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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

PADRE REGINALDO MANZOTTI - MENSAGENS E ORAÇÕES - BOLETINS




Filhos e filhas, Desejo a vocês graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo nosso Senhor. (cf. 1Tm 1,2b)
Essa passagem está no início da Carta de São Paulo a Timóteo, ao qual o Apóstolo se refere carinhosamente como filho na fé (cf. 1Tm 1,2a). Todo cristão comprometido deveria querer ter filhos na fé, ou seja pessoas que nós ajudamos a encontrar Jesus Cristo. Então realmente seremos evangelizadores.
A transmissão da fé é dever dos pais para com os filhos. É a mais bela herança que se pode deixar: a fé! Pois é a fé que pode dar êxito ao que fazemos. Ela autentica a nossa oração, tornando-a qualitativa, e não quantitativa. A fé é a nossa âncora, quando passamos por tribulações é ela que nos sustenta.
Então como é bonito pensarmos em termos filhos na fé. Através do anúncio e também do testemunho, devemos ser sempre aqueles que transmitem a fé. É interessante notar a escolha das palavras. São Paulo não mencionou “seguidores” ou outra denominação, mas filhos. Ou seja, devemos ter um cuidado de pais com nossos filhos na fé.
Ter filhos é uma tarefa muito séria e responsável, de uma vida toda! Filhos na fé também precisam de cuidados, amparo, proteção, acompanhamento, educação, orientação até que Cristo seja formado neles.
Para que tenhamos consciência da importância de gerarmos filhos na fé, rezemos:

Senhor, que não sejamos uma árvore estéril!
Não permita Senhor, que a minha vida Contigo
seja algo individualista,
porque isso não é religião.
Senhor, dai-me a graça que Paulo teve.
Eu quero como Paulo, no meu testemunho de vida,
gerar filhos e filhas na fé.
Dai me senhor essa graça,
que todos tenhamos uma fé
comprometida, verdadeira e autêntica
que gere a fé em quem convive conosco.
Amém Finalizo esta mensagem com uma saudação fraterna a Dom José Antonio Peruzzo, nomeado pelo Papa Francisco na quarta-feira, dia 07, como novo Arcebispo Metropolitano de Curitiba, minha Arquidiocese. Que o Espírito Santo o ilumine sempre e que juntos possamos ser uma Igreja unida e fervorosa na fé.
Deus abençoe,





