano de 1201, foi
para a guerra.
Dos anos 1202 e 1205, Francisco sofreu de uma doença misteriosa. Somado isso à inquietação de qual o sentido da sua vida, o jovem decidiu ser cavaleiro e atender à convocação do Papa Inocêncio II. Porém, a piora da sua doença impediu o santo de partir.
Foi nesse tempo que sentiu, pela primeira vez, que Deus lhe falava “Francisco, o que é mais importante, servir ao Senhor ou servir ao servo? Volta a Assis e ali te será dito”.
Depois dessa experiência, São Francisco foi à Roma em busca de respostas para essa inquietação que sentia. Lá, fez a experiência de viver a pobreza e a partir de então dedicou-se mais à oração e ao silêncio.
Em 1206, passeando à cavalo pelas campinas de Assis, viu um leproso, repugnante à vista e ao olfato, lhe causando nojo. Mas então, movido por Deus, colocou seu dinheiro naquelas mãos sangrentas e deu-lhe um beijo.
Falando depois a respeito desse momento, ele disse: “O que antes me era amargo, mudou-se então em doçura da alma e do corpo. A partir desse momento, pude afastar-me do mundo e entregar-me a Deus”.
O famoso episódio na capela de São Damião onde São Francisco ouvi a foz do crucifixo dizendo: “Francisco, vai e reconstrói a minha Igreja que está em ruínas”, aconteceu logo em seguida. Foi a partir daí que a vida de São Francisco mudou para sempre.
Seu pai começou a se revoltar com as atitudes do filho que não se interessava mais com os trabalhos e negócios da família. Levou-o diante do bispo e exigiu que São Francisco lhe devolvesse tudo que havia recebido.
O Santo, sem pensar duas vezes, despojou tudo que tinha, até ficar nu, jogando o dinheiro e os trajes aos pés do pai e disse: “Até agora chamei de pai a Pedro Bernardone. Doravante, não terei outro pai, senão o Pai Celeste”.
O Bispo, então, o acolheu e São Francisco entregou-se ao serviço dos leprosos, e à reconstrução das capelas da cidade. Começou pregar percorrendo as vizinhanças, levando o Evangelho.
Nasce uma nova ordem
Em 1209, Francisco e seus companheiros foram até o Papa Inocêncio III para pedir a aprovação de seu carisma.
Ele ficou maravilhado com o propósito de vida daquele grupo e, especialmente, com a figura de Francisco, a clareza de sua opção e a firmeza que demonstrava. Reconheceu nele um homem que há pouco vira em sonho, segurando as colunas da Igreja de Latrão, que ameaçava ruir.
O Papa reconheceu que era o próprio Deus quem inspirava Francisco a viver radicalmente o Evangelho, trazendo vida nova a toda a Igreja. Por isso, deu a seu modo de viver o Evangelho a aprovação oficial. Autorizou Francisco e seus seguidores a pregarem o Evangelho nas igrejas e fora delas.
Padroeiro dos Animais
São Francisco de Assis é o padroeiro dos animais. Considerado um santo que se preocupava muito com a salvação das almas e com a pregação do Evangelho, mas também era sensível, que por amor a Deus amava toda a criação, saudando o irmão sol, a irmã lua e até a irmã morte, porque sabia que tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus até a morte.
Não poderia ser diferente com os animais. Francisco amava cada animal como parte da criação Divina, e em suas biografias encontramos diversas histórias interessantes sobre o tema.
Uma das histórias sobre o Santo diz que bandos de andorinhas o seguiam continuamente formando uma cruz e que, em uma ocasião, na qual ele ia pregar em Alvino, disse: “Irmãs andorinhas, agora eu tenho que falar comigo”.
Em outra ocasião, ele amansou um lobo selvagem dizendo: “Venha aqui, irmão Lobo, mando-te da parte de Cristo, que não faças nenhum mal a mim nem a ninguém”. E quando estava no monte rezando, um pássaro lhe avisou que era a hora da oração da meia-noite.
Essas e outras histórias fazem de São Francisco o protetor dos animais, com a visão correta que é a da Igreja, um protetor que ama a criação, subordinados à criação, diferente do homem que é filho de Deus, e o único capaz da Co-criação.
Que São Francisco nos ensine a amar tanto a Deus a ponto de ver em tudo a presença e a graça de Deus.
Oração de São Francisco de Assis
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa Paz.
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor.
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!
Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe. Perdoando, que se é perdoado e é morrendo, que se vive para a vida eterna!
Amém.
fonte: https://misericordia.com.br/sao-francisco-de-assis-por-que-o-santo-e-padroeiro-dos-animais/
DIA 04 DE OUTUBRO - SÃO FRANCISCO DE ASSIS
V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Hino
No céu Francisco fulgura,
cheio de glória e de luz,
trazendo em seu corpo as chagas,
sinais de Cristo e da Cruz.
Seguindo o Cristo na terra,
pobre de Cristo se faz,
na cruz com Cristo pregado,
torna-se arauto da paz.
Pelo martírio ansiando,
tomou a cruz do Senhor:
do que beijou no leproso
contempla agora o esplendor.
Despindo as vestes na praça,
seu pai na terra esqueceu;
reza melhor o Pai-nosso,
junta tesouros no céu.
Tendo de Cristo a pureza,
mais do que o sol reluzia,
e, como o sol à irmã lua,
Clara em seu rastro atraía.
Ao Pai e ao Espírito glória
e ao que nasceu em Belém.
Deus trino a todos conceda
os dons da cruz: Paz e Bem.
Oração
Ó Deus, que fizestes São Francisco de Assis assemelhar-se ao Cristo por uma vida de humildade e pobreza, concedei que, trilhando o mesmo caminho, sigamos fielmente o vosso Filho, unindo-nos convosco na perfeita alegria. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
O Senhor nos abençoe,
nos livre de todo o mal
e nos conduza à vida eterna. Amém.
FONTE:https://liturgiadashoras.online/laudes-memoria-de-sao-francisco-de-assis/
NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
(Pedir neste momento com confiança a graça que se deseja obter com esta novena)
Deus vos salve.
Quanto minha alma se alegra, amantíssima Virgem, com os doces recordos que em mim desperta esta saudação!
Se enche de alegria meu coração ao dizer o Ave Maria para acompanhar a alegria que teve Vosso Espírito ao escutá-lo da boca do anjo.
Alegro-me da eleição que de Vós fez o Onipotente, para dar-nos o Senhor. Amém.
(Rezar 4 Ave-Marias e 4 Glórias em reverência às quatro ordens de mistérios do Santo Rosário)
Ó Santíssima virgem, mãe de Deus, doce refúgio e esperança piedosa de todos os aflitos!
Por aquela confiança e autoridade de mãe com que podeis apresentar nossos rogos ao que é árbitro soberano de nosso bem, empenhai uma e outra em favor nosso.
Consegui-nos o reformar com o Santo Rosário nossas vidas, estudando em tão doce livro a fiel imitação de Vosso Filho Jesus, até que possamos adorá-Lo e amá-Lo por todos os séculos dos séculos. Amém.
FONTE:https://www.padrereginaldomanzotti.org.br/novena/de-nossa-senhora-do-rosario/
Origens
A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas (eremitas dos primeiros séculos do cristianismo) usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Dessa forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nosso e, para a contagem. Doutor da Igreja São Beda, chamado de “o Venerável” (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.
História do Rosário
O Santo Rosário foi sendo transformado com o decorrer dos anos, porém, no ano de 1214, a Santa Igreja o estabeleceu na forma e método que hoje é usado. Antes, as Ave-Marias não eram como agora, nem mesmo os mistérios contemplados entre outros ingredientes da oração. Sua origem se deu com a revelação divina de Nossa Senhora do Rosário a São Domingos de Gusmão, fundador dos dominicanos (O.P.). Por meio das citações referidas ao Bem-aventurado Alano de La Roche em seu livro “De Dignitate Psalterri”, São Luís Maria Grignion de Montfort relata a origem do Rosário.
São Domingos e o Rosário
A tradição espiritual conta com a revelação. São Domingos se preocupava em converter os albigenses, também conhecidos como cátaros (puros), que eram um grupo de hereges de caráter gnóstico e maniqueísta, sendo até mesmo protegida por bispos e nobres da época. Essa doutrina negava a existência de um único Deus, negava a divindade de Jesus, direcionava a salvação através do conhecimento etc.
Rosário: a chave para alcançar as almas endurecidas
Essas realidades entraram em choque com o catolicismo. Desse modo, o santo procurava converter os heréticos e enfrentava grande resistência. Certa vez, procurou retirar-se em uma floresta para rezar e ali recebeu a orientação da Nossa Senhora do Rosário: “Querido Domingos, você sabe de que arma a Santíssima Trindade quer usar para mudar o mundo? [ … ] a principal peça de combate tem sido sempre o Saltério Angélico que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Quero que alcances estas almas endurecidas e as conquiste para Deus, com a oração do meu Saltério” (MONTFORT, 2019, p. 42-43).
Do Saltério Angélico ao Santo Rosário
A propagação do Rosário por São Domingos
A partir dessa situação, São Domingos começou a pregar o Santo Rosário, ou como foi dito, em revelação, “Saltério Angélico”. Assim expresso, pois naquela época poucas pessoas eram alfabetizadas e não conheciam a Sagrada Escritura. Por outro lado, os monges costumavam recitar em oração os 150 Salmos, rezando a “liturgia das horas”. Desse modo, os cristãos poderiam imitar a oração e se aproximar dos mistérios de Deus ao recitar 150 Ave-Marias, conhecida como a saudação angélica já que foi dita pelos Anjos e relatava nas Escrituras. Assim, tornou-se o “Saltério Angélico” (Salmos Angélicos).
Os Mistérios: Gozosos, Dolorosos e Gloriosos
Em um segundo momento, ao esfriar a devoção do Saltério Angélico, em nova aparição, Nossa Senhora do Rosário apareceu ao Beato Alano (1428 – 1475) lhe pedindo que reavivasse a prática. Assim ele formou os agrupamentos de 50 Ave-Marias e seus mistérios, conhecidos como: Gozosos, Dolorosos e Gloriosos. Ela lhe disse que muitas graças e milagres seriam alcançados por meio desse modo e reafirmou os ditos a São Domingos.
A Intercessora pela Igreja do Ocidente
Intercessão de Nossa Senhora do Rosário
Logo após, houve a batalha de Lepanto (Grécia, junto ao porto de Corinto) comandada por João da Áustria, em 7 de Outubro de 1571. O Papa Pio V procurava conter os avanços dos turcos na Europa e, antes disso, convocou os cristãos para que rezassem o rosário através da Carta Breve Consueverunt (1569). Era uma batalha extremamente importante, pois dela dependia a preservação do cristianismo e da cultura ocidental.
Instituição da Festa
Com a vitória adquirida, ele instituiu a festa de Nossa Senhora do Rosário no mesmo dia da batalha e reconheceu que a vitória veio por meio das orações do Rosário. Sendo este Papa da ordem dos dominicanos, por isso, seguiu a inspiração do fundador. O Pontífice instituiu a festa, inicialmente chamada de Santa Maria da Vitória.
Rainha do Sacratíssimo Rosário
Festa Mariana Obrigatória
Em 1573, o Papa Gregório XIII tornou a festa mariana obrigatória para a diocese de Roma e para as Confrarias do Santo Rosário, sob o título de Santíssimo Rosário da Bem-aventurada Virgem Maria. Em 1716, o Papa Clemente XI inscreveu a festa no calendário romano, estendendo-se para toda a Igreja. A celebração ocorria em datas diferentes, conforme os costumes locais. O Papa Leão XIII inscreveu a invocação “Rainha do Sacratíssimo Rosário” na Ladainha Lauretana em 10 de dezembro de 1883. Em 1913, o Papa Pio X fixou a data da celebração da festa em 7 de outubro.
O Quarto Mistério
Por fim, após anos de estímulo e devoção por parte dos papas e dos santos, São João Paulo II, em sua carta “Rosarium Virginis Mariae” (2002), institui o quarto mistério. Foi reconhecido como “luminoso”. Formando, então, o Rosário com quatro terços meditando os mistérios de Cristo. Assim, deu-se o formato daquilo que se conhece atualmente por Santo Rosário.
Minha oração
“Ó Mãe do rosário, consegui junto a Jesus aquilo que não podemos, combatei por nós e consolai-nos das intempéries da vida. Entregamos a nossa existência a Ti e de Ti tudo esperamos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!”
Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!
FONTE:https://santo.cancaonova.com/santo/nossa-senhora-do-rosario-o-meio-de-alcancar-almas-para-deus/
Quando fazemos a Oração a Nossa Senhora do Rosário, estamos oferecendo rosas espirituais a Nossa Senhora e suplicando que nos proteja e proteja também nossa família.
