Senhor meu Jesus Cristo, que pelo amor que tendes aos homens, estais de noite e de dia neste Sacramento, todo cheio de piedade e de amor, esperando, chamando e recebendo todos os que vêm visitar-Vos; eu creio que estais presente no Santíssimo Sacramento do altar.
Eu vos adoro do abismo do meu nada e vos dou graças por todos os benefícios que me tem feito; especialmente por vós mesmo dardes a mim neste sacramento; por me terdes concedido como advogada vossa Mãe Santíssima, e por me terdes chamado a visitar-vos nesta igreja.
Eu vos saúdo, pois hoje, o vosso amantíssimo Coração, e a minha intenção é fazê-lo por três motivos: primeiro, em ação de graças por esta grande dádiva; segundo, para compensar-vos de todas as injúrias que tendes recebido, neste Sacramento, de todos os vossos inimigos; terceiro, com intenção de adorar-Vos, nesta visita, em todos os lugares da terra onde vossa presença sacramental está menos reverenciada e em maior abandono.
Meu Jesus, eu vos amo de todo o meu coração; pesa-me de ter, no passado, tantas vezes ofendido a vossa divina bondade.
Proponho, com o auxílio de vossa graça, nunca mais ofender-vos para o futuro.
E, no presente, miserável qual sou, eu me consagro todo a Vós e renuncio toda a própria vontade.
Recomendo-vos as almas do purgatório, especialmente as mais devotas do Santíssimo Sacramento e da Bem-aventurada Virgem Maria.
Recomendo-vos também todos os pobres pecadores.
Finalmente, desejo unir, meu querido Salvador, todos os meus afetos com os de vosso amorosíssimo Coração; e, assim unidos, os ofereço a vosso Eterno Pai e lhe peço em vosso nome que por vosso amor os queira aceitar e atender.
(Santo Afonso Maria de Ligório)
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso Diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.
Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.
Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro.
No
dia 2 de agosto de 1990, na cidade italiana de Trento, no Santuário de
Jesus Misericordioso ocorreu um celebre milagre. Ugo Festa, de 39 anos,
sofria com esclerose múltipla, epilepsia, falta de memória e
deficiência visual (7,5 de dioptria causada por uma lesão no nervo
visual). Há sete anos se movimentava com a ajuda de uma cadeira de
rodas. Ao longo de sua vida, intimamente Ugo nutria uma profunda mágoa
de sua mãe e não conseguia perdoá-la por tê-lo abandonado ainda bebê.
Sentia essa dor profunda durante toda a vida e muitas vezes xingava,
blasfemava.
Primeiro encontro de Ugo Festa com o Papa João Paulo II
Embora
já tivesse construído sua própria família, pois é casado e tem dois
filhos, jamais o abandonou o desejo de encontrar sua mãe. Com esse
estado de espírito, sentindo a injustiça de que fora vítima e uma certa
incapacidade de perdoar, seguindo o conselho de um conhecido, Ugo
viajou para a cidade de Lourdes na França. Após o banho na água que
brota da gruta de Nossa Senhora, como se fosse suavemente tocado por
uma mão, o doente sentiu que interiormente havia se tornado um outro
homem: perdoou sua mãe, deixou de blasfemar e de xingar, e fez o
propósito de oferecer os seus sofrimentos a Deus. Cinco anos após essa
cura interior, Ugo viajou para Roma. Sobre as graças que alcançou de
Jesus Misericordioso, ele testemunhou:
“Fui
à Basílica de São Pedro levando comigo cinco santinhos de Jesus
Misericordioso e uma medalha. Pedi ao Santo Padre, Papa João Paulo II,
que abençoasse os santinhos e principalmente que desse a sua bênção para
mim, visto que eu estava passando então por uma profunda crise
espiritual e moral. O Santo Padre o Papa me disse: ‘Como é possível que
você esteja em crise trazendo consigo Jesus Misericordioso? Confie no
Coração de Jesus e na intercessão da minha estimada Irmã Faustina’.
Voltando para Vicenza, viajei para a Villa Santíssima, em Trento, para a
casa diocesana, para o santuário de Jesus Misericordioso. Fui
participar desse dia de recolhimento antes por razões de obediência, sem
esperar nada especial. No entanto, durante o momento de oração de cura,
dirigida pelo Pe. Renato Tissot, Jesus me curou. A cura aconteceu por
eu ter perdoado minha mãe e por ter agradecido a Deus pelo dom da vida.
Durante a oração na igreja eu vi Jesus Misericordioso, que estendeu as
mãos para mim e veio em minha direção.
Vinte e sete dias depois, curado, Ugo Festa retorna ao Papa para testemunhar a graça alcançada
Não
queria acreditar nisso e procurava olhar para outro lado. Mas Ele
estava lá e convidava-me com seus braços estendidos. Quando olhei para
Ele pela quinta vez, pedi que me permitisse ficar em pé. Atendendo ao
meu pedido, Ele me convidou a sair da cadeira de rodas. Atendendo a esse
apelo, levantei-me e encaminhei-me para a adoração na capelinha que
ficava no centro da casa.
Então caí numa espécie de sono,
durante o qual vi Irmã Faustina sorrindo para mim. Feitos todos os
exames, verificou-se que a minha cura era total. (…) Sinto a necessidade
de ser missionário de Jesus Misericordioso. A todas as pessoas que
Jesus permite que eu encontre faço o convite para conhecerem a Santa
Faustina e a Misericórdia Divina”.
No dia 29 de agosto de 1990,
Ugo mais uma vez foi encontrar-se com o Santo Padre, mas desta vez foi
caminhando com suas próprias pernas, sem a ajuda da cadeira de rodas,
para relatar a João Paulo II a forma milagrosa como havia sido curado.
Para o mundo, Ugo Festa tornou-se uma testemunha viva da atuação de
Jesus Misericordioso e da intercessão poderosa de Santa Faustina, bem
como um devoto da Misericórdia Divina que anuncia a necessidade e a
eficácia dessa devoção.
Fonte: Revista Divina Misericórdia Abril/Maio de 2015 – Edição 32 – Pág. 12 e 13
fonte:https://misericordia.org.br/formacoes/testemunho-curado-na-alma-e-no-corpo/