Conheça a história de Santa Teresa Margarida do Coração de Jesus Redi
Nascida na Itália, Arezzo, no dia 15 de julho de 1747 Ana Maria Redi foi uma dos treze filhos do nobre casal Inácio Fernando Redi e Maria Camila.
Em sua dócil infância seus pais e irmãos a surpreendem, em diversas situações, isolada para conversar com Deus em suas orações enquanto executava pequenos trabalhos (costura e tricô), ou entregue a algumas práticas de mortificação as quais ela fazia no escondimento, e quando era surpreendida dissimulava fingindo ser alguma brincadeira de criança. Seu pai Inácio, a qual tinha profunda intimidade e que foi um verdadeiro “diretor espiritual” ao encaminhá-la desde sempre ao Senhor, relata que em seus cinco anos de idade ela já desenvolvera a predileção do amor de Deus a qualquer outro, e perguntava com frequência a seus pais como poderia agrada-Lo.
Estudou dos seus nove aos dezessete anos na Escola de Santa Apolônia em Florença, pertencente às monjas beneditinas, a qual era conhecida por seu método disciplinar rígido e intenso. Foi neste ambiente que Ana fez o discernimento de seu estado de vida e só confirmou, enfim, o que sentia de mais pulsante em seu interior desde a infância: seu desejo era de entregar-se a Deus plenamente na vida religiosa. Ela cogitou entrar no mosteiro das beneditinas, mas ao saber do Carmelo Descalço por uma companheira de estudo, ouviu subitamente a voz de Santa Teresa D’Ávila em dois momentos distintos dizendo que a queria como uma de suas filhas e que a esperava lá. Tal experiência mística a fez discernir, sem sombra de dúvidas, para onde Deus a destinava.
Ingressou no Carmelo aos dezessete anos no Mosteiro de Santa Teresa em Florença para o probandato e rapidamente é admitida ao noviciado, obtendo o nome de Teresa Margarida do Coração de Jesus Redi. Teresa devido à sua experiência sobrenatural com a Santa Madre; Margarida por ter como grande modelo inspirador Santa Margarida Maria Alacoque; Coração de Jesus por seu fidelíssimo amor à manifestação do Coração Incandescente do Senhor (mesmo em uma época impregnada pela heresia de Jansen que por sua vez consistia no acentuado Juízo Divino anteposto à Misericórdia Eterna); e Redi como demonstração de seu amor pela família, principalmente ao seu querido pai.
Sua caminhada foi totalmente marcada pela ascese contínua e insaciável em direção a Deus e, posteriormente, pelo matrimônio espiritual atingido no silêncio de pouquíssimas experiências místicas. A santa sempre rogava a Deus que não lhe abrandasse o peso da caminhada, mas sim que lhe fortalecesse para que ela tudo suportasse sem esperar qualquer consolo, e desta maneira Deus agiu de acordo com seu inefável Desígnio em preservar-lhe de gozos espirituais.
Podemos sintetizar a sua vida em três grandes pilares, a saber: a íntegra obediência, o zeloso absconder-se e a imanente caridade.
Pela santa obediência colocava-se à disposição total das colocações de suas superioras e de seus confessores e diretores espirituais, dos quais se destaca Frei Idelfonso. A Madre Teresa Maria de Jesus a submetia em todos os tipos de provação para além de verificar até onde ia sua dedicação, fortifica-la ainda mais no exercício da humildade, justificado por isso recorrentemente a ordenava que desfizesse o trabalho e recomeçasse novamente e dentre várias outras situações. Em sua cela foram encontrados vários lembretes escritos por ela para que lembrasse sempre das ordens que recebia, visando guardar o mais puro e estrito abandono às vontades de seus superiores.
Seu diretor espiritual, Frei Ildefonso, outorgou o pedido que a santa lhe fizera solicitando permissão para que escrevesse frases com seu próprio sangue, mas colocou a condição de serem breves e não ultrapassar três tênues linhas. Após a morte da santa encontraram que tais escritos seguiram firmemente à observância da concessão, e absolutamente nenhum deles ultrapassou o limite estabelecido.