Com a devoção à Virgem do Rosário, obtemos seu verdadeiro espírito e somos abençoados, de modo que suas místicas rosas se tornam nossos lábios e nossos corações.
Por sua intercessão, alcançamos as graças de Jesus.
Oração a Nossa Senhora do Rosário
Nossa Senhora do Rosário,
dai a todos os cristãos a graça
de compreender a grandiosidade
da devoção do santo rosário,
na qual, à recitação da Ave Maria
se junta a profunda meditação
dos santos mistérios da vida,
morte e ressurreição de Jesus,
vosso Filho e nosso Redentor.
São Domingos, apóstolo do rosário,
acompanhai-nos com a vossa bênção,
na recitação do terço, para que,
por meio desta devoção a Maria,
cheguemos mais depressa a Jesus,
e como na batalha de Lepanto,
Nossa Senhora do Rosário nos leve a vitória
em todas as lutas da vida;
por seu Filho, Jesus Cristo,
na unidade do Pai e do Espírito Santo.
Amém.
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Santo do dia 17 de outubro
SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA
Hoje é celebrado Santo Inácio de Antioquia, o primeiro a chamar a Igreja de “Católica”; ele é chamado “Padre Apostólico” por ter sido discípulo de São Paulo e São João
Inácio nasceu por volta do ano 35 da era cristã. Ao que parece era um pagão que foi convertido ao cristianismo. Sua educação cristã aconteceu sob o acompanhamento dos próprios apóstolos. Sucedeu Pedro no posto de bispo de Antioquia, Viveu toda vida sendo um portador da vontade de Deus.
Antioquia era a terceira cidade mais importante do Império Romano. Foi aí que o bispo Inácio exerceu seu apostolado até ser conduzido para Roma, onde morreu mártir no Coliseu, entre os dentes das feras. Foi o imperador Trajano que decretou sua prisão.
A viagem de Inácio, acorrentado de Antioquia até Roma, foi o apogeu de sua vida e de sua fé. Feliz por poder ser imolado em nome do Salvador da humanidade, pregou por todos os lugares onde passou, até o local do martírio.
Durante esta viagem final escreveu sete cartas que figuram entre os escritos mais notáveis da Igreja, concorrendo em importância com as do apóstolo Paulo. Em todas faz profissão de sua fé e contém ensinamentos e orientações, até hoje adotados e seguidos pelos católicos. Numa dessas cartas estava o seu especial pedido: “Deixai-me ser alimento das feras. Sou trigo de Deus. É necessário que eu seja triturado pelos dentes dos leões para me tornar um pão digno de Cristo”.
Reflexão
Numa de suas cartas Inácio escreveu: “Mantém-te firme como bigorna sob os golpes. É próprio de um grande atleta receber pancadas e vencer. Não tenhas nenhuma dúvida, temos que suportar tudo pela causa de Deus, para que também Ele nos suporte. Torna-te ainda mais zeloso do que és; aprende a conhecer os tempos. Aguarda o que está acima do oportunismo, o atemporal, o invisível que por nossa causa se fez visível, o impalpável, o impassível que por nós se fez passível, o que de todos os modos por nós sofreu!”.
Oração
Deus, nosso Pai, que as palavras de Santo Inácio de Antioquia sirvam hoje para nossa meditação. Animados pelo seu exemplo de fé e de confiança em vós, sejamos fortalecidos pela vossa graça. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
A12 / Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
No centro do Coliseu romano, o bispo cristão aguarda ser trucidado pelas feras, enquanto a multidão exulta em gritos de prazer com o espetáculo sangrento que vai começar. Por sua vez, no estádio, cristãos incógnitos, misturados entre os pagãos, esperam, horrorizados, que um milagre salve o religioso. Os leões estão famintos e excitados com o sangue já derramado na arena. O bispo Inácio de Antioquia, sereno, esperava sua hora pronunciando com fervor o nome do Cristo.
Foi graças a Inácio que as palavras cristianismo e Igreja Católica surgiram. Era o início dos tempos que mudaram o mundo, próximo do ano 35 da era cristã, quando ele nasceu. Segundo os estudiosos, não era judeu e teria sido convertido pela primeira geração de cristãos, os apóstolos escolhidos pelo próprio Jesus. Cresceu e foi educado entre eles, depois sucedeu Pedro no posto de bispo de Antioquia, na Síria, considerada a terceira cidade mais importante do Império Romano, depois de Roma e Alexandria, no Egito. Gostava de ser chamado Inácio Nurono. Inácio deriva do grego "ignis", fogo, e Nurono era nome que ele mesmo dera a si, significando "o portador Deus". Desse modo viveu toda a sua vida: portador de Deus que incendiava a fé.
Mas sua atuação logo chamou a atenção do imperador Trajano, que decretou sua prisão e ordenou sua morte. Como cristão, deveria ser devorado pelas feras para diversão do povo ávido de sangue. O palco seria o recém-construído Coliseu.
A viagem de Inácio, acorrentado, de Antioquia até Roma, por terra e mar, foi o apogeu de sua vida e de sua fé. Feliz por poder ser imolado em nome do Salvador da humanidade, pregou por todos os lugares por onde passou, até no local do martírio. Sua prisão e condenação à morte atraiu todos os bispos, clérigos e cristãos em geral, de todas as terras que atravessou. Multidões juntavam-se para ouvir suas palavras. Durante a viagem final, escreveu sete cartas que figuram entre os escritos mais notáveis da Igreja, concorrendo em importância com as do apóstolo Paulo. Em todas faz profissão de sua fé, e contêm ensinamentos e orientações até hoje adotados e seguidos pelos católicos, como ele tão bem nomeou os seguidores de Jesus.
Numa dessas cartas, estava o seu especial pedido: "Deixai-me ser alimento das feras. Sou trigo de Deus. É necessário que eu seja triturado pelos dentes dos leões para tornar-me um pão digno de Cristo". Fazia-o sabendo que muitos de seus companheiros poderiam influenciar e conseguir seu perdão junto ao imperador. Queria que o deixassem ser martirizado. Sabia que seu sangue frutificaria em novas conversões e que seu exemplo tocaria o coração dos que, mesmo já convertidos, ainda temiam assumir e propagar sua religião.
Em Roma, uma festa que duraria cento e vinte dias tinha prosseguimento. Mais de dez mil gladiadores dariam sua vida como diversão popular naquela comemoração pela vitória em uma batalha. Chegada a vez de Inácio, seus seguidores e discípulos esperavam, ainda, o milagre.
Que não viria, porque assim desejava o bispo mártir. Era o dia 17 de outubro de 107, sua trajetória terrena entrava para a história da humanidade e da Igreja.
10/10 - São Francisco Bórgia
Príncipe da Espanha, Francisco nasceu na família dos Bórgia, em português Borja, no dia 28 de outubro de 1510, em Gáudia, Valença. Teve o mérito de redimir completamente a má fama precedente desta família desde a remota e obscura época medieval, notadamente em Roma. Ele era parente distante do papa Alexandre VI e sobrinho do rei católico Fernando II, de Aragão e Castela. Os Bórgias de então já eram muito piedosos e castos, o que lhe garantiu uma educação esmerada, dentro dos princípios cristãos, possibilitando o pleno exercício de sua vocação de vida dedicada somente a Deus.
Mesmo vivendo numa Corte de luxo e de seduções mundanas, Francisco manteve-se sempre firme na busca de diversões sadias e no estudo compenetrado e sério. Na infância, foi pagem da Corte do rei Carlos V, depois seu amigo confidente. Como não gostava dos jogos, ao contrário da maioria dos jovens fidalgos da época, cresceu entre os livros. Mas abominava os fúteis. Preferia os de cultura clássica, principalmente os de assunto religioso. Esta mesma educação ele repassou, mais tarde, pessoalmente aos seus oito filhos.
Tinha dezenove anos quando se casou com Eleonora de Castro e, aos vinte, recebeu o título de marquês. Apesar do acúmulo das atribuições políticas e administrativas, foi um pai dedicado e atencioso, levando sempre a família a freqüentar os sacramentos e a unir-se nas orações diárias.
O mesmo tino bondoso e correto utilizou para cuidar do seu povo, quando se tornou vice-rei da Catalunha. A história mostra que a administração deste príncipe espanhol foi justa, leal e cristã. Os seus súditos e serviçais o consideravam um verdadeiro pai e todos tinham acesso livre ao palácio.
Entretanto, com as sucessivas mortes de seu pai e sua esposa, os quais ele muito amava, decidiu entregar-se, totalmente, ao serviço de Deus. Em 1548, abdicou de todos os títulos, passou a administração ao filho herdeiro, fez votos de pobreza, castidade e obediência e entrou, oficialmente, para a Companhia de Jesus, ordem recém-fundada pelo também santo Inácio de Loyola. Meses depois, o papa quis consagrá-lo cardeal, mas ele pediu para poder recusar. Porém logo foi eleito superior-geral da Companhia.
Nesse cargo, imprimiu as suas principais características de santidade: a humildade, a mortificação e uma grande devoção à eucaristia e à Virgem Maria. Ativo, fundou o primeiro colégio jesuíta em Roma, depois outro em sua terra natal, Gáudia, e mais vinte espalhados por toda a Espanha. Enviou, também, as primeiras missões para a América Latina espanhola. E foi um severo vigilante do carisma original dos jesuítas, impondo a todos a hora de meditação cotidiana.
Morreu em 30 de setembro de 1572. Deixou como legado vários escritos sobre a espiritualidade, além do exemplo de sua santidade. Beatificado em 1624, são Francisco Bórgia foi elevado aos altares da Igreja em 1671. Foi assim, por meio dele, que o nome da família Bórgia se destacou com uma glória nunca antes presumida.
11/10 - Santo Alexandre Sauli
A família Sauli fazia parte da nobre Corte de Gênova, muito ligada à Igreja. Nela, havia inúmeras figuras de destaque e influência na política, ricas e poderosas, tendo tradição de senadores e administradores para aquela costa marítima tão importante da Itália.
No seio deles nasceu Alexandre, no dia 15 de fevereiro de 1534, em Milão. No batizado, sua mãe o consagrou à Virgem Maria. Desde a tenra idade queria seguir a vida religiosa. E na adolescência ele dispensou uma brilhante carreira na Corte do rei Carlos V, conhecido como o senhor da Europa e da América, para seguir sua vocação.
Aos dezessete anos de idade, entrou no Colégio do Clero Regular de São Paulo, da igreja milanesa de São Barnabé, tradicionalmente freqüentada por sua família. Lá, entregou-se por completo à obediência das regras da vida comum com severas tarefas religiosas. Abandonou tudo o que possuía, tornando-se um verdadeiro seguidor de Cristo.
Ordenado sacerdote, Alexandre Sauli exerceu o ministério como professor de noviços e formador de padres barnabitas. Depois, foi nomeado pelo arcebispo de Milão, Carlos Borromeo, agora santo, teólogo e decano da Faculdade Teológica de Pávia. Em 1565, aos trinta e um anos de idade, foi eleito superior-geral da Ordem, empenhando-se para manter vivo o espírito original do fundador. Considerado por seu dom de conselho, tornou-se o confessor do próprio são Carlos Borromeo, e orientador espiritual de muitas pessoas ilustres do seu tempo, tanto religiosos como leigos.
Em 1567, foi nomeado bispo de Aléria, na ilha de Córsega, França. Recebeu, entretanto, uma diocese decadente e abandonada, sem clero capacitado, sem locais de culto decente, com um rebanho perdido nas trevas da ignorância e da superstição. Trabalhou duro durante vinte e um anos. Conseguiu reformar o clero, sendo o professor e o exemplo da vida cristã para todas as classes sociais, eliminando divergências e ódios entre as várias famílias dominantes.
Transformou a diocese num modelo de devoção apostólica e de organização, sendo estimado e amado por todos, ricos e pobres.
Mas Alexandre teve de deixar a Córsega quando foi nomeado bispo de Pávia pelo papa Gregório XIV, de quem fora diretor espiritual e confessor. Na época, Alexandre não tinha boas condições físicas devido ao seu incansável trabalho e à vida dura de privações, penitências e mortificações a que ele sempre se submetera. Mesmo assim, iniciou a visita pastoral de sua nova diocese, sem nem sequer pensar em abandonar a cruz de sua missão.
No dia 11 de outubro de 1592, ele estava em visita na cidade de Calosso d'Asti. Era um doce entardecer de outono. Estando na rica propriedade do senhor do local, aceitou sua oferta de hospitalidade. Mas não ficou em nenhum dos luxuosos salões, preferiu estar entre os trabalhadores que se acomodavam nas estrebarias dos animais, onde adormeceu e não mais acordou.
Seu corpo foi transferido e sepultado na Catedral de Pávia, Itália. Em 1904, o papa Pio X o canonizou como santo Alexandre Sauli, "Apóstolo da Córsega". Venerado como padroeiro da ilha de Córsega, sua festa litúrgica, que ocorre no dia de sua morte, mantém-se muito viva e vigorosa.
