No segundo banquete, Ester revelou ao rei que ela era judia e lhe contou o plano maléfico de Hamã para matar todo seu povo. O rei ficou muito zangado com Hamã e mandou executá-lo na forca que Hamã tinha construído para Mardoqueu. Com o apoio do rei, os judeus se uniram para se defender e mataram muitos de seus inimigos (Ester 9:1-2). Assim, Ester salvou o povo judeu.
Quem foi Ester na Bíblia
Ester foi uma jovem judia que casou com o rei da Pérsia e salvou o povo judeu do extermínio. Seu nome hebraico era Hadassa e ela era órfã, criada por seu primo Mardoqueu.
Mardoqueu, um judeu da tribo de Benjamim,
era primo de Ester. Ele tinha sido levado para o exílio na Babilônia,
por Nabucodonosor, quando este dominou Judá e fez prisioneiros judeus,
no período do rei Joaquim de Judá (Ester 2:6-7).
Não há relatos específicos de quando Hadassa perdeu os pais, se no
cativeiro ou antes no período de invasão e conquista de Israel pela
Babilônia. Mas, a Bíblia diz que seu parente Mardoqueu, adotou-a e
cuidou dela como se fosse sua filha.
Ester se torna rainha
Durante uma festa, o rei Xerxes da Pérsia ficou embriagado e mandou chamar sua esposa Vasti para mostrar sua beleza aos seus convidados: príncipes e súditos de vários povos. Mas a rainha Vasti se recusou ir e o rei ficou muito zangado com ela, mandando-a embora.
Algum tempo depois, o rei mandou trazer todas as mulheres mais bonitas do império persa para, dentre elas, escolher sua nova rainha. Ester foi uma das mulheres escolhidas e ela recebeu um tratamento de beleza especial durante um ano. Ester causava boa impressão a todos que a conheciam. No fim do processo seletivo, ela ganhou o favor do rei, tornando-a sua rainha no lugar de Vasti (Ester 2:15-17).
O plano de Hamã
Hamã era um príncipe importante do império persa que não gostava de Mardoqueu, porque Mardoqueu não se curvava diante dele. Hamã decidiu então se vingar e matar todo o povo judeu. O rei, que não sabia que Ester era judia, deixou Hamã fazer o que queria. Então Hamã marcou uma data e se preparou para o dia da matança (Ester 3:12-13).
Ester intervém
Mardoqueu contou o plano de Hamã a Ester e lhe pediu para interceder por seu povo ao rei. Ester teve medo porque ninguém podia entrar na presença do rei sem ser chamado, sob pena de morte. Então ela pediu que todos os judeus jejuassem durante três dias, depois ela foi falar com o rei (Ester 4:15-16). O rei teve misericórdia dela e lhe perguntou o que queria. Ester convidou o rei e Hamã para um banquete e eles foram. Durante o banquete, Ester convidou o rei para outro banquete no dia seguinte.
No segundo banquete, Ester revelou ao rei que ela era judia e lhe contou o plano maléfico de Hamã para matar todo seu povo. O rei ficou muito zangado com Hamã e mandou executá-lo na forca que Hamã tinha construído para Mardoqueu. Com o apoio do rei, os judeus se uniram para se defender e mataram muitos de seus inimigos (Ester 9:1-2). Assim, Ester salvou o povo judeu.
FONTE:https://www.respostas.com.br/quem-foi-ester-na-biblia/
Ester, 8
1. Naquele mesmo dia, o rei Assuero fez presente à rainha Ester a casa de Amã, o opressor dos judeus. Mardoqueu se apresentou diante do rei, porque Ester tinha manifestado o que ele era dela.2. Tirando seu anel, que tinha retomado de Amã, o rei o presenteou a Mardoqueu, que foi colocado por Ester à frente da casa de Amã.
3. Ester retornou de novo à presença do rei e falou. Prostrada a seus pés, desfeita em lágrimas, suplicava-lhe que destruísse as maquinações que Amã, o agagita, tinha perversamente urdido contra os judeus.
4. O rei estendeu o cetro de ouro a Ester, a qual se pôs em pé diante dele.
5. “Se parecer bem ao rei – disse ela –, e se achei graça diante dele e se isso lhe parecer justo e se sou agradável a seus olhos, que revogue por escrito as cartas, que Amã, filho de Amadates, o agagita, tinha concebido e redigido para perder os judeus de todas as províncias do rei.