Por seu amor ao Coração Manso, Humilde e Obediente de Jesus ela escreveu (e viveu plenamente segundo todas as testemunhas) em seu caderno de propósitos: “Conservai sempre no interior esta máxima que é seguríssima: quando não tiverdes nem fizerdes coisa alguma por vossa satisfação, então estará tudo de acordo com a vontade de Deus “.
O absconder-se era para santa uma fiel tentativa de imitação de Cristo (O qual tinha como aspiração e modelo sua vida eclipsada antes de suas atividades públicas) e de sua Mãe (a qual guardava e meditava tudo em seu coração). Sua natureza era contrária a seu propósito, ela era explosiva e isso era perceptível pela incontrolada ruborização de sua face. Para tanto tinha como lema de vida a seguinte expressão tirada de Colossenses 3,3-4: “porque estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus”.
Com o véu do sorriso dissimulava sua constante virtude pondo-se a pedir permissão para realizar as tarefas menos estimadas por todas as monjas e as mais cansativas com a justificativa que ela tinha facilidade para tal. Também aderiu o propósito de jamais desculpar-se ou defender-se mesmo não havendo em si culpa (novamente tomando como modelo Jesus Cristo ante Pilatos – Mat 27, 14). Para ela o padecer em silêncio favorecia o diálogo entre Deus e a alma, também a servia como reconhecimento que era a menor de todas, fato que considerava com tanta veemência que ao receber qualquer elogio a fazia sofrer intensamente, pois achava que as pessoas viam nela virtudes as quais não possuía. Ela dizia em seus propósitos: “Padecer tudo quanto Ele houver disposto, em altíssimo silêncio entre mim e o próprio Deus”.
A caridade sempre foi sua principal característica. Ela adiantava o máximo que podia de seus afazeres para auxiliar as demais irmãs em todos os tipos de serviço, até mesmo quando estava exausta. Exercia caridade também ao que cerne o interior do próximo, procurando sempre ver as características positivas das pessoas em detrimento de qualquer coisa negativa. As monjas diziam: “Com a Teresa Margarida todos têm suas costas protegidas”.
A santa que já demonstrava desde o início peculiar inclinação à caridade foi designada, desde o noviciado, como auxiliar das atividades de enfermagem as quais eram extremamente desgastantes para alguém de sua tenra idade (dezoito anos), privando-a muitas vezes dos momentos de recreio e do tempo que dedicava à contemplação de Deus no céu, na pequena horta e no estimado jardim. O cume de sua caridade visível era perceptível no auxílio constante a uma irmã que tinha problemas mentais e a agredia com toda sorte de ofensas verbais e físicas. Tal situação só foi notada pelos barulhos que a irmã fazia ao jogar na santa os objetos que conseguia em mãos, tais como os pratos de comida, e também por testemunhas oculares dos fatos. Já a santa por si mesma jamais havia dito uma palavra sequer contra a enferma para que ela não fosse penalizada ou privada de algo como consequência.
Santa Teresa Margarida do Coração de Jesus Redi, nos últimos anos de sua vida, teve uma experiência mística com Deus. Em um domingo de 1767 enquanto rezavam no coro sua alma entrou em êxtase ao ouvir as palavras de São João Evangelista: “Deus é Caridade, e quem permanece na caridade permanece em Deus, e Deus nele”. Teve sua alma arrebatada pela ciência do Amor Divino, e ficou três dias em uma espécie de transe, os quais todas as monjas a viam perfeitamente compenetrada, recitando silenciosamente: “Deus Charitas est!” (Deus é caridade). Depois de tal honrosa experiência e passada aquele transe, sentiu-se em um permanente deserto, com sede muito mais insaciável de amá-Lo por ter notado a discrepância do amor de Deus e das migalhas que chamamos de “amor” com que nós O retribuímos. Escreveu, por fim, um poema que exprimia tal dissabor de sua alma.
“…
Anseio por aprender
Como amar aquele Bem
….
Procuro-o sem encontrá-Lo
Esforço-me por amá-Lo
Mas como amar, não atino”.
