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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

DEZEMBRO - CARTÕES E MENSAGENS E SANTOS DO MÊS






NOVENA À IMACULADA CONCEIÇÃO
Oração para todos os dias

Deus vos salve, Maria, cheia de graça e bendita mais que todas as mulheres, Virgem singular, Virgem soberana e perfeita, eleita por Mãe de Deus e preservada por Ele de toda culpa desde o primeiro instante de sua Concepção:

Assim como por Eva nos veio a morte, assim nos vem a vida por ti, que pela graça de Deus tens sido eleita para ser Mãe do novo povo que Jesus Cristo tem formado com seu Sangue.

A ti, puríssima Mãe, restauradora da caída linhagem de Adão e Eva, viemos confiantes e suplicantes nesta novena, para rogar que nos concedas a graça de sermos verdadeiros filhos teus e de teu Filho Jesus Cristo, livres de toda mancha de pecado.

Confiantes, Virgem Santíssima, que haveis sido feita Mãe de Deus, não somente para vossa dignidade e glória, senão também para salvação nossa e proveito de todo o gênero humano.

Confiantes que jamais se tem ouvido dizer que um somente de quantos tem acudido a vossa proteção e implorado vosso socorro, tem já sido desamparado.

Não me deixeis, pois, a mim tampouco, porque se me deixais me perderei;

Que eu tampouco quero deixar a vos, antes bem, cada dia quero crescer mais em vossa verdadeira devoção.

Alcançai-me principalmente estas três graças:

A primeira, não cometer jamais pecado mortal;

A segunda, um grande apreço da virtude cristã,

A terceira, uma boa morte.

Além disso, dai-me a graça particular que vos peço nesta novena

Fazer aqui o pedido que se deseja obter.

Rezar a oração do dia correspondente:

Orações finais

Bendita seja tua pureza e eternamente o seja, pois todo um Deus se recreia em tão graciosa beleza.

A ti, celestial Princesa, Virgem Sagrada Maria, vos ofereço neste dia alma, vida e coração.

olhai-me com compaixão, não me deixes, Mãe minha.

Rezar três Ave-Marias.

Tua Imaculada Concepção, Oh! Virgem Mãe de Deus, anunciou alegria ao universo inteiro.

Oração

Oh! Deus meu, que pela Imaculada Concepção da Virgem, preparaste digna habitação a teu Filho:

Vos rogamos que, assim como pela previsão da morte de teu Filho livrai-vos a ela de toda mancha, assim a nós nos concedas por sua intercessão chegar a Vós limpos de pecado.

Pelo mesmo Senhor nosso Jesus Cristo. Amém.

Primeiro Dia

Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Assim como preservaste a Maria do pecado original em sua Imaculada Concepção, e a nós nos fizeste o grande beneficio de livramos dele por meio de teu Santo batismo, assim vos rogamos humildemente nos concedas a graça de nos portarmos sempre como bons cristãos, regenerados em ti, Nosso Pai Altíssimo.

Segundo Dia

Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Assim como preservaste a Maria de todo pecado mortal em toda sua vida e a nós nos dais graça para evita-lo e o Sacramento da confissão para remedia-lo, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a graça de não cometer nunca pecado mortal, e se acontecer tão terrível desgraça, a de sair dele quanto antes por meio de uma boa confissão.

Terceiro Dia

Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Assim como preservaste a Maria de todo pecado venial em toda sua vida, e a nós nos pedes que purifiquemos mais e mais nossas almas para sermos dignos de ti, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a graça de evitar os pecados veniais e a de procurar e obter cada dia mais pureza e delicadeza de consciência.

Quarto Dia

Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Assim como livrais a Maria da inclinação ao pecado e lhe destes domínio perfeito sobre todas suas paixões, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de Maria Imaculada, nos concedas a graça de ir domando nossas paixões e destruindo nossas más inclinações, para que vos possamos servir, com verdadeira liberdade de espírito, sem imperfeição nenhuma.

