Junho é um mês cheio de significados nas mais diversas áreas, mas mais importante e significativo para a Igreja Católica.
É nele que comemoramos 3 dos santos mais populares do Brasil: Santo Antônio, São João e São Pedro. Muitas pessoas apenas celebram os santos nas famosas “Festas Juninas” mas são poucos que realmente sabem e conhecem a história e tradição católica por trás de cada um.
Santo Antônio
Santo Antônio que ao nascer em Lisboa recebeu o nome de Fernando, desde pequeno se dedicava a fazer orações pedindo proteção à Deus. Era de família rica, de sobrenome Bulhão/Bulhões, mas por volta dos 15 anos de idade abriu mão dessa vida e entrou para um convento da ordem agostiniana e aos 20 anos ingressou na Ordem dos Franciscanos.
Nesse tempo, mostrou muito interesse ao estudo da Bíblia e dos padres mas nada foi mais forte que um fato isolado que mudaria a sua vida e seus objetivos na Igreja Católica: após ver as relíquias de missionários franciscanos que foram para o Marrocos, Fernando ficou decidicido a seguir o exemplo deles e pediu para fazer o mesmo. Foi aí que mudou o seu nome para Antônio e teve seu pedido aceito. Mas Deus já tinha outros planos para ele.
Antônio ficou muito doente e teve que voltar para a Itália, onde encontrou São Francisco de Assis e passou a viver em clausura em um convento no norte da Itália. A convite de Francisco fazia algumas pregações e o seu dom e sabedoria eram tantos que não demorou muito para que graças a ele, uma grande atividade católica crescesse na Itália e na França. Suas pregações foram responsáveis por trazer muitas pessoas que estavam afastadas da igreja.
Sua saúde foi sempre muito debilitada e por conta disso teve que se recolher em um convento perto de Pádua e lá ficou até os seus últimos dia. Enquanto esteve ali, escreveu muitos sermões que posteriormente seriam publicados. Antônio morreu em 13 de junho de 1231 após uma grave crise de hidropisia e foi canonizado apenas 11 meses após a sua morte pelo Papa Pio XII.
Oração a Santo Antônio
A vós, Antônio, cheio de amor a Deus e aos homens que tiveste a sorte de estreitar entre teus braços ao Menino-Deus, a ti cheio de confiança, recorro na presente tribulação que me acompanha………….
Te peço também por meus irmãos mais necessitados, pelos que sofrem, pelos oprimidos, pelos marginalizados, pelos que hoje mais necessitem de tua proteção.
Fazei que nos amemos todos como irmãos, que no mundo haja amor e não ódios. Ajudai-nos a viver a mensagem de Cristo.
Vós, em presença do Senhor Jesus, não cesses de interceder a Ele, com Ele, por Ele, a favor nosso ante o Pai. Amém.
São João
São João é conhecido popularmente como “santo festeiro”, mas na tradição católica é considerado o santo mais próximo de Jesus Cristo pois além de ser seu primo, João foi o responsável pelo batismo de Cristo no Rio Jordão.
É conhecido até hoje como São João Batista justamente por conta da sua fé e devoção com o ritual do batismo e junto com a Virgem Maria, o único santo onde a liturgia lembra a data de seu nascimento e não da sua morte.
Ao atingir maturidade, foi enviado para o deserto para se preparar com orações e penitências sempre aceitando tudo com muita devoção e convertendo e catequizando as pessoas por onde passava e anunciando também a vinda do Messias. Devido a isso, passou a ser chamado de “Profeta” e ao ver Jesus andando em sua direção, disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” e mesmo não se achando digno de batizar Jesus, o faz com muito amor, fé e respeito.
Após o batismo, Jesus continua no seu caminho e João na sua missão de denunciar as injustiças, o abuso de poder, as imoralidade, as ofensas as leis de Deus, o que infelizmente o levou a ser de preso por Herodes. Mesmo preso, João condenou a atitude de adultério do rei, que vivia com a esposa do irmão. Os chamou para a conversão e penitência, mas Herodes foi influenciado pela filha a pedir a morte de João, que foi decapitado.
Oração a São João Batista
São João Batista, voz que clama no deserto: "Endireitai os caminhos do Senhor... fazei penitência, porque no meio de vós está quem não conheceis e do qual eu não sou digno de desatar os cordões das sandálias", ajudai-me a fazer penitência das minhas faltas para que eu me torne digno do perdão daquele que vós anunciastes com estas palavras: "Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira os pecados do mundo". Amém!