Sua morte foi tal qual sua vida, um completo eclipse do seu ser. No dia 04 de março de 1770 ela pediu ajoelhada à Madre que lhe apontasse seu maior defeito, posteriormente solicitou uma confissão geral e extraordinária com Frei Ildefonso, na qual rompeu-se em lágrimas acusando-se de não sentir que amava a Deus como Ele merecia, e instou que o referido Padre rogasse por sua morte, pois não havia nada que ela mais desejasse. No dia seguinte ela comungou com tal devoção e ardor que foi perceptível por todas as suas companheiras, foi como se fosse sua última comunhão devido àquela explosão de amor visível. Ela faleceu no dia 07 de março de 1770, aos vinte e três anos, beijando o Coração de Jesus de seu Crucifixo e voltada com o rosto para o Sacrário (como sempre dormira desde sua chegada ao mosteiro) três dias depois da referida confissão. A causa da morte foi uma gangrena interna e repentina que atingiu sem qualquer sinal prévio ou explicação até mesmo dos médicos da época.
Seu corpo logo após a morte exalou um odor forte de flores, o qual podia sentir-se de longe e durou por cerca de 20 dias e da qual a forte fragrância provinha além de seu corpo, do peito do crucifixo que morreu beijando. Logo após sua morte seu corpo adquiriu um semblante tão natural quando viva, e chamaram uma pintora de renome para representá-la como se estivesse em plena consciência, uma vez que parecia estar dormindo. Atualmente seu corpo encontra-se incorrupto.
Foi beatificada em 9 de junho de 1929, e canonizada no dia 19 de março de 1934 pelo Papa Pio XI definindo-a como “neve ardente”.
O referido Papa também declarou a seu respeito: “Santa Teresa Margarida, ardente do amor divino, mais se assemelhou a um anjo que a uma criatura humana, podendo assim ajudar muitas almas a alcançar as virtudes”.
Por: Victor Hugo Peixoto de Oliveira, postulante carmelita
FONTE: https://carmelitas.org.br/conheca-a-historia-de-santa-teresa-margarida-do-coracao-de-jesus-redi/
Santa Teresa Margarida do Coração de Jesus
Ana Maria Redi nasceu na Itália, na cidade de Arezzo, de nobre família, na vigília da Festa de Nossa Senhora do Carmo, dia 15 de julho de 1747. Seus pais, Inácio Fernando Maria Redi e Maria Camila Ballati, tiveram 13 filhos, Ana Maria foi a segunda. Teve três irmãs religiosas e dois irmãos sacerdotes. Foi alma contemplativa desde menina. Frequentemente enchia-se de entusiasmo e questionava: “Diga-me, quem é esse Deus?” Desde muito pequenina, gostava de colher flores para oferecê-las a Jesus. Na adolescência, procurava exercitar cada dia uma virtude. Na juventude, gostava de rezar diante do sacrário, onde dizia palpitar não só o Amor, mas o Coração do Amor.
Aos nove anos, junto com a irmã, Eleonora Catarina, foi mandada para Florença para receber formação com as Beneditinas de Santa Apolônia. Recebeu a Primeira Comunhão no dia da Assunção de 1757. Após ter lido a vida de Santa Margarida Maria Alacoque nasceu nela uma grande devoção ao Sagrado Coração.
Tinha 17 anos quando ouviu uma voz que lhe dizia: «Sou Teresa de Jesus e quero-te entre as minhas filhas». Foi o seu chamamento ao Carmelo, à «casa dos Anjos», como gostava de chamar os conventos de carmelitas, assim como Santa Teresa de Jesus lhes chamava «pombais de Nossa Senhora». A exemplo da amiga Cecília Albergotti resolveu entrar no Carmelo. A separação da família foi dolorosíssima. No dia 1° de setembro de 1764 foi recebida no Mosteiro de Santa Maria dos Anjos de Florença, recebendo o nome de Teresa Margarida do Sagrado Coração de Jesus.
Quando era postulante uma doença provocada por um tumor maligno a fez sofrer muito. Uma vez restabelecida, iniciou o Noviciado tomando o véu em 11 de março de 1765. Fez a profissão religiosa em 12 de março de 1766.