Quinto Dia

Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Assim como, desde o primeiro instante de sua Concepção, destes a Maria mais graça que a todos os Santos e anjos do céu, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos inspires um apreço singular da divina graça que Vós nos adquiriste com teu sangue, e nos concedas o aumentar mais e mais com nossas boas obras e com a recepção de teus Santos Sacramentos, especialmente o da Comunhão.

Sexto Dia

Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Assim como, desde o primeiro momento, destes a Maria, com toda plenitude, as virtudes sobrenaturais e os dons do Espírito Santo, assim vos suplicamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a nós a abundancia destes mesmos dons e virtudes, para que possamos vencer todas as tentações e tenhamos muitos atos de virtude dignos de nossa profissão de cristãos.

Sétimo Dia

Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Assim como destes a Maria, entre as demais virtudes, uma pureza e castidade eximia, pela qual é chamada Virgem das virgens, assim vos suplicamos, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a dificilíssima virtude da castidade, que tantos tem conservado mediante a devoção da Virgem e tua proteção.

Oitavo Dia

Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Assim como destes a Maria a graça de uma ardentíssima caridade e amor de Deus sobre todas as coisas, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas um amor sincero de ti,

Oh! Deus Senhor nosso!

Nosso verdadeiro bem, nosso bem feitor, nosso Pai, e que antes queiramos perder todas as coisas que ofender-Vos com um somente pecado.

Nono Dia

Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:

Assim como tens concedido a Maria a graça de ir ao céu e de ser nele colocada no primeiro lugar depois de Vós, vos suplicamos humildemente, por intercessão de Maria Imaculada, nos concedas uma boa morte, que recebamos bem os últimos sacramentos, que expiremos sem mancha nenhuma de pecado na consciência e vamos ao céu, para sempre aproveitar, em tua companhia e a de nossa Mãe, com todos os que se tem salvado por ela.

fonte:Orações católicas



São João Diego

Conhecido tambem como Juan Diego Cuauhtlatoatzin

Juan Diego nasceu em 1474 em Cuauhtitlan (México). O seu nome era Cuauhtitlantoadzin; baptizado em 1524, com 50 anos de idade, mudou o nome para Juan Diego segundo o hábito dos missionários que davam o nome de João a todos os batizados, acrescentando-lhe outro particular, neste caso Diogo, conservando entretanto o nome indígena.

O seu batismo foi fruto de uma convicção profunda, mudando o seu pensamento, o seu ser e o seu modo de vida. Também se batizaram alguns dos seus parentes, entre os quais um tio a quem foi dado o nome de João Bernardino e sua esposa recebeu o nome de Maria Lúcia.O missionário responsável pela evangelização e catequização desta tribo foi o franciscano Frei Toríbio de Benavente. Juan Diego tornou-se um cristão fervoroso e fazia um percurso de vinte quilometros, na ida e volta, para participar na santa Missa em Tlatelolco. Aproveitava estas celebrações para aumentar a sua instrução religiosa e, ao mesmo tempo, venerar a Virgem Mãe de Jesus. Isto revela a profundidade da sua fé e Juan Diego começou a ser conhecido como homem piedoso, de intensa espiritualidade, amigo da oração e concentrado na meditação dos mistérios religiosos.

Tido como peregrino e, ao mesmo tempo, solitário, a sua fé era vivida com fervor até ao sacrifício. Pobre e humilde, fugindo às honras, nada amigo da confusão, demonstrou sempre uma atitude positiva perante os novos valores cristãos, onde a pureza de vida ganhou uma forma original, pois casou com Maria Lúcia, outra cristã, de quem ficou viúvo pouco depois. Constava que viviam como irmãos, fruto da sua livre escolha.

Nesta ocasião, vivia em Tulpetlac, perto do seu tio, com quem permaneceu após a morte da sua esposa, ajudando-o nos trabalhos do campo.