Virgem puríssima, concebida sem pecado, e desde aquele primeiro instante toda bela e sem mancha, gloriosa Maria, cheia de graça, Mãe de meu Deus, Rainha dos anjos e dos homens: eu vos saúdo humildemente como Mãe do meu Salvador, que com aquela estima, respeito e submissão, com que vos tratava, me ensinou quais sejam as honras e a veneração que eu devo prestar-vos; dignai-vos, eu vô-lo rogo, de receber as que nesta Novena vos consagro. Vós sois o seguro asilo dos pecadores penitentes, e assim tenho razão para recorrer a vós; sois Mãe de misericórdia, e por este título não podeis deixar de enternecer-vos à vista das minhas misérias; sois depois de Jesus Cristo toda a minha esperança, e por esta razão não podereis deixar de reconhecer a terna confiança que tenho em vós; fazei-me digno de chamar-me vosso filho, para que possa confiadamente dizer-vos: mostrai que sois nossa Mãe!
Fazei-me digna de chamar-me de vossa filha, para que possa confiadamente dizer-vos: mostrai que sois nossa mãe!
O 'Dia de Nossa Senhora Aparecida', a Padroeira do Brasil, é comemorado em 12 de outubro, data que é feriado nacional.
Aparecida
Em 1717, os pescadores João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia trabalhavam no rio Paraíba do Sul, em São Paulo, sem êxito algum. Após várias tentativas eles ‘pescaram’, das águas escuras do Rio Paraíba uma imagem de Nossa Senhora, que veio nas redes em dois pedaços: primeiro o corpo e, rio abaixo, a cabeça.
Os pescadores acomodaram dentro do barco, envolta em uma toalha, o que seria uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, feita de terracota, com 36 centímetros de altura e 2,5 quilos.
Eles, que até então não tinham conseguido pescar absolutamente nada, encheram as suas redes com uma quantidade abundante de peixes.
Os pedaços da estátua a Silvana da Rocha Alves, esposa de Domingos, irmã de Felipe e mãe de João, reuniu as duas partes com cera e a colocou num pequeno altar na casa da família, agradecendo a Nossa Senhora o milagre dos peixes.
Nascia ali uma devoção, reunindo todos os sábados os moradores da região para rezarem. Como a santa foi "aparecida", a alcunha logo pegou.
A pequena capela originalmente erguida, em 1745, para abrigá-la passou a atrair mais e mais romeiros, e o local aos poucos se transformou em uma cidade, Aparecida.
Padroeira do Brasil
O Papa Pio XI assinou o decreto que constituiu Nossa Senhora da Conceição Aparecida Padroeira do Brasil, em 16 de julho de 1930. O Sumo Pontífice legitimou um fato já consagrado pelo povo.
A proclamação oficial se deu no Rio de Janeiro, então Capital Federal, no dia 31 de maio de 1931, perante uma multidão de fiéis, do Presidente da República, Dr. Getúlio Vargas, de autoridades eclesiásticas, civis e militares.
Festa Litúrgica
A festa litúrgica do dia 12 foi instituída no ano de 1953 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Antes disso, a Igreja Católica celebrava a Padroeira do Brasil, em 7 de setembro.
A mudança aproximou as comemorações ao momento estimado em que a Imagem foi retirada das águas do Rio Paraíba do Sul – 17 a 30 de outubro de 1717.
Feriado
Tudo se iniciou no dia 30 de junho de 1980 quando o Papa, São João Paulo II, fez seu gesto característico ao beijar o solo brasileiro, na ocasião do seu desembarque, em Brasília.
Foi recebido pelo presidente então Presidente, João Batista Figueiredo, que nesta data sancionou a Lei n. 6.802/1980, que “Declara Feriado Nacional o Dia 12 de Outubro, consagrado a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil - para culto público e oficial a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil”.
O Papa São João Paulo II deixou muitas marcas em sua passagem pelo Brasil e essa, foi apenas uma delas.
Comemorações
Todas as Igrejas de tradições católicas do Brasil comemoram a santa mais popular entre os fiéis, Nossa Senhora Aparecida.
fonte:https://www.ibitinga.sp.gov.br/noticias/todos/feriado-nacional-de-12-de-outubro-e-consagrado-a-nossa-senhora-aparecida--padroeira-do-brasil-263208
A tradicional Consagração à Nossa Senhora Aparecida está presente na vida dos devotos há quase 70 anos. Ao longo deste período, diversos missionários redentoristas continuaram a rezar a oração escrita pelo padre Vítor Coelho de Almeida e, por meio dela, milhares de pessoas de todo o Brasil se confiam à intercessão da Mãe Aparecida.
O costume começou com o padre Laurindo Häuber, redentorista que trabalhava na Rádio Aparecida. A primeira exibição da Consagração foi num programa da mesma rádio no dia 30 de maio de 1955, mas se popularizou um ano depois, em 1956, com o Padre Vítor Coelho de Almeida, que havia escrito a primeira fórmula da oração.
O momento passou a ganhar grandes dimensões e, por este motivo, tornou-se uma celebração paralitúrgica realizada no Altar da Basílica de Aparecida, a partir de 1957. E naquele ano, diariamente às 15h, o povo devoto passou a ouvir a voz rouca, mas firme do Padre Vítor, que junto à multidão de romeiros, dizia:
"Ó Maria Santíssima, que em vossa imagem milagrosa de Aparecida...".
Como o sacerdote tinha a quarta-feira como dia livre, quem o substituía neste dia da semana era o padre Agostinho Frasson, que também realizava a Consagração nos dias em que Pe. Vítor ia pregar as Missões com a imagem de Nossa Senhora. Padre Vítor continuou realizando o programa por 31 anos, até o dia de sua morte, em 21 de julho de 1987.
Com a morte do missionário redentorista, quem assumiu a oração foi o padre Alberto Pasquoto. Ele continuou realizando-a até o ano de 1981, dando lugar depois ao padre Agostinho Frasson, que atuou por nove anos como “substituto” e seis como “titular” do momento religioso, até 1996.
O sacerdote se lembra deste tempo com carinho: “Era uma responsabilidade enorme, afinal era um programa marcante e de muita audiência que marcou a Rádio Aparecida. É, até hoje, um dos programas mais ouvidos da Rádio Aparecida.”
fonte:https://www.a12.com/santuario/noticias/consagracao-a-nossa-senhora-aparecida-completou-60-anos
Eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado a vossos pés, consagro-vos o meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis; consagro-vos a minha língua para que sempre vos louve e propague a vossa devoção; consagro-vos o meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas. Recebei-me, ó Rainha incomparável, vós que o Cristo crucificado deu-nos por Mãe, no ditoso número de vossos filhos e filhas; acolhei-me debaixo de vossa proteção; socorrei-me em todas as minhas necessidades, espirituais e temporais, sobretudo na hora de minha morte. Abençoai-me, ó celestial cooperadora, e com vossa poderosa intercessão, fortalecei-me em minha fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida,possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda eternidade.
Assim seja!
Amém.
Desde a primeira versão, a fórmula da Consagração passou por duas mudanças, sendo a última por ocasião da visita do Papa Francisco a Aparecida, em 2013. O texto modificado foi enviado a Roma para constar no missal utilizado pelo Papa Francisco, durante sua visita ao Brasil. O Santo Padre foi a primeira pessoa a rezar publicamente a oração reformulada.
Veja abaixo como ficou a Consagração Oficial à Nossa Senhora Aparecida após a mudança. O texto em negrito destaca as inserções.
“Ó Maria Santíssima,
pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo,
em vossa querida imagem de Aparecida,
espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil.
Eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas,
mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia,
prostrado a vossos pés, consagro-vos o meu entendimento,
para que sempre pense no amor que mereceis;
consagro-vos a minha língua,
para que sempre vos louve e propague a vossa devoção;
consagro-vos o meu coração,
para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas.
Recebei-me, ó Rainha incomparável,
vós que o Cristo crucificado deu-nos por Mãe,
no ditoso número de vossos filhos e filhas;
acolhei-me debaixo de vossa proteção;
socorrei-me em todas as minhas necessidades espirituais e temporais,
sobretudo na hora de minha morte.
Abençoai-me, ó celestial cooperadora,
e com vossa poderosa intercessão,
fortalecei-me em minha fraqueza,
a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida,
possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda eternidade.
Assim seja!”
fonte:https://www.a12.com/santuario/noticias/consagracao-a-nossa-senhora-
LAUDESV. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Hino
Ó Virgem a quem veneramos
com piedade enternecida
e a quem alegres chamamos
Aparecida!
Quem poderia narrar
o teu amor sempre novo
e as graças que concedeste
ao nosso povo?
Por tantas e tantas graças
bem mereces a coroa
com que a fronte te cingimos,
ó Mãe tão boa!
As agruras desta vida
sofrendo com paciência,
possamos gozar no céu
tua clemência.
Ao Deus uno e trino glória
e todo louvor convém;
só ele governa o mundo
e o céu. Amém.
Maria, Mãe dos mortais,
as nossas preces acolhes;
escuta, pois, nossos ais,
e sempre, sempre nos olhes.
Vem socorrer, se do crime
o laço vil nos envolve.
Com tua mão que redime
a nossa culpa dissolve.
Vem socorrer, se do mundo
o brilho vão nos seduz,
a abandonar num segundo
a estrada que ao céu conduz.
Vem socorrer, quando a alma
e o corpo a doença prostrar.
Vejamos com doce calma
a eternidade chegar.
Tenham teus filhos,na morte,
tua assistência materna.
E seja assim nossa sorte,
o prêmio da Vida eterna.
Jesus, ao Pai seja glória.
Seja ao Espírito também.
E a vós, ó Rei da vitória,
Filho da Virgem. Amém.
fonte:https://liturgiadashoras.online/maria-mae-dos-mortais-hino-das-i-vesperas-da-solenidade-de-nossa-senhora-aparecida/
Ó Deus todo-poderoso, ao rendermos culto à Imaculada Conceição de Maria, Mãe de Deus e Senhora nossa, concedei que o povo brasileiro, fiel à sua vocação e vivendo na paz e na justiça, possa chegar um dia à pátria definitiva. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Em seguida começou a ter experiências místicas cada vez mais fortes que começavam numa sexta-feira, 3 de outubro de 1938 e terminavam no dia 24 de março de 1942. Experimentou 182 vezes, todas as sextas-feiras, os sofrimentos da Paixão e desde 1942 até o dia da sua morte, Alexandrina alimentou-se unicamente da Eucaristia por mais de treze anos.
Depois dos dez longos anos de paralisia que ela havia oferecido para a reparação Eucarística e para a conversão dos pecadores, no dia 30 de julho de 1935 Jesus apareceu-lhe e lhe disse: “Eu te coloquei no mundo para que vivas somente de Mim, para testemunhar ao mundo o valor da Eucaristia (...) A cadeia mais forte que acorrenta as almas a Satanás é a carne, é a impureza. Nunca se viu antes uma expansão
de vícios, de maldades e crimes como hoje! Nunca se pecou tanto (...) A Eucaristia, o meu Corpo e o Meu Sangue! A Eucaristia: eis a salvação do mundo".
Também a Virgem Maria apareceu-lhe no dia 2 de setembro de 1949 com um terço na mão, dizendo: “O mundo agoniza e morre no pecado. Quero oração, quero penitência. Protege com o meu terço aos que amas e a todo o mundo”. No dia 13 de outubro de 1955, aniversário da última aparição de Nossa Senhora de Fátima, Alexandrina exclamou: “Sou feliz porque vou ao Céu”. Às 19:30 h desse mesmo dia expirou.
Conhecida como a "Santinha de Balasar", Alexandrina foi beatificada pelo Papa João Paulo II, a 25 de Abril de 2004. A cura milagrosa de uma devota emigrada na França serviu para concluir o seu processo de Beatificação. Balasar, atualmente, é o segundo local de maior peregrinação em Portugal (o primeiro local é Fátima).
Beata Alexandrina Maria da Costa, rogai por nós!
FONTE: http://wrtrindadesanta.blogspot.com/
15/10 - Santa Tereza d'Ávila
Nunca um santo ou santa mostrou-se tão "carne e osso" como Teresa d'Ávila, ou Teresa de Jesus, nome que assumiu no Carmelo. Nascida no dia 28 de março de 1515, seus pais, Alonso Sanchez de Cepeda e Beatriz d'Ávila y Ahumada, a educaram, junto com os irmãos, dentro do exemplo e dos princípios cristãos. Aos sete anos, tentou fugir de casa e peregrinar ao Oriente para ser martirizada pelos mouros, mas foi impedida. A leitura da vida dos santos mártires tinha sobre ela uma força inexplicável e, se não fossem os parentes terem-na encontrado por acaso, teria fugido, levando consigo o irmão Roderico.