6. Como poderia eu ver a desgraça que aguarda meu povo e como poderia assistir ao extermínio de minha raça?”
7. O rei Assuero respondeu à rainha Ester e ao judeu Mardoqueu: “Fiz presente a Ester da casa de Amã e fiz perecer esse homem por ter levantado a mão contra os judeus.
8. Escrevei, portanto, vós mesmos em nome do rei em favor dos judeus, como bem vos parecer e selai com o selo real, porque toda ordem escrita em nome do rei e firmada com seu selo é irrevogável”.
9. Foram então chamados os escribas do rei, no vigésimo terceiro dia do terceiro mês, chamado Sivã; e conforme as instruções de Mardoqueu escreveram aos judeus, aos sátrapas, aos governadores e aos senhores das cento e vinte e sete províncias situadas entre a Índia e a Etiópia, a cada província em sua escritura, a cada nação em sua língua e aos judeus na sua própria escritura e língua.
10. Redigiram-se, pois, em nome do rei Assuero e marcaram-se com o selo real as cartas, que foram expedidas por correios a cavalo, tendo como montarias cavalos procedentes das cavalariças reais.
11. Essas comunicações diziam que o rei outorgava aos judeus em qualquer cidade em que residissem, o direito de se reunir para defender sua vida, de destruir, matar e fazer perecer em cada província do reino, todos os que se armassem para atacá-los, com suas mulheres e filhos; igualmente o direito de se apoderarem de seus despojos.
12. (Tudo isso se faria) num só dia em todas as províncias do rei Assuero, no dia treze do duodécimo mês, chamado Adar.
13. Uma cópia do edito, que devia ser promulgado como lei em cada província, foi enviada a todos os povos, a fim de que os judeus estivessem preparados, naquele dia, para se vingarem de seus inimigos.
14. Os correios, montando cavalos das cavalariças reais, partiram apressadamente e cumpriram diligentemente a ordem do rei. O edito foi publicado primeiramente em Susa, a capital.
15. Saiu então Mardoqueu da casa do rei, com uma veste real, azul e branca, com uma grande coroa de ouro e um manto de linho e púrpura. A cidade de Susa alegrou-se com os gritos de júbilo.
16. Não havia para os judeus senão felicidade, alegria e cantos de triunfo.
17. Em cada província e em cada cidade, aonde quer que chegasse o edito real, havia entre os judeus transportes de gozo, banquetes e regozijo. Muitos no país se fizeram judeus, tanto era o temor que lhes inspiravam.
Ester, 13
2. Embora eu seja o chefe de numerosas nações e tenha submetido o mundo inteiro, não quero de modo algum abusar da grandeza de meu poder. Quero, por um governo de clemência e de doçura, oferecer a meus súditos uma existência de tranquilidade perpétua; e, procurando para meu reino, até seus confins, a calma e a segurança, garantir a paz, objeto de desejo universal.
3. Tenho, pois, perguntado a meus conselheiros como isso se podia realizar e um deles, chamado Amã, superior a todos por sua sabedoria e fidelidade, que ocupa o primeiro lugar depois do rei,
4. me fez conhecer que há um povo mal-intencionado, disperso entre os outros povos do mundo, de costumes contrários aos dos outros, que despreza constantemente as ordens dos reis, a ponto de ameaçar a concórdia que reina em nosso império.
5. Tendo, portanto, sabido que essa única nação em oposição perpétua com o restante do gênero humano, destruindo os costumes por leis estranhas, malévola para com tudo o que nos diz respeito, comete as piores desordens e compromete assim a ordem pública do reino;
6. por essas razões, ordenamos que todos aqueles que vos são indicados pela carta de Amã (o homem que está à frente de nossos interesses e que nos é um segundo pai), sejam todos radicalmente exterminados, mesmo mulheres e crianças, pela espada de seus inimigos, sem nenhuma compaixão, nem clemência, no dia catorze do duodécimo mês, chamado de Adar, do presente ano.