A 9 de Dezembro de 1531, Juan Diego dirigia-se como de costume à celebração eucarística quando, em Tepeyac, ouviu uma voz que o chamava como se há muito o conhecesse e o esperasse, convidando-o para lhe falar e confiar uma missão. Ouviu: "Diego, Dieguito!" Olha o céu azul e vê uma Senhora que o convida a aproximar-se e entre eles estabelece-se um pequeno diálogo.

"Dieguito, o mais pequeno dos meus filhos, onde vais?".

"Senhora, minha pequena, vou a tua casa, na cidade, para participar nas coisas divinas e aprender os ensinamentos que nos dão os nossos sacerdotes, delegados do nosso Senhor".

"Quero que tu, o mais pequeno dos meus filhos, saiba que eu sou a sempre Virgem Maria, Mãe do verdadeiro Deus, Aquele que cria todas as coisas, dá a vida e é Senhor do céu e da terra. Eu sou também a vossa Mãe, cheia de misericórdia, e por isso desejo vivamente que aqui me seja construído um templo, para que nele possa mostrar o meu amor, a minha compaixão, dar-te ajuda e defesa a ti, aos habitantes deste lugar, a todos os meus devotos que me invocam e têm confiança em mim. Neste lugar, quero ouvir os seus lamentos, vir ao encontro de todas as suas misérias, sofrimentos e dores. Agora, para realizar quanto deseja a minha benignidade, deves ir à casa do prelado do México para lhe dizer que sou Eu que te envio. Manifestar-lhe-ás o meu desejo de ter aqui um templo na esplanada. Presta atenção para lhe dizer tudo quanto viste e ouviste. Prometo-te a minha proteção, far-te-ei feliz e dar-te-ei uma grande recompensa por este dever difícil que te confio. Agora que conheces a minha vontade, meu filho tão pequenino, vai e põe nisto toda a tua diligência".

Ele inclinou-se diante da Senhora e disse-lhe:

"Minha Senhora, vou fazer já o que me mandas. Eu sou o teu humilde servo. Vou-me agora ".
Juan Diego chega à casa do bispo, a quem expõe as palavras da Senhora, mas ele, desconfiando da ingenuidade destas palavras, pede um sinal daquilo que aconteceu. Volta ao lugar da visão e expõe à Senhora o seu conflito interior:

"Senhora, minha pequena, a mais pequena das minhas filhas, fui cumprir as tuas ordens e cheguei com algumas dificuldades a falar com o homem indicado, expondo-lhe a tua vontade como me tinhas ordenado. Não o posso negar: fui recebido dignamente e ouvido com atenção, mas pelas palavras de resposta, tive a impressão de não ter sido acreditado. Ele recomendou-me que voltasse, para indagar sobre as intenções da minha visita. Compreendi, porém, claramente que ele considera a proposta da construção de uma igreja mais como uma minha invenção do que uma ordem Tua. E agora eu peço-te, minha Senhora e minha pequena, para que ele nos acredite, que Tu dês esta missão a outra pessoa, a alguém que seja uma personalidade conhecida, respeitada e bem vista. Eu sou um pobre homem, um ser que nada vale, alguém insignificante, uma simples folha, e Tu, Senhora, minha pequena, a mais pequena das minhas filhas, mandas-me a um lugar aonde eu não tenho o costume de ir e muito menos de permanecer. Senhora, minha patroa, assim, sou um peso e nada poderei fazer".

Sempre sorridente e amável, a Senhora respondeu-lhe:

"Escuta meu filho, o mais pequeno de todos, e sabe que muitos são os meus devotos e servidores, a quem eu poderia confiar o encargo de levar a minha mensagem para realizar o desígnio que tenho em mente. Mas a minha escolha já foi feita. Eu quero que sejas tu mesmo a colaborar comigo, para atingir a minha finalidade. Então, meu filho, o mais pequeno de todos, eu recomendo-te e até te ordeno categoricamente que tu, já amanhã, voltes a ver o prelado. Fala-lhe em meu nome e diz-lhe com franqueza que é minha vontade que o templo se construa. Repete-lhe, ainda, que sou Eu mesma a mandar-te, a sempre Virgem Maria, Mãe de Deus".