Órfã de mãe aos doze anos, Teresa assumiu Nossa Senhora como sua mãe adotiva. Mas o despertar da adolescência a levou a ter experiências excessivas ao lado dos primos e primas, tornando-se uma grande preocupação para seu pai. Aos dezesseis anos, sua atração pelas vaidades humanas era muito acentuada. Por isso, ele a colocou para estudar no colégio das agostinianas em Ávila. Após dezoito meses, uma doença grave a fez voltar para receber tratamento na casa de seu pai, o qual se culpou pelo acontecido.
Nesse período, pela primeira vez, Teresa passou por experiências espirituais místicas, de visões e conversas com Deus. Todavia as tentações mundanas não a abandonavam. Assim atormentada, desejando seguir com segurança o caminho de Cristo, em 1535, já com vinte anos, decidiu tornar-se religiosa, mas foi impedida pelo pai. Como na infância, resolveu fugir, desta vez com sucesso. Foi para o Convento carmelita da Encarnação de Ávila.
Entretanto a paz não era sua companheira mais presente. Durante o noviciado, novas tentações e mais o relaxamento da fé não pararam de atormentá-la. Um ano depois, contraiu outra doença grave, quase fatal, e novamente teve visões e conversas com o Pai. Teresa, então, concluiu que devia converter-se de verdade e empregou todas as forças do coração em sua definitiva vivência da religião, no Carmelo, tomando o nome de Teresa de Jesus.
Aos trinta e nove anos, ocorreu sua "conversão". Teve a visão do lugar que a esperaria no inferno se não tivesse abandonado suas vaidades. Iniciou, então, o seu grande trabalho de reformista. Pequena e sempre adoentada, ninguém entendia como conseguia subir e descer montanhas, deslocar-se pelos caminhos mais ermos e inacessíveis, de convento em convento, por toda a Espanha. Em 1560, teve a inspiração de um novo Carmelo, onde se vivesse sob as Regras originais. Dois anos depois, fundou o primeiro Convento das Carmelitas Descalças da Regra Primitiva de São José em Ávila, onde foi morar.
Porém, em 1576, enfrentou dificuldades muito sérias dentro da Ordem. Por causa da rigidez das normas que fez voltar nos conventos, as comunidades se rebelaram junto ao novo geral da Ordem, que também não concordava muito com tudo aquilo. Por isso ele a afastou. Teresa recolheu-se em um dos conventos e acreditou que sua obra não teria continuidade. Mas obteve o apoio do rei Felipe II e conseguiu dar seqüência ao seu trabalho. Em 1580, o papa Gregório XIII declarou autônoma a província carmelitana descalça.
Apesar de toda essa atividade, ainda encontrava espaço para transmitir ao mundo suas reflexões e experiências místicas. Na sua época, toda a cidade de Ávila sabia das suas visões e diálogos com Deus. Para obter ajuda, na ânsia de entender e conciliar seus dons de espiritualidade e as insistentes tentações, ela mesma expôs os fatos para muitos leigos e não apenas aos seus confessores. E ela só seguiu numa rota segura porque foi devidamente orientada pelos últimos, que eram os agora santos Francisco Bórgia e Pedro de Alcântara, que perceberam os sinais da ação de Deus.
A pedido de seus superiores, registrou toda a sua vida atribulada de tentações e espiritualidade mística em livros como "O caminho da perfeição", "As moradas", "A autobiografia" e outros. Neles, ela própria narra como um anjo transpassou seu coração com uma seta de fogo. Doente, morreu no dia 4 de outubro de 1582, aos sessenta e sete anos, no Convento de Alba de Torres, Espanha. Na ocasião, tinha reformado dezenas de conventos e fundado mais trinta e dois, de carmelitas descalças, sendo dezessete femininos e quinze masculinos.
Beatificada em 1614, foi canonizada em 1622. A comemoração da festa da transverberação do coração de Santa Teresa ocorre em 27 de agosto, enquanto a celebração do dia de sua morte ficou para o dia 15 de outubro, a partir da última reforma do calendário litúrgico da Igreja. O papa Paulo VI, em 1970, proclamou santa Teresa d'Ávila doutora da Igreja, a primeira mulher a obter tal título.
https://www.churchpop.com/content/images/wordpress/2021/06/sacred-heart-photo.jpeg |
Nasceu em 22 de julho de 1647 em L’Hautecourt, Burgundy, França e morreu em Paray-le-Monial em 1690. Canonizada em 1920.
Santa Margarete é quase a antítese de Santa Teresa d’Ávila. Teresa era alegre e Margarete era seca e sem humor. Teresa era extrovertida e Margarete era reservada. Ambas eram visionárias, mas administravam a fé de forma diferente. Isto vem provar, novamente, que a personalidade não é requisito essencial para a santidade.
Margarete era filha de um respeitável notário Claude Alacoque Philiberte Lamyn. Seu pai morreu quando ela tinha oito anos e deixou sua família em precárias condições financeiras assim ela ficaram a mercê dos parentes dominantes. Ela foi para a escola das Clarissa Pobres em Charolles. Ela ficou doente com reumatismo aos 12 e na cama até os 15 anos. A sua irmã havia tomado conta de sua casa e ela e sua mãe eram tratadas com severidade e como serventes. Sua irmã recusou freqüentemente permissão para Margarete freqüentar a igreja. Naquele tempo ela escreveu "todo o meu desejo era encontrar a felicidade e conforto nos Sagrados Sacramentos ".
Aos 20 anos ela foi pressionada a se casar, mas decidiu conservar os votos de virgem feitos anteriormente e entrou para a Ordem da Visitação. Ela foi confirmada com 22 anos e tomou o nome de Maria e entrou no convento em Paray-le-Monial. Em 6 de novembro ela teve uma visão de Jesus na qual ele disse; " Cuidado com a ferida no meu lado onde você vai fazer seu domicilio, agora e para sempre."
Ela trabalhou em uma enfermaria e a lenta e mole Margarete sofreu sob o comando da ativa e enfermeira, irmã Catherine Marest.
Em 27 de dezembro de 1673 na festa de São João Evangelista, ela ajoelhou-se ante o Santíssimo Sacramento e teve uma visão na qual o Senhor disse a ela para tomar o lugar que São João ocupava na Ultima Ceia e disse a ela que era Seu Instrumento. Jesus então revelou seu Sagrado Coração como símbolo de Seu amor para a humanidade, dizendo:
"’Meu divino Coração é tão inflamado de amor pela humanidade ...que não mais cabe dentro das chamas de caridade e precisa se espalhar para fora por outros meios."
Em seguida Ele tomou o coração dela e o colocou junto ao Seu e depois o retornou para o peito dela, queimando de amor Divino.
Ela teve mais três visões no ano seguinte, nas quais Ele instruía a ela a devoção que passou a ser conhecida como as "Nove Sextas Feiras" a "Hora Santa" e na última revelação o Senhor pediu uma festa de reparação a ser instituída na "sexta feira após a oitava de Corpus Cristi".
A sabedoria Divina ainda disse a ela :"Não faça nada sem a aprovação daqueles que a guiam que modo que tendo a obediência, você não será desencaminhada por Satã, o qual não tem nenhum poder sobre aqueles que são obedientes.
Ela contou a sua Superiora Madre de Saumaise acerca das visões e foi tratada com desprezo e foi proibida fazer qualquer outra devoção que tivesse sido pedida a ela pelas visões. Ela ficou doente com esta pressão e a superiora desejando um sinal divino jurou acreditar nas visões se Margarete ficasse curada. Margarete rezou e curou-se e a superiora cumpriu a sua promessa. Entretanto um grupo dentro do convento permaneceu descrente das suas experiências especialmente quando em 1677 ela disse que Jesus havia pedido a ela duas vezes para seu uma vitima voluntária para espiar o seu desempenho falho.
A Madre Superiora ordenou Margarete a relatar as sua experiências com os teólogos e eles a julgaram com certa descrença e ordenaram que ela comesse mais e fizesse menos jejum.
O Beato Claude la Colombiére, um santo e experiente jesuíta, chegou para confessar as irmãs e Margarete reconheceu nele o guia que havia sido prometida a ela na sua visão.
Ele ficou convencido que ela havia experimentado uma a visão genuína e adotou o ensinamento do Sagrado Coração que a visão havia comunicado a ela. Mais tarde ele foi para a Inglaterra. Durante os anos seguintes Margarete experimentou períodos de desespero e ficou muito doente. Em 1681 Claude retornou, mas em 1682 ele veio a falecer. Em 1684 a Madre Melin tornou-se superiora e elegeu Margarete para ser sua assistente, silenciando as aposições. Suas revelações ficaram conhecidas da Comunidade quando elas foram lidas em voz alta no refeitório e no livro do Beato Claude. As suas revelações estavam públicas e ela encorajava a devoção aos Santíssimo Coração de Jesus, especialmente entre as noviças que observavam a festa em 1685. A família de uma noviça expulsa, a acusou de não ser ortodoxa, mas isso passou a toda a casa celebrou a festa naquele ano .
Uma capela foi construída em 1687 em Paray em honra do Sagrado Coração e a devoção se espalhou para outros conventos e por toda a França.
Margarete ficou doente e veio a falecer em 17 de outubro de 1690.
Durante o quarto passo da Extrema Unção quando ela recebia os últimos Sacramentos ela disse:
"Eu não preciso de nada de Deus, apenas me relaxar no Coração de Jesus."
Ela morreu no dia 17 de outubro, mas a Igreja celebra sua festa no dia 16 de outubro.
São João Eudes e o Beato Claude são chamados os "Santos do Sagrado Coração."
A paciência e a convicção de Margarete nos julgamentos dentro do convento contribuíram para a sua canonização em 1920.
A devoção ao Sagrado Coração foi oficialmente reconhecida pelo Papa Clemente XIII em 1765, 75 anos após a sua mote. Sua visões e ensinamentos tiveram considerável influencia nos ensinamentos e no devocionário católico, especialmente desde a inauguração da festa do Sagrado Coração de Jesus, no calendário romano, em 1856.
Ela é mostrada na arte litúrgica da Igreja como uma irmã com um coração flamejante nas mãos, ou ajoelhada em frente de Jesus mostrando a ela o Seu coração e ainda como uma freira para a qual Jesus oferece Seu Sagrado Coração.
Sua festa é celebrada no dia 16 de outubro.
FONTE:CADEMEUSANTO
Reze com fé, como fez a confidente do Sagrado Coração de Jesus
Te dou graças,
meu soberano Mestre.
Se Tu não quisesses,
isso não teria acontecido.
Mas dou graças por que o permitistes,
para fazer-me semelhante a Ti.
Tu és suficiente,
Ó meu Senhor!
Não desejo nada além de Ti
e me conformarei com a escolha que fazes por mim.
Tu és suficiente para mim, ó meu Deus!
Faz por mim o que mais te glorifique,
sem nenhuma preferência de interesse ou satisfação.
É suficiente para mim saber que Tu estás satisfeito.
Oferecimento ao Sagrado Coração de Jesus
Pai eterno, permite que eu te ofereça o Coração de Jesus Cristo,
Teu Filho muito amado, como Ele mesmo se oferece a Ti em sacrifício.
Recebe esta oferenda por mim, assim como todos os desejos, sentimentos, atos e afetos deste Sagrado Coração.
Todos são meus, pois Ele se imola por mim, e eu não quero ter outros desejos.
Recebe-os para conceder-me por seus méritos todas as graças que me são
necessárias, sobretudo a graça da perseverança final. Recebe-os como
outros tantos gestos de amor, adoração e louvor que ofereço a Tu, Divina
Majestade, pois através do Coração de Jesus és dignamente honrado e
glorificado.
Aos pés de Maria
Ó santa, amável e gloriosa Virgem Mãe de Deus,
nossa dileta Mãe, senhora e advogada,
aqui estamos prostrados a teus pés
para renovarmos a promessa
de nosso fiel serviço a ti,
e para te suplicarmos que nos ofereças como teus,
para dedicarmos, consagrarmos
e imolarmos o Coração adorável de Jesus
com o que somos, o que faremos
o que sofreremos,
sem limites, pois não queremos ter
outra liberdade que não seja amá-lo,
outra glória que não seja pertencer a Ele,
e sermos vítimas de Seu amor puro.
fonte:https://misericordia.org.br/formacoes/4-oracoes-de-santa-margarida-maria-alacoque-para-se-entregar-a-deus/
Geraldo tinha quatorze anos quando seu pai morreu e ele ficou sendo o arrimo da família. Tornou-se aprendiz na alfaiataria da cidade e era maltratado pelo mestre. Passados quatro anos de aprendizado, quando ele poderia montar sua própria alfaiataria, disse que ia trabalhar como empregado do bispo de Lacedônia. Seus amigos lhe aconselharam a não assumir o trabalho. No entanto, os ímpetos de ira e as constantes repreensões que impediram os outros empregados de permanecer mais que poucas semanas nada eram para Geraldo. Foi capaz de exercer todos os encargos e trabalhou três anos para o bispo até a morte deste. Quando acreditava que estava fazendo a vontade de Deus, Geraldo aceitava qualquer coisa. Se batiam nele na alfaiataria ou se o bispo não lhe dava valor, pouco importava; via o sofrimento como parte do seu seguimento de Cristo. “O senhor bispo gostava de mim” – dizia. E já então, Geraldo costumava passar horas diante de Jesus presente no Santíssimo Sacramento, o sinal do seu Senhor crucificado e ressuscitado.