7. Desse modo esse povo, nosso inimigo de outrora e de agora, lançado violentamente, num mesmo dia, na região dos mortos, deixará para o futuro prosperarem em paz nossos negócios.” O que segue encontrei (no texto grego) depois da passagem em que se lê: “Mardoqueu se retirou e fez o que Ester pedia” e não existe no texto hebraico nem em tradutor algum:
8. Então, Mardoqueu orou ao Senhor, recordando tudo o que tinha feito:
9. “Senhor – disse –, Senhor, Rei Todo-Poderoso, tudo está realmente no vosso poder e ninguém pode resistir à vossa vontade, se tendes resolvido salvar Israel.
10. Fizestes o céu e a terra e todas as maravilhas que estão sob a abóbada celeste.
11. Sois o Senhor universal e ninguém poderia opor-se a vós, Senhor.
12. Conheceis tudo e sabeis que não foi nem por espírito de soberba, nem por presunção, nem por vanglória que recusei prostrar-me diante do orgulhoso Amã.
13. Voluntariamente para salvar Israel eu beijaria os vestígios de seus pés.
14. Mas procedi assim por temor de colocar a honra de um homem acima da glória de Deus; não adorarei jamais a ninguém senão vós. E, contudo, não farei isso por orgulho.
15. E agora, Senhor, que sois meu Deus e meu Rei, Deus de Abraão, poupai vosso povo, pois nossos inimigos nos querem arruinar e destruir vossa antiga herança.
16. Não desprezeis a vossa porção, que vós resgatastes do Egito!
17. Ouvi minha oração! Sede propício para com a partilha de vossa herança e mudai em gozo nossa dor, a fim de vivermos para celebrar vosso nome, Senhor, e não fecheis a boca daqueles que vos louvam, ó Senhor!”.
18. Todo o Israel clamava também ao Senhor, com todas as forças, porque tinham a morte diante dos olhos.
Oração de Ester, 14
1. Por sua parte, a rainha Ester, tomada de uma angústia mortal, recorreu ao Senhor.
2. Depôs suas vestes suntuosas e vestiu-se com roupas de aflição e de luto. No lugar de essências preciosas, cobriu a cabeça com cinzas e poeira. Afligiu duramente seu corpo e por todos os lugares onde costumava alegrar-se espalhou os cabelos que se arrancava.
3. Dirigiu esta prece ao Senhor, Deus de Israel: “Meu Senhor, nosso Rei, assisti-me no meu desamparo, porque não tenho outro socorro senão vós
4. e o perigo que me ameaça eu o toco já com as mãos.
5. Aprendi desde a infância, no seio da minha família, que vós, Senhor, tendes escolhido Israel entre todas as nações e nossos pais entre todos os seus antepassados, para deles fazer vossa herança perpétua e que tendes executado todas as vossas promessas.
6. Agora pecamos na vossa presença e nos tendes entregado nas mãos de nossos inimigos,
7. por termos adorado seus deuses. Vós sois justo, Senhor!
8. Ora, presentemente não lhes basta a amargura de nossa escravidão, mas colocaram suas mãos sobre as mãos dos ídolos,
9. em sinal de que querem abolir o que vossos lábios decretaram, aniquilar vossa herança, fechar a boca daqueles que vos louvam, extinguir a glória de vosso templo e de vosso altar,
10. a fim de proclamar pela boca dos povos pagãos o poder de seus ídolos e de magnificar eternamente um rei de carne.
11. Ó Senhor, não entregueis vosso cetro àqueles que não existem! Que eles não se riam de nossa ruína! Fazei cair sobre eles o seu projeto e tornai um exemplo para todo aquele que por primeiro nos atacou.
12. Lembrai-vos de nós, Senhor! Manifestai-vos no dia da tribulação! Dai-nos coragem, Senhor, Rei dos deuses e dominador de todo principado!
13. Colocai em seus lábios palavras prudentes na presença do leão e fazei passar seu coração para o ódio daquele que nos é hostil, a fim de que ele pereça, ele e todos os seus parceiros.
14. E a nós, que a vossa mão nos livre! Assisti-me no meu abandono, a mim que não tenho senão a vós, Senhor. Conheceis tudo:
15. sabeis que detesto a glória dos ímpios e que tenho horror ao leito dos incircuncisos e estrangeiros.
16. Conheceis a necessidade a que estou reduzida e como abomino a insígnia da dignidade que está sobre minha cabeça nos dias em que devo aparecer em público. Sim, eu a abomino como um pano manchado e não a levo nos dias de meu retiro.