Juan Diego volta à casa do prelado, Frei João de Zumárraga, que lhe pede um sinal. Fez-lhe várias perguntas, a que ele respondeu com exatidão, não deixando dúvidas de que era verdadeiramente a Santíssima Virgem que lhe tinha falado.

Juan Diego não perdeu a coragem e perguntou-lhe:

"Senhor, se me dás a saber que sinal queres, eu corro já a pedi-lo à Senhora do Céu que me enviou aqui".

Logo que ele saiu, Frei João de Zumárraga mandou que alguns dos seus criados o seguissem, vissem por onde andava e com quem se encontrava para falar, mas a uma certa altura Juan Diego desapareceu e eles não o puderam encontrar.

É então que acontecerá o dia dos "sinais".

Chegando à casa do tio, encontrou-o muito doente, deitado na sua rede, em estado febril e com a pele cheia de manchas vermelhas e toda banhada de sangue. Era a peste. Foi à procura de um médico. Encontrou-o no dia seguinte, mas quando lhe explicou como estava o tio, ouviu uma palavra "Cocolitzi", a terrível peste dessa época.

Humanamente, era incurável, dado o estado em que o enfermo se encontrava. João Bernardino piorava a olhos vistos e, como bom cristão, pediu ao sobrinho que fosse a Tlatelolco para procurar um sacerdote, a fim de que o confessasse e com ele rezasse.

Juan Diego partiu dividido entre dois deveres: encontrar-se com a Senhora e chamar o sacerdote. Os dois compromissos estavam em colisão nesse momento. Que fazer? Qual deles escolher? E pensava: "Se vou encontrar a Senhora, para receber o sinal prometido, sem dúvida será preciso algum tempo, enquanto o meu tio permanece à espera, e não pode aguardar muito tempo. Penso que o meu principal dever, agora, é chamar o sacerdote".

Mas olha para a montanha, pensando no tio e na Senhora. Eis que Ela vem ao seu encontro e diz:
"O que é, meu filho tão pequeno, onde vais?".

"Senhora, minha filha, a mais pequena das minhas filhas, vejo que te levantaste muito cedo e desejo que estejas bem. Como desejaria que estivesses contente! Mas devo dar-te uma má notícia: o meu tio, teu servo, está muito mal, ferido pela peste e já em agonia. Devo ir a toda a pressa à casa da tua cidade, para chamar um dos sacerdotes amados pelo nosso Senhor, para que vá consolá-lo e ajudá-lo a morrer bem. Cada um de nós, desde que nasce, é destinado à morte. Agora, minha Senhora e minha pequena, devo ir primeiro cumprir esta obrigação. Depois, voltarei aqui para receber a tua mensagem. Perdoa-me, tem paciência comigo! Eu não te engano, minha Filha pequenina. Logo que for possível, voltarei, amanhã".

A Senhora fixava nele o seu olhar com particular intensidade. Juan Diego estava ajoelhado, de rosto voltado para Ela, com o seu manto branco envolvendo o seu ombro direito, com as mãos juntas, em atitude de súplica.

A Senhora disse-lhe amavelmente:

"Escuta, meu filho, o mais pequenino dos meus filhos e procura compreender bem. O teu coração está perturbado mas não te aflijas por uma coisa de nada. Nenhum deste gênero de males deve ser para ti um motivo de preocupação. Estou aqui, sou a tua Mãe. Estás sob a sombra da minha proteção. Eu sou a tua salvação. Tu estás no meu coração. De que tens, ainda, necessidade? Não sofras mais por isto. Quanto ao teu tio, sabe uma coisa: ele não morrerá desta doença. Assim, não há nenhuma necessidade de médico, já está curado".

Ao ouvir estas palavras, Juan Diego sentiu o seu coração cheio de felicidade. Não duvidou de modo algum, sentindo-se como uma criança, abandonada nos braços da sua mãe. Nem sequer lhe pediu para ir ver o seu tio. Ficou à sua completa disposição.