Por ocasião da sua profissão religiosa, por amor a Jesus, renunciou a manter a troca de correspondência com seu pai. Custou-lhe muitíssimo, mas eles combinaram que a partir daquela data todas as noites, antes do repouso, se encontrariam no Coração de Jesus.
Quando ainda jovem professa desejou profundamente conhecer a vida escondida de Jesus. Apagar a sede de Deus através da imitação de Cristo se tornou o objetivo de sua existência. Nasceu assim a singular expressão: “Que bela escada, que escada preciosa, indispensável é o nosso Bom Jesus!”, Mestre, modelo e instrumento para compreender e entrar no Mistério Divino.
O mistério da Cruz e os espinhos que rodeavam o Coração de Cristo atraíam-na fazendo-a humilde, alegre e caridosa. No dizer das Irmãs, era um anjo do Céu no convento de Florença.
Durante toda a sua vida viveu o lema: “Escondida com Cristo em Deus”. Mais que mestra foi um contínuo e magnífico testemunho de vida espiritual. Outro lema que lhe era muito caro, como fiel herdeira do espírito do Carmelo, era “padecer e calar”.
No domingo 28 de junho de 1767, encontrando-se no coro para o Ofício de Terça, ouviu a leitura breve: Deus é amor, e quem permanece no amor, permanece em Deus (Ep. Jo. 1, 4-16). Um sentimento sobrenatural a invadiu e por vários dias ficou abalada. Doou então o seu coração a Cristo, oferecendo-se para ser consumida por Seu amor. Havia chegado ao último degrau da escada… Pediu ao confessor a permissão para fazer a oferta de Santa Margarida Maria Alacoque: colocar a sua vontade própria na Chaga do Lado de Cristo e entrar em Seu Coração.
O amor de Deus se concretizou no ofício de auxiliar de enfermeira, cargo que exerceu com extraordinária abnegação, em particular com uma irmã que devido a problemas psíquicos havia se tornado violenta. A sua caridade foi silenciosa e heroica.
Ardente foi também seu amor pela Eucaristia: “No Ofertório renovo a profissão (religiosa): antes que elevem o Santíssimo, rogo a Nosso Senhor que assim como Ele opera o milagre de tornar aquele pão e aquele vinho no Seu preciosíssimo Corpo e Sangue, assim também se digne transmudar-me nEle mesmo. Quando O elevam, O adoro e renovo ainda a minha profissão, depois peço o que desejo dEle”.
A festa do Sagrado Coração foi celebrada pela primeira vez na comunidade por sua influência, pondo ela todo empenho em que a festa fosse solene. Nisto foi apoiada pelo pai e pelo tio, o jesuíta Diego Redi. Eram os anos em que essa devoção começava a se propagar, nem sempre bem acolhida devido à influência dos jansenistas.
No dia 4 de março de 1770 pediu ao confessor que a ouvisse em confissão geral, pois queria comungar no dia seguinte tão preparada como se fosse a última vez. No dia 5 de março, depois de comungar fervorosamente, caiu doente. A doença degenerou em gangrena que lhe provocava dores horríveis e insuportáveis. O Crucifixo, que sempre teve nas mãos, foi a sua força. Morreu dois dias depois da doença se ter declarado, aos 23 anos, no dia 7 de março de 1770. Expirou abraçada a seu crucifixo. O seu corpo emanava um perfume suave e ainda hoje permanece incorrupto no Mosteiro das Carmelitas Descalças de Florença, no passado antiga herdade da família Redi.
Um século antes, outra carmelita, Santa Maria Madalena de Pazzi, tinha glorificado Florença com a sua santidade. Teresa Margarida hauriu nas chagas de Cristo e no seu Coração o segredo da sua pureza, simplicidade, amor e caridade.
O papa Pio XI a beatificou no dia 9 de junho de 1929 e a canonizou no dia 19 de março de 1934, definindo-a como neve ardente. A ata de beatificação chama-a “jovem flor do Carmelo, a imitar a brancura das açucenas”.
A seu respeito, disse o papa Pio XII: “Santa Teresa Margarida, ardente do amor divino, mais se assemelhou a um anjo que a uma criatura humana, podendo assim ajudar muitas almas a alcançar a virtude”.
