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terça-feira, 21 de outubro de 2025

São Gaspar Del Búfalo

 21 de Outubro
São Gaspar Del Búfalo



Gaspar de Búfalo nasceu em Roma no dia 6 de janeiro de 1786. Seus pais — Antonio, chefe de cozinha da família Altiere, e Anunciata Quartieroni — eram excelentes católicos. Como nasceu com a saúde muito delicada, sua mãe obteve que fosse crismado com um ano e meio de idade. O menino esteve várias vezes a ponto de morrer. Anunciata recorreu então a São Francisco Xavier, pedindo-lhe a cura do filho. Tendo sido milagrosamente curado, Gaspar teve até o fim da vida profunda devoção ao Apóstolo da Índia e do Japão, que se tornou o patrono da congregação religiosa que ele fundaria mais tarde.

Gaspar demonstrou desde cedo inclinação à virtude e horror ao pecado. “Admirava-se nele o candor de sua alma, a vivacidade de seu espírito, sua amável timidez, seu caráter franco e aberto, sua modéstia, sua amabilidade e sua perfeita obediência a seus pais”. Tinha horror ao pecado, mesmo ao venial, pois julgava acertadamente que, sendo uma ofensa a Deus, mesmo em matéria de menor gravidade não deixava por isso de ser ofensa.

A mãe incutiu-lhe ardente devoção à Santíssima Virgem e a São Luís Gonzaga. O menino costumava reunir a seus amiguinhos em torno de uma imagem da Mãe de Deus, para louvá-la com orações e cânticos. A Ela recorria frequentemente para suplicar que lhe desse controle sobre suas más inclinações, principalmente sua tendência à cólera. Gaspar teve também, desde pequeno, um amor heroico aos pobres e miseráveis.

Aos 12 anos Gaspar foi matriculado no Colégio Romano, recebendo a primeira tonsura. Alguns anos depois, também precocemente, receberam as quatro ordens menores.

Foi então encarregado da instrução catequética na igreja de São Marcos. A dedicação e eficiência com que se desempenhou do cargo foi tal, que lhe mereceu o epíteto de o “Pequeno Apóstolo de Roma”. Por isso, ao completar 19 anos, foi nomeado presidente da recém-instituída Escola Catequética de Santa Maria Del Pianto.

Gaspar costumava reunir certo número de jovens para dedicar-se com eles à vida de piedade. Exortava-os sempre a progredir na vida espiritual e no amor à Igreja.

Em 1807 foi-lhe concedido um canonicato em São Marcos. E no ano seguinte – com dispensa, pois tinha apenas 22 anos de idade – recebeu a ordenação sacerdotal.

Foi companheiro de Vicente Strambi nas missões, o qual o definia como “terremoto espiritual”. O povo o chamava de “anjo da paz”, devido suas pregações serem pacíficas e caridosas.

O Papa João XXIII definiu-lhe como: “Glória toda resplandecente do clero romano, verdadeiro e maior apóstolo da devoção ao Preciosíssimo Sangue de Jesus no mundo”. Em 1810 uma piedosa religiosa dizia que surgiria um zeloso sacerdote que sacudiria o povo da sua indiferença, mediante a propagação de devoção ao Precioso Sangue.

No auge de sua ambição, Napoleão Bonaparte fez-se coroar imperador dos franceses em 1804. Muito favorecido pelas armas, tornou-se senhor da Europa, julgando-se acima de tudo e de todos, tanto na ordem temporal quanto na espiritual. Já havia obrigado o Papa Pio VII a estar presente em sua coroação. Mas não o considerava senão um joguete em suas mãos.

Tendo já anexado ao Império os Estados Pontifícios, Napoleão exigiu do clero desses Estados um juramento de fidelidade. Assim, em 1810, São Gaspar de Búfalo foi intimado a comparecer diante do general Miollis, representante de Napoleão em Roma, para jurar fidelidade ao imperador. O santo respondeu com as palavras que se tornaram célebres: “Non posso, non debbo, non voglio”. O general o ameaçou então com o exílio. Como pai verdadeiramente cristão, Antonio de Búfalo, que estava junto ao filho, respondeu que preferia ver seu filho cortado em pedaços que faltar a seu dever.

Depois de uma segunda recusa, São Gaspar foi encarcerado e levado de prisão em prisão, até a queda de Napoleão em 1814.

Ao retornar a Roma, Gaspar pensou em ingressar na Companhia de Jesus, então restabelecida. Entretanto, Pio VII – que também retornava do exílio –, angustiado pelo calamitoso estado espiritual existente, sobretudo de Roma e dos Estados Pontifícios depois dos anos das guerras e desordens napoleônicas, desejava que neles se realizassem missões. Escolheu então São Gaspar de Búfalo e outros zelosos sacerdotes para essa obra, cedendo-lhes para se reunirem o convento de São Felix, em Giano.
São Gaspar fundou então, no dia 15 de agosto de 1815, uma congregação de sacerdotes seculares para pregar as missões e difundir a devoção ao Preciosíssimo Sangue. Seus membros não fariam os três votos religiosos, mas uma promessa de “não deixar a comunidade sem permissão do superior legal”.