Em 1745, com 19 anos, voltou para Muro onde montou uma alfaiataria. Seu negócio prosperou, mas ele não ganhou muito dinheiro. Praticamente dava tudo para os outros. Guardava o que era necessário para sua mãe e suas irmãs e dava o resto aos pobres. Geraldo não passou por uma conversão repentina e espetacular, apenas foi crescendo constantemente no amor de Deus. Durante a Quaresma de 1747 ele resolveu ser completamente semelhante a Cristo o quanto lhe fosse possível. Fez penitências mais severas e as humilhações não eram problemas para ele.
Vocação religiosa
Quis servir plenamente a Deus e pediu admissão no convento dos Capuchinhos, não sendo porém aceito. Aos 21 anos tentou a vida de eremita. Tal era a sua vontade de ser semelhante a Cristo, que aceitou imediatamente a chance de representar o papel de Cristo num Drama da Paixão, um quadro vivo apresentado na catedral de Muro.
Com os Redentoristas
Em 1749, os Redentoristas pregaram missões em Muro. Eram quinze missionários e tomaram de assalto as três paróquias da pequena cidade. Geraldo seguiu cada detalhe da missão e decidiu que aquela devia ser a sua vida. Pediu para ingressar no grupo missionário, mas o Pe. Cafaro, o Superior, recusou-o por motivo de saúde. Tanto importunou os padres, que, ao deixarem a cidade, o Pe. Cafaro sugeriu à sua família que o trancasse no seu quarto.
Usando um estratagema que desde então haveria de encontrar imitadores entre os jovens, Geraldo amarrou os lençóis da cama e, descendo pela janela, seguiu o grupo dos missionários. Fez uma dura caminhada de dezenove quilômetros para chegar até eles. “Aceitem-me, me dêem uma chance, depois me mandem embora se eu não for bom”, dizia Geraldo. Diante de tamanha persistência, Pe. Cafaro não pôde senão consentir. Mandou Geraldo para a comunidade redentorista de Deliceto com uma carta em que dizia: “Estou mandando um outro irmão, que será inútil quanto ao trabalho”.
Geraldo sentiu-se absolutamente e totalmente satisfeito com o modo de vida que Santo Afonso, fundador dos Redentoristas, traçou para os seus religiosos. Ficava radiante ao constatar como era central o amor a Jesus sacramentado e como era essencial o amor a Maria, Mãe de Jesus.
Professou os primeiros votos na data de 16 de julho de 1752, que, conforme ele ficou sabendo com alegria, era a festa do Santíssimo Redentor. Desde esse dia, com exceção de algumas visitas a Nápoles e do tempo passado em Caposele onde morrou, a maior parte da vida de Geraldo foi vivida na comunidade redentorista de Iliceto.
O rotulo de “inútil” não duraria muito. Geraldo era um excelente trabalhador e nos anos seguintes foi por várias vezes jardineiro, sacristão, alfaiate, porteiro, cozinheiro, carpinteiro e encarregado das obras da nova casa de Caposele. Aprendia rápido: visitando a oficina de um escultor, logo começou a fazer crucifixos. Era uma jóia na comunidade. Tinha apenas uma ambição: fazer em tudo a vontade de Deus.
Em 1754 o seu diretor espiritual pediu-lhe que escrevesse qual era o seu maior desejo. Ele escreveu: “amar muito a Deus; estar sempre unido com Deus; fazer tudo por amor de Deus; amar a todos por amor de Deus; sofrer muito por Deus. Minha única ocupação é fazer a vontade de Deus”.
A Grande Provação
A santidade verdadeira deve sempre ser testada pela cruz, e assim, em 1754, Geraldo devia sofrer uma grande provação, aquela que bem pode ter merecido a ele o poder especial para assistir às mães e a seus filhos. Uma das suas obras de apostolado era a de encorajar e assistir as moças que queriam entrar para o convento. Muitas vezes ele até garantiu o necessário dote para alguma moça pobre que de outra forma não poderia ser admitida numa ordem religiosa.
Néria Caggiano era uma das moças assistidas desta forma por Geraldo. Porém, ela achou desagradável a vida do convento e dentro de três semanas voltou para casa. Para explicar sua atitude, Néria começou a espalhar mentiras sobre a vida das freiras, e quando o povo de Muro recusou-se a acreditar em tais histórias a respeito de um convento recomendado por Geraldo, ela resolveu salvar sua reputação destruindo o bom nome do seu benfeitor. Para isto, numa carta dirigida a Santo Afonso, o superior de Geraldo, ela o acusou de pecados de impureza com a jovem de uma família em cuja casa muitas vezes Geraldo ficava nas suas viagens missionárias.
Geraldo foi chamado por Santo Afonso para responder a acusação. Mas, em vez de se defender, permaneceu em silêncio, seguindo o exemplo do seu divino Mestre. Diante deste silêncio, Santo Afonso nada pôde fazer senão impor ao jovem religioso uma severa penitência: foi negado a Geraldo o privilégio de receber a santa Comunhão e foi-lhe proibido todo contato com os de fora.
Não foi fácil para Geraldo renunciar aos trabalhos pelo bem das almas, mas este era um sofrimento pequeno em comparação com a proibição de comungar. Sentiu isto tão profundamente, que chegou a pedir para ficar livre do privilégio de ajudar a Missa, receando que, a veemência do seu desejo de receber a comunhão o fizesse arrancar a hóstia consagrada das mãos do padre no altar.
Algum tempo depois, Néria ficou gravemente enferma e escreveu uma carta a Santo Afonso confessando que as suas acusações contra Geraldo não passavam de invenção e calúnia. O santo ficou cheio de alegria ao saber da inocência do seu filho. Mas Geraldo, que não ficara deprimido no tempo da provação, também não exultou indevidamente quando foi justificado. Em ambos os casos sentiu que a vontade de Deus tinha sido cumprida, e isto lhe bastava.
Geraldo fazia milagres
De poucos santos se recordam tantos fatos prodigiosos como de São Geraldo. Seus processos de beatificação e de canonização revelam que seus milagres eram os mais variados e numerosos. Era agraciado com fenômenos espirituais de muitos tipos. Nada disso era motivo de orgulho para ele.
Seus milagres foram feitos para o benefício dos mais pobres. Fatos extraordinários como os que enumeramos a seguir começam a parecer lugares comuns quando se lê a sua biografia. Ele devolveu a vida a um garoto que tinha caído de um alto rochedo; abençoou a magra provisão de trigo pertencente a uma família e ela durou até a colheita seguinte; várias vezes multiplicou o pão que estava distribuindo aos pobres. Certo dia andou sobre as águas para levar um barco de pescadores entre as ondas tempestuosas até a segurança da praia. Muitas vezes Geraldo contou às pessoas pecados secretos de suas almas que tinham vergonha de confessar e levou-as a penitência e ao perdão.
O seu milagroso apostolado em favor das mães também começou durante a vida. Um dia, ao sair da casa de amigos, a família Pirofalo, uma das moças o chamou dizendo que tinha esquecido o lenço. Num momento de intuição profética, disse Gerado: “Guarda-o, pois te será útil um dia”.O lenço foi guardado como uma preciosa lembrança de Geraldo. Anos mais tarde aquela moça estava em perigo de morte em trabalhos de parto. Lembrou-se das palavras de Geraldo e pediu o lenço. Quase imediatamente o perigo passou e ela deu à luz uma criança sadia. Em outra ocasião pediram as orações de Geraldo para uma mulher grávida que corria perigo junto com o filho. Tanto ela como a criança saíram ilesas do perigo.
Morte e Glorificação
De saúde sempre frágil, era evidente que Geraldo não iria viver muito. Em 1755 sofreu violentas hemorragias e disenteria, a ponto de sua morte ser esperada para qualquer momento. No entanto, ele devia ainda ensinar uma grande lição sobre o poder da obediência. O seu diretor mandou-lhe que sarasse, se fosse da vontade de Deus, e imediatamente a doença pareceu desaparecer, ele deixou o leito e juntou-se à comunidade. Sabia, porém, que esta cura era apenas temporária e que tinha pouco mais que um mês de vida.
“Por causa dos milagres que Deus fez por meio das preces de Geraldo em favor das mães, as mães da Itália se afeiçoaram a Geraldo e fizeram dele o seu padroeiro”.
Pouco depois teve que voltar ao leito e começou a preparar-se para a morte. Abandonava-se totalmente à vontade de Deus e escreveu na porta do seu quarto: “Aqui se faz a vontade de Deus, como Deus quer e por quanto tempo ele quer.” Como freqüência ouviam-no recitar esta oração: “Meu Deus, quero morrer para fazer vossa santíssima vontade.” Pouco antes da meia-noite do dia 15 de outubro de 1755, a sua alma inocente voltou para Deus.
Na morte de Geraldo, o irmão sacristão, na sua euforia, tocou os sinos à maneira festiva, em vez do toque fúnebre. Milhares de pessoas vieram ver o corpo do “seu santo” e tentar obter uma última lembrança daquele que tantas vezes os tinha ajudado. Após a sua morte, começaram a ser relatados milagres em quase todas as regiões da Itália, atribuídos à intercessão de Geraldo. Em 1893, o Papa Leão XIII o beatificou e, no dia 11 de dezembro de 1904, o Papa Pio X o canonizou como santo.
O Santo das Mães
Por causa dos milagres que Deus fez por meio das preces de Geraldo em favor das mães, as mães da Itália se afeiçoaram a Geraldo e fizeram dele o seu padroeiro. No seu processo de beatificação, uma testemunha atesta que ele era conhecido como o santo dos partos felizes.
Milhares de mães tem experimentado o poder de São Geraldo. Muitos hospitais dedicam a ele a ala da maternidade e dão a seus pacientes medalhas e santinhos de São Geraldo. Milhares de meninos recebem o nome de Geraldo dos pais, convencidos de que foi a intercessão dele que os ajudou para que nascessem sadios.
A Congregação Redentorista se alegra ao celebrar os 100 anos de sua canonização e os 250 de sua morte, no Jubileu Geraldino. Ele é modelo para todos os que querem seguir o caminho do Redentor, tanto padres, como irmãos ou leigos. Em Geraldo podemos aprender sobretudo a amar a Deus e às pessoas, estar a serviço e viver na alegria fazendo a vontade de Deus.
Oração a São Geraldo
Ó São Geraldo, nós nos alegramos pela felicidade de vossa glória.
Nós bendizemos a Deus pelos dons sublimes de vossa graça a vós dispensados com tanta largueza.
Nós vos felicitamos por haverdes correspondido fielmente a tanta bondade do Senhor.
Ó São Geraldo, ajudai-nos a imitar vossa fidelidade à Vontade divina: vosso amor a Jesus Sacramentado: vossa devoção a Maria Santíssima; vosso espírito de penitência; a pureza de vossa vida e, enfim, vossa grande caridade para com os pobres, para com as mães e para com os mais abandonados.
Ó São Geraldo, socorrei-nos em todas as nossas necessidades espirituais e materiais. Alcançai-nos uma piedosa aceitação nas doenças e sofrimentos da vida. Abençoai as mães, de quem sois o especial padroeiro. Protegei nossa paróquia. São Geraldo, nosso padroeiro, rogai por nós. Amém
Terço Milagroso de São Geraldo
Na Cruz:
O Credo
3 Ave-Marias em louvor a Nossa Senhora
1 Glória ao Pai eu hora à Santíssima Trindade
Nas contas maiores do Terço:
Ó Milagroso São Geraldo,
pela Santa Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo,
que tendes em vossos braços, valei-nos, ajudá-los
salvai-nos e socorrei-nos
em todas as nossas dificuldades e aflições.
Nas contas menores do Terço:
Por amor a Jesus Cristo, socorrei-nos, São Geraldo!
Termina com uma Salve Rainha.
São Geraldo nasceu em Muro, no sul da Itália, no dia 6 de abril de 1726, de uma família pobre de bens, mas rica de bênçãos. Seus pais eram Domingos Majela e Benedita Majela. Domingos era alfaiate e Benedita lavadeira. Os dois se amavam com um amor imenso. Deste amor puro e santo nasceu-lhes Geraldo, que tinha uma fisionomia de anjo. Geraldo foi batizado no mesmo dia em que nasceu. Seus pais entendiam que Deus em seus planos não deixa ninguém nascer à toa. Quem nasce é para sentir-se amado e ser capaz de amar.