17. Vossa serva não comeu à mesa de Amã, nem honrou com sua presença os banquetes do rei, nem bebeu o vinho das libações.
18. Jamais, desde o dia de sua elevação até hoje, vossa serva não experimentou alegria a não ser em vós, Senhor, Deus de Abraão.
19. Ó Deus, que sois poderoso sobre todas as coisas, ouvi a voz daqueles que não têm outra esperança; livrai-nos das mãos dos malvados e livrai-me de minha angústia”.
FONTE:https://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/ester/14/
Irmãs e Irmãos hoje vamos refletir a historia de Sarah e Tobias.
Tobias, filho de Tobit e Ana. Sara, a jovem teve mortos pelo demônio os sete homens com quem se casou. Tobias pedia a graça do Senhor para a cura de seu pai. Sara pedia a graça de ter um marido e que o Senhor o mantivesse vivo ao seu lado, para que juntos construíssem uma família. O anjo Rafael, então, se fez presente na vida dos jovens e trouxe as bênçãos de Deus para eles.
O pai de Tobias mandou seu filho a uma terra distante para recuperar o dinheiro que havia perdido. O anjo Rafael acompanhou Tobias na viagem e, quando chegou no lugar do destino, Tobias não só encontrou o homem que saldaria a dívida com seu pai, como também conheceu sua filha Sara.
Tobias e Sara casaram-se e, na noite de núpcias, a noiva teve medo de que seu marido fosse morto como os outros. Ela tinha todo o direito de se dar ao esposo que Deus mesmo havia escolhido para ela. Tobias, que tinha se conservado casto até aquele momento, se levanta, volta-se para sua esposa e diz:
“Levanta-te, Sara, e roguemos a Deus, hoje, amanhã e depois de amanhã. Estaremos unidos a Deus durante estas três noites. Depois da terceira noite consumaremos nossa união; porque somos filhos de santos e não nos devemos casar como os pagãos que não conhecem a Deus” (Tb 8,4-5)
Tobias e Sara passaram três dias e três noites rezando e pedindo a Deus para chegarem juntos à velhice. Rezaram:
“Bendito sejas, Deus de nossos pais!
Bendito seja o teu nome em todas as gerações vindouras!
Bendigam-te os céus e toda a tua criação por todos os séculos!
Foste tu que fizeste Adão,
foste tu que fizeste para ele auxiliar e amparo, sua mulher Eva,
e de ambos nasceu a linhagem humana.
Foste tu que disseste:
Não é bom para o homem ficar só,
façamos-lhe uma mulher semelhante a ele.
Agora, pois, não é um desejo ilegítimo que me faz desposar minha irmã que aqui está,
mas o cuidado com a verdade.
Ordena que haja misericórdia para com ela e comigo,
e que ambos cheguemos juntos à velhice”.
A seguir, disseram a uma só voz:
“Amém, amém!”
FONTE:https://catoliconanet.wordpress.com/2016/08/20/sarah-e-tobias/
Casamento feliz e núpcias de Sara e Tobias
Ensinamentos de Sara e Tobias para um casamento feliz
O livro de Tobias retrata a importância da família e do matrimônio dentro do contexto histórico próprio do Antigo Testamento. Mas é possível uma reflexão desse texto, trazendo-o para a realidade dos dias atuais, tanto para os namorados e noivos quanto para os já casados. Essa história é para todos os que querem aprender sobre um belíssimo ensinamento de como se deve caminhar para um casamento feliz. Pois, mesmo em meio às dificuldades e provações, é incontestável a certeza da alegria e a realização que a comunhão conjugal no matrimônio produz no amor.
O Criador quis, ao criar a criatura, homem e mulher, filhos amados, que estes se unissem, pois “o homem e a mulher são feitos um para o outro: não que Deus os tivesse feito apenas pela metade e incompletos; criou-os para uma comunhão de pessoas, na qual cada um dos dois pode ser ajuda para o outro, por serem, ao mesmo tempo, iguais enquanto pessoas (osso de meus ossos) e complementares enquanto masculino e feminino” (CIC 372).
Essa é a certeza de que a Palavra de Deus, a Igreja e a própria vivência do sacramento do matrimônio oferece: o homem se complementa na mulher e a mulher se complementa no homem, e ambos juntos se plenificam e se realizam em Deus.