Fonte: http://heroinasdacristandade.blogspot.com
FONTE:https://institutohesed.org.br/santa-teresa-margarida-do-coracao-de-jesus/
Santa Teresa Margarida Redi
Ana Maria Redi nasceu em Arezzo, Itália, a 15 de Julho de 1747. Foi a segunda de treze irmãos. Com exceção do primogénito e dos cinco que faleceram na infância, todos se consagraram a Deus. Teve uma infância muito feliz. Era notável a sua inclinação para a piedade, os seus desejos de santidade e a sua compaixão para com os pobres.
Com nove anos foi internada no colégio de Santa Apolónia das Beneditinas de Florência onde, de 1756 a 1763, recebeu uma esmerada educação. Aos 14 anos faz exercícios espirituais. Torna-se uma menina responsável e afável.
Sentiu a chamada para a vida religiosa. Pensou ser Benedictina. Após uma conversa com uma amiga que ia ingressar no Carmelo, Ana sentiu a vocação de ser carmelita (que ela antes não apreciava). Saiu do colégio para amadurecer a sua decisão. Quando completou 17 anos comunicou a sua resolução.
Entrou no Carmelo de Florencia a 1 de setembro de 1764 e tomou o hábito a 10 de março de 1765. Fez o propósito de viver a oração, a obediência e o silêncio. Professou a 12 de março de 1766 com o nome de Teresa Margarida do Coração de Jesus.
Tinha um temperamento entusiasta. Aprendeu a controlar-se e, desde o início viveu uma vida de admirável fidelidade. A relação que tinha com o seu pai, de mútua ajuda espiritual, fez-se mais profunda a partir da sua entrada no Carmelo.
Sabia latim. Por isso compreendia melhor os textos bíblicos e litúrgicos. Gostava de recitá-los frequentemente. Desejava viver a Regra do Carmelo meditando “dia e noite a Palavra de Deus”. Tinha especial simpatia pelos textos de São Paulo como por exemplo: “a vossa vida está com Cristo, escondida em Deus”.
Tinha constante memória de Cristo Crucificado, “capitão do amor” que levanta “o estandarte da Cruz”. A partir dos exercícios espirituais de 1768, propôs-se, em todas as suas ações não ter outro fim que não fosse o amor e o unir a sua vontade com a de Deus. Foi perseverante em pequenos serviços às irmãs e não consentia murmurações nem críticas. Exclamava constantemente: “Deus é amor”. Vivia em contínua ação de graças: “Quem não acredite e não se atreva a aproximar-se a Ele faça a experiência de quão bom e generoso é o nosso amorosíssimo Deus!”
Era solícita no exercício da caridade. Oferecia-se para cuidar das irmãs idosas e doentes nas quais via o próprio Jesus Cristo. Especialmente pedia para atender as mais difíceis. Havia uma irmã demente e agressiva que outras temiam, mas que ela sabia cuidar com grande paciência e sem se lamentar.
No final da sua vida, teve grande aridez na oração. Experimentou repugnância, insensibilidade, temores, tentações e antipatia para a virtude. Ela redobrava a sua fé, vivia em abandono confiado a Deus e recitava salmos, frases bíblicas ou a expressão: “Pai bom!” Amante da leitura desde a infância, no final da vida só podia ler os escritos de Santa Teresa.
Faleceu a 7 de março de 1770.
fonte;https://www.carmelitaniscalzi.com/pt-br/quem-somos/nossos-santos/santa-teresa-margarida-redi/
( PESQUISA DE TRÊS SITES.)
FRASES:
imagem:https://www.carmelodesantos.com.br/vocacional/santos-carmelitas-descalcos/262-santa-teresa-margarida-do-sagrado-coracao-de-jesus
“Deus jamais falhará em dar-vos ajudas especialíssimas, pois ele não é escasso com aquele que o serve fielmente”.
“Recordemo-nos de que não obteremos nada na via da santidade senão combatendo”.
“Deus está sempre presente em nós e sempre pensa em nos beneficiar”.
“Se queremos ser santas, trabalhemos e soframos em silêncio, tendo sempre nossas almas em paz”.