Boletim do dia 25/11/2015


Filhos e filhas,

Começo esta mensagem de hoje com o texto da leitura orante de Jeremias da última terça-feira, dia 24 de novembro. Tenho certeza que muitas pessoas, assim como eu, foram tocados por esse texto (Jr 15,15-21) que aqui transcrevo:
15 Tu bem sabes! Javé, lembra-te de mim, ajuda-me e vinga-me de meus perseguidores. Por tua paciência não me deixes perecer! Olha como suporto insultos por tua causa. 16 Quando recebi as tuas palavras, eu as devorava. A tua palavra era festa e alegria para o meu coração, porque eu levava o teu nome, ó Javé, Deus dos exércitos. 17 Nunca me sentei numa roda alegre para me divertir. Forçado por tua mão, eu me sentava sozinho, pois me encheste de cólera. 18 Por que será que a minha dor não tem fim e a minha ferida é tão grave e sem remédio? Ou será que tu te transformaste para mim em rio enganoso e água inconstante?
19 Javé me respondeu: «Se você voltar, farei você voltar e estar a meu serviço. Se você separar o metal da escória, você será a minha boca. Que eles procurem você, e não você a eles. 20 Vou fazer de você, diante desse povo, qual muralha de bronze invencível. Lutarão contra você, e não o vencerão; porque eu estou com você para livrá-lo e salvá-lo - oráculo de Javé. 21 Vou livrar você da mão dos malvados e do punho dos violentos».
Certamente muitos se identificaram com o profeta Jeremias quando se perguntam: Senhor por que minha dor não tem fim? Por que minha ferida é tão grave que não tem remédio? Será que a minha vida será um rio enganoso de água inconstante sempre, Senhor? Por tua paciência, Deus, não me deixes perecer.
E o próprio texto traz a resposta de Deus: lutarão contra você, mas não vencerão. Então, você que está desanimado, achando que não tem jeito, já tentou várias vezes e não conseguiu, encha-se de esperança em Deus. Como Pedro naquele diálogo com Jesus: “Mestre, tentamos a noite inteira, e não pescamos nada. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes. Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes, que as redes se arrebentavam” (Lc 5,5-6).
“Lutarão contra você e não vencerão, porque Eu estou com você”, diz o Senhor. A Palavra de Deus é linda demais, então rezemos:
Jesus, por tua paciência não me deixes perecer.
Por que será que a minha dor não tem fim?
A minha ferida é tão grave que tem remédio?
Será que a minha vida será um rio enganoso de águas inconstantes?
Mas eu creio na tua Palavra Senhor que me diz:
Lutarão contra você e não o vencerão,
porque Eu estou com você para livrá-lo e salvá-lo.
Amém
Deus sempre está ao nosso lado e nos momentos críticos, Ele permite que Nossa Senhora apareça para confortar o seu povo. E assim o fez no dia 27 de novembro de 1830, na capela das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, ao aparecer à noviça Catarina de Labouré, na França. Quando, segundo relato da noviça, Maria apareceu em pé em cima de um globo e de suas mãos provinham raios luminosos, símbolo das graças que Nossa Senhora se faz intercessora de quem as suplica.
Dessa aparição, surgiu um artefato que a própria Virgem Maria mandou cunhar, sendo hoje conhecido como Medalha Milagrosa. Particularmente, tenho imensa devoção por Nossa Senhora das Graças e sua Medalha Milagrosa, pois me conforta saber que, por intercessão de Maria, uma torrente de luz é derramada sobre um mundo de trevas. E hoje, filhos e filhas, estamos precisando muito da Luz divina para que a paz reine.
Ó Maria, concebida sem pecado original, rogai por nós que recorremos a vós!

Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti


 BOLETIM DO DIA 16/09/2015

Filhos e filhas,

Uma temática que sempre me questionam é sobre o sofrimento. Por que sofremos? Por que os inocentes sofrem? Não sei as respostas para essas perguntas, mas sei que Deus nunca nos abandona.
Deus permite as tribulações, não como um castigo para punir, para nos fazer sofrer, mas para nos corrigir. Como um Pai que nos ama e nos aceita como filhos, Deus nos corrige (cf. Hb 12,6-8). 
Muitos quando passam por tribulações acabam desistindo de tudo ou veem na tribulação uma ausência de Deus, e não é verdade. A tribulação, principalmente, é sinal de que estamos no caminho. As provações nos tiram do mundo e, de alguma forma, nos elevam para Deus, porque nas provações produzimos frutos de uma fé transformada, amadurecida, purificada.
Produzimos frutos de esperança e perseverança. Aprendemos a esperar em Deus, não cruzar os braços e esperar que Deus faça tudo, mas um esperar ativo, uma presença ativa em Deus. A provação aumenta nossa confiança em Deus e o quanto somos necessitados do Seu amor. Deus nos dá forças para lutar e nos livra do mal.
Como escreve Joseph Ratzinger, Papa Emérito Bento XVI, em seu livro Jesus de Nazaré: “A este respeito diz São Cipriano: “Quando dizemos ‘livrai-nos do mal’, então nada mais resta para pedir. Quando nós alcançamos a proteção pedida contra o mal, então estamos seguros e protegidos contra tudo o que o demônio e o mundo possam realizar. Que medo poderia vir do mundo para aqueles cujo protetor no mundo é Deus? Esta certeza deu suporte aos mártires e permitiu-lhes estarem alegres e confiantes num mundo cheio de ameaças e eles mesmos ‘salvos’ no mais profundo de si, libertados para a verdadeira liberdade”. 
Quando nos colocamos na presença de Deus, vencemos e mantemos viva a esperança de um dia saciar Nele a nossa alma, definitivamente!
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti




 
BOLETIM DO DIA 09/09/2015
A Palavra de Deus não é uma letra morta. É viva. Por isso, a cada tempo traz um novo significado, embora o conteúdo seja o mesmo, como diz São Paulo: “Tudo o que se escreveu no passado foi para o nosso ensinamento que foi escrito, afim de que, pela perseverança e consolação, que nos dão as Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15,4). É Deus falando aos homens, na linguagem dos homens.
Muitos me questionam como ler a Sagrada Escritura, aqui faço um breve resumo, desde o início para auxiliar.
A Bíblia é dividida em duas partes: Antigo Testamento e Novo Testamento. É formada por 73 livros, dos quais 46 pertencem ao conjunto de livros do Antigo Testamento e 27 ao do Novo Testamento.
Para manusear a Bíblia devemos saber o que são capítulos e versículos, estrutura que nos auxilia na localização das leituras. Os primeiros são as divisões que encontramos num mesmo livro da Bíblia, identificados por um algarismo grande. Os versículos são as divisões dentro dos capítulos e correspondem aos algarismos pequenos, dispostos no corpo dos textos bíblicos.
A vírgula, por exemplo, serve para separar o capítulo do versículo: Jo 3, 16 (Evangelho de João, capítulo 3, versículo 16). O hífen indica a abrangência de um versículo até o outro: IIRs 5, 9-19 (Segundo Livro dos Reis, capítulo 5, versículos de 9 até 19). O ponto serve para mostrar que os versículos são alternados: Rm 5, 12.17.19 (Carta aos Romanos, capítulo 5, versículo 12, versículo 17 e versículo 19). A letra “s” significa seguinte, indicando que o texto continua no versículo seguinte: 1Pd 2, 2-5.9s (Primeira Carta de São Pedro, capítulo 2, versículos de 2 até 5, versículo 9 e 10). Por último, a presença de dois “ss” mostra que a continuação do texto prossegue nos dois versículos seguintes: Jr 31, 31ss (Livro do Profeta Jeremias, capítulo 31, versículos 31, 32 e 33).
Vale lembrar que a leitura da Bíblia tem que ser meditada e entendida, por isso escolha um momento propício, iniciando com uma oração. Sugiro que você comece a leitura pelos textos mais fáceis, do Novo Testamento. Leia um texto por dia e faça uma espécie de diário de sua vida espiritual, anotando o dia, o texto lido e atualizando-o para colocá-lo em prática na vida atual, responda a três perguntas:
1) O que Deus denuncia na minha vida por meio deste texto?
2) O que Deus está pedindo, qual a proposta para mim, hoje, neste texto?
3) Que mudança de comportamento Ele sugere para mim?
Em seguida, escreva uma pequena oração ou frase no texto que mais chamou sua atenção. Uma dica importante é checar também as notas de rodapé, pois, muitas vezes, elas contêm a explicação complementar para aquilo que lemos e não entendemos.
Espero contribuir para que o amor à Palavra de Deus aumente em cada um de vocês!
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