Todo amor entre duas pessoas, quando vivido em Deus, sempre conduzirá para o próprio Deus, que ensina como e o que é amar de verdade. Com isso, após muitas provações e situações difíceis na vida de Tobias e Sara, a Divina Providência, agora, irá unir os dois caminhos em um só caminho no sentido de completude. Pois é chegado o belo instante do encontro dos dois.
Encontro de Sara e Tobias
“Raguel mandou chamar Sara, sua filha, e a apresentou a ele. Tomando-a pela mão, entregou-a a ele e disse: ‘Recebe-a conforme a lei e a sentença escrita no livro de Moisés, segundo a qual ela te é dada como esposa’” (Tb 7,12).
Um dos grandes momentos do livro de Tobias é seu encontro com Sara. Tudo foi preparado nos mínimos detalhes pela Providência de Deus, que conduziu o jovem diante das muitas dificuldades e dos diversos obstáculos até a descoberta de seu amor.
Junto a Tobias estava o anjo Rafael enviado por Deus, para cuidar dele em sua viagem, que foi solicitada por seu pai para resolver algumas questões familiares. É nesse percurso que Tobias encontrará sua amada, que a Bíblia se refere como a “moça sábia, corajosa e de grande formosura” (Tb 6,12), já que Sara era uma bela mulher segundo o coração de Deus.
Tobias sabia da história dos sete maridos que morreram por terem se casado com Sara. Mas o anjo Rafael orienta-o dizendo: “Não temas. Ela foi destinada para ti desde sempre e tu a salvarás. Ela irá contigo e tenho certeza de que terás filhos com ela” (Tb 6, 18). Com isso, Tobias não temeu, continuou decididamente.
fonte:https://formacao.cancaonova.com/relacionamento/casamento/casamento-feliz-e-nupcias-de-sara-e-tobias/
Oração de Sara
7. Aconteceu que, precisamente naquele dia, Sara, filha de Raguel, em Ecbátana, na Média, teve também de suportar os ultrajes de uma serva de seu pai.
8. Ela tinha sido dada sucessivamente a sete maridos. Mas logo que eles se aproximavam dela, um demônio chamado Asmodeu os matava.*
9. Tendo Sara repreendido a jovem criada por alguma falta, esta respondeu-lhe: “Não vejamos jamais filho nem filha nascidos de ti sobre a terra! Foste tu que assassinaste os teus maridos.
10. Queres, porventura, matar-me, como mataste todos os sete?”. Ouvindo isso, Sara subiu ao seu quarto e lá ficou três dias completos, sem comer nem beber.
11. E, orando com fervor, ela suplicava a Deus, chorando, que a livrasse dessa humilhação.
12. Ao terceiro dia, acabou sua oração, bendizendo o Senhor desta forma:
13. “Deus de nossos pais, que vosso nome seja bendito. Vós, que depois de vos irardes, usais de misericórdia e no meio da tribulação perdoais os pecados aos que vos invocam.
14. Volto-me para vós, ó Senhor, para vós levanto os meus olhos.
15. Rogo-vos, Senhor, que me livreis dos laços deste opróbrio, ou então que me tireis de sobre a terra!
16. Vós sabeis que eu nunca desejei homem algum e que guardei minha alma pura de todo o mau desejo.
17. Nunca frequentei lugares de prazer nem tive comércio com pessoas levianas.
18. E se consenti em casar-me, foi por vosso temor e não por paixão.
19. Foi, sem dúvida, porque eu não era digna deles; ou, talvez, não eram eles dignos de mim; ou, então, me destinastes a outro homem.
20. Não está nas mãos do homem penetrar os vossos desígnios.
21. Mas todo aquele que vos honra tem a certeza de que sua vida, se for provada, será coroada; que depois da tribulação haverá a libertação e que, se houver castigo, haverá também acesso à vossa misericórdia.
22. Porque vós não vos comprazeis em nossa perda: após a tempestade, mandais a bonança; depois das lágrimas e dos gemidos, derramais a alegria.
23. Ó Deus de Israel, que o vosso nome seja eternamente bendito!”.
FONTE:https://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/tobias/3/
Débora
Juízes, 4
1. Depois da morte de Aod, os israelitas continuaram a fazer o mal aos olhos do Senhor.
2. Então, o Senhor entregou-os nas mãos de Jabin, rei de Canaã, que reinava em Asor. Seu exército era chefiado por Sísara, que habitava em Haroset-Goim.