É neste sentido que está certo quem disse: "Amar a vida é mais do que construir catedrais!" O menino Geraldo era franzino de corpo, porém, era robusto de espírito. Deus lhe deu uma inteligência brilhante. Os professores logo viram nele um prodígio.
Contato com o Menino Jesus
Conforme o testemunho de suas próprias irmãs, ele era muito dedicado às devoções, também se confessava todos os dias e se disciplinava diariamente. Aos sete anos, em vista da pobreza da família, dirigia-se à ermida de Capodigiano, onde recebia um pãozinho branco que o Menino Jesus lhe entregava, e com quem ele brincava. Somente mais tarde, quando já na Congregação, Geraldo compreende quem era aquele Menino.
Santo do dia 17 de outubro
SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA
Hoje é celebrado Santo Inácio de Antioquia, o primeiro a chamar a Igreja de “Católica”; ele é chamado “Padre Apostólico” por ter sido discípulo de São Paulo e São João
Inácio nasceu por volta do ano 35 da era cristã. Ao que parece era um pagão que foi convertido ao cristianismo. Sua educação cristã aconteceu sob o acompanhamento dos próprios apóstolos. Sucedeu Pedro no posto de bispo de Antioquia, Viveu toda vida sendo um portador da vontade de Deus.
Antioquia era a terceira cidade mais importante do Império Romano. Foi aí que o bispo Inácio exerceu seu apostolado até ser conduzido para Roma, onde morreu mártir no Coliseu, entre os dentes das feras. Foi o imperador Trajano que decretou sua prisão.
A viagem de Inácio, acorrentado de Antioquia até Roma, foi o apogeu de sua vida e de sua fé. Feliz por poder ser imolado em nome do Salvador da humanidade, pregou por todos os lugares onde passou, até o local do martírio.
Durante esta viagem final escreveu sete cartas que figuram entre os escritos mais notáveis da Igreja, concorrendo em importância com as do apóstolo Paulo. Em todas faz profissão de sua fé e contém ensinamentos e orientações, até hoje adotados e seguidos pelos católicos. Numa dessas cartas estava o seu especial pedido: “Deixai-me ser alimento das feras. Sou trigo de Deus. É necessário que eu seja triturado pelos dentes dos leões para me tornar um pão digno de Cristo”.
Reflexão
Numa de suas cartas Inácio escreveu: “Mantém-te firme como bigorna sob os golpes. É próprio de um grande atleta receber pancadas e vencer. Não tenhas nenhuma dúvida, temos que suportar tudo pela causa de Deus, para que também Ele nos suporte. Torna-te ainda mais zeloso do que és; aprende a conhecer os tempos. Aguarda o que está acima do oportunismo, o atemporal, o invisível que por nossa causa se fez visível, o impalpável, o impassível que por nós se fez passível, o que de todos os modos por nós sofreu!”.
Oração
Deus, nosso Pai, que as palavras de Santo Inácio de Antioquia sirvam hoje para nossa meditação. Animados pelo seu exemplo de fé e de confiança em vós, sejamos fortalecidos pela vossa graça. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
A12 / Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
fonte: https://igrejadoscapuchinhos.org.br/santo-do-dia-17-de-outubro-santo-inacio-de-antioquia/
No centro do Coliseu romano, o bispo cristão aguarda ser trucidado pelas feras, enquanto a multidão exulta em gritos de prazer com o espetáculo sangrento que vai começar. Por sua vez, no estádio, cristãos incógnitos, misturados entre os pagãos, esperam, horrorizados, que um milagre salve o religioso. Os leões estão famintos e excitados com o sangue já derramado na arena. O bispo Inácio de Antioquia, sereno, esperava sua hora pronunciando com fervor o nome do Cristo.
Foi graças a Inácio que as palavras cristianismo e Igreja Católica surgiram. Era o início dos tempos que mudaram o mundo, próximo do ano 35 da era cristã, quando ele nasceu. Segundo os estudiosos, não era judeu e teria sido convertido pela primeira geração de cristãos, os apóstolos escolhidos pelo próprio Jesus. Cresceu e foi educado entre eles, depois sucedeu Pedro no posto de bispo de Antioquia, na Síria, considerada a terceira cidade mais importante do Império Romano, depois de Roma e Alexandria, no Egito. Gostava de ser chamado Inácio Nurono. Inácio deriva do grego "ignis", fogo, e Nurono era nome que ele mesmo dera a si, significando "o portador Deus". Desse modo viveu toda a sua vida: portador de Deus que incendiava a fé.
Mas sua atuação logo chamou a atenção do imperador Trajano, que decretou sua prisão e ordenou sua morte. Como cristão, deveria ser devorado pelas feras para diversão do povo ávido de sangue. O palco seria o recém-construído Coliseu.
A viagem de Inácio, acorrentado, de Antioquia até Roma, por terra e mar, foi o apogeu de sua vida e de sua fé. Feliz por poder ser imolado em nome do Salvador da humanidade, pregou por todos os lugares por onde passou, até no local do martírio. Sua prisão e condenação à morte atraiu todos os bispos, clérigos e cristãos em geral, de todas as terras que atravessou. Multidões juntavam-se para ouvir suas palavras. Durante a viagem final, escreveu sete cartas que figuram entre os escritos mais notáveis da Igreja, concorrendo em importância com as do apóstolo Paulo. Em todas faz profissão de sua fé, e contêm ensinamentos e orientações até hoje adotados e seguidos pelos católicos, como ele tão bem nomeou os seguidores de Jesus.
Numa dessas cartas, estava o seu especial pedido: "Deixai-me ser alimento das feras. Sou trigo de Deus. É necessário que eu seja triturado pelos dentes dos leões para tornar-me um pão digno de Cristo". Fazia-o sabendo que muitos de seus companheiros poderiam influenciar e conseguir seu perdão junto ao imperador. Queria que o deixassem ser martirizado. Sabia que seu sangue frutificaria em novas conversões e que seu exemplo tocaria o coração dos que, mesmo já convertidos, ainda temiam assumir e propagar sua religião.
Em Roma, uma festa que duraria cento e vinte dias tinha prosseguimento. Mais de dez mil gladiadores dariam sua vida como diversão popular naquela comemoração pela vitória em uma batalha. Chegada a vez de Inácio, seus seguidores e discípulos esperavam, ainda, o milagre.
Que não viria, porque assim desejava o bispo mártir. Era o dia 17 de outubro de 107, sua trajetória terrena entrava para a história da humanidade e da Igreja.
18/10 - Sao Lucas
Lucas é um dos quatro evangelistas. O seu Evangelho é reconhecido como o do amor e da misericórdia. Foi escrito sob o signo da fé, nos tempos em que isso podia custar a própria vida. Mas falou em nascimento e ressurreição, perdão e conversão, na salvação de toda a humanidade. Além do terceiro evangelho, escreveu os Atos dos Apóstolos, onde registrou o desenvolvimento da Igreja na comunidade primitiva, relatando os acontecimentos de Jerusalém, Antioquia e Damasco, deixando-nos o testemunho do Cristo da bondade, da doçura e da paz.
Lucas nasceu na Antioquia, Síria. Era médico e pintor, muito culto, e foi convertido e batizado por são Paulo. No ano 43, já viajava ao lado do apóstolo, sendo considerado seu filho espiritual. Escreveu o seu Evangelho em grego puro, quando são Paulo quis pregar a Boa-Nova aos povos que falavam aquele idioma. Os dois sabiam que mostrar-lhes o caminho na própria língua facilitaria a missão apostólica. Assim, através de seus escritos, Lucas tornou-se o relator do nascimento de Jesus, o principal biógrafo da Virgem Maria e o primeiro a expressá-la através da pintura.
Quando das prisões de são Paulo, Lucas acompanhou o mestre, tanto no cárcere como nas audiências. Presença que o confortou nas masmorras e deu-lhe ânimo no enfrentamento do tribunal do imperador. Na segunda e derradeira vez, Paulo escreveu a Timóteo que agora todos o haviam abandonado. Menos um. "Só Lucas está comigo" E essa foi a última notícia certa do evangelista.
A tradição cristã diz-nos que depois do martírio de são Paulo o discípulo, médico e amigo Lucas continuou a pregação. Ele teria seguido pela Itália, Gálias, Dalmácia e Macedônia. E um documento traduzido por são Jerônimo trouxe a informação que o evangelista teria vivido até os oitenta e quatro anos de idade. A sua morte pelo martírio em Patras, na Grécia, foi apenas um legado dessa antiga tradição.
Todavia, por sua participação nos primeiros tempos, ao lado dos apóstolos escolhidos por Jesus, somada à vida de missionário, escritor, médico e pintor, transformou-se num dos pilares da Igreja. Na suas obras, Lucas dirigia-se a um certo Teófilo, amigo de Deus, que tanto poderia ser um discípulo como uma comunidade, ou todo aquele que entrava em contato com a mensagem da Boa-Nova através dessa leitura. Com tal recurso literário, tornou seu Evangelho uma porta de entrada à salvação para todos os povos, concedendo o compartilhamento do Reino de Deus por todas as pessoas que antes eram excluídas pela antiga lei.
19/10 - São Paulo da Cruz
Foi aos dezenove anos de idade, após ouvir um sermão sobre a Paixão de Cristo, que Paulo Francisco Danei decidiu-se pela vida religiosa. Nascido em Ovada, na Alexandria, região norte da Itália, no dia 3 de janeiro de 1694, era o primeiro dos dezesseis filhos de um casal de nobres e fervorosos cristãos. Apesar do nome e da posição social, a família não possuía fortuna. Seu pai era um dedicado comerciante que viajava muito. Desde a infância Paulo acostumou-se a acompanhar o pai, primeiro como seu companheiro, depois, também, para ajudá-lo nos negócios. Também desde pequeno se entregava a exercícios de oração e penitência e à leitura da vida dos santos, encantando-se, especialmente, com a dos eremitas. Gostava de ir à igreja para rezar o terço. Essa rotina floresceu e fez crescer sua vocação. Quando ouviu o sermão que o tocou, já pertencia à Irmandade de Santo Antônio. Primeiro pensou em alistar-se como voluntário na cruzada contra os turcos, organizada pelo exército veneziano. Depois, rezando perante a santa eucaristia, ouviu o chamado de Deus para a vida religiosa.
Iniciou, então, suas intensas orações contemplativas e penitências. Junto com seu irmão João Batista, foram viver como eremitas no monte Agentário. Durante a semana, privavam-se de tudo, oravam e penitenciavam-se. Aos domingos, dirigiam-se às cidades, onde pregavam e enalteciam a Paixão do Senhor. Assim, amadurecia em seu coração o projeto de uma comunidade religiosa. Até que, segundo ele, uma aparição da Virgem Maria permitiu-lhe conhecer o hábito, o emblema e o estilo de vida do futuro Instituto, que teria sempre Jesus Cristo Crucificado como centro. Motivado pelos sermões que atraíram tantos seguidores e apoiado pelo bispo de Alexandria, fundou, em 1720, a Congregação dos Clérigos Descalços da Santa Cruz e da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, ou dos Padres Passionistas, ordenando-se com o nome de Paulo da Cruz. As Regras da Congregação eram tão severas que seu fundador teve de abrandá-las para serem aprovadas definitivamente pelo papa Bento XIV, em 1741. Os integrantes receberam as ordens sacerdotais do bispo e, com as doações do povo, foi construído o primeiro convento da Congregação, em Agentário. Idoso e doente, quando foi desenganado pelos médicos Paulo da Cruz mandou pedir a bênção do papa Pio VI. Este, porém, além de responder-lhe que era muito cedo para partir, ordenou que fosse ao Vaticano em três dias. Motivado pelo pontífice, cumpriu a ordem, chegando na data solicitada. Permaneceu em Roma por três anos até morrer, no dia 18 de outubro de 1775, aos oitenta e um anos de idade. Foi canonizado pelo papa Pio IX em 1867. As relíquias de são Paulo da Cruz são veneradas na Basílica de São João e São Paulo e a festa litúrgica ocorre no dia de sua morte. Hoje, a Ordem dos Padres Passionistas está em missão nos cinco continentes. No Brasil, eles chegaram em 1911 e têm a sede instalada em São Paulo.
Santa Maria Bertilla Boscardin, enfermeira na Primeira Guerra Mundial
Origens
Santa Maria Bertilla Boscardin, batizada com o nome de Ana Francisca, nasceu em 6 de outubro de 1888, em Brendola, Itália, numa família de origem humilde e camponesa. Era a mais velha de três filhos.
Infância
Desde menina, gostava muito de rezar e tinha um grande amor por Nossa Senhora. Sempre que podia, rezava diante de um quadro de Nossa Senhora, que ficava pendurado na parede da cozinha de sua casa. Sendo tão piedosa, conseguiu fazer Primeira Comunhão aos nove anos de idade.
