BOLETIM DO DIA 03 DE JANEIRO DE 2018
Filhos e filhas,
Um
feliz e abençoado Ano Novo. Espero que todos tenham passado muito bem,
na companhia da família, amigos e pessoas amadas. Cada novo ano é uma
dádiva que Deus nos concede. É como uma página em branco, onde podemos
reescrever nossa história, acertando o que estava errado, melhorando o
que já estava bom.
Começo o ano propondo a busca, o caminho da paz. Sei que foi o tema da minha última mensagem do ano, mas quero continuar nessa temática porque se estamos bem, se estamos equilibrados em Deus, podemos receber um desaforo sem reagir; podemos ser provocados, mas não levar a provocação adiante. É essa paz que nós temos que cultivar.
Se encontrarmos essa paz em Cristo, ao invés de sermos motivo de discórdia, seremos instrumentos da paz. Semeadores da concórdia, semeadores de um jeito diferente de viver. Para isso, primeiro temos que acreditar na paz, acreditar e saber de onde ela vem. E, ela vem de Deus, por Jesus. Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém chega ao Pai senão por Ele (cf. Jo 14,6).
Jesus se diz o caminho. Ele é a porta estreita, como diz em outro momento, a porta difícil de atravessar. Porém, para passar por Jesus é necessário entender sua proposta. O caminho que significa seguir os seus passos, e assumir as consequências do discipulado. O caminho que significa resignação, esvaziamento, obediência a Deus.
Precisamos ter confiança de que Ele nos auxilia. Precisamos confiar em Jesus, confiar no seu amor, confiar no seu ato redentor e salvífico. Podemos até achar que o mundo está perdido, que a humanidade está perdida, mas não está. Jesus já pagou um alto preço pela humanidade, um preço de sangue derramado na cruz. A humanidade não está caminhando para o caos, porque Ele já conseguiu a vitória.
O Reino já está no meio de nós. Embora, às vezes, não seja fácil enxergá-lo no meio de tantos valores contrários. O Reino de Deus está entre nós como uma semente lançada no coração de cada pessoa. A semente da Palavra já foi lançada na humanidade e em cada um, basta deixar a água que jorra do peito aberto de Cristo ser a primeira chuva para que esta semente germine.
É a água que brota do coração de Jesus, a água límpida, cristalina, repleta de minerais, de graças, de bênçãos, que fará brotar. É a confiança que fará brotar em nós a esperança, que fará brotar em nós os valores do Reino. Se deixarmos a semente do mal permanecer em nós e alimentarmos o vício do pecado, ele produzirá a morte.
Se, confiarmos em Jesus e permitirmos que a água que brota do seu coração venha a nós, o fruto da graça germinará. A paz interior é um dom do Espírito Santo, como nos diz a Carta aos Gálatas: “Por seu lado, são estes os frutos do Espírito: amor, alegria, paz” (Gl 5,22). Isso quer dizer que ela deve ser pedida como o próprio Apóstolo Paulo afirma: “Apresentem a Deus todas as necessidades de vocês através da oração e da súplica, em ação de graças.
Então a paz de Deus, que ultrapassa toda compreensão, guardará em Jesus Cristo os corações e pensamentos de vocês” (Fl 4,7). Esse trecho da Carta aos Filipenses nos dá uma certeza que a paz não é uma utopia, não é um “talvez”, mas é uma certeza em Jesus. Ele venceu o mundo! A paz já nos foi concedida!
Um abençoado ano de paz a todos!
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Começo o ano propondo a busca, o caminho da paz. Sei que foi o tema da minha última mensagem do ano, mas quero continuar nessa temática porque se estamos bem, se estamos equilibrados em Deus, podemos receber um desaforo sem reagir; podemos ser provocados, mas não levar a provocação adiante. É essa paz que nós temos que cultivar.
Se encontrarmos essa paz em Cristo, ao invés de sermos motivo de discórdia, seremos instrumentos da paz. Semeadores da concórdia, semeadores de um jeito diferente de viver. Para isso, primeiro temos que acreditar na paz, acreditar e saber de onde ela vem. E, ela vem de Deus, por Jesus. Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém chega ao Pai senão por Ele (cf. Jo 14,6).