A Senhora mandou que fosse à montanha, onde se tinham dado as primeiras três aparições, e disse-lhe:

"No píncaro da colina, encontrarás a surpresa de flores desabrochadas. Só tens de as colher e trazer aqui. Vai, espero por ti!".

Juan Diego enfrentou a subida como se tivesse asas nos pés, dominado como estava pela alegria e por uma luz que invadia o seu coração e tinha dissipado todas as nuvens de tristeza. Ficou arrebatado com o espetáculo maravilhoso que se apresentava diante dele. Conhecia bem o lugar de rochas áridas, onde só cresciam cactos, espinhos, figos da Índia e moitas, talvez pudessem nascer alguns tipos de ervas daninhas na Primavera ou no Verão, mas não agora, quando o frio queimava todo o germe de vida.

Era o dia 12 de Dezembro. Ele olhou e viu o espetáculo de muitas flores desabrochadas e intenso perfume. Conhecia o índio aquelas rosas, rainha das flores, como naturais das culturas mexicanas? Eram as rosas, hoje conhecidas como a "beleza espanhola", a que os mexicanos chamavam "rosa de Castela", havia pouco chegada de além-mar.

Juan Diego colheu as rosas, pô-las no seu manto e decidiu caminhar para a casa do Bispo, levando consigo o "sinal" pedido. Levava ainda uma recomendação: "Não mostres a ninguém o que tens no manto!".

À chegada ao palácio episcopal, o mordomo e outro criados a quem expôs o pedido para falar com o Bispo, receberam-no como se não o tivessem ouvido, para ele desanimar e ir embora. Ele ali ficou à espera de ser recebido, sempre com o seu manto dobrado, para que ninguém visse o que trazia. Mas o perfume das flores acabou por complicar a situação. Todos queriam saber de onde vinha, e quando reconheceram as rosas de Castela, todos deitaram a mão ao manto para obter pelo menos uma flor. Momento difícil para Juan Diego, que tinha de defender o seu tesouro. Finalmente, foi recebido pelo bispo, a quem disse:

"Senhor, exprimiste o desejo de receber um sinal para poderes acreditar em mim e dares início à construção do templo. Levei o pedido à minha Senhora, Santa Maria, Mãe de Deus, que não teve dificuldade em acolhê-lo. Hoje de manhã, mandou-me subir ao cimo da colina, onde a tinha visto noutras vezes, com o encargo de colher ramos de flores. Mesmo sabendo que aquilo não era um jardim, mas um lugar cheio de espinhos, fui da mesma forma. E encontrei como que um jardim do paraíso, muitas flores cintilantes, molhadas pelo orvalho. Ela recomendou-me que voltasse aqui, para as trazer só a ti, como o sinal que pediste, para que te convenças de que vim por sua ordem, e decidas fazer a sua vontade. As flores estão aqui comigo: ei-las!".

Naquele instante, todos abriram a boca de espanto e o Bispo ajoelhou-se, juntou as mãos diante do índio que, por sua vez, se tinha levantado. Parecia que se invertiam as posições.

Para surpresa de todos, o "sinal" das flores colhidas fora da estação era ultrapassado por um prodígio impensável. No manto simples ("tilma") de Juan Diego aparecia impressa em todo o seu comprimento a imagem da Virgem Santa com o seu rosto de mansidão, mãos juntas, com a túnica cor de rosa até aos pés, o manto azul e dois grandes olhos brilhantes que pareciam vivos.

A exemplo do Bispo todos ajoelharam, perturbados e, ao mesmo tempo, cheios de alegria, com o sentido de viva devoção, acompanhados pelas lágrimas de muitos. Foi o próprio prelado a interromper o silêncio, para pedir perdão a Maria por ter sido tão hesitante em acolher o sinal da sua vontade. Depois, levantou-se e, desatando o nó do manto no ombro de Juan Diego, tirou-lhe a túnica onde até hoje está impressa a imagem sagrada, para a colocar num lugar de honra, no seu oratório particular.