Entrada no Convento
Aos dezessete anos de idade, resolveu seguir sua própria vocação religiosa, ingressando no Convento Irmãs Mestras de Santa Dorotéia Filhas dos Sagrados Corações, adotando o nome de Maria Bertilla. Fora-lhe entregue trabalhos relacionados à lavanderia e o cuidado com o forno.
Santa Maria Bertilla Boscardin: serva de todos
Enfermeira
Recebeu o diploma de enfermeira para
ser útil no tratamento dos doentes. Em seu diário, ela escreveu: “Quero
ser serva de todos, quero trabalhar, sofrer e deixar toda satisfação aos
outros”. Em seu segundo ano de noviciado, foi enviada para o hospital
em Treviso (Itália), onde exerceu a função de enfermeira. Foi colocada
na ala infantil, cuidando de crianças vítimas da guerra.
A Primeira Guerra Mundial fez com
que Maria Bertilla se dedicasse aos cuidados com os soldados feridos.
Mas precisou sair de Treviso, que se encontrava na frente das operações
militares.
Páscoa
Em 1910, foi diagnosticada com um câncer; sua saúde estava debilitada e precisou passar por uma cirurgia, retirando-se um tempo para se recuperar. Voltando novamente para o hospital em Treviso, ficou mais uma vez doente, precisando realizar outra cirurgia, mas não resistiu ao tempo de sua recuperação. Morreu no dia 20 de outubro de 1922, após converter o médico-chefe do hospital.
Via de Santificação
Em 1952, foi beatificada pelo Papa Pio XII e, em 1961, canonizado por Papa João XXIII. No discurso de canonização da santa, Papa João recordou a piedade de Santa Maria Bertila para com Deus, sua integridade de costumes e pureza de alma e, por último, o seu ardor em ajudar os outros, especialmente os infelizes e os enfermos.
Minha oração
“ Enfermeira do corpo e da alma, amparai os doentes que a ti recorrem dando a eles a cura completa e total. Intercedei pelos hospitais e clínicas, pelos médicos e profissionais da saúde. Dai a todos a capacidade de compadecer-se nos sofrimentos alheios e o cuidado necessário. Amém.”
Santa Maria Bertilla Boscardin, rogai por nós!
fonte:https://santo.cancaonova.com/santo/santa-maria-bertilla-boscardin-enfermeira-na-primeira-guerra-mundial/
Uma simples camponesa pôde demonstrar, com suas atitudes diárias, que mesmo sem êxtases, sem milagres, sem grandes feitos, o ser humano traz em si a santidade e a marca de Deus em sua vida. Se vivermos com pureza e fé, a graça divina vai manifestar-se em cada detalhe da nossa vida. A prova disso foi a beatificação de irmã Maria Bertilla pelo papa Pio XII, em 1952, quando ele disse: "É uma humilde camponesa". Maria nasceu em 6 de outubro de 1888, na cidade de Vicenza, na Itália, e recebeu o nome de Ana Francisca no batismo. Os pais eram simples camponeses e sua infância transcorreu entre o estudo e os trabalhos do campo, rotina natural dos filhos e das filhas de agricultores dessa época. Aos dezessete anos, mudou o modo de encarar a vida e ingressou no Convento das irmãs Mestras de Santa Dorotéia dos Sagrados Corações, quando adotou o nome de Maria Bertilla. Paralelamente, estudou e diplomou-se como enfermeira, de modo que pôde tratar os doentes com ciência e fé, assistindo-os com carinho de irmã e mãe. Teve uma existência de união com Deus no silêncio, no trabalho, na oração e na obediência. Isso se refletia na caridade com que se relacionava com todos: doentes, médicos e superiores. Mas era submetida a constantes humilhações por parte de uma superiora. Depois, foi enviada para trabalhar no hospital de Treviso, mais ao norte do país. Tinha apenas vinte e dois anos de idade quando, além de enfrentar a doença no próximo, teve que enfrentá-la em si mesma também.
Logo foi operada de um tumor e, antes que pudesse recuperar-se totalmente, já estava aos pés dos seus doentes outra vez. As humilhações pessoais continuavam, agora associadas às dores físicas. Na época, estourou a Primeira Guerra Mundial: a cidade de Treviso ocupava uma posição militar estratégica, estando mais sujeita a bombardeios. Era uma situação que exigia dedicação em dobro de todos no hospital. Irmã Maria Bertilla surpreendeu com sua incansável disposição e solidariedade de religiosa e enfermeira no tratamento dos feridos de guerra. Porém seu mal se agravou e, aos trinta e quatro anos, sofreu a segunda cirurgia, mas não resistiu e morreu, no dia 20 de outubro de 1922, no hospital de Treviso. O papa João XXIII canonizou-a em 1961. O culto em sua homenagem ocorre no dia de sua morte. Junto à sua sepultura, na Casa-mãe da Congregação em Vicenza, há sempre alguém rezando porque precisa da santa enfermeira para tratar de males diversos, e a ajuda, pela graça de Deus, sempre chega.
Santa Úrsula e Companheiras - 21 de Outubro
Santa Úrsula nasceu no ano 362. Filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra, a fama de sua beleza se espalhou e ela passou a ser desejada por vários pretendentes (embora Santa Úrsula tenha feito um voto secreto de consagração total a Deus). Seu pai acabou aceitando a proposta de casamento feita pelo duque Conanus, um general de exército pagão, seu aliado.
Santa Úrsula fora educada nos princípios cristãos. Por isso ficou muito triste ao saber que seu pretendente era pagão. Quis recusar a proposta, mas, conforme costume da época, deveria acatar a decisão de seu pai. Pediu, então, um período de três anos para se preparar. Ela esperava converter o general Conanus durante esse tempo ou então encontrar um meio de evitar o casamento, mas não conseguiu nem uma coisa nem outra.
Conforme o combinado, ela partiu para as núpcias, viajando de navio, acompanhada de onze jovens, virgens como ela, que iriam se casar com onze soldados do duque Conanus. Há tradições que falam em onze mil virgens, em vez de onze apenas. Mas outros escritos da época e pesquisas arqueológicas revelaram que foram mesmo onze meninas.
Foram navegando pelo rio Reno e chegaram a Colônia, na Alemanha. A cidade havia sido tomada pelo exército de Átila, rei dos hunos. Eles mataram toda a comitiva, sobrando apenas Santa Úrsula, cuja beleza deixou encantado o próprio Átila. Ele tentou seduzi-la e propôs-lhe casamento. Ela recusou, dizendo que já era esposa do mais poderoso de todos os reis da Terra, Jesus Cristo. Átila, enfurecido, degolou pessoalmente a jovem no dia 21 de outubro de 383. Em Colônia, uma igreja guarda o túmulo de Santa Úrsula e suas companheiras.
Durante a Idade Média, a italiana Santa Ângela de Mérici fundou a Companhia de Santa Úrsula com o objetivo de dar formação cristã a meninas. Seu projeto foi que essas futuras mamães seriam multiplicadoras do Evangelho, catequizando seus próprios filhos. Foi um avanço, tendo em vista que, nesta época, a preocupação com a educação era voltada apenas para os homens. Segundo a fundadora, o nome da ordem surgiu de uma visão que ela teve.
Atualmente, as Irmãs Ursulinas, como são chamadas as filhas de Santa Ângela, estão presentes nos cinco continentes, mantendo acesas as memórias de Santa Ângela e Santa Úrsula.
Santa Úrsula, rogai por nós!
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23/10 - São João de Capistrano
João nasceu no dia 24 de junho de 1386, na cidade de Capistrano, próximo a Áquila, no então reino de Nápoles, atual Itália. Era filho de um conde alemão e uma jovem italiana. Tornou-se um cidadão de grande influência em Perugia, cidade onde estudou direito civil e canônico, formando-se com honra ao mérito. Lá se casou com a filha de outro importante membro da comunidade e foi governador da cidade, quando iniciava a revolta contra a dominação do rei de Nápoles. Como João de Capistrano era muito respeitado e julgava ter amigos entre adversários, aceitou a tarefa de tentar um diálogo com o rei. Mas estava enganado, pois, além de não acreditarem nas suas propostas, de paz eles o prenderam. Ao mesmo tempo, recebeu a notícia da morte de sua esposa. João tinha trinta e nove anos de idade. Nessa ocasião tomou a decisão mais importante de sua vida. Abriu mão de todos os cargos, vendeu todos os bens e propriedades, pagou o resgate de sua liberdade e pediu ingresso num convento franciscano. Mas também ali encontrou a desconfiança do seu propósito. O superior, antes de permitir que ele vestisse o hábito, o submeteu a muitas humilhações, para provar sua determinação. Aprovado, apenas um ano depois era considerado um dos mais respeitados religiosos do convento. Aliás, Ordem que ele próprio colaborou para reformar. Desde então sua vida foi somente dedicada ao espírito. Durante trinta anos fez rigoroso jejum, duras penitências e se dedicou às orações. Trabalhou com energia, evangelizando na Itália, França, Alemanha, Áustria, Hungria, Polônia e Rússia.
Tornou-se grande pregador e os registros mostram, que, após sua pregação, muitos jovens decidiam entrar na Ordem de São Francisco de Assis. Foi conselheiro de quatro papas. Idoso, defendeu a Itália numa guerra que ajudou a vencer. A famosa batalha de Belgrado, contra os invasores turcos muçulmanos. João de Capistrano contava setenta anos de idade, quando um enorme exército ameaçava tomar toda a Europa, pois já dominava mais de duzentas cidades. O papa Calisto III o designou como pregador de uma cruzada, que defenderia o continente. Com ele à frente, os cristãos tiveram de combater um exército dez vezes maior. A guerra já estava quase perdida e os soldados estavam a ponto de desfalecer, quando surgiu João animando a todos, percorrendo as fileiras e mantendo-os estimulados na fé em Cristo. Agiu assim durante onze dias e onze noites sem cessar. Espantados com a atitude de João, os guerreiros muçulmanos apavoraram-se, o exército se desorganizou e os soldados cristãos dominaram o campo de batalha até a vitória final. Vitória que, embora preferisse manter o anonimato, foi atribuída a João de Capistrano. Depois disso, retirou-se para o Convento de Villach, na Áustria, onde morreu três meses depois, no dia 23 de outubro de 1456. O seu culto se mantém vivo até os nossos dias, sendo celebrado no dia de sua morte tanto no Oriente e como no Ocidente. Foi canonizado em 1724 pelo papa Bento XIII. João de Capistrano é o padroeiro dos juízes.
24/10 - Santo Antônio Maria Claret
O quinto dos onze filhos de Antônio Claret e Josefa Clara nasceu em 23 de dezembro de 1807, no povoado de Sallent, diocese de Vic, Barcelona, Espanha. Foi batizado no dia de Natal e recebeu o nome de Antônio Claret y Clara. Na família, aprendeu o caminho do seguimento de Cristo, a devoção a Maria e o profundo amor à eucaristia. Cedo aprendeu a profissão do pai e depois a de tipógrafo. Na adolescência, ouviu o chamado para servir a Deus. Assim, acrescentou o nome de "Maria" ao seu, para dar testemunho de que a ela dedicaria sua vida de religioso. E foi uma vida extraordinária dedicada ao próximo. Antônio Maria Claret trabalhou com o pai numa fábrica de tecidos e, aos vinte e um anos, depois de ter recusado empregos bem vantajosos, ingressou no Seminário de Vic, pois queria ser monge cartuxo. Mas lá percebeu sua vocação de padre missionário. Em 1835, recebeu a ordenação sacerdotal e foi nomeado pároco de sua cidade natal. Quatro anos depois, foi para Roma e dirigiu-se à Propaganda Fides, onde se apresentou para ser missionário apostólico. Foram anos de trabalho árduo e totalmente dedicado ao ministério pastoral na Espanha, que muitos frutos trouxeram para a Igreja. Em 1948, foi enviado para a difícil região das Ilhas Canárias. No entanto ansiava por uma obra mais ampla e assim, em 1849, na companhia de outros cinco jovens sacerdotes, fundou a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, ou Padres Claretianos.