Jesus se diz o caminho. Ele é a porta estreita, como diz em outro momento, a porta difícil de atravessar. Porém, para passar por Jesus é necessário entender sua proposta. O caminho que significa seguir os seus passos, e assumir as consequências do discipulado. O caminho que significa resignação, esvaziamento, obediência a Deus.
Precisamos ter confiança de que Ele nos auxilia. Precisamos confiar em Jesus, confiar no seu amor, confiar no seu ato redentor e salvífico. Podemos até achar que o mundo está perdido, que a humanidade está perdida, mas não está. Jesus já pagou um alto preço pela humanidade, um preço de sangue derramado na cruz. A humanidade não está caminhando para o caos, porque Ele já conseguiu a vitória.
O Reino já está no meio de nós. Embora, às vezes, não seja fácil enxergá-lo no meio de tantos valores contrários. O Reino de Deus está entre nós como uma semente lançada no coração de cada pessoa. A semente da Palavra já foi lançada na humanidade e em cada um, basta deixar a água que jorra do peito aberto de Cristo ser a primeira chuva para que esta semente germine.
É a água que brota do coração de Jesus, a água límpida, cristalina, repleta de minerais, de graças, de bênçãos, que fará brotar. É a confiança que fará brotar em nós a esperança, que fará brotar em nós os valores do Reino. Se deixarmos a semente do mal permanecer em nós e alimentarmos o vício do pecado, ele produzirá a morte.
Se, confiarmos em Jesus e permitirmos que a água que brota do seu coração venha a nós, o fruto da graça germinará. A paz interior é um dom do Espírito Santo, como nos diz a Carta aos Gálatas: “Por seu lado, são estes os frutos do Espírito: amor, alegria, paz” (Gl 5,22). Isso quer dizer que ela deve ser pedida como o próprio Apóstolo Paulo afirma: “Apresentem a Deus todas as necessidades de vocês através da oração e da súplica, em ação de graças.
Então a paz de Deus, que ultrapassa toda compreensão, guardará em Jesus Cristo os corações e pensamentos de vocês” (Fl 4,7). Esse trecho da Carta aos Filipenses nos dá uma certeza que a paz não é uma utopia, não é um “talvez”, mas é uma certeza em Jesus. Ele venceu o mundo! A paz já nos foi concedida!
Um abençoado ano de paz a todos!
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
BOLETIM DO DIA 10 DE JANEIRO DE 2018
Filhos e filhas,
No
calendário litúrgico já estamos no tempo comum, ou seja, o tempo das
destas acabaram e vamos meditar todos os ensinamentos de Jesus através
dos Evangelhos diários. A festa que marca essa transição é justamente o
Batismo do Senhor, que este ano, atipicamente, foi celebrado na última
segunda-feira.
Antes de continuarmos, quero fazer um esclarecimento, Jesus não precisava ser batizado, Ele não se tornou o Messias nesta hora, já nasceu o Messias, o Filho de Deus! Ele se submeteu ao batismo, não por necessidade, mas para inaugurar essa Sacramento. E celebrar o Batismo de Jesus nos faz recordar o nosso próprio batismo, que geralmente, recebemos ainda crianças.
Isso sempre me é perguntado, sobre o batismo de crianças. Essa é uma questão muito recorrente entre os temas mais questionados, principalmente no programa Padre Responde em meu canal do YouTube, que responderei oportunamente em um vídeo exclusivo. Mas aproveito a data para catequizar por esta mensagem também.
E por que batizar crianças? Viver na graça de Deus é bom, não é? Então por que negar isso às crianças? O batismo é uma graça para a vida humana e ninguém deve ser privado. O Catecismo da Igreja Católica nos ensina: “O Batismo não somente purifica de todos os pecados, como faz também daquele que vai receber o sacramento uma nova criatura, um filho adotivo de Deus, que se tornou participante da natureza divina, membro de Cristo e co-herdeiro com Ele, templo do Espírito Santo” (CIC 1265).