São Pedro
Simeão, seu nome de batismo, era um pescador e e foi um dos dozes apóstolos de Cristo. Conheceu Jesus através do irmão André e foi na casa de Pedro que Ele fez suas primeiras pregações e foi chamado pelo próprio para largar tudo e seguir o caminho de fé junto a Ele. Esteve presente nos momentos mais importantes da vida de Jesus, visto que sempre era evidenciado por Ele e foi a partir dai que recebeu o nome de Pedro.
Foi considerado o primeiro papa por ter sido considerado chefe da comunidade cristã após a morte de Cristo. Sua morte não é bem clara no Evangelho mas acredita-se que ele morreu em consequência de sua idade já bem avançada e complicações de alguma doença.
Oração a São Pedro
Glorioso São Pedro, creio que vós sois o fundamento da Igreja, o pastor universal de todos os fiéis, o depositário das chaves do céu, o verdadeiro vigário de Jesus Cristo; e eu em glorio de ser vossa ovelha, vosso súdito e filho.
Uma graça vós peço com toda minha alma: guardai-me sempre unido a vós que antes me seja arrancado do peito o coração do que o amor e plena submissão que vos devo nos vossos sucessores, os pontífices romanos.
Viva eu e morra como vosso filho da Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana. Amém!
fonte:https://www.nossasagradafamilia.com.br/historia-dos-santos/os-3-santos-mais-populares-do-mes-de-junho
Juliana nasceu em Florença no
ano de 1270. Era filha única do já idoso casal Caríssimo e Ricordata, da
riquíssima disnatia dos Falconieri. De grande tradição na aristocracia,
bem como no clero, a família contribuiu ao longo do tempo com muitos
santos venerados nos altares da Igreja. Ela era sobrinha de santo Aleixo
Falconieri, um dos sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria, e como
ele também trilhou o caminho para a santidade.
Ainda criança, vivia com o coração dedicado às virtudes, longe das
ambições terrenas e das vaidades. Junto com algumas amigas, em vez das
brincadeiras típicas da idade, preferia cantar e rezar para o Menino
Jesus e a Virgem Maria. Aos
quinze anos de idade, fez voto de castidade, ingressando na Ordem das
Servitas, sob a orientação de Filipe Benício, hoje santo. Foi seguida
por suas amigas aristocratas e, com o apoio de religiosas, passaram a
visitar hospitais e a desenvolver dezenas de obras de caridade e
assistenciais. Essas jovens se organizaram de tal forma que logo optaram
por ter sua própria instituição. Com inspiração em regras escritas por
Juliana, fundaram a Congregação das Servas de Maria, também chamadas de
"Mantellate", numa referência ao hábito que vestem. Ordem que obteve a
aprovação canônica em 1304.
A dedicação de Juliana foi tão radical ao trabalho junto aos pobres e
doente, às orações contemplativas e às severas penitências que acabou
por adoecer. Mesmo assim, continuou dormindo no chão e fazendo os jejuns
a que se tinha proposto. Por isso os problemas estomacais surgiram,
passaram a ser freqüentes e depois se tornaram crônicos, padecendo de
fortes dores.
Apesar disso, não diminuiu as penitências, nem mesmo o trabalho com seus
pobres e doentes abandonados. Aos setenta anos, o problema gástrico era
tão grave que não conseguia manter nenhum alimento no estômago. Nem
mesmo a hóstia.
No dia 10 de junho de 1341, poucos momentos antes de morrer, Juliana
pediu ao sacerdote que colocasse uma hóstia sobre seu peito e,
pronunciando as palavras: "Meu doce Jesus", ingressou no Reino de Deus.imagem:https://revista.arautos.org/dia-19-de-junho/
Ao prepararem o corpo para ser sepultado, as irmãs constataram no seu
peito uma mancha roxa, como se fosse uma hóstia impressa na sua carne,
tendo no centro a imagem de Jesus crucificado. Em memória desse milagre,
as irmãs "Mantellate" trazem sobre o lado esquerdo do escapulário a
imagem de uma hóstia.
Canonizada em 1737 pelo papa Clemente XII, santa Juliana Falconieri é celebrada no dia de sua morte.