Entretanto, nessa ocasião, a Igreja vivia um momento de grande dificuldade na distante diocese de Cuba, que estava vaga havia quatorze anos. No mesmo ano, o fundador foi nomeado arcebispo de lá. E mais uma vez pôde constatar que Maria jamais o abandonava. Era uma vítima constante de todo tipo de pressão das lojas maçônicas, que faziam oposição violenta contra o clero, além dos muitos atentados que sofreu contra a sua vida. Incendiaram uma casa que se hospedava, colocaram veneno em sua comida e bebida, assaltaram-no à mão armada e o feriram várias vezes. Mas monsenhor Claret sempre escapou ileso e continuou seu trabalho, sem nunca recuar. Restaurou o antigo seminário cubano, deu apoio aos negros e índios, escravos Em 1855, junto com madre Antônia Paris, fundou outra congregação religiosa, a das Irmãs de Ensino Maria Imaculada, ou Irmãs Claretianas. Fez visitas pastorais a todas as dioceses, levando nova força e ânimo, para o chamado ao trabalho cada vez mais difícil e cada vez mais necessário. Quando voltou a Madri em 1857, deixou a Igreja de Cuba mais unida, mais forte e resistente. Voltou à Espanha porque a rainha Isabel II o chamou para ser seu confessor. Mesmo contrariado, aceitou. Nesse período, sua obra escrita cresceu muito, enriquecida com seus inúmeros sermões. Em 1868, solidário com a soberana, seguiu-a no exílio na França, onde permaneceu ao lado da família real. Contudo não parou seu trabalho de apostolado e de escritor por excelência. Encontrou, ainda, tempo e forças para fundar uma academia para os artistas, que colocou sob a proteção de são Miguel. Morreu com sessenta e três anos, no dia 24 de outubro de 1870, no Mosteiro de Fontfroide, França, deixando-nos uma importante e numerosa obra escrita. Beatificado pelo papa Pio XI, que o chamou de "precursor da Ação Católica do mundo moderno", foi canonizado em 1950 por Pio XII.
25/10 - Santo Antônio de Sant'Ana Galvão
O brasileiro Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu em 1739, em Guaratinguetá, São Paulo. Seu pai era Antônio Galvão de França, capitão-mor da província e terciário franciscano. Sua mãe era Isabel Leite de Barros, filha de fazendeiros de Pindamonhangaba. O casal teve onze filhos. Eram cristãos caridosos, exemplares e transmitiram esse legado ao filho.
Quando tinha treze anos, Antônio foi enviado para estudar com os jesuítas, ao lado do irmão José, que já estava no Seminário de Belém, na Bahia. Desse modo, na sua alma estava plantada a semente da vocação religiosa. Aos vinte e um anos, Antônio decidiu ingressar na Ordem franciscana, no Rio de Janeiro. Sua educação no seminário tinha sido tão esmerada que, após um ano, recebeu as ordens sacerdotais, em 1762. Uma deferência especial do papa, porque ele ainda não tinha completado a idade exigida.
Em 1768, foi nomeado pregador e confessor do Convento das Recolhidas de Santa Teresa, ouvindo e aconselhando a todos. Entre suas penitentes encontrou irmã Helena Maria do Sacramento, figura que exerceu papel muito importante em sua obra posterior.
Irmã Helena era uma mulher de muita oração e de virtudes notáveis. Ela relatava suas visões ao frei Galvão.
Nelas, Jesus lhe pedia que fundasse um novo Recolhimento para jovens religiosas, o que era uma tarefa difícil devido à proibição imposta pelo marquês de Pombal em sua perseguição à Ordem dos jesuítas. Apesar disso, contrariando essa lei, frei Galvão, auxiliado pela irmã Helena, fundou, em fevereiro de 1774, o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência.
No ano seguinte, morreu irmã Helena. E os problemas com a lei de Pombal não tardaram a aparecer. O convento foi fechado, mas frei Galvão manteve-se firme na decisão, mesmo desafiando a autoridade do marquês. Finalmente, devido à pressão popular, o convento foi reaberto e o frei ficou livre para continuar sua obra. Os seguintes quatorze anos foram dedicados à construção e ampliação do convento e também de sua igreja, inaugurada em 1802. Quase um século depois, essa obra tornar-se-ia um "patrimônio cultural da humanidade", por decisão da UNESCO.
Em 1811, a pedido do bispo de São Paulo, fundou o Recolhimento de Santa Clara, em Sorocaba. Lá, permaneceu onze meses para organizar a comunidade e dirigir os trabalhos da construção da Casa. Nesse meio tempo, ele recebeu diversas nomeações, até a de guardião do Convento de São Francisco, em São Paulo.
Com a saúde enfraquecida, recebeu autorização especial para residir no Recolhimento da Luz. Durante sua última enfermidade, frei Galvão foi morar num pequeno quarto, ajudado pelas religiosas que lhe prestavam algum alívio e conforto. Ele faleceu com fama de santidade em 23 de dezembro de 1822. Frei Galvão, a pedido das religiosas e do povo, foi sepultado na igreja do Recolhimento da Luz, que ele mesmo construíra.
Depois, o Recolhimento do frei Galvão tornou-se o conhecido Mosteiro da Luz, local de constantes peregrinações dos fiéis, que pedem e agradecem graças por sua intercessão. Frei Galvão foi beatificado pelo papa João Paulo II em 25 de outubro de 1998, e canonizado em 11 de maio de 2007 pelo papa Bento XVI, em São Paulo, Brasil.
26/10 - São Luís Orione
O Papa João Paulo II, em 1980, colocou diante dos nossos olhos um grande exemplo de santidade expressa na caridade: Luís Orione. Nasceu em Pontecurone, um pequeno município na Diocese de Tortona, no Norte da Itália, no dia 23 de junho de 1872. Bem cedo percebeu o chamado do Senhor ao sacerdócio. Ao entrar no Oratório, em Turim, recebeu no coração as palavras de São Francisco de Sales lançadas pelo amado São João Bosco: "Um terno amor ao próximo é um dos maiores e excelentes dons que a Divina Providência pode conceder aos homens". Concluiu o ginásio, deixou o Oratório Salesiano, voltou para casa e depois entrou no seminário onde cursou filosofia, teologia, até chegar ao sacerdócio que teve como lema: "Renovar tudo em Cristo". Luís Orione, sensível aos sofrimentos da humanidade, deixou-se guiar pela Divina Providência a fim de aliviar as misérias humanas. Sendo assim, dedicou-se totalmente aos doentes, necessitados e marginalizados da sociedade. Também fundou a Congregação da "Pequena Obra da Divina Providência"
Em 1899, Dom Orione deu início a mais um Ramo da nova Congregação: os "Eremitas da Divina Providência". Em 1903, Dom Orione recebeu a aprovação canônica aos "Filhos da Divina Providência", Congregação Religiosa de Padres, Irmãos e Eremitas da Família da Pequena Obra da Divina Providência. A Congregação e toda a Família Religiosa propunha-se a "trabalhar para levar os pequenos os pobres e o povo à Igreja e ao Papa, mediante obras de caridade". Dom Orione teve atuação heróica no socorro às vítimas dos terremotos de Reggio e Messina (1908) e da Marsica (1915). Por decisão do Papa São Pio X, foi nomeado Vigário Geral da Diocese de Messina por 3 anos. Vinte anos depois da fundação dos "Filhos da Divina Providência", em 1915, surgiu como novo ramo a Congregação das "Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade", Religiosas movidas pelo mesmo carisma fundacional. O zelo missionário de Dom Orione cedo se manifestou com o envio de missionários ao Brasil em 1913 e, em seguida, à Argentina, ao Uruguai e diversos países espalhados pelo mundo. Dom Orione esteve pessoalmente como missionário, duas vezes, na América Latina: em 1921 e nos anos de 1934 a 1937, no Brasil, na Argentina e no Uruguai, tendo chegado até ao Chile.Foi pregador popular, confessor e organizador de peregrinações, de missões populares e de presépios vivos. Grande devoto de Nossa Senhora, propagou de todos os modos a devoção mariana e ergueu santuários, entre os quais o de Nossa Senhora da Guarda em Tortona e o de Nossa Senhora de Caravaggio; na construção desses santuários será sempre lembrada a iniciativa de Dom Orione de colocar seus clérigos no trabalho braçal ao lado dos mais operários civis.
Em 1940, Dom Orione atacado por graves doenças de coração e das vias respiratórias foi enviado para Sanremo. E ali, três dias depois de ter chegado, morreu no dia 12 de Março, sussurrando suas últimas palavras: "Jesus! Jesus! Estou indo."Vinte e cinco anos depois, em 1965, seu corpo foi encontrado incorrupto e depositado numa urna para veneração pública, junto ao Santuário da Guarda, em Sanremo na Itália.O Papa Pio XII o denominou "pai dos pobres, benfeitor da humanidade sofredora e abandonada" e o Papa João Paulo II depois de tê-lo declarado beato em 26 de outubro de 1980, finalmente o canonizou em 16 de maio de 2004
SÃO SIMÃO E SÃO JUDAS TADEU - 28 de OUUBRO
São Simão e São Judas Tadeu, apóstolos e mártires – Entenda a história
Celebramos hoje a festa de dois dos Doze Apóstolos chamados por Nosso Senhor: São Simão, o cananeu, e São Judas Tadeu.
Devemos a eles a fé íntegra que professamos, pois guardaram e transmitiram até o derramamento do sangue, com a ajuda do Espírito Santo, a santa doutrina que escutaram e a Pessoa Divina que tocaram, motivo por que nos alegramos de pertencer à Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica, fundada pelo próprio Verbo Encarnado.
Celebramo-los no mesmo dia porque, além de serem sempre mencionados um após o outro nas listas dos Doze (cf. Mt 10, 4; Mc 3, 18; Lc 6, 15; Act 1, 13) e estarem atualmente sepultados na mesma capela de São José, dentro da Basílica de São Pedro, os dois evangelizaram na região da Pérsia e juntos foram martirizados.
A devoção a São Judas TadeuSão Judas Tadeu
Embora se celebrem conjuntamente há vários séculos, São Judas Tadeu tornou-se, por circunstâncias históricas relativamente recentes, mais popular entre a gente devota do que São Simão.
Isso se deve a uma revelação privada feita no séc. XIV a Santa Brígida da Suécia, a quem Jesus teria aparecido e revelado que a São Judas foi confiado o patrocínio das causas urgentes e impossíveis.
Vale a pena recordar ainda que São Judas, filho de Maria de Cléofas, era sobrinho de Nossa Senhora e, portanto, primo de Jesus, além de tio de dois outros Apóstolos, S. Tiago e S. João, evangelista.
Essas relações de parentesco fazem supor que ele devia ser algo semelhante a Nosso Senhor, razão por que algumas imagens suas o retratam com uma medalha ao peito na qual está impressa a imagem de Cristo.
Quem foi São Simão?
A Bíblia Sagrada não revela como era a vida de São Simão, mas é possível buscar algumas pistas e montar um quebra-cabeças. São Simão, apóstolo
Ele é chamado de Simão, “o cananeu”, pelos apóstolos São Mateus e São Marcos. Alguns estudiosos cristãos entendem que este “cananeu” pode ser uma referência a Canaã, a terra de Israel.
Mas quando São Lucas, no seu Evangelho, o chama de “o zelote”, parece querer indicar que Simão pertencera ao partido judeu radical que tinha o mesmo nome.
Os radicais zelotes pregavam a luta armada contra os dominadores. Como se vê, Jesus queria, mesmo, um colegiado de doze apóstolos que representassem todas as correntes políticas e religiosas da época.
Conta a antiga tradição que São Simão encontrou-se com o apóstolo São Judas Tadeu na Pérsia e, desde então, viajaram juntos. Percorreram as doze províncias do Império Persa.
Simão foi um revolucionário radical, mas após começar a conviver com Jesus se tornou um pregador da “paz na Terra e da boa vontade entre os homens“. Esse apóstolo era um grande argumentador.
Conforme um antigo registro atribuído ao famoso historiador Hegesipo, São Simão teria sido martirizado no ano 107, durante o governo do imperador Trajano, com cento e vinte anos de idade.
São Simão é representado na Igreja Católica por uma imagem com um livro aberto na mão direita. Na esquerda, há um longo serrote, ferramenta utilizada para o seu martírio.
A herança dos Apóstolos
Nosso Senhor quis seguir um roteiro para escolher e preparar seus discípulos, primeiro os fez discípulos, participantes da sua intimidade e de seus segredos: “Vinde”, para só então os enviar a pregar a toda criatura o Evangelho: “Ide”.
Portanto, não é um verdadeiro discípulo aquele que quer ser primeiro um mestre.
Hoje, porém, o que vemos é justamente o contrário: os que pretendem “sair em missão” muitas vezes não se encontram com Cristo nem, por isso mesmo, saem para fazer discípulos e converter o mundo, mas para aprender com o mundo e depravar-se com ele.
Nestes tempos precisamos resgatar a necessidade da oração, da contemplação e do estudo da doutrina católica, meditada e aprendida com total convencimento, como pré-requisitos à atividade apostólica.
Jamais converteremos a outros se não nos tivermos convertido nós em primeiro lugar, e jamais poderemos ensinar a fé católica se não a conhecermos de maneira suficiente e adequada: “O mesmo que se reclinara sobre o peito de Jesus […], este é o discípulo que dá testemunho”.
Peçamos, assim, a São Simão e São Judas Tadeu a graça de mantermos firme e guardarmos até o sangue a fé apostólica!