E a própria Sagrada Escritura, inclusive, cita o batismo de crianças: "Disse-lhes Pedro: 'Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo. A promessa diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos que estão longe - a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar'." (Atos 2,38-39). E cito também outros textos: At 16,14-15; At 16,33; At 18,8 e 1Cor 1,16.
A tradição da Igreja também ensina o batismo de crianças, transcrevo aqui um testemunho de Orígenes, no ano 248. "A Igreja recebeu dos apóstolos a tradição de dar Batismo mesmo às crianças. Os apóstolos, aos quais foi dado os segredos dos divinos sacramentos sabiam que havia em cada pessoa inclinações inatas do pecado (original), que deviam ser lavadas pela água e pelo Espírito" (Orígenes, ano 248 - Comentários sobre a Epístola aos Romanos 5:9).
É muito importante conhecermos a nossa Igreja, para que não tenhamos uma fé “cega”, pois como disse São João Paulo II “A fé e a razão constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva em contemplação da verdade”
É dever do pai e da mãe educar os filhos na fé, e o primeiro passo para isso é o batismo. Não se deve negar o batismo para ninguém, as comunidades estão de portas abertas para proporcionar o melhor para os fiéis. Então, se tem alguma dúvida ou situação que possa causar certa insegurança sobre o batismo, marque um horário e procure o sacerdote da sua paróquia ou um líder comunitário.
Não podemos privar as nossas crianças de serem filhos de Deus, o próprio Jesus nos ensina: "Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas" (Lc 18,16).
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Antes de continuarmos, quero fazer um esclarecimento, Jesus não precisava ser batizado, Ele não se tornou o Messias nesta hora, já nasceu o Messias, o Filho de Deus! Ele se submeteu ao batismo, não por necessidade, mas para inaugurar essa Sacramento. E celebrar o Batismo de Jesus nos faz recordar o nosso próprio batismo, que geralmente, recebemos ainda crianças.
Isso sempre me é perguntado, sobre o batismo de crianças. Essa é uma questão muito recorrente entre os temas mais questionados, principalmente no programa Padre Responde em meu canal do YouTube, que responderei oportunamente em um vídeo exclusivo. Mas aproveito a data para catequizar por esta mensagem também.
E por que batizar crianças? Viver na graça de Deus é bom, não é? Então por que negar isso às crianças? O batismo é uma graça para a vida humana e ninguém deve ser privado. O Catecismo da Igreja Católica nos ensina: “O Batismo não somente purifica de todos os pecados, como faz também daquele que vai receber o sacramento uma nova criatura, um filho adotivo de Deus, que se tornou participante da natureza divina, membro de Cristo e co-herdeiro com Ele, templo do Espírito Santo” (CIC 1265).
E a própria Sagrada Escritura, inclusive, cita o batismo de crianças: "Disse-lhes Pedro: 'Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo. A promessa diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos que estão longe - a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar'." (Atos 2,38-39). E cito também outros textos: At 16,14-15; At 16,33; At 18,8 e 1Cor 1,16.
A tradição da Igreja também ensina o batismo de crianças, transcrevo aqui um testemunho de Orígenes, no ano 248. "A Igreja recebeu dos apóstolos a tradição de dar Batismo mesmo às crianças. Os apóstolos, aos quais foi dado os segredos dos divinos sacramentos sabiam que havia em cada pessoa inclinações inatas do pecado (original), que deviam ser lavadas pela água e pelo Espírito" (Orígenes, ano 248 - Comentários sobre a Epístola aos Romanos 5:9).
É muito importante conhecermos a nossa Igreja, para que não tenhamos uma fé “cega”, pois como disse São João Paulo II “A fé e a razão constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva em contemplação da verdade”
É dever do pai e da mãe educar os filhos na fé, e o primeiro passo para isso é o batismo. Não se deve negar o batismo para ninguém, as comunidades estão de portas abertas para proporcionar o melhor para os fiéis. Então, se tem alguma dúvida ou situação que possa causar certa insegurança sobre o batismo, marque um horário e procure o sacerdote da sua paróquia ou um líder comunitário.
Não podemos privar as nossas crianças de serem filhos de Deus, o próprio Jesus nos ensina: "Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas" (Lc 18,16).
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
BOLETIM DO DIA 24 DE JANEIRO
Filhos e filhas,
A
Igreja nessa semana celebra a Conversão de São Paulo (25/01), este
grande Apóstolo que pregou a Boa Nova de Jesus Cristo aos não judeus,
autor de diversas cartas que compõem a Sagrada Escritura.
Olhando para a vida desse homem que de perseguidor dos cristãos, tornou-se um seguidor e propagador de Cristo, vemos o quão transformador é o encontro com Jesus Cristo. Paulo foi resgatado por Jesus e soube se reinventar com base nesse encontro, que comprova ser possível deixar tudo para trás e se tornar uma pessoa nova, renovada em Cristo!
Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Ele apresentou-se ao sumo sacerdote, e lhe pediu cartas de recomendação para as sinagogas de Damasco, a fim de levar presos para Jerusalém todos os homens e mulheres que encontrasse seguindo o Caminho. Durante a viagem, quando já estava perto de Damasco, Saulo se viu repentinamente cercado por uma luz que vinha do céu. Caiu por terra, e ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que você me persegue?” Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A voz respondeu: “Eu sou Jesus, a quem você está perseguindo. Agora, levante-se, entre na cidade, e aí dirão o que você deve fazer”. Os homens que acompanhavam Saulo ficaram cheios de espanto, porque ouviam a voz, mas não viam ninguém. Saulo se levantou do chão e abriu os olhos, mas não conseguia ver nada. Então o pegaram pela mão e o levaram para Damasco. E Saulo ficou três dias sem poder ver, e não comeu nem bebeu nada. (At 9,1-9).
Note que Jesus não muda o nome de Saulo. Paulo era seu nome romano, que deriva do latim Paulus, cujo significado é “pequeno”. Depois de sua conversão, ele mesmo passou a usar esse nome.
Paulo foi restaurado em Cristo e a sua conversão o fez criar consciência dos seus erros e mudar de direção. Não basta o remorso, porque nesse caso a dor é logo esquecida e, no dia seguinte, praticamos os mesmos erros. Muitas vezes, a pessoa até sente remorso por ter mentido, traído ou roubado, mas esse arrependimento precisa se transformar em uma atitude de vida.
No caso se Paulo, o remorso e a consciência do pecado causaram dor, mas instigaram o derramamento do Espírito Santo e o batismo. O remorso foi apenas o passo inicial para uma guinada completa na sua trajetória.
Certamente no começo não foi nada fácil. Paulo começou a testemunhar que Jesus era o Filho de Deus na sinagoga de Damasco (At 9,20). Não pense que a conversão se faz com um simples “Aleluia, aleluia, amém!” ou “Encontrei Jesus, glória a Deus!”. Isso é fogo de palha. Paulo teve que desenvolver serenidade para compreender que as pessoas não esquecem com facilidade, e o fato é que seu passado depunha contra ele.
Devemos aprender com Paulo a ter discernimento, serenidade e força. Ele soube tirar proveito das lições recebidas. Encontrou dificuldade com os Apóstolos e se declarou o menor deles, indigno de ser chamado como tal porque perseguira a Igreja de Deus (cf. 1Cor 15,1-10). Tinha consciência de sua miséria e nunca esqueceu que foi um perseguidor.
A memória do erro permaneceu em Paulo, mas não o impediu de se tornar tudo para todos, a fim de salvar alguns a qualquer custo. E assim devemos fazer também nós, que o nosso erro não nos impeça de sempre recomeçar. Se Paulo conseguiu, com Jesus, nós também conseguimos!
Finalizo esta mensagem pedindo pela cidade de São Paulo, que no dia 25, celebra mais um ano. Que a Luz do Espírito Santo ilumine os governantes e todos os habitantes para que possam, a cada dia, construir uma cidade mais cristã.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
E isto está na Palavra de Deus: “Amemos, porque Ele nos amou primeiro. Se alguém disser ‘Amo a Deus’, mas odeia seu irmão, é um mentiroso, pois no coração de quem ama a Deus não há espaço para o ódio” (1Jo 4,19-20). Essa é a base daquilo em que nós acreditamos e, por isso, professamos. Deus é a maior referência do amor, pois abrange, na Sua essência, a plenitude desse sentimento, bem como todo e qualquer significado que nós podemos ter de amor.
Somos pequenos, frágeis, limitados diante daquilo que Deus personifica, a perfeição máxima do amor. Por isso, quando amamos somos tão idealistas, pois a nossa referência é a mais perfeita, única e singular, que é Deus. Trata-se da busca constante por vivenciar e experimentar esse amor de Deus.
Por outro lado, existem exigências. No dia a dia, há um certo desgaste gerado por frases como: “Eu amo meu time de futebol”, “Como amo fazer isso!”, “Amo cantar”, “Amo minha profissão” etc. Será que tudo isso é amor? De duas, uma: ou o uso da palavra em questão está equivocado ou o ato de amar tem significados e intensidades diferentes.
Na verdade, as duas observações procedem, porém o que não podemos perder é a noção de que todas essas formas de expressar esse sentimento, nas suas dimensões mais específicas, caminham para um amor maior, que é Deus. Quem primeiro amou o mundo foi Ele. A natureza, a Criação é um ato do amor de Deus. E em Seu filho, Jesus, com profundo amor, Ele nos dá a remissão.
Os antigos gregos usavam três palavras para qualificar as dimensões do amor: Eros, Filia e Ágape.
Eros é o amor carnal e remete ao desejo entre homem e mulher. Ele simboliza o amor romântico do qual faz parte a atração sexual. Também implica a contemplação do belo e a existência de sentimentos como paixão e ciúme.
Filia é o amor que se coloca a serviço e visa primeiramente ao bem do outro. Não possui conotação sexual, desejo carnal, correspondendo ao sentimento existente entre amigos. Um belo exemplo do amor amizade encontramos entre Davi e Jônatas. Assim também era o amor de Jesus pelos Apóstolos.
Por fim, no plano mais elevado, está o amor Ágape, que é divino. Podemos ter uma experiência de sua dimensão a partir de Jesus, pois Ele é a revelação do amor do Pai, "Deus é amor" (1 Jo 4,8).
Para a doutrina católica, não se pode separar essas três formas de amor, pois elas se fundem entre si. Interessante o que diz o Bento XVI, o Papa Emérito: “Deus ama, e este seu amor pode ser qualificado sem dúvida como Eros, que, no entanto é totalmente Ágape também”. E ainda: “Deus é absolutamente a fonte originária de todo ser; mas esse princípio criador de todas as coisas é, ao mesmo tempo, um amante com toda a paixão de um verdadeiro amor. Desse modo, o Eros (também o Filia) é enobrecido ao máximo, mas simultaneamente tão purificado que se funde com o Ágape” (Encíclica Deus Caritas est, nº 10).
Conhecendo essas dimensões do amor, soam um tanto descabidas afirmações como "amo meu time de futebol", "amo comer carne seca", "amo andar de bicicleta", entre outras. Amar é algo muito mais profundo. Por isso, se alguém diz que sentiu amor à primeira vista, desconfie. Na verdade, o primeiro contato pode levar à paixão, mas certamente ainda está longe do amor maduro. Não podemos reduzir o amor à admiração e à atração.
Peçamos a Deus a graça de amar verdadeiramente, como Ele nos ama. Amém!
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Olhando para a vida desse homem que de perseguidor dos cristãos, tornou-se um seguidor e propagador de Cristo, vemos o quão transformador é o encontro com Jesus Cristo. Paulo foi resgatado por Jesus e soube se reinventar com base nesse encontro, que comprova ser possível deixar tudo para trás e se tornar uma pessoa nova, renovada em Cristo!
Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Ele apresentou-se ao sumo sacerdote, e lhe pediu cartas de recomendação para as sinagogas de Damasco, a fim de levar presos para Jerusalém todos os homens e mulheres que encontrasse seguindo o Caminho. Durante a viagem, quando já estava perto de Damasco, Saulo se viu repentinamente cercado por uma luz que vinha do céu. Caiu por terra, e ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que você me persegue?” Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A voz respondeu: “Eu sou Jesus, a quem você está perseguindo. Agora, levante-se, entre na cidade, e aí dirão o que você deve fazer”. Os homens que acompanhavam Saulo ficaram cheios de espanto, porque ouviam a voz, mas não viam ninguém. Saulo se levantou do chão e abriu os olhos, mas não conseguia ver nada. Então o pegaram pela mão e o levaram para Damasco. E Saulo ficou três dias sem poder ver, e não comeu nem bebeu nada. (At 9,1-9).
Note que Jesus não muda o nome de Saulo. Paulo era seu nome romano, que deriva do latim Paulus, cujo significado é “pequeno”. Depois de sua conversão, ele mesmo passou a usar esse nome.
Paulo foi restaurado em Cristo e a sua conversão o fez criar consciência dos seus erros e mudar de direção. Não basta o remorso, porque nesse caso a dor é logo esquecida e, no dia seguinte, praticamos os mesmos erros. Muitas vezes, a pessoa até sente remorso por ter mentido, traído ou roubado, mas esse arrependimento precisa se transformar em uma atitude de vida.
No caso se Paulo, o remorso e a consciência do pecado causaram dor, mas instigaram o derramamento do Espírito Santo e o batismo. O remorso foi apenas o passo inicial para uma guinada completa na sua trajetória.
Certamente no começo não foi nada fácil. Paulo começou a testemunhar que Jesus era o Filho de Deus na sinagoga de Damasco (At 9,20). Não pense que a conversão se faz com um simples “Aleluia, aleluia, amém!” ou “Encontrei Jesus, glória a Deus!”. Isso é fogo de palha. Paulo teve que desenvolver serenidade para compreender que as pessoas não esquecem com facilidade, e o fato é que seu passado depunha contra ele.
Devemos aprender com Paulo a ter discernimento, serenidade e força. Ele soube tirar proveito das lições recebidas. Encontrou dificuldade com os Apóstolos e se declarou o menor deles, indigno de ser chamado como tal porque perseguira a Igreja de Deus (cf. 1Cor 15,1-10). Tinha consciência de sua miséria e nunca esqueceu que foi um perseguidor.
A memória do erro permaneceu em Paulo, mas não o impediu de se tornar tudo para todos, a fim de salvar alguns a qualquer custo. E assim devemos fazer também nós, que o nosso erro não nos impeça de sempre recomeçar. Se Paulo conseguiu, com Jesus, nós também conseguimos!
Finalizo esta mensagem pedindo pela cidade de São Paulo, que no dia 25, celebra mais um ano. Que a Luz do Espírito Santo ilumine os governantes e todos os habitantes para que possam, a cada dia, construir uma cidade mais cristã.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 31 de Janeiro
Filhos e filhas,
Estamos já no final do mês de janeiro, início de fevereiro quando celebramos São Brás, brasa, chama do amor de Deus, da fé, do amor ao próximo. A vida heroica de São Brás é um estímulo para que mantenhamos também acesa em nossas almas a brasa do amor, por Deus nos amou primeiro.E isto está na Palavra de Deus: “Amemos, porque Ele nos amou primeiro. Se alguém disser ‘Amo a Deus’, mas odeia seu irmão, é um mentiroso, pois no coração de quem ama a Deus não há espaço para o ódio” (1Jo 4,19-20). Essa é a base daquilo em que nós acreditamos e, por isso, professamos. Deus é a maior referência do amor, pois abrange, na Sua essência, a plenitude desse sentimento, bem como todo e qualquer significado que nós podemos ter de amor.
Somos pequenos, frágeis, limitados diante daquilo que Deus personifica, a perfeição máxima do amor. Por isso, quando amamos somos tão idealistas, pois a nossa referência é a mais perfeita, única e singular, que é Deus. Trata-se da busca constante por vivenciar e experimentar esse amor de Deus.
Por outro lado, existem exigências. No dia a dia, há um certo desgaste gerado por frases como: “Eu amo meu time de futebol”, “Como amo fazer isso!”, “Amo cantar”, “Amo minha profissão” etc. Será que tudo isso é amor? De duas, uma: ou o uso da palavra em questão está equivocado ou o ato de amar tem significados e intensidades diferentes.
Na verdade, as duas observações procedem, porém o que não podemos perder é a noção de que todas essas formas de expressar esse sentimento, nas suas dimensões mais específicas, caminham para um amor maior, que é Deus. Quem primeiro amou o mundo foi Ele. A natureza, a Criação é um ato do amor de Deus. E em Seu filho, Jesus, com profundo amor, Ele nos dá a remissão.
Os antigos gregos usavam três palavras para qualificar as dimensões do amor: Eros, Filia e Ágape.
Eros é o amor carnal e remete ao desejo entre homem e mulher. Ele simboliza o amor romântico do qual faz parte a atração sexual. Também implica a contemplação do belo e a existência de sentimentos como paixão e ciúme.
Filia é o amor que se coloca a serviço e visa primeiramente ao bem do outro. Não possui conotação sexual, desejo carnal, correspondendo ao sentimento existente entre amigos. Um belo exemplo do amor amizade encontramos entre Davi e Jônatas. Assim também era o amor de Jesus pelos Apóstolos.
Por fim, no plano mais elevado, está o amor Ágape, que é divino. Podemos ter uma experiência de sua dimensão a partir de Jesus, pois Ele é a revelação do amor do Pai, "Deus é amor" (1 Jo 4,8).
Para a doutrina católica, não se pode separar essas três formas de amor, pois elas se fundem entre si. Interessante o que diz o Bento XVI, o Papa Emérito: “Deus ama, e este seu amor pode ser qualificado sem dúvida como Eros, que, no entanto é totalmente Ágape também”. E ainda: “Deus é absolutamente a fonte originária de todo ser; mas esse princípio criador de todas as coisas é, ao mesmo tempo, um amante com toda a paixão de um verdadeiro amor. Desse modo, o Eros (também o Filia) é enobrecido ao máximo, mas simultaneamente tão purificado que se funde com o Ágape” (Encíclica Deus Caritas est, nº 10).
Conhecendo essas dimensões do amor, soam um tanto descabidas afirmações como "amo meu time de futebol", "amo comer carne seca", "amo andar de bicicleta", entre outras. Amar é algo muito mais profundo. Por isso, se alguém diz que sentiu amor à primeira vista, desconfie. Na verdade, o primeiro contato pode levar à paixão, mas certamente ainda está longe do amor maduro. Não podemos reduzir o amor à admiração e à atração.
Peçamos a Deus a graça de amar verdadeiramente, como Ele nos ama. Amém!
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 21 de Fevereiro
Filhos e filhas,
Sinto
orgulho por ser católico e digo que todo católico deveria estar
orgulhoso. No ano passado os bispos brasileiros decidiram como tema da
Campanha da Fraternidade para esse ano, a superação da violência. Em uma
voz profética, a Igreja no Brasil, chama toda a sociedade para uma
reflexão em busca da paz.
Primeiramente me uno em oração por todas as vítimas de violência, seja ela qual for. Deus consola e enxuga todo pranto, Ele quer que vivamos na justiça e na paz. Rezo pelo Rio de Janeiro, do qual ouvimos e vemos mais notícias, mas também por todo o Brasil que sofre com a violência.