“Que bela coisa pedir a quem tem tanta vontade de dar-nos!”
“Com nosso bom Papai, basta abrir a boca e mostrar-lhe simplesmente nosso desejo para sermos ouvidos!”
“De qualquer maneira que vão as coisas, tudo irá bem, já que o bom Deus dispõe sempre o melhor para nós”.
“Adoremos continuamente no segredo do coração a augustíssima Trindade, que aí habita”.
“Quando não se pode encontrar remédio para as coisas, as melhores coisas são o silêncio e a oração”.
“Vim ao Carmelo para vencer na corrida do amor”.
“Confia em Deus! Confia em Deus! Ele é tão bom, Ele deseja tanto o nosso bem! Ele jamais nos abandonará, não duvidemos disso”.
FONTE:http://escritosdossantos.blogspot.com/2013/05/pensamentos-de-santa-teresa-margarida.html
O CORPO DE SANTA TERESA ENCONTRA-SE INCORRUPTO
“Fazei, Senhor, que a comunhão do Corpo e Sangue do vosso Filho, nos afaste das coisas efémeras deste mundo, para que, a exemplo de Santa Teresa Margarida, servindo-Vos com sincera caridade na terra, contemplemos eternamente o vosso rosto no Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém.”
1º de setembro
Um coração seduzido por Jesus!
Um coração seduzido por Jesus! É o que descreve o coração de nossa querida Serva de Deus, irmã Tereza Margarida do Coração de Maria, porque como Jeremias que se sentia incapaz e pequeno para realizar as obras que Deus lhe pedia, ela não só pôde dizer com as palavras, mas sobretudo testemunhar com a vida: ‘Seduziste-me Senhor e eu me deixei seduzir. Senti, então, dentro de mim um fogo ardente a penetrar-me o corpo todo: desfaleci, sem forças para suportar” (Jr. 20,7-9). Como foi e é o fogo do amor de Deus que impulsiona os discípulos a testemunharem que Jesus Cristo é o Senhor, irmã Tereza Margarida nada negou a Jesus, deu-lhe tudo, deu-Lhe a vida.
Como as vocações, os “eleitos” de Deus nascem e se fazem no seio de uma família, porque todos somos chamados à santidade, não foi diferente com a “Nossa Mãe”, carinhosamente chamada posteriormente. A serva de Deus nasceu no século Maria Luiza, no dia 24 de dezembro de 1915 na cidade da Borda da Mata, quinta filha de Francisco Marques da Costa Júnior e D. Mariana Resende Costa, que buscaram viver a vocação do matrimônio com fidelidade e generosidade, formando um lar com laços de sincero amor. Foi neste lar fecundo que Maria Luiza nasceu, porque seus pais tiveram a graça de acolherem 12 dons (filhos) vindos do Senhor, até mesmo seu segundo irmão, o primeiro dentre os homens, João, sentiu-se chamado por Deus para a vida sacerdotal, chegando anos depois a ser nomeado bispo e logo arcebispo de Belo Horizonte (1967).
O nascimento da Serva de Deus vem envolvido de providências do Céu, pois veio ao mundo na noite de Natal, dia Daquele que desde ali da simples manjedoura reverberava sua luz radiosa, alcançando e seduzindo o coração dessa menina; outra providência foi que a batizaram numa Igreja dedicada a Nossa Senhora do Carmo, “a 10 de fevereiro de 1916, dia consagrado no calendário litúrgico a Santa Escolástica, monja beneditina, irmã de São Bento” (COTTA, p. 10). Anos depois, seus pais, desejando que seus filhos estudassem e seguissem um rumo melhor na vida, resolvem se mudar de Borda da Mata para Cruzeiros -SP. Como uma faca de dois gumes a atingir o coração, como foi difícil para Maria Luiza pensar ter que deixar seus amigos, seus avós, seus cantos e encantos da cidade natal, mas seu pai foi esperto, foi criativo, motivando seus filhos com ideias de que a nova casa estava envolvida de belezas primaveris, de um grande jardim. Já na nova casa a meninada arteira não perdeu tempo, entre brincadeiras e descobertas, foram se adaptando. Mesmo entre as brincadeiras seu jeito arteiro e sensível (da Maria Luiza) ainda lhe faziam pensar na antiga casa e vida, até mesmo em seus estudos viram-se notar este estado de ânimo, tendo ela que repetir a primeira série; mais adiante, numa nova etapa de sua vida, suas irmãs mais velhas convencem seus pais a enviá-la para o Colégio Bom Conselho, onde ali, mesmo às custas e choradeiras, aprendeu o valor e o amor ao estudo, se dedicando cada vez mais, amadurecendo lentamente auxiliada com uma ótima formação cristã e pedagógica da época. Neste ambiente estudantil tornou-se filha de Maria, amando ainda mais a Mãe de Deus, São José e conhecendo num exemplar de cada a vida através da História de uma Alma de Sta. Teresinha, atuando também ardorosamente da Ação Católica de sua Paróquia.