A partir de então, Juan Diego teve de aceitar o convite para permanecer no palácio episcopal como hóspede de honra.

Em breve, começaram as obras de construção de uma pequena ermida, que foi sendo sempre renovada até chegar à atual Basílica, inaugurada em 1976. Na inauguração da ermida primitiva, participaram muitos fiéis, inclusivamente Hernán Cortés, então governador espanhol, também ele curado (de uma mordedura de um escorpião) por intercessão de Maria. O entusiasmo arrastou idosos e jovens, que participaram com alegria na celebração.

Era como se um povo novo nascesse de um império destruído e, de repente, acordado de um sono profundo que durou dez anos, mas sintoma de uma tomada de consciência social muito válida para construir um futuro diferente. Juan Diego morreu no dia 3 de Junho de 1548, com 74 anos de idade.

Considerava-se como propriedade da Virgem Maria, com Ela percorrendo os caminhos da santidade. Em 1566, esse lugar começou a chamar-se Guadalupe, da raiz etimológica indígena Cuatlaxupeh. Hoje a devoção à Senhora corre o mundo; por toda a parte é conhecida a Senhora de Guadalupe, Padroeira do México e do Continente americano. A sua imagem esteve presente na batalha de Lepanto. Maria começa, então, a ser invocada como Rainha da Vitória e Auxílio dos Cristãos, assumindo um significado de esperança e de promessa. João Paulo II chamou-lhe "Mãe da América", na oração final da Exortação apostólica pós-sinodal "Ecclesia in America".

Juan Diego foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 6 de Maio de 1990, no México, e canonizado pelo mesmo Pontífice em 31 de Julho de 2002.

Sua festa é celebrada no dia 9 de dezembro Santa Jeanne-Francisca de Chantal

Conhecida tambem como Joana de Shantal, Jane Frances de Chantel, Jane Frances Fremiot de Chantal e Joanne Frances de Chantal


Jeanne-Françoise Fremiot de Chantal, nasceu em 28 de janeiro de 1572 em Dijon, Burgundy, França e reunia todos os requisitos para ser uma santa. Aos cinco anos ela discutia com um herege sobre Jesus Cristo e Sua real presença na Eucaristia. Era filha do presidente do Parlamento de Burgundy e quando ela fez 20 anos foi dada em casamento (como era costume da época ) ao Barão de Chantal em 1592. Mãe de quatro. Ficou viúva aos 28 anos, quando o barão morreu em um acidente de caça. Tomando um voto pessoal de castidade ela passava o seu tempo em orações e recebeu uma visão do homem que no futuro seria o seu diretor espiritual. Na Páscoa de 1604 ela ficou conhecendo São Francisco de Salles e o reconheceu com sendo homem de sua visão. Ela tornou-se estudante e amiga de São Francisco e os dois se corresponderam durante anos. No Domingo da Trindade, 6 de junho de 1610 ela fundou a Ordem da Visitação de Nossa Senhora em Annecy, França. A ordem era destinada a viúvas e mulheres leigas. Ela fundou 69 conventos. A freiras da Visitação, como eram chamadas, hoje vivem uma vida contemplativa, ajudam mulheres pobres doentes, viúvas e ainda administram algumas escolas para jovens. Ela passou resto de sua vida supervisionando a Ordem.

Faleceu em 13 de dezembro de 1641 no Convento em Moulins, França e suas relíquias estão em Annecy, Savoy.


Foi beatificada em 21 de novembro de 1751 pelo Papa Benedito XIV, e canonizada em 16 de julho de 1767.

É padroeira das viúvas e dos pais separados de seus filhos.

Sua festa é celebrada no dia 10 de dezembro.

Nos Estados Unidos sua festa é celebrada no dia 18 de agosto, e na França no dia 12 de dezembro.