3. Os filhos de Israel clamaram ao Senhor, porque Jabin tinha novecentos carros de ferro e oprimia-os duramente há vinte anos.
4. Naquela época, a profetisa Débora, mulher de Lapidot, era juíza em Israel.*
5. Sentava-se sob a palmeira de Débora, entre Ramá e Betel, na montanha de Efraim, e os israelitas iam ter com ela para que julgasse suas questões.
6. Ela mandou chamar Barac, filho de Abinoem, de Cedes em Neftali, e disse-lhe: “Eis o que te ordena o Senhor, Deus de Israel: vai ao monte Tabor; toma contigo dez mil homens dos filhos de Neftali e de Zabulon.
7. Quando estiveres na torrente de Quison, te conduzirei Sísara, chefe do exército de Jabin, com seus carros e suas tropas, e te entregarei em tuas mãos”.
8. Barac respondeu-lhe: “Se vieres comigo, irei; mas se não quiseres vir comigo, não irei”.
9. “Sim – disse ela – irei contigo; mas a glória da expedição não será tua, porque o Senhor entregará Sísara nas mãos de uma mulher”. E Débora foi com Barac a Cedes.
10. Barac convocou ali Zabulon e Neftali: dez mil homens levantaram-se e seguiram-no, tendo Débora em sua companhia.
11. Ora, Héber, o cineu, tinha-se separado dos cineus da família de Hobab, cunhado de Moisés, e tinha levantado suas tendas até o carvalhal de Saananim, perto de Cedes.
12. Foi anunciado a Sísara que Barac, filho de Abinoem, estava em marcha para o monte Tabor.
13. Mandou então vir de Haroset-Goim todos os seus carros, novecentos carros de ferro e todo o povo que estava com ele até a torrente de Quison.
14. Débora disse a Barac: “Vai-te, porque este é o dia em que o Senhor te entregará Sísara. O Senhor mesmo marcha adiante de ti”. Barac desceu do monte Tabor com dez mil homens.
15. E o Senhor desbaratou Sísara com todos os seus carros e todo o seu exército, que caíram a fio de espada, diante de Barac. Sísara, saltando do seu carro, fugiu a pé,
16. enquanto Barac perseguia os carros e o exército até Haroset-Goim. Todo o exército de Sísara foi passado a fio de espada, sem escapar um só homem.
17. Sísara, fugindo a pé, chegou à tenda de Jael, mulher de Héber, o cineu, porque havia paz entre Jabin, rei de Asor, e a casa de Héber, o cineu.
18. Jael, saindo ao encontro de Sísara, disse-lhe: “Entra, meu senhor, em minha casa, e não temas”. Ele entrou na tenda e ela o ocultou sob um manto.
19. Ele disse à mulher: “Peço-te que me dês um pouco de água, porque tenho sede”. Ela abriu um odre de leite, deu-lhe de beber e recobriu-o.
20. Sísara disse-lhe ainda: “Põe-te à entrada da tenda, e se qualquer pessoa te perguntar se há alguém aqui, responderás que não”.
21. Jael, pois, mulher de Héber, tomou um prego da tenda juntamente com um martelo e, aproximando-se devagarinho, enterrou o prego na fonte de Sísara, pregando-o assim na terra enquanto ele dormia profundamente por causa do cansaço. Sísara morreu.
22. Entrementes, chegou Barac logo após Sísara. Jael, saindo-lhe ao encontro, disse-lhe: “Vem, vou mostrar-te o homem que buscas”. Ele entrou e viu Sísara que jazia morto por terra, com o prego cravado em sua fonte.
23. Foi assim que Deus, naquele dia, humilhou Jabin, rei de Canaã, diante dos israelitas;
24. e a mão dos filhos de Israel pesava cada vez mais sobre Jabin, rei de Canaã, até que o exterminaram.
fonte: https://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/juizes/4/
A canção de Débora e Baraque
Juízes, 5
1. Naquele dia, Débora cantou este cântico, com Barac, filho de Abinoem:
2. “Desatou-se a cabeleira em Israel, o povo ofereceu-se para o combate: bendizei o Senhor!
3. Reis, ouvi! Estai atentos, ó príncipes! Sou eu, eu que vou cantar ao Senhor. Vou proferir um salmo ao Senhor, Deus de Israel!