Jesus não perde tempo! Quando Ele quer todo o coração de uma pessoa sempre arruma jeitos e trejeitos para conquistar aqueles e aquelas para viverem ainda mais próximos Dele; intimamente unidos numa amizade misteriosa. Assim foi com Maria Luiza aos pés do Santíssimo Sacramento numa de suas visitas com a família no Santuário Nacional de Aparecida, sentindo seus primeiros apelos para a vida religiosa. Mas como saber se isso vem de Deus? Numa Vigília Pascal de Cruzeiro sente de maneira mais clara, como a voz chamando Samuel durante a noite, mas mesmo assim ainda quer mais uma confirmação. Num ato um tanto peculiar, pensa em pegar diante de uma estante um livro que servisse de sinal, quando no ato da procura uma moça desconhecida lhe aparece e lhe convence pegar o livro sobre Memórias de Elisabeth da Trindade. Pronto! Ali estava a confirmação! Ali estava como uma abelha atraída pela doçura do néctar. Revela ao pai seu desejo de consagrar-se no Carmelo, mas no princípio seu pai nega, aceitando depois, entrando na clausura do Carmelo de Mogi das Cruzes (que viria ser transferido para uma nova sede, Carmelo de santa Teresinha em Aparecida), com seus 22 anos, no dia 28 de maio de 1937. Poderíamos perguntar: O que faz uma moça dotada de tantos dons se esconder numa clausura? O amor! A consciência de ser profundamente amada por Deus e querer devotar a Ele a única vida que tem, imolando-se numa constante oração aos Seus pés pela humanidade, pois a carmelita com a sua oração abraça o mundo e entrega-o para Deus.
Na nova vida de carmelita descalça não lhe faltaram sacrifícios, superações, aceitando-os todos num profundo espírito de fé e paciência. Acostumada com as atividades da Ação Católica, dos seus dotes para o piano, a nova vida exigiu-lhe humildade, tendo que trabalhar em serviços simples, como o de “desfiar sacos de estopa e enovelar fios para fazer as solas” das alpargatas de suas co-irmãs. O nome novo que lhe deram expressava a vida e missão que no Carmelo Teresiano e na Igreja assumiria, chamando-se então de Ir. Tereza Margarida do Coração de Maria, tendo como sua padroeira a filha de Arezzo-Itália, a Santa Teresa Margarida, que viveu uma vida simples, silenciosa, voltada à contemplação do amor do Coração de Jesus. Passados os anos de formação enfim chega a tão esperada profissão solene (votos perpétuos) que emite no dia 02 de fevereiro de 1942. Não saberia ela que mais tarde assumiria lugares de serviço como auxiliar de mestra de noviças e aos 30 anos sendo eleita sub-priora, tendo que receber de Roma autorização. E quando tudo parecia sossegar, mais uma vez o Senhor a surpreende com um novo pedido, como a Pedro, que sendo novo se cingia a si mesmo, mas quando velho, outros lhe cingiriam e lhe enviariam para onde ele não queria ir: chega-lhe o pedido de fundação de um novo Carmelo, o Carmelo de São José em Três Pontas – MG. Como mulher de fé e confiança em Deus, verdadeira filha de santa Teresa, uma vez decidida a empreitada disse: “Para São José, eu nada posso negar, porque Ele nunca me recusou nada”. E para lá foi e lá ficou com as suas irmãs fundadoras, semeando na terra fértil a semente do carisma carmelitano nessa nova casa, que não lhe pouparam esforços para fincar raízes profundas. Bendito seja Deus! No dia 22 de janeiro de 1969 a nova casa estava nos moldes para a vida conventual carmelitana.
