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sábado, 11 de outubro de 2025

Santos do mês de Outubro

Origens 
A mística da Misericórdia nasceu no dia 25 de agosto de 1905, em Glogowiec, na Polônia Central. Faustina foi a terceira dos dez filhos do casal Stanislaus e Marianna Kowalska, que os educaram com grande disciplina espiritual. Muito pobres, só foi possível à Faustina que completasse três anos de estudos. Ela e suas irmãs tinham apenas um bom vestido que tinham de revezar para ir às missas. Todas as irmãs iam à missa, mas cada uma assistia a uma missa diferente. Ela também trabalhou de doméstica por um tempo, antes de entrar no convento. 

Juventude

Com 18 anos, a jovem Faustina disse à sua mãe que desejava ser religiosa, mas os pais não permitiram. Aos 19 anos, estava dançando em um baile, quando viu Jesus coberto de chagas parado junto a si, então, Ele lhe disse: “Até quando hei de ter paciência contigo? Até quando tu me enganarás?”. Faustina disfarçou o acontecido para que sua irmã não percebesse. Quando pôde, abandonou discretamente o baile e dirigiu-se até a Catedral de São Estanislau Kostka. Na Igreja, ela pediu ao Senhor, em oração profunda, que lhe mostrasse o caminho a ser seguido, logo escutou uma voz que lhe dizia: “Vá imediatamente a Varsóvia, lá entrarás em um convento”.

Ousadia de Santa Faustina para o encontro de Jesus
No outro dia, apenas com a roupa do corpo, decidiu sair de sua casa mesmo sem a permissão dos pais. Ela vagou de convento em convento sendo rejeitada por causa de sua baixa escolaridade e pobreza. Depois de várias semanas de busca, a Madre Superiora do convento das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia decidiu lhe dar uma chance com a condição de que pagasse pelo ingresso, o que a levou a trabalhar como doméstica por um ano, período em que fazia depósitos na conta do convento até que completasse o montante exigido. 

Entrada no Convento

Em 30 de abril de 1926, aos 20 anos, ingressou no convento adotando o nome de Maria Faustina do Santíssimo Sacramento. O nome Faustina significa abençoada, afortunada e pode ser uma referência ao mártir cristão Faustinus. Segundo conta em seus diários, poucas semanas depois de seu ingresso no convento, teve a tentação de abandoná-lo.

Da quase saída do convento ao abandono em Deus 
Chegou a procurar a Madre Superiora, porém, não encontrou-a, retirando-se então para seu dormitório. Lá teve uma visão de Jesus, com seu rosto desfigurado por conta das chagas. Ela questionou-o: “Jesus, quem te feriu tanto?”. Jesus respondeu: “Esta é a dor que me causarias se tivesses abandonado este convento. É para cá que eu te trouxe e não para outro; e tenho preparadas para ti muitas bênçãos”. Ela compreendeu que o plano de Deus para ela era que ficasse ali. O tempo que lhe sobrava dos trabalhos e obrigações passava-se em adoração ao Senhor culto no tabernáculo; d’Ele recebeu luzes especialíssimas sobre o mistério da Santíssima Trindade e as demais verdades da Fé, de forma que costumava dizer: “Ele é meu Mestre”.

Trabalhos no Convento

Neste convento, trabalhou na cozinha e como cuidadora de outras irmãs. Em abril de 1928, fez votos como freira, seus pais estiveram presentes na cerimônia. Um ano mais tarde, Faustina foi enviada a um convento de Vilnius, Lituânia, onde também trabalhou como cozinheira, ficou por pouco tempo, mas retornou ao local mais tarde, ocasião em que encontrou com Michał Sopoćko, que apoiou sua missão. Um ano depois de seu retorno de Vilnius, em maio de 1930, ela foi transferida para um convento em Płock, na Polônia, onde ficou por cerca de 5 anos.

A Primeira Revelação de Jesus 

Em 22 de fevereiro de 1931, Irmã Faustina relatou, em seus diários (diário I, sessões 47, 48 e 49), ter tido a primeira revelação de Jesus enquanto Rei da Divina Misericórdia em seu quarto. Segundo ela, Jesus apareceu vestido de branco e de seu coração emanava feixes de luz vermelho e branco. 

O pedido de Jesus para Santa Faustina 
Entre outras coisas, Jesus pediu-lhe que pintasse uma imagem sua, fiel à imagem que se mostrava a ela. A imagem deveria conter a inscrição: “Jesus, eu confio em vós”. Jesus manifestou a vontade de que esta imagem fosse venerada, primeiro, em sua capela, posteriormente, no mundo todo e solenemente no domingo que sucede ao domingo de Páscoa, Jesus ainda teria dito a ela que quem quer que venerasse tal imagem seria salvo. Por não saber pintar, Faustina solicitou ajuda das irmãs de seu convento, contudo, não recebeu nenhum auxílio. 

O Livro de suas Visões 

Em 1933, ela começou a ser dirigida pelo Padre Sopoćko, que, ao ouvir suas experiências místicas, procurou submetê-la a avaliações psiquiátricas. Depois que a Dra. Helena Maciejewska deu o parecer de sanidade, padre Sopoćko teve confiança e começou a aconselhá-la. Pediu que escrevesse um diário para registrar as mensagens que recebia e conversas que tinha com Jesus, livro que se tornou mundialmente famoso e um verdadeiro guia espiritual para as almas. 

Imagem da Divina Misericórdia

Faustina contou ao padre sobre a imagem da Divina Misericórdia, em janeiro de 1934, ele a apresentou ao artista plástico Eugene Kazimierowski, que finalizou a obra em junho desse mesmo ano. Entretanto, a imagem que tornou-se famosa no mundo inteiro foi realizada pelo pintor Adolf Hyła, feita em agradecimento pela salvação de sua família da guerra.

Terço da Divina Misericórdia

Faustina escreveu (n. 476) a respeito de uma visão envolvendo o Terço da Divina Misericórdia, o propósito das orações do terço são: obter misericórdia, confiar na misericórdia de Cristo e mostrar misericórdia para com os outros. 

Festa da Divina Misericórdia
Também relatou (n. 1044) que teve uma visão na qual a Festa da Divina Misericórdia seria celebrada na sua capela local e seria assistida por uma multidão de fiéis; e que a mesma cerimônia também teria lugar em Roma e seria conduzida pelo Papa. Em 1937, Faustina recebeu uma mensagem de Jesus com instruções sobre a Novena da Divina Misericórdia. Esse ano foi marcado pela divulgação das mensagens da Divina Misericórdia, foram impressos os primeiros cartões com a imagem da Divina Misericórdia, também foi publicado um panfleto intitulado Cristo, o Rei da Misericórdia, que incluía o terço, a novena e a litania da Divina Misericórdia.
Páscoa 

Santa Faustina sofreu muito, e por muitos anos, com a tuberculose, os dez últimos anos de sua vida foram particularmente atrozes. No dia 5 de outubro de 1938, sussurrou à irmã enfermeira: “Hoje, o Senhor me receberá”. E assim aconteceu. Foi beatificada a 18 de abril de 1993, pelo Papa João Paulo II, Santa Faustina, a “Apóstola da Divina Misericórdia”; e foi canonizada pelo mesmo Sumo Pontífice no dia 30 de abril de 2000.

Minha oração
“Querida apóstola da misericórdia, educai-nos para que vivamos da melhor maneira esse conselho evangélico, nele encontremos a misericórdia divina e sejamos misericordiosos com nossos irmãos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”

Santa Maria Faustina Kowalska , rogai por nós!

A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas (eremitas dos primeiros séculos do cristianismo) usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Dessa forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nosso e, para a contagem. Doutor da Igreja São Beda, chamado de “o Venerável” (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.

História do Rosário 

O Santo Rosário foi sendo transformado com o decorrer dos anos, porém, no ano de 1214, a Santa Igreja o estabeleceu na forma e método que hoje é usado. Antes, as Ave-Marias não eram como agora, nem mesmo os mistérios contemplados entre outros ingredientes da oração. Sua origem se deu com a revelação divina de Nossa Senhora do Rosário a São Domingos de Gusmão, fundador dos dominicanos (O.P.). Por meio das citações referidas ao Bem-aventurado Alano de La Roche em seu livro “De Dignitate Psalterri”, São Luís Maria Grignion de Montfort relata a origem do Rosário.

São Domingos e o Rosário

A tradição espiritual conta com a revelação. São Domingos se preocupava em converter os albigenses, também conhecidos como cátaros (puros), que eram um grupo de hereges de caráter gnóstico e maniqueísta, sendo até mesmo protegida por bispos e nobres da época. Essa doutrina negava a existência de um único Deus, negava a divindade de Jesus, direcionava a salvação através do conhecimento etc.

Rosário: a chave para alcançar as almas endurecidas 
Essas realidades entraram em choque com o catolicismo. Desse modo, o santo procurava converter os heréticos e enfrentava grande resistência. Certa vez, procurou retirar-se em uma floresta para rezar e ali recebeu a orientação da Nossa Senhora do Rosário: “Querido Domingos, você sabe de que arma a Santíssima Trindade quer usar para mudar o mundo? [ … ] a principal peça de combate tem sido sempre o Saltério Angélico que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Quero que alcances estas almas endurecidas e as conquiste para Deus, com a oração do meu Saltério” (MONTFORT, 2019, p. 42-43).

Do Saltério Angélico ao Santo Rosário
A propagação do Rosário por São Domingos

A partir dessa situação, São Domingos começou a pregar o Santo Rosário, ou como foi dito, em revelação, “Saltério Angélico”. Assim expresso, pois naquela época poucas pessoas eram alfabetizadas e não conheciam a Sagrada Escritura. Por outro lado, os monges costumavam recitar em oração os 150 Salmos, rezando a “liturgia das horas”. Desse modo, os cristãos poderiam imitar a oração e se aproximar dos mistérios de Deus ao recitar 150 Ave-Marias, conhecida como a saudação angélica já que foi dita pelos Anjos e relatava nas Escrituras. Assim, tornou-se o “Saltério Angélico” (Salmos Angélicos). 

Os Mistérios: Gozosos, Dolorosos e Gloriosos

Em um segundo momento, ao esfriar a devoção do Saltério Angélico, em nova aparição, Nossa Senhora do Rosário apareceu ao Beato Alano (1428 – 1475) lhe pedindo que reavivasse a prática. Assim ele formou os agrupamentos de 50 Ave-Marias e seus mistérios, conhecidos como: Gozosos, Dolorosos e Gloriosos. Ela lhe disse que muitas graças e milagres seriam alcançados por meio desse modo e reafirmou os ditos a São Domingos.

A Intercessora pela Igreja do Ocidente
Intercessão de Nossa Senhora do Rosário 

Logo após, houve a batalha de Lepanto (Grécia, junto ao porto de Corinto) comandada por João da Áustria, em 7 de Outubro de 1571. O Papa Pio V procurava conter os avanços dos turcos na Europa e, antes disso, convocou os cristãos para que rezassem o rosário através da Carta Breve Consueverunt (1569). Era uma batalha extremamente importante, pois dela dependia a preservação do cristianismo e da cultura ocidental.

Instituição da Festa

Com a vitória adquirida, ele instituiu a festa de Nossa Senhora do Rosário no mesmo dia da batalha e reconheceu que a vitória veio por meio das orações do Rosário. Sendo este Papa da ordem dos dominicanos, por isso, seguiu a inspiração do fundador. O Pontífice instituiu a festa, inicialmente chamada de Santa Maria da Vitória. 

Rainha do Sacratíssimo Rosário
Festa Mariana Obrigatória

Em 1573, o Papa Gregório XIII tornou a festa mariana obrigatória para a diocese de Roma e para as Confrarias do Santo Rosário, sob o título de Santíssimo Rosário da Bem-aventurada Virgem Maria. Em 1716, o Papa Clemente XI inscreveu a festa no calendário romano, estendendo-se para toda a Igreja. A celebração ocorria em datas diferentes, conforme os costumes locais. O Papa Leão XIII inscreveu a invocação “Rainha do Sacratíssimo Rosário” na Ladainha Lauretana em 10 de dezembro de 1883. Em 1913, o Papa Pio X fixou a data da celebração da festa em 7 de outubro.

O Quarto Mistério

Por fim, após anos de estímulo e devoção por parte dos papas e dos santos, São João Paulo II, em sua carta “Rosarium Virginis Mariae” (2002), institui o quarto mistério. Foi reconhecido como “luminoso”. Formando, então, o Rosário com quatro terços meditando os mistérios de Cristo. Assim, deu-se o formato daquilo que se conhece atualmente por Santo Rosário.

Minha oração

“Ó Mãe do rosário, consegui junto a Jesus aquilo que não podemos, combatei por nós e consolai-ndos das intempéries da vida. Entregamos a nossa existência a Ti e de Ti tudo esperamos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!”

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!
Origens
O martirológio romano apresenta-nos quatro santas com este nome de Pelágia. Esta, de hoje, era uma jovem de quinze anos, que, no princípio da perseguição do imperador Diocleciano, em 302, testemunhou de modo muito esquisito sua fidelidade a Cristo: preferiu morrer por amor a Cristo do que entregar sua virgindade, por isso a Igreja reconhece e louva seu heroísmo.

Guardiã da Virgindade

Quando os soldados do imperador foram à sua casa para levá-la ao tribunal, que certamente a condenaria porque era cristã, Pelágia recebeu-os bem, e quando se propuseram levá-la dando voz de prisão, pediu-lhes permissão para que fosse trocar de roupa. Dado o consentimento pelo chefe da escolta, Pelágia dirigiu-se ao quarto e, desejosa de escapar dos ultrajes que a esperavam, infalíveis, e a temer pela virgindade que consagrara a Deus, não titubeou: subiu ao mais alto da casa em que vivia, em Antioquia, e de lá atirou-se ao chão, falecendo quase que instantaneamente.

O Martírio para a preservação de sua virgindade 
Irmãs pelo martírio

Santo Ambrósio de Milão, no seu Tratado Das Virgens, apresenta-nos esta Santa Pelágia como irmã dos mártires Berniceia e Prosdoceia. Santa Pelágia ligou-se àquelas santas, porque Berniceia e Prosdoceia também tiraram a própria vida para escapar do horror; presas, iam sendo levadas ao cárcere. Em dado momento, a meio caminho, quando chegaram perto dum rio, solicitaram licença aos soldados para afastar-se um pouco, o que lhes foi concedido. Destarte, sem que pudessem ser impedidas, atiraram-se, de comum acordo à correnteza.

Suicídio ou virtude?

Pergunta-se: cometeram suicídio? Não, pois isso seria tirar a própria vida por desgosto, por perda de sentido ou qualquer motivo leviano. Na verdade, essas pessoas preferiam morrer do que cometer um pecado, por isso são mártires. Lembremos de São Domingos Sávio: “Antes morrer do que pecar”. 

A Virtude da Castidade 
Pelágia e tantos outros santos tinham a mesma convicção, e por isso não hesitaram em entregar a sua vida, afinal é melhor morrer para esse mundo do que padecer a eternidade no inferno. Essas mulheres, mártires por virtude da castidade, foram honradas com um culto público, porque aquele tirar-se a vida foi considerado como um ato de obediência a Deus. 

Muitas santas virgens assim agiram, como vimos e veremos no transcorrer dos dias e dos meses. Salvaram com a morte sua castidade. Essa atitude exalta a beleza e a virtude de modo heroico, enquanto, nos nossos dias, tantas pessoas se entregam aos prazeres da carne ou se deixam convencer a perder a sua virgindade para provarem que amam. Santa Pelágia preferiu provar seu amor a Jesus, e ali gozar das riquezas e prazeres celestes.

Minha oração

“Ó querida Pelágia, mesmo jovem, seu coração já estava maduro para compreender o valor da castidade, por isso pedimos a tua virtude sobre nós para que possamos viver reta e conscientemente. Que um dia cheguemos a amar a castidade mais que a nossa vida! Amém.”

Santa Pelágia, rogai por nós!
Origens 
São Daniel Comboni nasceu em Limone (Itália) em 1831. Único sobrevivente de oito irmãos, aos dez anos ingressou num internato de Verona. Quando tinha dezessete anos, ouvindo contar as vicissitudes dos missionários na África, decidiu dedicar sua vida à evangelização dos africanos.

Em 1854, foi ordenado sacerdote aos 23 anos de idade. Depois de uma cuidadosa preparação, estudando árabe, medicina, música, partiu para África em 1857.

Os Escravos na África

Estando lá, impressionou-se com a terrível situação dos escravos. A prática do tráfico de escravos estava de tal maneira arraigada, que, no Egito e no Sudão, o único local onde os escravos encontravam asilo eram as missões de Daniel Comboni.

Regresso à Itália 

Após dois anos, teve de regressar à Itália. Porém, Comboni não desanima e idealiza um projeto que ele chamou “Plano para a regeneração da África”. A ideia central do projeto era salvar a África por meio dos próprios africanos. Propunha-se fundar escolas, hospitais e universidades ao longo de toda a costa africana. Nestes centros, se formariam os futuros cristãos, professores, enfermeiros, sacerdotes e religiosas, que depois penetrariam no interior, a fim de evangelizar as populações africanas e promover o seu desenvolvimento.

Fundador 

Fundou, em 1867, o Instituto para as Missões na África, que deu lugar ao que hoje são os Missionários Combonianos. As comunidades que fundou seguem o modelo das reduções jesuítas na América Latina.

Em 1877, foi ordenado Bispo da África Central e, logo a seguir, ordenou a sacerdote um antigo escravo, primeiro padre africano daquele lugar, quando, na Europa, alguns ainda negavam ao africano a evidência de ser pessoa.

São Daniel Comboni: Grande Missionário na África
Missão

Grande missionário, Comboni era capaz de atravessar o deserto para fundar um centro missionário no sul do Sudão, como também empenhava-se em falar para associações missionárias, Bispos, em Paris, Colônia (Alemanha), com o objetivo de arrecadar auxílio econômico e de pessoal, organizando grupos e equipes de missionários para a Missão na África Central.
Páscoa

Morreu aos 50 anos, a 10 de outubro de 1881, no meio desta gente que tanto amou. No momento da morte, abençoou os seus companheiros dizendo: “Não temais; eu morro, mas a minha obra não morrerá”. Beatificado por João Paulo II a 17 de março de 1996, São Daniel Comboni foi canonizado pelo mesmo Sumo Pontífice em 5 de outubro de 2003.

Minha oração

“Grande protetor da África, estendei o cristianismo em meio ao continente, cuidai dos povos e dos seus descendência para que se encontrem com Jesus. Atraí vocação para dar continuidade ao teu trabalho evangelizador. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.”

São Daniel Comboni, rogai por nós!
Realmente tem de tudo: nobre família genovesa, que dá senadores e doges à República Marítima; aptidão para o estudo; altas relações que, na adolescência, lhe valeram a nomeação de pajem da corte: a de Carlos V, senhor da Europa e da América, senhor do mundo. A partir daí, alguém como ele pode chegar rapidamente aos grandes lugares.

Aos 17 anos pediu para ingressar nos Clérigos Regulares de São Paulo, chamados Barnabitas, por residirem na igreja milanesa de São Barnabé. São sacerdotes obrigados por uma regra de vida comum, por rigorosos deveres de estudo e ensino. Líderes da renovação religiosa. “Peço para ser aceito”, diz ele, “para me abandonar totalmente nas mãos da obediência”. Em sinal de obediência, é exposto a uma das mais desagradáveis provações: aparece na praça mercantil vestido de fidalgo, mas carregando pesada cruz nos ombros. Em suma, ele se humilha fazendo um show, expondo-se ao escândalo e ao escárnio. E inicia um costume: “Desde então, ‘carregar a cruz’ faz parte das nossas tradições familiares. É uma das mais queridas e inesquecíveis, porque todo barnabita inicia o seu ano de noviciado levando a cruz da comunidade para a igreja” (Padre Luis Origlia Roasio).

Ordenado sacerdote, tornou-se mestre e formador de barnabitas, chamados a ser homens da cruz e do livro, de fé e cultura intimamente unidas, tanto no século XVI como no século XX. Alessandro Sauli, nesta obra, é um homem tão protagonista que com apenas 34 anos já o fazem superior geral. Carlo Borromeo, arcebispo de Milão, o quer como seu confessor: “Depois de um diligente exame de consciência de todos os seus pecados, confessou-os a Alessandro Sauli.

Ele se beneficiou muito de seus conselhos cheios de doutrina” (C. Bescapé). Pio V em 1567 o nomeia bispo de Aleria, na Córsega, onde tudo deve ser feito, inclusive alimentar os fiéis, vítimas da fome e piratas; e continuando a formar sacerdotes culturalmente dignos, incutindo neles o ímpeto da evangelização. Por vinte anos, a Córsega teve um pai e um professor nele. E ele morreria ali, Ele obedece, mesmo que tanto trabalho já o tenha esgotado. No entanto, ele empreende imediatamente a visita pastoral: não para de “carregar a cruz”, até que um mínimo de força o sustente.

O último dia chega para ele na doce paisagem outonal do sul do Piemonte: em Calosso d’Asti, onde aceita a hospitalidade do senhor local, mas não nos salões nobres, pois ele fica no andar térreo com os trabalhadores, perto da recepção. E aqui, com as primeiras brumas nas colinas, morre o “Apóstolo da Córsega”. O corpo então retorna à Pavia, onde será sepultado na catedral. Em 1904, Pio X Sarto o inscreverá entre os santos.

Santo Alexandre Sauli, rogai por nós!