Sua fama como pregador difundiu-se por toda a Itália, porque ele tinha um talento prodigioso para expor a palavra divina. O povo o chamava de “o Santo”, “Apóstolo de Roma” e de “Martelo dos carbonários” (a franco-maçonaria italiana). Poucos podiam resistir à força e unção de suas palavras. Só na cidade de Sanseverino, por exemplo, 50 sacerdotes não foram suficientes para ouvirem confissões depois de sua missão. São Gaspar pregava para todos, não escolhendo lugar nem pessoas.

O Papa Leão XII recorreu a Gaspar de Búfalo devido à proliferação do banditismo, o qual, conseguiu amansar os mais temíveis bandidos. Com estas armas da paz e da caridade conseguiu conter os bandidos que proliferavam nas periferias de Roma

Entretanto, esse ato heroico de caridade excitou a ira de alguns oficiais, que lucravam com o banditismo por meio de propinas e conluios. Estes “sem Deus” ousaram denunciá-lo ao Papa Leão XII, que se impressionou com as denúncias. Tanto mais quanto o Pontífice já tinha objeções ao nome da congregação – “Preciosíssimo Sangue” – que julgava uma novidade. São Gaspar de Búfalo foi então intimado a explicar-se em sua presença, enquanto o Padre Betti justificava o nome da congregação com argumentos das Sagradas Escrituras e dos Padres da Igreja. Após ouvi-los, Leão XII exclamou: “De Búfalo é um anjo”. E a Congregação encontrou livre trânsito na Igreja.

É interessante notar que a devoção ao Preciosíssimo Sangue não era inteiramente nova. Havia várias arquiconfrarias a ele dedicadas na Espanha no século XVI; e em 1608 o duque de Mântua, Vicente de Gonzaga, já fundara em seus domínios uma ordem militar do Preciosíssimo Sangue, cujo objetivo era proteger uma sagrada relíquia do Preciosíssimo Sangue.

Em 1834, junto com a venerável Maria de Mattia, São Gaspar fundou o ramo feminino de sua congregação, as Irmãs da Adoração do Preciosíssimo Sangue.

Finalmente, em 1836, sua saúde sempre frágil começou a declinar a olhos vistos. Mesmo assim ele continuou seu apostolado. Indo a Roma atender às necessidades dos empestados durante a terrível peste que se abateu sobre a Cidade Eterna, foi atacado pela moléstia, falecendo no dia 28 de dezembro de 1837.

Faleceu em Roma a 28 de dezembro de 1837, em um quarto em cima do Teatro Marcelo, São Vicente Palloti, seu contemporâneo, teve a visão de sua alma que subia ao encontro de Cristo, como uma estrela luminosa. A fama de sua santidade não demorou a atingir o mundo todo.

São Gaspar de Búfalo foi beatificado pelo glorioso São Pio X em 1904, e canonizado por Pio XII em 1954. Sua festa é celebrada em 02 de janeiro.

Fonte: http://www.santosebeatoscatolicos.com

fonte:https://institutohesed.org.br/blog/sao-gaspar-del-bufalo/ 



Em 6 de janeiro de 1786, a família romana Búfalo, aristocratas empobrecidos, rejubilou-se com o nascimento de um filho, que foi batizado - na solenidade da Epifania – com o nome de Gaspar, um dos três reis magos: Gaspar, Baltasar, Melquior. Desde pequeno, dedicou-se à oração e à penitência e frequentou o Colégio Romano, que, na época, era confiado ao clero secular, após a supressão da Companhia de Jesus. No entanto, visto que o seu pai era cozinheiro no Palácio Altieri, em frente à Igreja de Jesus, Gaspar aprendeu a conhecer e a venerar São Francisco de Sales, ao qual atribuiu uma cura milagrosa na sua juventude.
Entre os "carroceiros"

Em 1798, Gaspar recebeu a batina e começou a dar assistência espiritual e material aos necessitados de Roma. Distinguiu-se, de modo particular, pela sua dedicação ao Catecismo, que ocorria no Oratório da igreja de Santa Maria do Pranto: ali, começou a ensinar a Doutrina da Igreja aos "carroceiros", que vinham da zona rural para levar feno ao chamado Campo Vaccino, como era chamado, na época, o Fórum Romano. Ele se dedicava também à preparação de uns jovens, escolhidos para ensinar o catecismo e cuidar dos pobres, fazendo renascer assim a Obra de Santa Gala. Em 1808, Gaspar foi, finalmente, ordenado sacerdote. Desta forma, intensificou o apostolado entre as classes populares, transformando a igrejinha de Santa Maria “in Pincis”, junto à Rupe Tarpea, em um próspero centro de espiritualidade.
"Não devo, não posso, não quero"

Na época de Gaspar, Roma e o Estado Pontifício foram ocupados pelas tropas napoleônicas. Na noite entre 5 e 6 de julho de 1809, a situação se precipitou e o Papa Pio VII foi preso e deportado. Além disso, Napoleão obrigou os Bispos e párocos da cidade a assinar um ato de juramento de fidelidade ao novo regime. Em 13 de junho de 1810, o juramento foi imposto também ao Padre Gaspar, que, porém, se recusou, pronunciando as famosas palavras: "Não devo, não posso, não quero". Por isso, foi preso e mandado para o exílio. Ele descontou sua pena de quatro anos nas prisões de Piacenza, Bolonha, Ímola e, enfim, em Lugo, perto de Ravena. Retornou a Roma somente em 1814.
Um "terremoto espiritual"

Em 1815, Gaspar fundou uma nova Congregação chamada Missionários do Preciosíssimo Sangue. Ele se sentia mais próximo a esta devoção, intimamente ligada ao Sagrado Coração de Jesus, da qual se tornou apóstolo fervoroso. Somente o Sangue, derramado por Cristo para a redenção dos homens, era instrumento de conversão. Percebendo seu zelo, o Papa Pio VII confiou à sua Congregação a missão de uma nova evangelização e restabelecer a fé nos territórios do Estado Pontifício. Na prática, ele lhe pedia para ir aonde ninguém queria e enfrentar pessoas, que ninguém queria encontrar.
"Martelo dos sectários"

Gaspar e seus missionários tiveram que enfrentar duas chagas principais que afligiam Roma: a maçonaria e o banditismo. Suas habilidades de pregador alcançaram resultados extraordinários contra as sociedades secretas, consideradas forjas de um perigoso secularismo ateu: conseguiu levar inteiras lojas maçônicas para o bom caminho, desmascarando este problema oculto, a ponto de receber o apelido de "martelo dos sectários". Da mesma forma, agiu contra os bandidos: para cumprir sua missão, no caminho entre Roma e Nápoles, armado apenas com o crucifixo e a misericórdia evangélica, Gaspar falava e explicava a todos sobre o sangue derramado por Jesus, como sacrifício pela salvação de toda a humanidade. Assim, lentamente, conseguiu alcançar o que ninguém havia conseguido: tornar a cidade mais segura.
Morte e canonização do "Anjo da paz"

Em 1834, graças à colaboração de Maria de Mattias, - que havia conhecido aos 17 anos e à qual revelara a sua vocação, - Gaspar fundou o ramo feminino da Congregação: as Irmãs Adoradoras do Preciosíssimo Sangue de Cristo, que hoje atuam no mundo inteiro, sobretudo na Índia e Tanzânia. Três anos depois, Gaspar de Búfalo faleceu e foi canonizado por Pio XII, em 1954. Falando sobre este Santo aos participantes no Capítulo geral da Congregação, em 14 de setembro de 2001, São João Paulo II disse: “Confiante no fato de que o pedido do Papa era uma ordem de Cristo, seu Fundador não hesitou em obedecer, embora o resultado tenha sido: foi acusado de ser muito inovador. Lançando suas redes nas águas profundas e perigosas, fez uma pesca surpreendente”.

Oração de São Gaspar ao Sangue de Jesus:
Precioso sangue do meu Senhor,
que eu possa vos abençoar sempre.
Amor do meu Senhor, que se tornou chaga,
quanto estamos longe de nos conformar com a vossa vida.
Sangue de Cristo, bálsamo das nossas almas e fonte de misericórdia, fazei que a minha língua, avermelhada de sangue na celebração diária da Missa, possa abençoar-vos agora e sempre.
Senhor, quem não vos amará?
Quem não se consumirá de carinho por vós?
As vossas chagas, vosso sangue, os espinhos, a cruz e, sobretudo, o sangue divino, derramado até à última gota, clamam com voz eloquente ao meu pobre coração!
Visto que agonizastes e morrestes por mim, para me salvar, eu também darei, se necessário, a minha vida, para conseguir a beatitude do céu.
Jesus, vós vos fostes a nossa redenção.
Do vosso peito aberto, arca de salvação, fornalha de caridade, saiu sangue e água, sinais dos sacramentos e da ternura do vosso Amor, Jesus Cristo, que nos amou e nos lavou com o seu Sangue!
fonte: https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia/10/21/s--gaspar-del-bufalo--presbitero--fundador-dos-missionarios-do-p.html

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