De todo esse percurso o que podemos aprender com essa mulher de corpo frágil, mas de espírito forte? Que importância para o Carmelo e para a Igreja a vida e modelo da Serva de Deus Tereza Margarida, Nossa Mãe, nos deixou? É perceptível que na vida de Nossa Mãe se cumpriu aquelas palavras cantadas pela Virgem Maria em seu Magnificat: “Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes”. Sim, como um amigo que não nega nada ao amigo, entregando-se livremente sem esperar recompensas, a vida de Nossa Mãe testemunhou a beleza da humildade, a beleza daqueles que vão, vendem tudo o que tem e O seguem, a beleza do testemunho de quem encontrou aquela pedra preciosa no terreno da vida e não guardou só para si, multiplicou, triplicou, transbordou vida por onde passou. E para o Carmelo? Ah! Resgatou mais uma vez aquela profundidade, aquele encanto da maternidade espiritual, que independentemente de quem fosse, ela estava ali, como a virgem prudente, com sua lâmpada da oração acesa, iluminando os passos de seus filhos nas sendas da vida, com um sorriso, com uma palavra, com o seu silêncio, com o seu jeito carinho e firme de ser. E por fim, que testemunho deixa para a Igreja e para o mundo? Nos corações onde reinam muitas vezes aquelas sequidões e vozes áridas, desnorteamentos e desuniões, o testemunho de vida da serva de Deus Tereza Margarida, Nossa Mãe, como boa monja carmelita e cristã que foi, vem trazer à tona aquele convite de Jesus – “Já não vos chamo servos, mas amigos”! -; sim, é a partir daí, dessa amizade sincera com Jesus através da oração, do trato amoroso, do trato amigável com Jesus que as trevas darão lugar à luz, que os embates sem fim darão lugar à comunhão, que os olhos ferozes darão lugar a novos olhares cheios de bondade e compaixão, mirando o irmão que sofre no meio do caminho, sensibilizando com ele, passando da dimensão do apenas ver, mas nutrido desde dentro dessa amizade com Jesus, olha, para, cura-lhe as feridas, toma-o em suas mãos e o leva para dentro, para dentro do coração, para dentro de um cuidado interior, para dentro de um ambiente de diálogo, de partilha, de cura. Porque como diz santa madre Teresa de Jesus para suas filhas e filhos: “Recordai-vos de que é necessário alguém que faça a comida do Senhor, e considerai-vos felizes por O servirdes como Marta. Vede que a verdadeira humildade reside em nossa disposição de nos contentar com aquilo que o Senhor quiser de nós e em nos considerar sempre indignas de ser tidas por servas Suas. Se contemplar, ter oração mental, ter oração vocal, curar os enfermos, servir nas coisas da casa e trabalhar – mesmo nas tarefas mais humildes – é servir ao Hóspede que vem ter conosco, ficando em nossa companhia, comendo conosco e conosco se recreando, que nos importa servi-Lo mais de uma maneira do que de outra?” (Caminho de Perfeição, 17, 6). É o testemunho de quem se deixou amar por Deus, se deixou transformar por Deus e numa explosão de amor não suportou, abraçou o “Ide” e foi para dentro, para o alto, para as águas profundas da misericórdia divina e por isso alcançou tantos corações que até hoje rezam: Nossa Mãe, Tereza Margarida, cuida de nós!
Com orações,
Fr. Luiz Maria de Santa Teresa de Jesus, ocd
Infunde Amórem Córdibus
Referências:
Livro: Testemunha do Deus Amor, Madre Tereza Margarida do Coração de Maria, “Nossa Mãe”, escrito por Augusta de Castro Cotta, CDP (Irmã Camélia).
fonte:https://carmelitasdescalcos.com.br/veneravel-tereza-margarida-do-coracao-de-jesus/