4. Senhor, quando saístes de Seir, quando surgistes dos campos de Edom, a terra tremeu, os céus se entornaram, as nuvens desfizeram-se em água,
5. abalaram-se as montanhas diante do Senhor, nada menos que o Sinai, diante do Senhor, Deus de Israel!
6. Nos dias de Samgar, filho de Anat, nos dias de Jael, estavam desertos os caminhos, e os viajantes seguiam veredas tortuosas.
7. Desertos se achavam os campos em Israel, desertos, senão quando eu, Débora, me levantei, me levantei como uma mãe em Israel.
8. Israel escolhera deuses novos, e logo a guerra lhe bateu às portas, e não havia um escudo nem uma lança entre os quarenta mil de Israel.
9. Meu coração bate pelos chefes de Israel, pelos que se ofereceram voluntariamente entre o povo: bendizei o Senhor!
10. Vós que cavalgais jumentas brancas, sentados sobre tapetes, a galopar pelas estradas, cantai!
11. A voz dos arqueiros, junto dos bebedouros, celebre as vitórias do Senhor, as vitórias dos seus chefes em Israel! Então o povo do Senhor desceu às portas.
12. Desperta, desperta, Débora! Desperta, desperta, canta um hino! Levanta-te, Barac! Toma os teus prisioneiros, filho de Abinoem!
13. E agora descei, sobreviventes do meu povo. Senhor, descei para junto de mim entre estes heróis.
14. De Efraim vêm os habitantes de Amalec; seguindo-te, marcha Benjamim com as tropas; de Maquir vêm os príncipes, e de Zabulon os guias com o bastão.
15. Os príncipes de Issacar estão com Débora; Issacar marcha com Barac e segue-lhe as pisadas na planície. Junto aos regatos de Rúben grandes foram as deliberações do coração.
16. Por que ficaste junto ao aprisco, a ouvir a música dos pastores? Junto aos regatos de Rúben grandes foram as deliberações do coração.
17. Galaad ficou em sua casa, além do Jordão; e Dã, por que habita junto dos navios? Aser assentou-se à beira do mar e ficou descansando nos seus portos.
18. Zabulon, porém, é um povo que desafia a morte, e da mesma forma Neftali, sobre os planaltos.
19. Vieram os reis e travaram combate; e travaram combate os reis de Canaã em Tanac, junto às águas de Meguido; mas não levaram espólio em dinheiro.
20. Desde o céu as estrelas combateram, de suas órbitas combateram contra Sísara,
21. e a torrente de Quison os arrastou, a velha torrente, a torrente de Quison. Marcha, ó minha alma, resolutamente!
22. Ouviu-se, então, o troar dos cascos dos cavalos, ao tropel, ao tropel dos cavaleiros.
23. Amaldiçoai Meroz, disse o anjo do Senhor, amaldiçoai, amaldiçoai seus habitantes! Porque não vieram em socorro do Senhor, em socorro do Senhor, com os guerreiros.
24. Bendita seja entre as mulheres, Jael, mulher de Héber, o quenita! Entre as mulheres da tenda seja bendita!
25. Ao que pediu água ofereceu leite; serviu nata em taça nobre.
26. Com uma das mãos segurou o prego, e com a outra o martelo de operário, e malhou Sísara, espedaçando-lhe a cabeça, e esmagou-lhe a fonte e a transpassou.
27. Aos seus pés ele vergou, tombou, ficou; aos seus pés ele vergou, tombou. Onde vergou, ali tombou abatido!
28. Da janela, através das persianas, a mãe de Sísara olha e clama: ‘Por que tarda em chegar o seu carro?! Por que demoram tanto as suas carruagens?!’.
29. As mais sábias das damas lhe respondem, e ela mesma o repete a si própria:
30. ‘Devem ter achado despojos, e os repartem: uma moça, duas moças para cada homem, despojos de tecidos multicores para Sísara, despojos de tecidos multicores, recamados; uma veste bordada, dois brocados, para os ombros do vencedor’.
31. Assim pereçam, Senhor, todos os vossos inimigos! E os que vos amam sejam como o sol quando nasce resplendente”.
32. E repousou a terra durante quarenta anos. (Houve paz no país durante quarenta anos)
fonte:https://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/juizes/5/