*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br
fonte:https://arquisp.org.br/liturgia/santo-do-dia/santa-juliana-falconieri
Nasceu Juliana em 1270, filha de
Caríssimo e Ricordata. Caríssimo era irmão de santo Alexis Falconieri,
um dos fundadores dos Servitas. Caríssimo tornou-se muito rico, por sua
habilidade comercial; temendo não ter ganho honestamente as suas posses,
pediu ao papa Urbano IV a absolvição geral e empregou os seus haveres
em boas obras. Era bem idoso já, quando lhe nasceu Juliana. As primeiras
palavras que a menina pronunciou foram Jesus e Maria. Caríssimo morreu
pouco tempo depois.
Desde 1284, recebeu o hábito de terceira
na Congregação dos Servitas, dado por são Filipe Benício. Durante um
ano foi objeto de admiração para sua família e para sua mãe. Na presença
de são Filipe fez ainda a sua profissão; pouco tempo depois ele
faleceu, não sem recomendar-lhe a Congregação toda, mas particularmente
as Irmãs.
Há muito tempo Juliana conhecia os
instrumentos de penitência; jejuava às quartas e sextas-feiras, não
recebendo senão a santa comunhão; aos sábados comia apenas um pouco de
pão e tomava água, e passava o dia a contemplar as sete dores de Maria; a
sexta-feira era consagrada aos mistérios da paixão do Senhor, em honra
dos quais se flagelava até o sangue.
Após a morte de sua mãe, ocupou-se em reunir aquelas que, querendo se
consagrar a Deus como ela, até então tinham vivido nas casas de suas
famílias. Uma vez todas instaladas na casa, ela própria quis pedir a
admissão, de pés nus e com uma corda ao pescoço, batendo à porta.
O papa Bento XI, em 1304, declarou essa
Congregação verdadeira Ordem religiosa. Dois anos mais tarde, Juliana
aceitou ser superiora. Tendo viva consciência de que aquele que está
mais altamente colocado deve ser o servo dos outros, procurava sempre os
trabalhos mais humildes. Dormia pouco, estendida sobre chão nu; suas
orações, que duravam até um dia inteiro, obtiveram-lhe a graça e a força
de resistir às mais abomináveis tentações. Pacificou discórdias civis,
interessou-se pelos pobres e pelos doentes, que ela curava ao contato de
suas mãos.
No fim de sua vida, por causa de doença
do estômago, não suportou mais alimento algum, nem mesmo a comunhão. Na
hora da morte, não podendo receber o viático, suplicou ao P. Tiago de
Campo Regio que lhe trouxesse ao menos o cibório em sua cela; ela se
estendeu então por terra, e com os braços em cruz, quis que um corporal
fosse estendido sobre o seu peito e que a santa hóstia fosse aí
depositada; esta, assim que foi depositada, desapareceu misteriosamente,
e Juliana morreu dizendo: “Meu doce Jesus” (19/6/1341). Por ocasião da
toalete fúnebre, encontrou-se sobre o coração da santa, a marca da
hóstia como um selo, com a imagem de Jesus crucificado. O Senhor, que
ela tanto desejara receber, tinha-a escutado para além de toda
esperança. Em memória desse milagre, as “Mantellate” trazem sobre o lado
esquerdo do escapulário a imagem de uma hóstia.
Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
fonte;https://www.paulus.com.br/portal/santo/santa-juliana-de-falconieri-virgem/
imagem - https://catholicmagazine.news/italy-rome-san-pietro-basilica/
St. Juliana Falconieri – St. Peter’s Basilica, Rome.
Photo: David Santos Domingues
Oração
Ó gloriosa Santa Juliana, estamos diante de vossos pés com
confiança filial de sermos exaltados. Nós vos pedimos as graças dos três
amores celestiais, pelos quais, fostes de Deus a favorita, em vossa
carreira mortal: O Ardente amor a Jesus Eucarístico. O amor a Virgem das
Dores, e o amor aos pobres pecadores. Sois exemplo de virgindade,
penitência, dedicação, amor ao próximo e de assistência aos mais
necessitados. Concedei-nos por seus merecimentos, a graça de sempre
termos em nossa vida uma incessante comunhão com Jesus Sacramentado, e
com a Rainha das Dores, e que também possamos oferecer um sacrifício a
Deus salvando almas que vivem longe Dele. Dai-nos vossa intercessão, e
pelos méritos de Jesus e Maria, junto dos quais estais no Céu, sejais
nossa potente advogada, e doce protetora, a fim de alcançarmos a pátria
celeste. Amém.
Santa Juliana rogai, por nós.
(fonte:https://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/o-santo-do-dia/santa-juliana-falconieri-2/)