BOLETIM DO DIA 12/08/2015




Filhos e filhas, Dentro do mês vocacional, estamos na Semana Nacional da Família. Todas as vocações são importantes e essenciais. Se a vocação sacerdotal está a serviço de todas as outras vocações, é da família que brotam todas elas.
A família é chamada por Deus a ser testemunha do amor e fraternidade, colaboradora da obra da Criação. Seu papel é fundamental na formação dos filhos, já que aos pais é dada a responsabilidade de formar pessoas conscientes e cristãs. Eles são representantes legítimos de Deus perante os filhos que devem ser conduzidos nos valores do Evangelho.
A sociedade de hoje dá pouco valor à família. É difícil ser um verdadeiro pai num mundo de tantos contra valores, em que o amor acaba sendo medido pelos bens materiais. Por isto, tenho falado com muita insistência, os filhos precisam do conforto que os pais podem proporcionar. Mas precisam também, e muito, de carinho, afeto, amor, companheirismo, bom exemplo, correção e castigo, se merecido, como nos diz o Livro do Eclesiástico:
“Aquele que ama o seu filho, castiga-o com frequência, para que se alegre com isso mais tarde! Aquele que dá ensinamentos a seu filho será louvado por causa dele. E nele mesmo se gloriará entre os seus amigos! Aquele que educa o filho torna o seu inimigo invejoso e entre seus amigos será honrado por causa dele. O pai morre e é como se não morresse, pois deixa depois de si um seu semelhante. Durante a sua vida viu o seu filho e nele se alegrou; quando morrer não ficará aflito. Não tem do que se envergonhar perante seus adversários. Pois deixou em sua casa um defensor contra os inimigos. Alguém que manifestará gratidão aos seus amigos. Aquele que estraga seus filhos com mimos terá que lhes pensar as feridas”. (Eclo 30,1-7)
A Igreja no Brasil nos propõe a Semana Nacional da Família, tendo como espelho, modelo e ideal, a Sagrada Família de Nazaré. É uma semana de oração e reflexão sobre temas e desafios que envolvem e ameaçam as famílias nos dias atuais. A Igreja sempre reconheceu e exaltou a importância da família para a construção de uma sociedade equilibrada, justa e fraterna.
São João Paulo II, a descrevia como a célula mãe da sociedade e a conclamava a ser um santuário de amor, uma pequena igreja doméstica. O Papa Francisco “twittou”: “A família é um elemento essencial para todo e qualquer progresso humano e social sustentável”. E convocou, para outubro, o Sínodo dos Bispos sobre o tema da família!
Muitas vezes permitimos que os fundamentos de nossa família comecem a ruir quando guardamos mágoas, dissabores, segredos; quando deixamos de rezar, quando não percebemos que os corações estão se distanciando. Mas é possível novamente fundamentar na rocha quando se volta a Deus. Voltar a Deus é reedificar os alicerces da família. “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24,15) deveria ser o lema das famílias.
A Igreja é muito feliz em nos propor uma Semana da Família, de intensificar as orações pela família. Em sua homilia do Encontro das Famílias, o Papa Francisco assim falou: “O verdadeiro vínculo é sempre com o Senhor. Todas as famílias têm necessidade de Deus: todas, todas! Necessidade da Sua ajuda, da Sua força, da Sua bênção, da Sua misericórdia, do Seu perdão. E requer simplicidade. Para rezar em família requer simplicidade! Quando a família reza unida, o vínculo torna-se mais forte”.
Vale a pena investir na família, ela traz alegria e realização a todos nós.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti






Filhos e filhas, “A vontade de Deus é esta: a nossa santificação” (1 Ts 4,3).
A santidade é vocação de todo cristão, todo batizado é chamado à vida e à santidade. Começo assim essa reflexão porque o mês de julho está chegando ao fim e já desponta agosto, o mês vocacional.
E a cada domingo somos convidados a contemplar uma vocação específica: sacerdotal, familiar, religiosa e leiga. Este ano, por ter cinco domingos, o último será celebrado o dia do catequista. A vocação sacerdotal é refletida no primeiro domingo devido a São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes, celebrado dia 04 de agosto.
São João Maria Vianney, desde a juventude, buscou cumprir a vontade divina, mesmo nas tarefas mais humildes. Ele chegou à ordenação presbiteral depois de muitas contrariedades e incompreensões, e graças à ajuda de sacerdotes, que não se detiveram a considerar somente seus limites humanos, mas souberam olhar mais longe, enxergando a santidade daquele jovem. Assim, a 13 de agosto, aos 29 anos, depois de muitas incertezas, insucessos e lágrimas, pôde subir ao altar do Senhor e realizar o sonho da sua vida, tornar-se um sacerdote.
O centro de toda sua vida foi a Eucaristia, que celebrava e adorava com devoção e respeito. Outra característica fundamental do padroeiro dos sacerdotes era o assíduo ministério da confissão. Reconhecia na prática do sacramento da Penitência o natural cumprimento do apostolado sacerdotal. São João Maria Vianney passava grande parte do dia no confessionário, fazendo os paroquianos redescobrirem o sentido e a beleza da reconciliação com Deus.
O ensinamento que São João Maria Vianney, Cura d’Ars continua a transmitir ainda hoje é que, na base do empenho pastoral, o sacerdote deve cultivar uma íntima união pessoal com Cristo, fazendo-a crescer dia após dia. Só se estiver apaixonado por Cristo, o sacerdote poderá ensinar a todos esta união, esta amizade íntima com o divino Mestre; poderá tocar os corações das pessoas e abri-las ao amor misericordioso do Senhor. Só assim poderá infundir entusiasmo e vitalidade espiritual à comunidade que o Senhor lhe confia.
Por isso, filhos e filhas, rezemos por todos os sacerdotes. Pense naqueles que fizeram e fazem parte de suas vidas, se já falecidos, que descansem em paz. Se vivos, peça saúde e paz. Rezemos:

ORAÇÃO PELOS SACERDOTES

Deus e Pai, sumo e eterno sacerdote,
dá aos padres, cujos nomes trago em oração, (diga os nomes dos padres)
um coração de verdadeiro sacerdote, profeta e pastor.
Dá-lhes um coração de sacerdote que, dia a dia, no santo sacrifício da Missa,
faça presente sobre o altar, o Cristo, vítima do Calvário,
a fim de trazer e distribuir os tesouros da salvação
a toda a nossa comunidade paroquial, a toda Igreja e aos homens do mundo inteiro.
Dá a todos os padres um coração de profeta que, na meditação diária da Sagrada Escritura,
sempre ouça a Tua palavra e entenda as Tuas mensagens.
Na vida e no trabalho dê testemunho e exemplo do Evangelho que anuncia.
E nas palavras da pregação proclame, com ardor, o Evangelho que medita e procura viver.
Dá aos padres um coração de pastor, que indo à frente de suas ovelhas
as conheça e as ame, as guie, as anime e conduza.
Dá aos padres perseverança e santidade,
que nas suas tribulações sintam a presença de Deus e a presença amorosa de Nossa Senhora,
aliviando-os dos trabalhos árduos, confortando-os nos momentos de solidão
e curando as feridas nos momentos de críticas, incompreensão e às vezes ingratidão.
Ajude-os a carregar a cruz do sacerdócio.
Nossa Senhora, cuidai e protegei aqueles que Teu Filho Jesus chamou ao sacerdócio.
Amém Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti





Boletim do dia 15 de abril de 2015
Filhos e filhas, Jesus, eu confio em Vós.
Celebramos no último domingo, dia 12 de abril, a Festa da Misericórdia. No Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, milhares de pessoas participaram de uma linda e emocionante programação que teve seu encerramento com a Procissão Luminosa de Jesus Ressuscitado e Misericordioso. Certamente vamos ouvir muitos testemunhos de graças e bênçãos desse dia.
A Festa da Misericórdia foi desejo do próprio Jesus (Diário de Santa Faustina 699). Quem oficializou foi São João Paulo II, quando papa, no ano de 2000. Mas a Misericórdia de Deus se derrama desde a criação, desde o princípio, tanto que no Salmo 117 nós cantamos: “Eterna é a sua Misericórdia”.
Mas é Jesus que vem nos trazer a plenitude da compreensão sobre a misericórdia. Deus não mudou, o Deus da criação é o Deus hoje, mas o homem teve um processo de evolução e foi descobrindo quem é Deus. Os profetas, de alguma forma, desvelaram, mas Jesus, segundo São João Evangelista que quando morreu, na sua Paixão redentora, Ele revelou quem é Deus.
E o que Jesus revela? Em uma atitude ele mostra: “Sede misericordiosos, como Vosso Pai, que está no céu é misericordioso (cf. Lc 6,36). Jesus é misericordioso como mais perfeito reflexo do Pai das Misericórdias (2Cor 1,3-4), quando nos fala que o Pai das Misericórdias se manifesta em consolação na tribulação.
Em outras atitudes de Jesus, sempre movido por compaixão, ele revela a misericórdia. Na praça, quando todos estão com pedras nas mãos para apedrejar a mulher (cf. Jo 8,1-11), Jesus olha e diz: “quem não tem pecado que atire a primeira pedra”. Ele usou de misericórdia para com ela, uma misericórdia que desmascara a hipocrisia.
Perceba que a misericórdia de Deus não aceita tudo, é uma misericórdia que acolhe o pecador para que ele seja arrependido, por isso a misericórdia de Deus conserta, instiga, perdoa e corrige.
A misericórdia de Deus vem não para nos deixar onde estamos, mas para nos tirar do erro. A misericórdia de Deus provoca em nós um desejo do eterno, um desejo de Deus, um desejo de santidade, um desejo de vida no espírito.
Filhos queridos, o próprio Jesus nos diz: desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio para todas as almas (Diário de Santa Faustina 699). A Misericórdia Divina é um convite de Jesus para fazer de nós uma nova criatura.
No próprio evangelho da Festa da Misericórdia, Jesus derrama sua misericórdia sobre Tomé. Ele é capaz de dialogar com ele dizendo: Tomé, se você precisa tocar em minha chagas para ter fé, para voltar a ter esperança... Toque!
Por isso, mergulhe na misericórdia divina e aproprie-se de todo bem e de toda a graça.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti




Boletim do dia 08 de abril de 2015
Filhos e filhas, Ressuscitou, aleluia! Verdadeiramente ressuscitou, aleluia!
Começo esta mensagem desejando a todos uma feliz e santa Páscoa! Sim, como tenho dito nas missas diárias, estamos na Oitava da Páscoa, celebrando todos os dias como um só.
Como falei no rádio nesta quarta-feira, dia 08 de abril, envio o texto da Leitura orante de hoje: Eclesiastes 5, 9- 16.
9 Quem gosta de dinheiro, nunca se sacia de dinheiro. Quem é apegado às riquezas, nunca se farta com a renda. Isso também é fugaz. 10 Quando as riquezas aumentam, crescem também aqueles que as devoram. Que vantagem tem o proprietário, além de ficar sabendo que é rico? 11 Coma muito ou coma pouco, o sono do trabalhador é gostoso, enquanto a fartura do rico não o deixa dormir. 12 Há outro mal doloroso que vejo debaixo do sol: riquezas que o proprietário acumula para a sua própria desgraça. 13 Em mau negócio, ele perde o patrimônio, e seu filho fica de mãos vazias. 14 Nu ele saiu do ventre de sua mãe, e assim voltará; e de suas fadigas não ganhará nada para levar consigo. 15 Também isso é um mal doloroso. Ele vai embora da mesma forma que veio. Que proveito tirou em ter se afadigado por nada? 16 Ele consumiu seus dias em trevas, entre aflições, abatimentos e irritações.
Creio ser importante, nos dias atuais, refletirmos sobre esse assunto. É claro que todos nós precisamos de dinheiro, mas o mal não é o dinheiro em si, mas o “amor” ao dinheiro, isto é o apego desordenado que faz a pessoa buscar o dinheiro como um fim, e não como um meio.
O Eclesiastes é um livro sapiencial, que questiona quais são os caminhos para a felicidade e realização da vida. E o autor reflete sobre o acumular somente, sem um fim específico e sem pensar no próximo. E acaba concluindo que o apego às riquezas é fugaz, ou seja, é passageiro.
De que adianta colocarmos nossa felicidade em um bem material. A verdadeira felicidade não pode ser amassada, roubada por ladrões ou queimada pelo fogo. Só é autêntica a felicidade que não é feita de bens materiais.
Por isso peçamos a Deus que coloque em nós um coração generoso, para que busquemos sempre o bem que não perece, mas que dura para sempre.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti






Boletim do dia 25/02/2015
Filhos e filhas, Estamos na primeira semana da Quaresma, um tempo de oração, jejum e caridade, quando somos convidados a dominar nossos sentidos e nos voltarmos para Deus. O Papa Francisco em sua mensagem para a Quaresma 2015 nos convida a termos um coração misericordioso, fechado ao tentador e aberto a Deus.
Por isso, atendendo a esse apelo do Papa Francisco, gostaria de refletir sobre um ponto primordial para vivermos bem o tempo quaresmal e estar com o nosso coração sempre aberto ao Criador: a fé.
Na Carta aos Hebreus, encontramos: “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê” (Hb 11,1). Belíssima a definição para uma das virtudes teologais chamada infusa. Isso quer dizer que juntamente com a esperança e a caridade recebemos como dom gratuito pelo nosso Batismo.
A fé é como uma semente e precisamos fazer com que ela cresça e produza frutos. Ela não nasce separadamente da vontade humana, porque ninguém acredita se não quiser, mas também ninguém acredita sem que Deus o permita.
A fé cresce e se revigora, mas precisa ser estimulada e exercitada. E podemos fazê-lo de várias formas. Uma delas é a vivência sacramental, quer dizer, buscar os sacramentos da Confissão e da Comunhão, mesmo que não tenha vontade e não os façam por sentimento. Isso traz um crescimento para a nossa vida espiritual.
Outra situação é através da leitura da Palavra de Deus, no conhecimento da história da nossa salvação, os planos de Deus para suas criaturas; sua verdade e o seu mistério de amor; conhecer a vida de Jesus, seus ensinamentos, seu ato redentor, assim como também conhecer os Atos dos Apóstolos, a trajetória e a vida colocada a serviço da evangelização como nos apresentam as Cartas Paulinas. Tudo isso é essencial para estimular e exercitar a fé.
A fé não é estática e a cada dia deve crescer em nós, pela ação divina. Grande ou pequenina como um grão de mostarda, mas capaz de transportar montanhas (Mt 17, 20), mais preciosa que o ouro, segundo São Pedro (1Pd 1, 7), a fé exige uma verdadeira, pessoal e intransferível experiência com Jesus Cristo.
Finalizo citando novamente a Carta aos Hebreus: “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois para se chegar a Ele é necessário que se creia primeiro que Ele existe e que recompensa os que O procuram” (Hb 11, 6).
Dai-nos, Senhor, a graça de uma santa e abençoada Quaresma. Amém.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti




BOLETIM DE 7 DE JANEIRO DE 2015
Filhos e filhas, Desejo a vocês graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo nosso Senhor. (cf. 1Tm 1,2b)
Essa passagem está no início da Carta de São Paulo a Timóteo, ao qual o Apóstolo se refere carinhosamente como filho na fé (cf. 1Tm 1,2a). Todo cristão comprometido deveria querer ter filhos na fé, ou seja pessoas que nós ajudamos a encontrar Jesus Cristo. Então realmente seremos evangelizadores.
A transmissão da fé é dever dos pais para com os filhos. É a mais bela herança que se pode deixar: a fé! Pois é a fé que pode dar êxito ao que fazemos. Ela autentica a nossa oração, tornando-a qualitativa, e não quantitativa. A fé é a nossa âncora, quando passamos por tribulações é ela que nos sustenta.
Então como é bonito pensarmos em termos filhos na fé. Através do anúncio e também do testemunho, devemos ser sempre aqueles que transmitem a fé. É interessante notar a escolha das palavras. São Paulo não mencionou “seguidores” ou outra denominação, mas filhos. Ou seja, devemos ter um cuidado de pais com nossos filhos na fé.
Ter filhos é uma tarefa muito séria e responsável, de uma vida toda! Filhos na fé também precisam de cuidados, amparo, proteção, acompanhamento, educação, orientação até que Cristo seja formado neles.
Para que tenhamos consciência da importância de gerarmos filhos na fé, rezemos:

Senhor, que não sejamos uma árvore estéril!
Não permita Senhor, que a minha vida Contigo
seja algo individualista,
porque isso não é religião.
Senhor, dai-me a graça que Paulo teve.
Eu quero como Paulo, no meu testemunho de vida,
gerar filhos e filhas na fé.
Dai me senhor essa graça,
que todos tenhamos uma fé
comprometida, verdadeira e autêntica
que gere a fé em quem convive conosco.

Amém


Finalizo esta mensagem com uma saudação fraterna a Dom José Antonio Peruzzo, nomeado pelo Papa Francisco na quarta-feira, dia 07, como novo Arcebispo Metropolitano de Curitiba, minha Arquidiocese. Que o Espírito Santo o ilumine sempre e que juntos possamos ser uma Igreja unida e fervorosa na fé.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti