Todos os santos se tornam intercessores no Céu
A Lumen Gentium do Vaticano II lembra: “Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós junto ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por seguinte, pela fraterna solicitude deles, a nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio” (LG 49) (§956).Na hora da morte, São Domingos de Gusmão dizia a seus frades: “Não choreis! Ser-vos-ei mais útil após a minha morte e ajudar-vos-ei mais eficazmente do que durante a minha vida”. E Santa Teresinha confirmava esse ensino dizendo: “Passarei meu céu fazendo bem na terra”.
O nosso Catecismo diz: “Na oração, a Igreja peregrina é associada à dos santos, cuja intercessão solicita” (§2692).
A marca dos santos são as bem-aventuranças que Jesus proclamou no Sermão da Montanha; por isso, esse trecho do Evangelho de São Mateus (5,1ss) é lido nesta Missa. Os santos viveram todas as virtudes e, por isso, são exemplos de como seguir Jesus Cristo. Deus prometeu dar a eterna bem-aventurança aos pobres no espírito, aos mansos, aos que sofrem e aos que têm fome e sede de justiça, aos misericordiosos, aos puros de coração, aos pacíficos, aos perseguidos por causa da justiça e a todos os que recebem o ultraje da calúnia, da maledicência, da ofensa pública e da humilhação.
Somos chamados a ser santos
Essa ‘Solenidade de Todos os Santos’ vem do século IV. Em Antioquia, celebrava-se uma festa por todos os mártires no primeiro domingo depois de Pentecostes. A celebração foi introduzida em Roma, na mesma data, no século VI, e cem anos após era fixada no dia 13 de maio pelo Papa Bonifácio IV, em concomitância com o dia da dedicação do “Panteon” dos deuses romanos a Nossa Senhora e a todos os mártires. No ano de 835, essa celebração foi transferida pelo Papa Gregório IV para 1º de novembro.
Cada um de nós é chamado a ser santo. Disse o Concílio Vaticano II: “Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade” (Lg 40). Todos são chamados à santidade: “Deveis ser perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48): “Com o fim de conseguir essa perfeição, façam os fiéis uso das forças recebidas (…) cumprindo em tudo a vontade do Pai, se dediquem inteiramente à glória de Deus e ao serviço do próximo. Assim, a santidade do povo de Deus se expandirá em abundantes frutos, como se demonstra, luminosamente, na história da Igreja pela vida de tantos santos” (LG 40).
O caminho da perfeição passa pela cruz. Não existe santidade sem renúncia e sem combate espiritual (cf. 2Tm 4). O progresso espiritual da oração, mortificação, vida sacramental, meditação, luta contra si mesmo, é isso que nos leva, gradualmente, a viver na paz e na alegria das bem-aventuranças. Disse São Gregório de Nissa (340): “Aquele que vai subindo jamais cessa de ir progredindo, de começo em começo, por começos que não têm fim. Aquele que sobe jamais cessa de desejar aquilo que já conhece” (Hom. in Cant. 8).
Laudes da Solenidade de Todos os Santos
V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Hino
Jesus, que o mundo salvastes,
dos que remistes cuidai.
E vós, Mãe santa de Deus,
por nós a Deus suplicai.
Os coros todos dos Anjos,
patriarcal legião,
Profetas de tantos méritos,
pedi por nós o perdão.
Ó Precursor do Messias,
ó Ostiário dos céus,
com os Apóstolos todos,
quebrai os laços dos réus.
Santa Assembleia dos Mártires;
vós, Confessores, Pastores,
Virgens prudentes e castas,
rogai por nós pecadores.
Que os monges peçam por nós
e todos que o céu habitam:
a vida eterna consigam
os que na terra militam.
Honra e louvor tributemos
ao Pai e ao Filho também,
com seu Amor, um só Deus,
por todo o sempre. Amém.
I Vésperas
Solenidade de Todos os Santos
Redentor de todos, Cristo,vossos servos conservais,
abrandado pela Virgem
com suas preces maternais.
Multidões celestiais
dos espíritos amigos,
ontem, hoje e no futuro
defendei-nos do inimigo.
Do eternal Juiz profetas
e apóstolos do Senhor,
nos salvai com vossos rogos,
escutai nosso clamor.
Santos mártires de Deus,
confessores luminosos,
vossas preces nos conduzam
para o céu, vitoriosos.
Santos monges e eremitas,
santos coros virginais,
dai-nos sermos os convivas
do Senhor, com quem reinais.
Nossa voz à vossa unimos,
dando graças ao Senhor.
E paguemos, na alegria,
nossa dívida em louvor.
V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Hino
Ó Deus, verdade e força
que o mundo governais,
da aurora ao meio-dia,
a terra iluminais.
De nós se afaste a ira,
discórdia e divisão.
Ao corpo dai saúde,
e paz ao coração.
Ouvi-nos, Pai bondoso,
por Cristo Salvador,
que vive com o Espírito
convosco pelo Amor.
Ou:
O louvor de Deus cantemos
com fervor no coração,
pois agora a hora sexta
nos convida à oração.
Nesta hora foi-nos dada
gloriosa salvação
pela morte do Cordeiro,
que na cruz trouxe o perdão.
Ante o brilho de tal luz
se faz sombra o meio-dia.
Tanta graça e tanto brilho
vinde haurir, com alegria.
Seja dada a glória ao Pai
e ao Unigênito também,
com o Espírito Paráclito,
pelos séculos. Amém.
fonte:https://liturgiadashoras.online/hora-sexta-solenidade-de-todos-os-santos/
Oração a Todos os Santos: Ó, Deus, Onipotente e Eterno, que pela força do teu Espírito Santo santificastes a vida de tantos fiéis que vos serviram ao longo de todos os tempos e em todos os lugares, testemunhando a Vossa grandeza, amor e bondade; fazei que, pela poderosa intercessão de Todos os Santos, que Vós bem conheceis, cheguemos nós também à graça da vida eterna junto de vós, na companhia de Vosso Santíssimo Filho Jesus Cristo, Nossa Senhora e Todos os Santos e Santas. Todos os Santos de Deus, rogai por nós. Amém.
fonte:Youtube - Lara Velho
“Querido Pai, Você tem dado aos santos do Céu a felicidade eterna que vivem agora na plenitude de Sua glória. Devido ao seu santo amor, eles também se preocupam comigo e com minha família, meus amigos, minha igreja, meus vizinhos. Obrigado pelo dom da sua amizade e pelo testemunho de uma vida santa. Eu peço ao nossos santos padroeiros e todos os santos que se tornaram particularmente queridos para mim a intercessão por nós. Peço-lhe que nos ajude a caminhar com segurança no caminho estreito que conduz ao Céu. Ó senhor, dai-nos sua assistência para vencer a tentação ganhando a plenitude da vida com você. Amém.”
fonte:https://www.santuariosaojose.com/1o-de-novembro-oracao-para-o-dia-de-todos-os-santos/Nasceu no castelo da família em Arona, próximo de Milão, em 2 de outubro de 1538. O pai era o conde Gilberto Borromeu e a mãe era Margarida de Médicis, da mesma casa da nobreza de grande influência na sociedade e na Igreja. Carlos era o segundo filho do casal, e aos doze anos a família o entregou para servir a Deus, como era hábito na época. Com vocação religiosa acentuada, penitente, piedoso e caridoso como os pobres.
Levou a sério os estudos diplomando-se em direito canônico, aos vinte e um anos de idade. Um ano depois, fundou uma Academia para estudos religiosos, com total aprovação de Roma. Sobrinho de Pio IV, aos vinte e quatro anos já era sacerdote e bispo de Milão. Na sua breve trajetória, deixou-se guiar apenas pela fé, atuando tanto na burocracia interna da Igreja quanto na evangelização, sem fazer distinção para uma ou para a outra. Talvez tenha sido o primeiro secretário de Estado no sentido moderno da expressão. Formado pela Universidade de Pávia, liderou uma reforma radical na organização administrativa da Igreja, que naquele período era alicerçada no nepotismo, abusos de influências e sintomas graves de corrupção e decadência moral.
Para isso conquistou a colaboração de instituições, das escolas, dos jesuítas, dos capuchinhos e de muitos outros. Foi um dos maiores fundadores que a Igreja já teve. Criou seminários e vários institutos de utilidade pública para dar atendimento e abrigo aos pobres e doentes, o que lhe proporcionou o título de "pai dos pobres". Orientou muitas Ordens e algumas que surgiram depois de sua morte o escolheram para padroeiro, dando continuidade à grandiosa obra de amparo aos mais pobres que nos deixou. Contudo tudo foi muito difícil, porque encontrou muita resistência de Ordens conservadoras. Aliás, foi até vítima de um covarde atentado enquanto rezava na capela. Mas saiu ileso e humildemente perdoou seu agressor.
Chegou 1576 e com ele a peste. Milão foi duramente assolada e mais de cem padres pagaram com a própria vida as lágrimas que enxugaram de casa em casa. Um dos mais ativos era Carlos Borromeu. Visitava os contaminados, levando-lhes o sacramento e consolo sem limites nem precauções, num trabalho incansável que lhe consumiu as energias. Chegou a flagelar-se em procissões públicas, pedindo perdão a Deus em nome de seu povo.
Até que um dia foi apanhado, finalmente, pela febre, que minou seu organismo lentamente. Morreu anos depois, dizendo-se feliz por ter seguido os ensinamentos de Cristo e poder encontrar-se com ele de coração puro. Tinha apenas quarenta e seis anos de idade, quando isso aconteceu no dia 4 de novembro de 1584, na sua sede episcopal, na Itália. O papa Paulo V canonizou-o em 1610 e designou a festa em homenagem à memória de são Carlos Borromeu para o dia de sua morte.
São Zacarias e Santa Isabel, pais do grande João Batista
Foram escolhidos por Deus pela fé inabalável, pureza de coração e o grande amor que dedicavam ao próximo. Eram um casal de idosos e infelizmente Isabel era estéril. Mas foi por sua esterilidade que ela se tornou uma grande personagem feminina na historia religiosa do povo de Deus.
Deus utiliza muitos instrumentos para o bom cumprimento de suas promessas na economia da Salvação. Olhar, com respeito e admiração, para esses instrumentos de Deus é uma excelente forma de honrá-lo. Hoje a Igreja, então, faz memória agradecida de dois servos fiéis, São Zacarias e Santa Isabel, pais de São João Batista. João, como sabemos, é aquele grande anunciador do Reino de Deus, que preparou alguns corações para receber Jesus, o Shalom do Pai entre nós.
Qual a origem desses dois servos, esse casal santo? O que as Escrituras Sagradas falam deles?
Quem foi São Zacarias?
O significado de seu nome muito já pode nos falar sobre sua identidade e missão. Zacarias vem do idioma hebraico, Zakariya, e significa “Deus se lembrou”. Segundo as Escrituras, Zacarias foi um sacerdote do Templo de Deus, em Jerusalém, esposo de Isabel e pai de João Batista. Seu filho teria a árdua missão de preparar as veredas para a vinda de Jesus, o Salvador do mundo.
Embora seja um personagem bíblico, seu nome é reverenciado também pelos muçulmanos. No Alcorão, livro sagrado deles, São Zacarias é tratado e visto como um dos profetas de Deus, uma figura essencial. As narrativas do Evangelho deixam claro que Zacarias e Isabel eram um casal justo e temente a Deus (cf.Lucas:1,5-7).
Porém, há um detalhe curioso que a passagem bíblica não deixa de evidenciar: embora fosse um casal justo, que vivia de modo irrepreensível todos os mandamentos e preceitos do Senhor, não tinham filhos porque Isabel era estéril (cf. Lc 1,5-7). Essas informações sobre esse casal e as próprias manifestações de Deus na vida deles deixam claro uma das magníficas características do Senhor: o Criador consegue fazer brotar vida, esperança e sentido onde naturalmente e humanamente falando não haveria nada disso. Leia a passagem, veja o que Deus fez: “Então apareceu-lhe o anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso. Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e o temor apoderou-se dele. Mas o anjo disse: ‘Não tenhas medo, Zacarias, porque Deus ouviu tua súplica. Tua esposa, Isabel, vai ter um filho, e tu lhe darás o nome de João’” (Lc 1,11-13). Quando isso aconteceu, após um período de mudez, Zacarias pôde entoar a Deus hinos de louvor, profetizando, característica que marcaria a missão pessoal de seu filho.
Quem foi Santa Isabel?
O nome Isabel vem do hebraico ‘Elisheba’, e aparece no livro do Êxodo, no entanto, tornou-se mais famoso mesmo por ser o nome da mãe de São João Batista. Isabel significa “Deus é meu juramento” ou “meu Deus prometeu”. Junto com seu esposo Zacarias, ela é descrita pelas Escrituras como sendo uma mulher fiel e irrepreensível aos olhos de Deus. Era profundamente dedicada e comprometida com os mandamentos do Senhor (cf. Lc 1,6). No versículo 7 dessa mesma passagem de Lucas, Isabel e seu esposo são apresentados como um casal de idosos. Além da idade avançada, o mesmo versículo nos informa que o casal não tinha filhos, pois Isabel era estéril.
Porém, contra toda possibilidade, devido às questões já mencionadas neste texto, após o encontro do anjo com seu esposo, Isabel engravidou. Todavia, talvez por prudência ou vergonha, por cinco meses Isabel não saiu de casa. Tanto que a própria Virgem Maria não recebeu dela a notícia da gravidez, mas do anjo. Nossa Senhora, então, por iniciativa própria, partiu apressadamente e foi visitá-la (cf. Lc 1,36).
Os pais do precursor do Messias
As Escrituras dizem que quando Isabel ouviu a saudação da doce Rainha da Paz, o menino que era gerado em seu ventre ficou agitado e ela foi tomada do Espírito Santo. Nessa hora, Santa Isabel faz a conhecida proclamação acerca de Maria e de Jesus, rezando a segunda parte da oração que hoje chamamos de Ave-Maria. “Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre” (Lc 1,42).
Naquele momento, Isabel compreendeu que o menino que Maria trazia em seu ventre era o Salvador (cf. Lc 1,43). As duas ficaram juntas aproximadamente três meses, depois Maria voltou para sua casa. Após o nascimento do menino, Zacarias deu-lhe o nome de João, em seguida, voltou a falar. Apesar de Isabel ter passado a maior parte de sua vida como uma mulher estéril, essa condição era apenas temporária e fazia parte dos planos eternos de Deus (cf. Is 40,3-5; Ml 3,1; 4,5-6).
Que Deus, em nome de Jesus e por intercessão de São Zacarias e Santa Isabel, esse casal fiel e santo, venha em socorro de tantos casais que lutam contra a infertilidade e não conseguem ter filhos.
São Zacarias e Santa Isabel, rogai por nós.
fonte:https://comshalom.org/sao-zacarias-e-santa-isabel-pais-do-grande-joao-batista/
"Bendito seja o Senhor Deus de Israel, que a seu povo visitou e
libertou; e fez surgir um poderoso Salvador na casa de Davi, seu
servidor, como falara pela boca de seus santos, os profetas desde os
tempos mais antigos, para salvar-nos do poder dos inimigos e da mão de
todos quantos nos odeiam.
Assim mostrou misericórdia a nossos pais,
recordando a sua santa Aliança e o juramento a Abraão, o nosso pai, de
conceder-nos 74 que, libertos do inimigo, a ele nós sirvamos sem temor
em santidade e em justiça diante dele, enquanto perdurarem nossos dias.
Serás
profeta do Altíssimo, ó menino, pois irás andando à frente do Senhor
para aplainar e preparar os seus caminhos, anunciando ao seu povo a
salvação, que está na remissão de seus pecados; pelo amor do coração de
nosso Deus, Sol nascente que nos veio visitar lá do alto como luz
resplandecente a iluminar a quantos jazem entre as trevas e na sombra da
morte estão sentados e para dirigir os nossos passos, guiando-nos no
caminho da paz."fontehttps://www.lojaterracotta.com.br/blogs/oracoes-catolicas/benedictus-canto-de-zacarias
Origens
Seu gesto: poucos personagens podem ter a sua história resumida em uma única ação tão poderosa a ponto de permanecer indelével e profunda em uma vida. São Martinho de Tours pertenceu a uma categoria especial de santos. Seu famoso manto é a antonomásia de um homem que nasceu em 316 ou 317, ao término do Tardo Império Romano, na Panônia, hoje Hungria.
O Serviço Militar
Filho de um tribuno militar,
Martinho viveu em Pavia porque seu pai, um veterano do exército, havia
recebido de presente um terreno naquela cidade. Seus pais eram pagãos,
mas a criança era atraída pelo cristianismo. Com apenas 12 anos, queria
ser asceta e retirar-se para o deserto. Mas um edito imperial
colocou-lhe a farda e a espada antes de seu sonho de oração em solidão.
Por isso Martinho teve que se alistar e acabou em um quartel na Gália.
O Grandioso Gesto com o Manto
Seu gesto do manto ocorreu em
torno do ano 335. Como membro da guarda imperial, o jovem soldado era
muito requisitado para as rondas noturnas. Em uma delas, durante o
inverno, Martinho deparou-se, a cavalo, com um mendigo seminu. Movido de
compaixão, tirou seu manto, cortou-o em duas partes e deu a metade ao
pobre.
São Martinho de Tours teve compaixão pelo próximo
O Sacramento do Batismo
Na noite seguinte, Jesus
apareceu-lhe em sonho, usando a metade do manto, dizendo aos anjos:
“Este aqui é Martinho, o soldado romano não batizado: ele me cobriu com
seu manto”. O sonho impressionou muito o jovem soldado que, na festa da
Páscoa seguinte, foi batizado. Recebeu o Sacramento por volta dos 20
anos.
Testemunho de sua Fé
Por 20 anos, ele continuou a
servir o exército de Roma, dando testemunho da sua fé em um ambiente tão
distante dos seus sonhos de adolescente. Mas ele ainda tinha uma longa
vida para ser vivida. Logo que pôde, ao ser dispensado do exército, foi
ter com Dom Hilário, bispo de Poitiers, firme opositor da heresia
ariana. Esta oposição do purpurado custou-lhe o exílio, pois o imperador
Constâncio II era um seguidor da doutrina de Ário. No entanto, Martinho
tinha ido visitar a sua família na Panônia. Ao saber da notícia,
retirou-se para um mosteiro perto de Milão.
Fundação do Mosteiro
Quando o Bispo voltou do exílio,
Martinho foi visitá-lo, obtendo dele a permissão para fundar um mosteiro
perto de Tours, e por ele foi ordenado diácono e presbítero. Assim,
vivendo uma vida austera em cabanas, o ex-soldado — que havia dado seu
manto a Jesus —, tornou-se pobre como desejava. Rezava e pregava a fé
católica em terras francesas, onde ficou conhecido por muitos.
As ações de São Martinho de Tours foi percebida pelo povo
Proclamado Bispo pelo povo
Cerca de 10 anos mais tarde, os
cristãos de Tours, tendo ficado sem Pastor, aclamaram-no seu Bispo em
371. Desde então, Martinho dedicou-se com zelo fervoroso à evangelização
no campo e à formação do clero. Martinho aceitou, mas com seu estilo
próprio de vida: não quis viver como príncipe da Igreja, para que as
pessoas – pobres, presos e enfermos – continuassem a encontrar abrigo
sob seu manto. São Martinho de Tours viveu nas adjacências dos muros da
cidade, no mosteiro de Marmoutier, o mais antigo da França. Dezenas de
monges o seguiram, muitos deles pertenciam à casta nobre.
O fim e o legado de sua vida
Páscoa
Em 397, em Condate, atual Candes
de Saint Martin, o Bispo de 80 anos partiu com a missão de reconstituir
um cisma surgido entre o clero local. Em virtude do seu carisma,
pacificou os ânimos. Mas, antes de regressar para Tours, foi acometido
por uma série de febres violentas. São Martinho de Tours faleceu,
deitado na terra nua, conforme o seu desejo. Uma grande multidão
participou do enterro de um homem tão querido, generoso e solidário como
um verdadeiro cavaleiro de Cristo.
Papa Emérito sobre São Martinho de Tours
Sobre ele, disse o Papa Emérito no Angelus em 11 de novembro de 2007:
“Queridos irmãos e irmãs, o gesto caritativo de São Martinho inscreve-se na mesma lógica que levou Jesus a multiplicar os pães para as multidões famintas, mas sobretudo a deixar-se a si mesmo como alimento para a humanidade na Eucaristia, Sinal supremo do amor de Deus, Sacramentum caritatis. É a lógica da partilha, com a qual se expressa de modo autêntico o amor ao próximo. Ajude-nos, São Martinho, a compreender que só através de um compromisso comum de partilha é possível responder ao grande desafio do nosso tempo: isto é, de construir um mundo de paz e de justiça, no qual cada homem possa viver com dignidade. Isso pode acontecer se prevalecer um modelo mundial de autêntica solidariedade, capaz de garantir a todos os habitantes do planeta o alimento, as curas médicas necessárias, mas também o trabalho e os recursos energéticos, assim como os bens culturais, o saber científico e tecnológico.”
Minha oração
“São Martinho, que cobristes Jesus com teu manto no pobre abandonado, que também possamos imitar-te com nossa vida, cuidando dos menos favorecidos. Ensinai-nos a olhar os pobres e encontrar neles o rosto de Cristo, amar esses irmãos como Jesus nos ensinou. Amém.”
São Martinho de Tours, rogai por nós!
As tradições Europeias do dia de São Martinho
É festejado um pouco por toda a Europa o dia de São Martinho, porém, as celebrações variam de acordo com cada país. Em Portugal, por exemplo: é tradição fazer uma grande festa, onde se bebe jeropiga e aguapé.
Nas escolas e jardins da infância alemãs, antes do dia 11 de novembro, eles entram em grande atividade nas aulas de arte. Porque é preciso preparar as lanternas que as crianças fazem e levam nas procissões na Alemanha. Ocorrendo a partir das 17 horas, quando está escurecendo e é preciso iluminar o caminho.
Antigamente a tradição era acender uma grande fogueira chamada de Martins Fever. Representava a luz que era levada para a escuridão pelos santos, assim como São Martinho levava aos pobres através de suas boas ações.
Atualmente as fogueiras são poucas, entretanto, a celebração continua através da procissão com as lanternas, conhecida por: Martinszüge. Ao fim da procissão, normalmente as crianças ganham doces e os adultos bebem vinho quente (Glühwein) tradição do inverno. Foi em 1910 na Vertfália que o hábito das procissões teria surgido.
fonte: https://www.wunderwelt-a.com.br/tradicao-alema-dia-de-sao-martinho/16 de Novembro
Por ter gerado Jesus, Misericórdia de Deus em pessoa, Maria recebeu, por volta do Século XVI, um título que entrou para a Ladainha de Nossa Senhora: “Mãe de Misericórdia”. O título entrou, também, na oração da Salve Rainha: “Salve, Rainha, Mãe de Misericórdia…” Assim, a Igreja passou a invocar a intercessão de Maria com esse título, confiando na misericórdia que ela pede a Deus em nosso favor e lembrando que, como Mãe de Misericórdia, ela é, também, corredentora em Jesus Cristo.
O Papa São João Paulo II, em sua Carta Encíclica chamada Dives in Misericórdia (Sobre a Misericórdia) diz o seguinte: “Maria é aquela que conhece mais profundamente o mistério da misericórdia divina. Conhece o seu preço e sabe quanto é elevado. Neste sentido, chamamos-lhe Mãe de Misericórdia ou Mãe da Divina Misericórdia. Em cada um destes títulos há um profundo significado teológico (Dives in Misericórdia, 9).
Por volta do ano 1620, na Lituânia, foi pintada a Mãe de Misericórdia. A obra foi feita a pedido da prefeitura da cidade de Vilnius. Esta imagem foi instalada sobre a porta principal da cidade murada, chamada Ostra Brama, com a intenção de proteger a cidade da invasão dos tártaros. Desde então, a devoção a Nossa Senhora da Misericórdia se espalhou pela região e pela Europa.
Em 1670, um pregador dizia: “Para entrar e sair da cidade, os homens têm que passar por esta porta. Assim, na Porta do Céu está esperando por nós Maria Santíssima. Por suas mãos passam as graças do Céu para a Terra e, por intercessão e com a ajuda dela, os homens entram no Céu.Ela é a Porta do Céu pela qual veio à terra o Dom Magnífico ‒ Eterno Filho de Deus. Não existe outra porta pela qual passem as graças do Céu, a não ser pelas mãos da Mãe de Deus. (…) A porta serve também para proteger. Portanto, a Igreja tem sua Protetora”.
Uma história impressionante Em 1626, carmelitas descalços inauguraram um convento anexo à porta.
Em 1655, invasores russos destruíram a porta com um incêndio. A imagem, porém, permaneceu intacta e passou a ser guardada pelos carmelitas.
Em 1671 os carmelitas inauguram uma capela no mesmo local e a imagem volta para o local principal.
Em 1715, um segundo grande incêndio destrói Vilnius. A imagem, porém, foi salva e guardada na igreja de Santa Teresa, enquanto o grande portal era reconstruído no formato de capela.
Em 1761, os Carmelitas publicaram uma grande coletânea de milagres e graças alcançados pela intercessão de Nossa Senhora da Misericórdia. Várias graças eram de proteção da cidade.
Em 1773, o Papa Clemente XIV concedeu várias indulgências a quem rezasse diante dela.
Entre 1799 e 1802, os russos voltam a destruir a cidade. Eles poupam apenas o portal da imagem, por causa da grande reverência que o povo tinha por ela.
Em 02 de julho de 1927, a imagem da Mãe de Misericórdia, foi coroada canonicamente por um decreto do Papa Pio XI. Ela recebeu, então, coroas de ouro novas.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a imagem de Nossa Senhora da Misericórdia não foi tirada de seu lugar. Quando a Lituânia foi anexada pela União Soviética, os dominadores trataram de fechar todas as igrejas da capital. A única que não foi fechada foi a de Nossa Senhora da Misericórdia. Em 1993, dissolvida a URSS, o Papa São João Paulo II rezou o terço na capela, ao lado da imagem.
Fonte: https://cruzterrasanta.com.br
Mãe da Misericórdia, Maria Santíssima
Existe uma íntima relação entre Maria Santíssima, a Mãe de Jesus, o mistério da misericórdia divina e a prática da misericórdia.
Maria está desde a sua concepção envolta na misericórdia
Oficialmente a Igreja Católica aprovou a 15/8/1986 o formulário da Missa Votiva “Santa Maria, Rainha e Mãe de Misericórdia”, importante marco para a história de sua veneração – sem nos esquecermos que a 30/11/1980 o Papa João Paulo II destacara na sua Encíclica Dives in misericordia que Maria é a “pessoa que conhece mais a fundo o mistério da misericórdia divina” (n. 9). Anos depois o Catecismo da Igreja Católica (1997) dirá que ao rezar na Ave-Maria: “rogai por nós, pecadores”, estamos recorrendo à “Mãe da misericórdia” (n. 2677).
A invocação “Salve, Rainha de misericórdia” se encontra pela primeira vez com o Bispo Adhémar, de Le Puy (+ 1098); destaca a qualidade do olhar materno de Maria: “esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei”, e conclui com o sentido desta sua misericórdia: “ó clemente, ó piedosa, ó doce, Virgem Maria”. Já o título “Mãe de Misericórdia” se crê que foi dado pela primeira vez a Maria por Santo Odão (+942), abade de Cluny. “Ego sum Matermisericordiae” (Eu sou a Mãe de Misericórdia), Maria lhe teria dito em sonho.
No mundo oriental podemos encontrar testemunhos ainda mais antigos. O padre oriental da Tiago de Sarug (+521), aplicou a Maria explicitamente o título de “Mãe de misericórdia” (Sermo de transitu), o que é por muitos considerado como sua primeira atribuição em absoluto.
Relação com a Mensagem da Divina Misericórdia
Em Vilna, capital da Lituânia, se venera a imagem da Mãe da Misericórdia de AušrosVartai (Portal da Aurora) desde 1522, localizada numa das entradas do antigo muro. Em 1773 o Papa Clemente XIV concedia indulgências a quem rezasse ali com devoção, e em 1927 o Papa Pio XI permitiu que a pintura fosse solenemente coroada com o título de Maria, Mãe de Misericórdia. Sua festa é celebrada a 16 de novembro.
Em nossos tempos, Santa Faustina Kowalska†, mística polonesa, nos repropõe a centralidade da Divina Misericórdia para a fé e a vida da Igreja, recorrendo a Maria Santíssima como Mãe da Misericórdia, padroeira da Congregação religiosa a que pertencia (cf. Diário 79, 449, 1560), cuja festa celebravam (a Congregação) em 5 de agosto. Por Providência divina, a primeira vez em que a imagem de Jesus Misericordioso foi publicamente venerada foi justamente em Vilna (cf. Diário, 417).
Em qual sentido podemos proclamar Maria como Mãe de misericórdia?
Sem cometer o grave equívoco de pensar que a misericórdia é reservada a Maria e a justiça a Jesus (como muitos medievais chegaram a pensar), o título “Mãe da Misericórdia” ou “Mãe de misericórdia” assim se justifica: Maria é a mulher que experimentou de modo único a misericórdia de Deus – que a envolveu de modo particular desde a sua Imaculada Conceição, passando pela Anunciação, como discípula fiel do seu Filho, até o grande momento da Sua Páscoa (paixão, morte, ressurreição, glorificação e Pentecostes). Ela é kecharitoméne, “cheia de graça”, ou seja, totalmente transformada pela benevolência divina (cf. Ef 1,6).
Maria é a mãe que gerou a misericórdia divina encarnada – graça extraordinária que coloca a jovem Maria, a partir da Encarnação do Filho de Deus, numa relação inimaginável de intimidade com o próprio “Pai das misericórdias” (2Cor 1,3). A partir do seu “eis-me aqui” e o seu “faça-se”, a misericórdia divina se faz carne e entra na história!
Maria é a profetisa que exalta a misericórdia de Deus – pois no seu cântico o “Magnificat” por duas vezes – unida ao Filho do Altíssimo e ao seu Espírito – ela louva ao Pai misericordioso: “a sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem”; “socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia” (Lc1,50.54).
Maria é a intercessora incansável do povo de Deus – elevada aos Céus em corpo e alma, Maria não deixa de apresentar as necessidades dos fiéis ao seu Filho, a quem rogou pelos esposos de Caná, quando vivia na terra (cf. Jo 2,1ss). Ela “continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna”, ensina o Concílio Vaticano II (Lumen gentium, n. 62), praticando assim a misericórdia, sobretudo para com os que padecem dos males da alma (pecadores), mas também do corpo (todos que sofrem).
Maria é a apóstola incansável da misericórdia divina – com a permissão e o envio do seu Filho, Maria visitou inúmeras vezes os seus filhos ainda peregrinos neste mundo, o que podemos contemplar nas aparições que já gozam de beneplácito eclesial (Guadalupe, La Salette, Lourdes, Knock, Fátima etc.), convidando a todos a se aproximarem do “trono da graça” que é o seu Filho. Com o seu coração compassivo de Mãe, não poderia permanecer indiferente às mazelas dos seus filhos neste vale de lágrimas!
A Mãe de Jesus e nossa merece, portanto, ser honrada como Mãe da Misericórdia e Mãe de misericórdia! Ó Maria, Mãe que experimentastes e gerastes a Misericórdia, Mãe que proclamais e exerceis a misericórdia, fazei de nós autênticos apóstolos deste mesmo mistério de amor em nossos tempos. Amém.
O Ícone da Mãe da Misericórdia foi pintado por volta de 1620 na Lituânia, a pedido da prefeitura de Vilnius para uma das nove portas da muralha que cercam a cidade, construída para protegê-la da iminente invasão tártara. Essa imagem seria sinal de proteção aos que por ela passassem. Foi colocada sobre a principal porta, conhecida como Porta da Aurora. Mais adiante foi também colocado uma imagem de Cristo Salvador. A disposição dessas duas imagens possuía um forte significado: o caminho que leva o cristão por Maria a Cristo, e também por Cristo à Maria. Um pregador, por volta de 1670, dizia: “Para entrar e sair da cidade, os homens têm que passar por esta porta. Assim, na Porta do Céu está esperando por nós Maria Santíssima. Por suas mãos passam as graças do Céu para a Terra e, por intercessão e com a ajuda dela, os homens entram no Céu. Ela é a Porta do Céu pela qual veio à terra o Dom Magnífico ‒ Eterno Filho de Deus. Não existe outra porta pela qual passem as graças do Céu, a não ser pelas mãos da Mãe de Deus. (…) A porta serve também para proteger. Portanto, a Igreja tem sua Protetora”. A imagem, feita originalmente como pintura convencional, representa a Virgem Santíssima com as mãos espalmadas cruzadas sobre o peito e a cabeça inclinada, envolta em véu branco, vestida com túnica vermelha, recoberta com manto azul, envolta por grossos raios de luz. Inserida na parede, era protegida da neve e do vento por uma persiana. Em 1626 um convento de frades Carmelitas Descalços é inaugurado anexo ao portal. Em 1655, um incêndio provocado pelos invasores russos destrói a Porta da Aurora ‒ a imagem escapa ilesa, ficando sob o cuidado dos Carmelitas, que inauguram em 1671 uma capela no mesmo lugar. Nesse tempo a imagem é revestida por uma camada de prata, aproximando-a da tradição iconográfica oriental. O fundo, as mãos e o rosto da Virgem escureceram com o tempo. Entre os elementos acrescidos à obra encontra-se a dupla coroa (século XVIII, que se perdeu na Segunda Guerra Mundial), o manto com rosas, tulipas, cravos e outras flores em prata, e a lua crescente projetada na frente da imagem (1849): elementos vinculados à representação da Imaculada Conceição.
Em 1715, um novo incêndio atingiu Vilnius. A imagem é salva e levada para a igreja de Santa Teresa, enquanto o portal é reconstruído na forma de capela. Em 1761, os Carmelitas publicam uma coletânea de milagres atribuídos a ela, especialmente na proteção da cidade.
Em 1773, o Papa Clemente XIV concede indulgências a quem rezar diante dela. Quando os russos destroem a muralha da cidade entre 1799-1802, é poupado apenas o portal da imagem, devido a fama e reverência que ela despertava nos ortodoxos. O próprio convento foi dissolvido em 1844 pelos russos.
Em 02.07.1927, a imagem mais cara à piedade do povo lituano, a da Mãe de Misericórdia, foi canonicamente coroada por decreto do Papa Pio XI. Recebeu, então, nova coroas de ouro. No domingo seguinte à Páscoa de 1935, em Ostra Brama, junto ao ícone da Mãe de Misericórdia, o Pe. Miguel Sopocko expôs pela primeira vez a imagem de Jesus Misericordioso para a veneração pública, conforme as disposições apresentadas pelo próprio Cristo à Santa Faustina. Na Segunda Guerra Mundial, o ícone da Mãe de Misericórdia não foi retirado de seu lugar. Com o país anexado pela União Soviética, todas as igrejas da capital foram fechadas, exceto a da Porta da Aurora. O Papa São João Paulo II, em sua Carta Encíclica chamada Dives in Misericordia (Sobre a Misericórdia) diz o seguinte: “Maria é aquela que conhece mais profundamente o mistério da misericórdia divina. Conhece o seu preço e sabe quanto é elevado. Neste sentido, chamamos-lhe Mãe de Misericórdia ou Mãe da Divina Misericórdia. Em cada um destes títulos há um profundo significado teológico (Dives in Misericordia, 9). Já dissolvida a URSS em 1993, o Papa São João Paulo II recitou o terço na capela junto à imagem. No mistério de sua Imaculada Conceição, Maria foi objeto da misericórdia previdente do Senhor. A ela apraz socorrer seus filhos, sujeitos à concupiscência, da qual ela não teve mancha.
O Papa Francisco visitou o Santuário Mãe da Misericórdia, em Vilnius, no dia 22 de setembro de 2018. No Santuário o Papa Francisco rezou em silêncio diante do ícone de Nossa Senhora Mãe da Misericórdia. Em seguida, fez uma saudação aos fiéis presentes no Santuário, lembrando que a “Porta da Aurora”, foi o que restou das muralhas da cidade de Vilnius, e ali já estava a imagem da “Virgem da misericórdia”, sempre pronta a socorrer seus filhos. “Ela, já desde então, queria ensinar-nos que se pode proteger sem atacar, que é possível ser prudentes sem a necessidade doentia de desconfiar de todos. Esta Mãe sem o Menino, toda dourada, é a Mãe de todos; em cada um daqueles que aqui se deslocam, Ela vê o que muitas vezes nós próprios não conseguimos sequer notar: o rosto de seu Filho Jesus gravado no nosso coração”, destacou.
Oração a Nossa Senhora da Misericórdia
“Ó, Maria Rainha e Mãe de Misericórdia, perfeito lírio de Deus, hoje desejo me consagrar inteiramente ao vosso coração materno prometendo defender com a arma do rosário, a Santa Igreja, o Papa, os Bispos e todo o clero. E Vos pedimos que, a vossa misericórdia, unida com o sangue de Jesus, possa fazer com que amemos e perdoemos os nossos irmãos. Mãe de misericórdia: dai-nos a vossa misericórdia. Ó Jesus, pelo teu precioso Sangue, salvai-nos do mal do inferno. Amém.
Santa Margarida da Escócia nasceu na Hungria por volta de 1046, quando sua família estava exilada pela invasão dinamarquesa da Inglaterra e, por isso, cresceu na corte do rei santo Estêvão.
Aos 11 anos, santo Eduardo “o confessor”, meio-irmão de seu pai, assumiu o trono inglês. A família pôde retornar ao país, mas, devido ao conflito entre ingleses e dinamarqueses e como seu pai faleceu por morte natural, então, tiveram que viver na Escócia.
Aos 24 anos, casou-se com o então rei da Escócia, Malcom III, com quem teve oito filhos. A rainha era sábia e com certa cultura, por isso, transformou a corte do esposo com o exemplo na caridade.
Todos os dias, a santa dava de comer aos pobres e a alguns deles lavava os pés. Preocupou-se com a educação de seu povo e, muitas vezes, esgotou o tesouro real para socorrer os necessitados.
Educou seus filhos com os valores cristãos e influenciou na Igreja na Escócia. Fez convocar um concílio nesse território que extirpou ritos pagãos que eram realizados em plena celebração Eucarística.
Santa Margarida teve uma intensa vida de oração, participava de várias Missas diárias e praticava a austeridade. Pedia que lhe dissessem seus defeitos para corrigi-los, dava esmolas, resgatava prisioneiros ingleses detidos na Escócia, cuidava dos viajantes e construía mosteiros, igrejas e albergues.
Em 1093, seu esposo Malcom III e seus filhos Eduardo e Edgardo foram à batalha para recuperar um castelo e o monarca e seu primogênito faleceram. Durante esse tempo, a santa ficou doente e, ao regresso de seu filho Edgardo, Margarida agradeceu a Deus pela paciência para suportar tantas desgraças juntas.
Ofereceu toda a sua dor a Deus e partiu para a Casa do Pai em 16 de novembro de 1093. Diz-se que, ao falecer, seu rosto recuperou a calma, a cor e a beleza que havia tido.
fonte: https://www.acidigital.com/noticia/50027/hoje-e-celebrada-santa-margarida-da-escocia-rainha-e-mae-de-familia
Há uma conhecida canção escocesa, hino oficioso da nação, cuja letra diz: “Eis que a noite está caindo. Escutai as gaitas de fole chamando com força e ufania desde o fundo do vale. Lá onde as colinas parecem dormir sente-se agora o sangue pulando à altura do espírito dos homens das montanhas. […] Que vossos estandartes tremulem gloriosamente, […] ó Escócia, a destemida”.
Situado no extremo norte da Grã-Bretanha, esse pequeno país é, de fato, rico em bravura, almas férreas e corações fortes. Se folhearmos as páginas da sua história, veremos estampadas nelas as façanhas de um povo que sofreu muito com as invasões, mas que resistiu tenazmente. Basta pensar, por exemplo, nos heróis das guerras da independência nos séculos XIII e XIV.
Símbolo da rijeza própria aos escoceses é a costa rochosa que rodeia seu território. Incessantemente golpeada pelas ondas encapeladas do Mar do Norte e do Atlântico, muitas vezes parece que as águas vão submergi-la, tal é o furor com que investem contra ela. Porém, quando o mar retorna a seu leito, a falésia, intacta, zomba dele, como que dizendo: “Ainda estou de pé!”
O mesmo espírito brioso e aguerrido, podemos encontrá-lo no rude som das gaitas de fole que os membros dessa nação costumam levar para a guerra e na própria forma de avançar de encontro ao inimigo. Assim o sublinhou o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira quando, tendo diante de si a fotografia de um soldado escocês tocando tal instrumento, afirmou: “Este homem é uma representação viva do heroísmo. A mera contemplação de sua figura nos estimula mais a abraçar o heroísmo do que a leitura de centenas de livros. Entretanto, só se compreende seu estado de alma em função das raízes católicas desse povo”.
Para bem entendermos esse comentário precisamos recuar nos séculos e contemplar o coração ao mesmo tempo régio e maternal, cheio de fé e idealismo, de uma rainha escolhida por Deus para refletir de algum modo Maria Santíssima junto ao seu povo: Santa Margarida da Escócia. Santa Margarida da Escócia – Basílica de São Patrício, Montreal (Canadá)
Um providencial naufrágio
Comecemos a narração voltando nosso olhar para certa noite do ano de 1066. Uma espantosa tempestade agita o Mar do Norte. Em meio às águas que urram e espumam, pode-se distinguir uma frágil embarcação envidando todos os seus esforços para manter-se à tona. Seus tripulantes são de estirpe real: nela viaja a Princesa Ágata, viúva do Príncipe Eduardo, acompanhada por seus filhos Edgar e Margarida.
O falecido príncipe nascera no ano 1016 na Inglaterra durante o reinado de seu pai, Edmundo Braço de Ferro. Era ainda um bebê quando Canuto, o Grande, invadiu seu país e o deportou para a Suécia. Mais tarde foi conduzido para Kiev e de lá acabou viajando para a Hungria, onde se casou com a Princesa Ágata, parente próxima de Santo Estêvão. Daí provém o cognome com que ficou conhecido na História: Eduardo, o Exilado.
Tinha ele por volta de quarenta anos quando Santo Eduardo, o Confessor, o chamou para torná-lo seu herdeiro e sucessor no trono da Inglaterra. Em 1057 estava ele de volta à pátria natal, acompanhado por sua esposa e seus dois filhos, mas, poucos dias depois de ter chegado, veio a falecer.
Quando, em 1066, também Santo Eduardo partiu para a eternidade, as convulsões ocorridas no reino obrigaram a Princesa Ágata a fugir para a região da Nortúmbria, bem ao norte da Inglaterra. Vendo-se viúva e desamparada em terra estrangeira, decidiu retornar para o continente com seus filhos e embarcou com esse fim na desafortunada nau…
Impotentes nos seus esforços contra o mar bravio, os viajantes procuravam desesperadamente um lugar onde refugiar-se. Acabaram, por fim, conseguindo aportar com muita dificuldade no estuário do Rio Forth, perto da atual Edimburgo. O barco, em lugar de seguir o rumo previsto, havia sido empurrado ao norte pela tempestade.
Torna-se rainha da Escócia
O soberano escocês, Malcolm III, acolheu a nobre família em seu palácio e tratou-a com a maior simpatia e benevolência. Admirado com a virtude de Margarida, decidiu casar-se com ela, e a jovem, embora tivesse o desejo de consagrar sua vida a Deus, acabou por aceitar. Tinha à época por volta de vinte anos.
Tornou-se deste modo, na terra, rainha da nação escocesa, enquanto, do Céu, a Virgem Santíssima parecia tê-la escolhido por mãe e protetora de um povo que se mostrava aberto às sublimidades da Fé. Dir-se-ia que Nossa Senhora quis depositar antes nas mãos de Santa Margarida todas as graças que iria derramar sobre aqueles filhos seus.
A vida desta rainha nos reporta a um mundo maravilhoso, que pode parecer irreal aos olhos de quem desconhece a força transformadora da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Fruto do Sangue Preciosíssimo d’Ele foram os inumeráveis Santos e Santas, religiosos e leigos, que fizeram surgir na Idade Média, a partir de povos bárbaros, a admirável Civilização Cristã.
Como tinha ocorrido na Hungria nos tempos de Santo Estêvão e viria a acontecer na França e na Espanha na época de São Fernando e São Luís, sob a influência de Santa Margarida a Escócia viveu o período mais feliz de sua história. Consolidaram-se costumes e instituíram-se leis que incentivavam a observância dos preceitos da Igreja e, sob essa base moral, o povo escocês alcançou notável prosperidade social.
Venerada como mãe pelo seu povo
Conta-nos Turgot de Durham, Bispo de Saint Andrews, confessor e principal biógrafo da rainha, que na pessoa da soberana se aliavam a operosidade e a contemplação, a elevação de espírito e um atilado senso das coisas práticas, uma inteligência brilhante e uma afabilidade que levava os últimos de seus súditos a venerá-la não só como rainha, mas também como mãe.
“Nada era mais firme que sua fidelidade, mais seguro que seu favor, ou mais justo que suas decisões; nada era mais duradouro que sua paciência, mais sério que seu conselho, ou mais agradável que sua conversa”.
Com sua modéstia, suavidade de ânimo e constante disposição benévola, ela atraía grandes e pequenos, inspirava respeito e obediência aos homens letrados, religiosos ou mesmo na gente simples e sem instrução, unindo o reino em torno de si, para, depois, conduzir todos à virtude e à prática dos Mandamentos e ensiná-los a serem devotados filhos da Santa Igreja Católica.
Nunca deixava de atender a quem recorria à sua proteção, ouvindo não só os que vinham fazer-lhe pedidos, mas qualquer um que quisesse confidenciar-lhe suas dificuldades, tristezas e provações. Para ajudar aos necessitados, ela não media esforços, vendendo inclusive suas joias pessoais quando não podia dispor do tesouro real.
Durante a Quaresma, acolhia no castelo trezentos pobres por dia e atendia a todas as suas necessidades, curando-lhes as feridas com suas próprias mãos. Alimentava-os à sua mesa, colocando os homens de um lado do salão, junto ao seu marido, enquanto ela se sentava com as mulheres na ala oposta. Rei Malcolm – Scottish National Portrait Gallery, Edimburgo
Excelente formadora de bons costumes
Comenta um outro historiador que a rainha era “dotada por Deus de muitas e excelentes qualidades naturais, de mente e de corpo, e os felizes efeitos de uma plenitude de graça sobrenatural em sua alma apareceram muito cedo”.
Além da força de influência própria à virtude, a rainha orientava seus súditos no caminho do bem dando o exemplo de uma piedade ardente e zelosa por tudo quanto dizia respeito à Santa Igreja. Assim, era por todos conhecida a sua grande inclinação à oração e à leitura das Sagradas Escrituras e, sobretudo, sua devoção à Santa Missa: assistia cinco ou seis celebrações por dia, e se empenhava tanto em aprimorar tudo o que concernia ao Sacrifício do Altar, que seus aposentos no castelo mais pareciam depósitos de paramentos e vasos sagrados…
A rainha procurou, ademais, requintar o esplendor e a pompa da corte, como meio indispensável para elevar o nível cultural e espiritual do povo. Aumentou o número de servos e criados no castelo, e estabeleceu que a família real fosse servida à mesa com baixelas de ouro e prata.
Embora sempre exigisse dos membros da corte modéstia no modo de se vestir, ela fez introduzir na Escócia o uso de tecidos de melhor qualidade e com maior variedade de cores. Há historiadores que atribuem a Santa Margarida a criação do tartan, característico tecido de lã, usado até os dias de hoje, cujas cores e padrões variam de acordo com o clã ou a região a que se pertença,
Longe de querer estimular a vaidade ou ostentação, ela se preocupava com essas questões por conhecer bem o quanto os bons costumes, uma forma digna de vestir e a elevação no trato social contribuem para a formação de uma mentalidade ordeira e respeitosa, sobre a qual repousa a paz.
Respeitada e admirada pelo rei
Sem dúvida, todo esse zelo de Santa Margarida se debruçava, antes de qualquer pessoa, sobre o próprio rei. Era seu dever enquanto esposa apoiá-lo e ajudá-lo a crescer na vida espiritual, mas essa era também sua obrigação enquanto rainha. Quanto mais o governante avançar pelas sendas da santidade, maiores serão suas possibilidades de levar seus subordinados a imitá-lo.
Assim, ela foi ensinando o rude Rei Malcolm a rezar e a governar com verdadeira justiça. Seu marido a amava e temia ofendê-la, tal era o respeito que as virtudes dela lhe incutiam. Obedecia a todos os seus conselhos, dando-lhe também grande liberdade para empregar os bens da coroa na construção de mosteiros, igrejas ou em qualquer obra que visasse fortalecer a Religião.
Conta o Bispo Turgot que, não sabendo ler, o soberano costumava apanhar os livros de piedade de Margarida e oscular os que percebia agradar-lhe mais. E, como sinal de devoção e afeto, mandou confeccionar capas de ouro e pedras preciosas para os mais estimados por ela.
“Que meus filhos amem e temam a Deus”
O casal teve oito filhos: Edward, Edmund, Ethelred, Edgar, Alexander, Matilde, Mary e David. Santa Margarida não poupou esforços para educá-los, estando sempre vigilante sobre as más inclinações que despontam já em tenra idade.
Seu coração maternal os repreendia e castigava com firmeza e sabedoria, mas fazia-o com uma bondade tão transbordante que eles se deixavam moldar por ela com inteira confiança. Graças aos seus cuidados, tornaram-se afetuosos e pacíficos. Desde pequenos, os mais novos respeitavam os irmãos mais velhos, dando exemplo de como deve ser o verdadeiro relacionamento cristão entre os que estão unidos pelos laços da fé e do sangue.
Ao alcançarem a idade adulta, a vida dos filhos de Santa Margarida foi digna da grandeza dos seus antepassados. Três deles – Edgar, Alexander e David – tornaram-se reis da Escócia, fazendo com que por duzentos anos o país fosse governado por filhos, netos e bisnetos da santa rainha. Ethelred chegou a ser abade de Dunkeld; Matilde tornou-se rainha da Inglaterra pelo matrimônio com Henrique I; Mary casou-se com Eustácio, Conde de Bolonha e irmão de Godofredo de Bouillon, o conquistador de Jerusalém na Primeira Cruzada. Edmund fez-se monge.
O entranhado amor dessa extremosa mãe pelos seus filhos manifestou-se com grandiosa beleza quando, na primavera do ano 1093, ela foi acometida por uma dolorosa doença e, sentindo que sua hora chegara, quis fazer uma Confissão geral. Santa Margarida – Scottish National Portrait Gallery, Edimburgo
Derramando copiosas lágrimas, ela disse a seu confessor: “Adeus, pois não permanecerei aqui por muito tempo. […] Duas coisas vos peço: a primeira é que todo o tempo em que vivais, vos lembreis de minha pobre alma em vossas Missas e orações; a segunda, que cuideis de meus filhos, e os ensineis a temer e a amar a Deus. E quando virdes algum deles atingindo o ápice das grandezas terrenas, sede especialmente um pai e guia para com ele. Admoestai-os, e repreendei-os se necessário for, no caso de eles se ensoberbecerem com as glórias passageiras”.
Sabedoria e equilíbrio, até o fim!
Durante seis meses Margarida convalesceu, podendo poucas vezes levantar-se da cama. A cada dia suas dores aumentavam, mas ela tudo suportava com paciência e oração. Não reclamava, e permanecia sempre serena.
Àquela época o Rei Malcolm teve de partir para a guerra contra Guilherme, o Conquistador, e veio a perecer no combate, juntamente com seu filho primogênito, Edward. Conta-se que Margarida soube, à distância, o que acontecia, pois naquela tarde ela ficou muito triste, sem nenhuma razão aparente, e em certo momento disse, suspirando: “Talvez neste dia uma pesada calamidade caia sobre o reino da Escócia, como não houve em muitos anos passados”.
Quatro dias depois, seu filho Edgar retornou da batalha. Ao entrar no quarto de sua mãe, ela lhe perguntou: “Vai tudo bem com o rei e com o meu Edward?” Edgar respondeu: “Vosso esposo e vosso filho foram mortos”.
Erguendo os olhos para o céu, ela replicou: “Louvor e bênçãos a Vós, ó Deus todo-poderoso, que achastes bem fazer com que eu sofresse tão amarga angústia na hora de minha partida, para purificar-me, em alguma medida, da corrupção dos meus pecados. E Vós, Senhor Jesus Cristo, que pela vontade do Pai redimistes o mundo por vossa Morte, libertai-me!”
Dizendo estas palavras, rendeu sua alma a Deus.
* * *
A vida de Santa Margarida se apresenta aos nossos olhos como uma seguidilha ininterrupta de atos de virtude, premiados por Deus com a felicidade e o êxito. Contudo, cabe nos perguntarmos: não terá ela sofrido terríveis provações de alma, desconhecidas por aqueles a cercavam? E não terá sido esse holocausto interior o incenso de suavíssimo odor que lhe obteve a conversão e santificação do seu povo?
Não o sabemos. Entretanto, se Santa Margarida atravessou os séculos como modelo de mãe e rainha, espelho das virtudes de Maria Santíssima, de algum modo ela deve ter carregado, no íntimo de seu coração, a dura, negra e fria Cruz de Cristo.
Por seu amor ao Divino Mestre, pelo desejo de imitá-Lo e de fazer com que o Preciosíssimo Sangue do Redentor transformasse seus súditos, a virtuosa rainha da Escócia deita ainda hoje o fulgor próprio às almas de uma grandeza incomum. Ela brilha nos céus da História afirmando a existência de “um mundo onde as maravilhas são possíveis e o extraordinário e o estupendo se tornam realizáveis”.
Na Igreja, são chamadas de “místicas” as pessoas que recebem de Deus o extraordinário privilégio de uma relação profunda, direta e sensível com Ele, que lhes transmite mensagens e revelações e lhes concede graças de especialíssimo fervor na vida de oração (embora, com frequência, permeado por fases de drástica aridez espiritual como provação na fé). Há também casos de místicos agraciados com dons sobrenaturais visíveis como a levitação, a bilocação, os estigmas da Paixão de Cristo, entre outros.
Não há uma “definição formal” na Igreja sobre as pessoas místicas, mas o Catecismo nos esclarece, nos seguintes números sobre a santidade cristã, que a “mística” é, basicamente, a união cada vez mais íntima com Cristo:
2014. O progresso espiritual tende para a união cada vez mais íntima com Cristo. Esta união chama-se «mística», porque participa no mistério de Cristo pelos sacramentos – «os santos mistérios» – e, n’Ele, no mistério da Santíssima Trindade. Deus chama-nos todos a esta íntima união com Ele, mesmo que graças especiais ou sinais extraordinários desta vida mística somente a alguns sejam concedidos, para manifestar o dom gratuito feito a todos. 2015. O caminho desta perfeição passa pela cruz. Não há santidade sem renúncia e combate espiritual. O progresso espiritual implica a ascese e a mortificação, que conduzem gradualmente a viver na paz e na alegria das bem-aventuranças: «Aquele que sobe, nunca mais pára de ir de princípio em princípio, por princípios que não têm fim. Aquele que sobe nunca mais deixa de desejar aquilo que já conhece».
A padroeira dos místicos cristãos
A Igreja também venera uma santa considerada padroeira das pessoas místicas: Santa Gertrudes, vidente do Sagrado Coração de Jesus, cuja festa litúrgica é celebrada em 16 de novembro.
VIDA RELIGIOSA – Nascida na Alemanha em 6 de janeiro de 1256, ela foi enviada aos 5 anos de idade para estudar no mosteiro beneditino de Helfta, onde sua irmã, Santa Matilde, foi abadessa e sua professora. Após tomar o hábito, na adolescência, ela se tornou amiga de Santa Matilde de Hackeborn, que, assim como ela própria, também era especial devota do Sagrado Coração de Jesus.
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – Aliás, muitos séculos antes que Jesus aparecesse a Santa Margarida Maria Alacoque, Santa Gertrudes já teve experiências místicas com o Seu Sagrado Coração. A religiosa de comunhão frequente e vívida devoção a São José teria chegado, em duas visões, a reclinar a cabeça sobre o peito de Jesus, ouvindo as batidas do Seu Coração. Em outra visão, Santa Gertrudes perguntou a São João Evangelista, que também reclinara a cabeça junto ao Coração de Cristo durante a Última Ceia, por que ele não tinha escrito nada sobre o Coração de Jesus. O Apóstolo respondeu que a revelação do Sagrado Coração de Jesus estava reservada para tempos posteriores, quando a frieza do mundo viesse a precisar de modo especial de um reavivamento no amor.
fonte:https://pt.aleteia.org/2018/11/16/santa-gertrudes-padroeira-dos-misticos/
A oração pelas almas do purgatório revelada a cada vez que ela a rezasse, Ele poderia libertar mil almas do purgatório
Santa Gertrudes foi uma mística do século XIII que, muito tempo antes das aparições de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque, já recebeu a graça extraordinária de viver experiências místicas com o Seu Sagrado Coração.
“REVELAÇÕES DE SANTA
GERTRUDES” – Cinco livros que compõem o “Arauto da Amorosa Bondade de
Deus”, também conhecidos como “Revelações de Santa Gertrudes”, são
atribuídos a ela direta ou indiretamente: o primeiro volume foi escrito
por amigos íntimos da religiosa, enquanto o segundo foi obra dela
própria e os seguintes foram redigidos sob a sua direção. Os textos
falam das suas experiências místicas e, entre outras lições, tratam da
relação entre sofrimento e graça: “A adversidade é a aliança espiritual
que sela os esponsais com Deus”, lê-se numa passagem. De fato, Santa
Gertrudes sofreu enfermidades dolorosas durante dez anos até partir
desta vida para a Casa do Pai em 17 de novembro de 1301 ou 1302. O Papa
Clemente XII determinou que a sua festa litúrgica fosse celebrada em
toda a Igreja.
ALMAS DO
PURGATÓRIO – Em uma das suas visões, Santa Gertrudes recebeu de Jesus
uma oração breve, mas muito especial: toda vez que ela a rezasse, Ele
poderia libertar mil almas do purgatório. Você pode conhecer e fazer
essa mesma oração:
Em uma das visões místicas que teve ao longo da vida, Santa Gertrudes foi instruída por Jesus a fazer a seguinte oração sabendo que, a cada vez que ela a rezasse, Ele poderia libertar mil almas do purgatório:
Eterno Pai, ofereço-Vos o Preciosíssimo Sangue de Vosso Divino Filho Jesus, em união com todas as Missas que hoje são celebradas em todo o mundo; por todas as santas almas do purgatório, pelos pecadores de todos os lugares, pelos pecadores de toda a Igreja, pelos de minha casa e de meus vizinhos. Amém.fonte:https://pt.aleteia.org/2018/11/16/a-oracao-pelas-almas-do-purgatorio-revelada-a-santa-gertrudes-por-jesus/
Basílica de São Pedro de Roma, cuja cúpula é a primeira coisa que o peregrino, emocionado, vê, a caminho da Cidade Eterna, é a maior do globo. Nela repousa o primeiro vigário de Nosso Senhor.
Erguida à glória do Mestre e do Príncipe dos Apóstolos, começava por Bramante, em 1506, deve a cúpula ao gênio do imortal Miguel Ângelo a pedido do Papa Paulo III, que nela trabalhou de 1546 a 1564. Tiago della Porta continuou a sua obra, de 1588 a 1590. Carlos Maderna elevou-lhe a fachada e terminou a nave a pedido do Papa Paulo V, de 1607 a 1614. Bernino levantou o grande baldaquino do altar-mor em 1623 e continuou até a morte a decoração interior. Foi quem desenhou a praça com a colunata.
Urbano VIII, a 18 de novembro de 1626, consagrava a basílica, em cujo centro repousa São Pedro.
Sobre a tumba do apóstolo, dizia o Papa Pio XII na radio mensagem de 23 de dezembro de 1950, falando a respeito das explorações levadas a efeito:
“O resultado foi riquíssimo, importantíssimo. Mas a questão essencial é a seguinte: encontrou-se verdadeiramente a tumba de São Pedro?
“A esta pergunta, a conclusão final dos trabalhos e dos estudos responde muito claramente pela afirmativa: sim, a tumba do Príncipe dos Apóstolos foi encontrada.
“Uma segunda questão, subordinada à primeira, diz respeito às relíquias do Santo: foram elas encontradas?
“À beira da sepultura encontraram-se restos de ossos humanos.
“Pertenciam eles ao despojo mortal do Apóstolo?
“Não é possível prová-lo com certeza.
“Isso, entretanto, deixa intacta a realidade histórica da tumba. A gigantesca cúpula desenvolve a sua curva exatamente sobre o sepulcro do primeiro bispo de Roma, do primeiro Papa; sepulcro originalmente muito modesto, mas sobre o qual a veneração dos séculos posteriores elevou, por uma maravilhosa sucessão de trabalhos, o maior templo da cristandade”.
A Dedicação da Basílica de São Paulo Fora dos Muros de Roma
O Papa Pio IX quis que as dedicações das basílicas de São Pedro e de São Paulo fossem celebradas juntas a 18 de Novembro.
Como São Pedro, São Paulo foi enterrado, possivelmente, no lugar do suplício, num cemitério comum a todos.
A basílica, situada num lugar relativamente distante da cidade, foi restaurada, de 440 a 461, pelo Papa São Leão. A 15 de julho de 1823, um incêndio destruiu-a, de modo que foi necessário reerguê-la, o que a tornou mais bela. Ainda pode ser vista, sob o altar, a placa de mármore que cobre a tumba de São Paulo, onde se lê: “Paulo, Apóstolo, mártir.”
Admite-se, desde há muito, que o túmulo do grande Apóstolo foi por diversas vezes aberto e mesmo violado.
Lemos no martirológio romano:
“Em Roma, a DEDICAÇÃO DAS BASÍLICAS DE SÃO PEDRO E DE SÃO PAULO, apóstolos. A primeira, tendo sido reconstruída e aumentada, foi solenemente consagrada neste dia, pelo Soberano Pontífice Urbano VIII (1626). A segunda, depois de ter sido completamente destruída por deplorável incêndio, foi reerguida com mais magnificência e consagrada solenemente a 10 de dezembro por Pio IX (1854), que fixou no presente dia a comemoração anual desta dedicação”.
Desde os tempos de Gregório II (715-731) o serviço na basílica de São Paulo foi assegurado por monges beneditinos.
Fonte: Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XX, p. 119-122
A basílica de Latrão (cuja dedicação é celebrada em 9 de novembro) e depois a basílica vaticana tornaram-se o sinal do triunfo do cristianismo. A dedicação da basílica de São Pedro foi feita pelo papa Silvestre (314-335), e a da basílica de São Paulo, pelo papa Sirício (384-399).
A memória de sua dedicação não pretende tanto celebrar a finalização do edifício material, que se prolongou nos séculos com várias restaurações, quanto oferecer uma ocasião de refletir sobre a figura e a obra dos dois grandes apóstolos, Pedro e Paulo. Ambos os nomes e sobretudo sua obra de evangelização estão ligados à cidade de Roma, onde deram o supremo testemunho a Cristo com a efusão do próprio sangue.
Roma compartilha com Jerusalém e com Antioquia o privilégio de ter hospedado Pedro durante a pregação. Em Roma Pedro teria vivido 25 anos antes de enfrentar o martírio.
Sua pregação tinha por tema Jesus, a lembrança do tempo passado junto com ele: “Fomos testemunhas oculares da sua grandeza”, escreve na sua segunda carta, e “essa voz nós a ouvimos descer do céu enquanto estávamos com ele sobre o seu santo monte”.
Sob o altar da confissão da basílica vaticana é conservado o túmulo de Pedro crucificado durante a perseguição desencadeada pelo imperador Nero. As escavações mandadas fazer por Pio XII debaixo da basílica permitiram identificar o lugar da sepultura do príncipe dos apóstolos. Nenhuma dúvida, ao contrário, quanto ao túmulo de são Paulo, guardado na basílica a ele dedicada. Quanto à realidade da pregação feita na Cidade Eterna, temos o testemunho direto na Carta aos Romanos.
A Apresentação é a festa estabelecida pela Santa Igreja para consagrar a memória de um solene acontecimento na vida de Maria Santíssima, sendo Ela ainda criança.
Uma tradição constante, cuja origem remonta aos primeiros tempos do Cristianismo, nos informa que a Virgem Santíssima, aos três anos de idade, foi apresentada ao Templo de Jerusalém, onde se consagrou em corpo e alma ao Senhor.(1)
O Oriente foi o primeiro a celebrar tal festa, como atesta um tópico da constituição do Imperador Manuel Commeno, em 1143. Dois séculos mais tarde tal comemoração passou ao Ocidente. O Papa Gregório XI introduziu-a no calendário romano, por volta de 1373.
A festa da Apresentação da Bem-aventurada Virgem Maria no Templo, além de celebrar esse episódio da vida de Nossa Senhora, visa recordar também todo o período que vai desde seu nascimento até a Anunciação do Anjo. Ao celebrá-la, a Igreja visa iluminar, tanto quanto possível, o silêncio existente na Sagrada Escritura a propósito do primeiro período da vida de Maria Santíssima.
fonte:https://soutodoteumaria.com.br/21-de-novembro-festa-da-apresentacao-de-nossa-senhora-no-templo/
A memória que a Igreja celebra hoje não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas pistas no chamado proto-evangelho de Tiago, livro de Tiago, ou ainda, História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, construída em 543, perto do templo de Jerusalém.
Os manuscritos não canônicos, contam que Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente, quanto no Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica, por isso esta festa aparece no Missal Romano a partir de 1505, onde busca exaltar a Jesus através daquela muito bem soube isto fazer com a vida, como partilha Santo Agostinho, em um dos seus Sermões:
“Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação; criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente”.
A Beata Maria do Divino Coração dedicava devoção especial à festa da Apresentação de Nossa Senhora, de modo que quis que os atos mais importantes da sua vida se realizassem neste dia.
Foi no dia 21 de novembro de 1964 que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja.
Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!
Cecília herdou a fé desses santos homens e de tantos outros que foram martirizados exatamente em Roma. O cristianismo que Cecília recebeu em sua formação, era o cristianismo dos mártires, dos heróis da fé. Cecília foi cristã numa Igreja perseguida, numa Igreja que ainda era minoritária, porém, cheia de profunda fé, esperança e coragem.
História de Santa Cecília
No transcorrer normal de sua vida, quando jovem ela foi prometida e dada em casamento a um jovem chamado Valeriano. No dia do casamento ela estava muito triste. Então, ela chamou seu noivo disse a ele toda verdade sobre sua fé. Disse que tinha feito voto de castidade para Deus, e começou a falar das glórias de Deus e de Jesus Cristo ao jovem, que a ouvia boquiaberto com a força de suas palavras e a convicção que vinha de seu coração.
Tamanho foi o poder das palavras de Cecília que, após ouvi-la, ele se converteu, entendeu a promessa de sua noiva e disse que iria respeitá-la em sua decisão. Naquela mesma noite ele recebeu o batismo. Valeriano contou o que ocorrera para seu irmão Tiburcio e este também, impressionado, se converteu. Ambos eram pagãos.
A primeira canção de Santa Cecília
Santa Cecília, então, vendo a maravilha que Deus estava operando através dela, agradecida, cantou para Deus: Senhor, guardai sem manchas o meu corpo e minha alma, para que não seja confundida. Foi um canto inspirado e emocionante, que tocou profundamente o coração de todos. Daí vem o fato de ela ser considerada a padroeira dos músicos cristãos.
O prefeito de Roma, Turcius Almachius, teve conhecimento da conversão dos dois irmãos e quis o tesouro dos dois irmãos nobres e ricos. Os dois irmãos, porém, já tinham distribuído todos os seus bens aos pobres. O prefeito de Roma exigiu, então, sob pena de morte, que os dois abandonassem a nova fé. Os dois, porém, alimentados com a força do cristianismo nascente e cheios do poder de Deus, não renegaram sua fé. Assim, foram condenados à morte e decapitados.
Milagres de Santa Cecília
Santa Cecília foi chamada ao conselho romano logo em seguida. Isso aconteceu provavelmente no ano 180. O conselho exigiu primeiro que ela revelasse onde estaria o tesouro dos dois irmãos. Ela disse que tudo já tinha sido distribuído aos pobres.
O prefeito, furioso, exigiu que ela renunciasse a fé cristã e adorasse aos deuses romanos. Cecília negou-se mostrando muita coragem e serenidade diante de todos. Condenaram-na à tortura. Mas, estando ela diante dos soldados romanos para ser torturada, ela falou a eles sobre as maravilhas de Deus, sobre a verdadeira religião, sobre sentido da vida, que é o seguimento de Jesus Cristo. Os soldados, maravilhados com uma mensagem que nunca tinham ouvido, ficaram do lado de Cecília, dizendo que iriam abandonar o culto aos deuses. Essas inúmeras conversões foram milagres que Deus operou através de Santa Cecília para que essas pessoas alcançassem a felicidade e a salvação.
O prefeito então, aborrecido e furioso, deu ordens para outros algozes trancarem Santa Cecília no balneário de águas quentes do seu próprio castelo, logo na entrada dos vapores. Ali, ela seria asfixiada pelos vapores ferventes que aqueciam as águas. Ninguém conseguia ficar ali por mais de alguns minutos. Era morte certa.
Porém, para surpresa de todos, milagrosamente ela foi protegida e nada lhe aconteceu. Todos ficavam impressionados com a fé daquela jovem, frágil, que enfrentava a morte sem receio por causa da grande fé que tinha em seu coração. Mas o prefeito, irredutível, mandou que ela fosse morta com três golpes de machado em seu pescoço.
O algoz obedeceu, mas não conseguiu arrancar sua cabeça, coisa que ele estava acostumado a fazer com apenas uma machadada. Santa Cecília permaneceu viva ainda por 3 dias, conversando e dando conselhos a todos que corriam para vê-la e rezar por ela.
Martírio de Santa Cecília
Por fim, pressentindo sua morte iminente, Santa Cecília pediu para o Papa entregar todos os seus bens aos pobres e transformar sua casa numa igreja. Antes de sua morte, em seus últimos momentos neste mundo, sentindo que sua missão estava cumprida mesmo ela sendo ainda tão jovem, Cecília conseguiu cantar louvando a Deus, cantando as maravilhas de Deus.
Por isso, ela é a padroeira dos músicos e da música sacra. Depois disso, a fisicamente frágil e interiormente forte jovem romana que desafiou os poderes deste mundo, entregou seu espírito ao Pai Celestial. Após sua morte ela foi sepultada pelos cristãos na catacumba de São Calisto e desde então passou a ser venerada como mártir.
Descoberta do túmulo de Santa Cecília
O túmulo de Santa Cecília ficou desaparecido por muitos séculos. No século IX, Santa Cecília apareceu ao Papa Pascoal l (817-824). Logo após este fato, seu túmulo foi encontrado e lá estava o caixão com as relíquias da Santa.
O corpo dela estava intacto, na mesma posição em que ela foi enterrada. Ao lado da Santa estavam também os corpos de Valeriano e Tiburcio. No ano de 1599, o Cardeal Sfondrati mandou abrir o tumulo de Santa Cecília, e seu corpo foi encontrado na mesma posição que estava quando o Papa Pascoal l a encontrou. Sua festa é celebrada em 22 de novembro, dia dos músicos e da música.
Oração a Santa Cecília
Ó Virgem e mártir, Santa Cecília, pela fé viva que vos animou desde a infância, tornando-vos tão agradável a Deus e ao próximo, merecendo a coroa do martírio, convertendo pagãos ao cristianismo, alcançai-nos a graça de progredir cada vez mais na fé e professá-la através do testemunho das boas obras, especialmente servindo aos irmãos necessitados. Alcançai-nos também a graça de sempre louvar a Deus com canções espirituais.
Gloriosa Santa Cecília, que os vossos exemplos de fé e virtude sejam para todos nós um brado de alerta, para que estejamos sempre atentos à vontade de Deus, na prosperidade como nas provações, no caminho do céu e da salvação eterna.
Santa Cecília, padroeira dos músicos e artistas, rogai por nós.
Amém.
São Clemente I – papa e mártir - 23 de Novembro
Clemente foi o terceiro sucessor imediato do Apóstolo São Pedro no comando da Igreja em Roma. Santo Irineu escreveu sobre ele no ano 180: “Ele viu os apóstolos e conversou com eles, ouviu a voz da pregação deles e teve a tradição deles diante dos olhos”. Santo Ireneu também nos informa que o Papa Clemente é o autor de uma carta muito importante, que foi escrita pela Igreja de Roma à Igreja da cidade de Corinto.Contemporâneo dos grandes apóstolos
Irineu viveu em Roma e, como vimos, conviveu com alguns apóstolos. Dentre eles, São João Evangelista, São Filipe, também um dos doze, e São Paulo. Clemente foi um dos colaboradores de são Filipe. Ele foi também discípulo de São Paulo. Paulo até cita o nome de Clemente na carta aos Filipenses: "E a ti, fiel Sínzigo, também rogo que as ajudes, pois que trabalharam comigo no Evangelho, com Clemente e com os demais colaboradores meus, cujos nomes estão inscritos no livro da vida". (Fl 4,3)
Um nobre romano
A Tradição cristã apresenta o papa São Clemente I como sendo filho de um senador chamado Faustino. Este era da família Flávia, que, por sua vez, era parente do imperador romano chamado Domiciano. São Clemente I foi Papa uma época bastante difícil, cheia de perseguições contra os seguidores de Jesus Cristo.
Papado
São Clemente I governou a Igreja entre os anos 88 e 97. Foi um Papa que levou adiante o anúncio do Evangelho firmemente centrado na fidelidade à doutrina de Jesus Cristo. Enfrentou com sabedoria divisões internas na Igreja. Em sua famosa carta enviada aos coríntios, ele revela seu espírito de unidade e amor à Igreja. Os coríntios, com efeito, recusavam-se a seguir a Igreja de Roma e tinham a intenção de se desligarem da unidade. Através de sua carta, que, a princípio, teve sua autoria anônima, Clemente I incentivou-os à perseverança na fé e no amor ensinado por Jesus Cristo, e, também, a que eles participassem da união com a única Igreja deixada por Ele.
Legado
O Papa São Clemente I restabeleceu o uso do crisma na Igreja, dando seguimento à Tradição deixada Por São Pedro. Foi ele quem instituiu o uso litúrgico da expressão "amém", cujo significado é “assim seja, ou confirmo”, nos ritos religiosos. Seu exemplo de vida e fé arrastava corações. Ele converteu até mesmo a uma irmã do imperador Domiciano chamada Domitila. Domiciano, como vimos, também era parente de Clemente. A conversão de Domitila ajudou bastante na suavização da sangrenta perseguição que acontecia no império contra os cristãos.
Irritando o imperador
O papa São Clemente I colaborou bastante na expansão do cristianismo no império romano. Isso incomodou o sucessor de Domiciano, o imperador Nerva. Por isso, Nerva exilou Clemente na Criméia. Por causa deste exílio, Evaristo assumiu o comando da Igreja em Roma. Enquanto isso, no exílio, São Clemente I teve a oportunidade providencial de encontrar milhares de cristãos que tinham sido condenados a trabalhos forçados nas abundantes minas de pedra da região. Assim, o exílio foi providencial para que São Clemente encorajasse os fiéis a perseverarem na fé e convertesse também a muitos pagãos.
Martírio
O sucesso da evangelização de São Clemente I no exílio irritou bastante o novo imperador romano, chamado Trajano. Por isso, este ordenou que Clemente I fosse obrigado a prestar sacrifícios aos deuses romanos. Clemente I, porém, negou-se, afirmando categoricamente só existe um único Deus, a quem ele já servia. Trajano, então, ordenou que São Clemente I fosse atirado ao mar Negro, tendo uma pesada âncora atada ao seu pescoço. Mesmo assim, milagrosamente, a corda se retraiu e entregou o corpo de São Clemente aos cristãos, para que fosse sepultado dignamente e venerado pelos fiéis. Era o dia 23 de novembro do ano 101.
Oração de São Clemente I
“Deus de toda carne, que dais a morte e a vida, que abateis a insolência dos orgulhosos e frustrais as maquinações dos povos, vinde em nosso auxílio, ó Mestre. Matai a fome dos indigentes e libertai aqueles que entre nós sucumbiram. Deus bom e misericordioso, esquecei nossos pecados, erros e quedas; não leveis em conta as faltas dos vossos servos e servas. Dai-nos a concórdia e a paz, não só para nós, mas também para todos os habitantes da terra.
É de vós que os nossos príncipes e os que no mundo nos governam recebem o poder: dai-lhes saúde, paz, concórdia e estabilidade; dirigi os seus propósitos pela senda do bem. Só vós podeis fazer tudo isso e conceder-nos ainda maiores benefícios. Nós o proclamamos em nome do sumo sacerdote das nossas almas, Jesus Cristo, por quem vos seja dada honra e glória, agora e por todos os séculos dos séculos. Amém.”
fonte:https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-sao-clemente-i/404/102/Oração de São Clemente pela paz
“Vinde, Senhor, e deixai vossa face brilhar sobre nós para que possamos desfrutar pacificamente de todas as coisas boas.Que vossa mão poderosa seja um teto sobre nossas cabeças e que vossa força nos preserve de todos os delitos.Libertai-nos, Senhor, daqueles que nos odeiam sem causa.Dai a paz e a harmonia aos habitantes da Terra, como destes aos nossos antepassados, que vos invocaram com confiança e fé.Só Vós podeis nos conceder estas graças.Confiamos em Vós por meio de Jesus Cristo, nosso sumo sacerdote, o guardião de nossas almas, agora e por todas as gerações até o fim dos tempos. Amém.”
fonte:https://pt.aleteia.org/2021/01/18/reze-para-que-deus-espalhe-a-paz-por-toda-a-terra/
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 25,31-46 Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: `Vinde benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar'. Então os justos lhe perguntarão: `Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?' Então o Rei lhes responderá: `Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!' Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: `Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar'. E responderão também eles: `Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?' Então o Rei lhes responderá: `Em verdade eu vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!' Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna'. Palavra da Salvação. Glória a Vós Senhor.
fonte:http://amisericordiadivina.blogspot.com/2017/11/solenidade-de-nosso-senhor-jesus-cristo.html
Renovo as minhas promessas do batismo, renunciando a Satanás, suas pompas e suas obras; e de modo especial, comprometo-me a laçar mão de todos os meios ao meu alcance para fazer triunfar os direitos de Deus e de vossa Santa Igreja.
Ó Sagrado Coração de Jesus, eu Vos ofereço minhas pobres ações para que os homens reconheçam a vossa Realeza Sagrada e o Reino de vossa paz se estabeleça
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