O texto base da Campanha da Fraternidade desse ano diz que “A lógica do amor é o único instrumento eficaz diante das ações violentas” (207). Ou seja, só alcançaremos a verdadeira paz pelo amor. Se encontrarmos essa paz em Cristo, ao invés de sermos motivo de discórdia, seremos instrumentos da paz. Semeadores da concórdia, semeadores de um jeito diferente de viver.
Para isso, primeiro temos que acreditar na paz, acreditar e saber de onde ela vem. E, ela vem de Deus, por Jesus. Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém chega ao Pai senão por Ele (cf. Jo 14,6).
Jesus se diz o caminho. Ele é a porta estreita, como diz em outro momento, a porta difícil de atravessar. Porém, para passar por Jesus é necessário entender sua proposta. O caminho que significa seguir os seus passos, e assumir as consequências do discipulado.
O caminho que significa resignação, esvaziamento, obediência a Deus. Precisamos ter confiança de que Ele nos auxilia. Precisamos confiar em Jesus, confiar no seu amor, confiar no seu ato redentor e salvífico.
Podemos até achar que o mundo está perdido, que a humanidade está perdida, mas não está. Jesus já pagou um alto preço pela humanidade, um preço de sangue derramado na cruz. A humanidade não está caminhando para o caos, porque Ele já conseguiu a vitória. O Reino já está no meio de nós. Embora, às vezes, não seja fácil enxergá-lo no meio de tantos valores contrários.
O Reino de Deus está entre nós como uma semente lançada no coração de cada pessoa. A semente da Palavra já foi lançada na humanidade e em cada um, basta deixar a água que jorra do peito aberto de Cristo ser a primeira chuva para que esta semente germine.
É a água que brota do coração de Jesus, a água límpida, cristalina, repleta de minerais, de graças, de bênçãos, que fará brotar. É a confiança que fará brotar em nós a esperança, que fará brotar em nós os valores do Reino. Se deixarmos a semente do mal permanecer em nós e alimentarmos o vício do pecado, ele produzirá a morte.
Se, confiarmos em Jesus e permitirmos que a água que brota do seu coração venha a nós, o fruto da graça germinará.
A paz interior é um dom do Espírito Santo, como nos diz a Carta aos Gálatas: “Por seu lado, são estes os frutos do Espírito: amor, alegria, paz” (Gl 5,22). Isso quer dizer que ela deve ser pedida como o próprio Apóstolo Paulo afirma: “Apresentem a Deus todas as necessidades de vocês através da oração e da súplica, em ação de graças. Então a paz de Deus, que ultrapassa toda compreensão, guardará em Jesus Cristo os corações e pensamentos de vocês” (Fl 4,7). Esse trecho da Carta aos Filipenses nos dá uma certeza que a paz não é uma utopia, não é um “talvez”, mas é uma certeza em Jesus. Ele venceu o mundo! A paz já nos foi concedida!
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Primeiramente me uno em oração por todas as vítimas de violência, seja ela qual for. Deus consola e enxuga todo pranto, Ele quer que vivamos na justiça e na paz. Rezo pelo Rio de Janeiro, do qual ouvimos e vemos mais notícias, mas também por todo o Brasil que sofre com a violência.
O texto base da Campanha da Fraternidade desse ano diz que “A lógica do amor é o único instrumento eficaz diante das ações violentas” (207). Ou seja, só alcançaremos a verdadeira paz pelo amor. Se encontrarmos essa paz em Cristo, ao invés de sermos motivo de discórdia, seremos instrumentos da paz. Semeadores da concórdia, semeadores de um jeito diferente de viver.
Para isso, primeiro temos que acreditar na paz, acreditar e saber de onde ela vem. E, ela vem de Deus, por Jesus. Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém chega ao Pai senão por Ele (cf. Jo 14,6).
Jesus se diz o caminho. Ele é a porta estreita, como diz em outro momento, a porta difícil de atravessar. Porém, para passar por Jesus é necessário entender sua proposta. O caminho que significa seguir os seus passos, e assumir as consequências do discipulado.
O caminho que significa resignação, esvaziamento, obediência a Deus. Precisamos ter confiança de que Ele nos auxilia. Precisamos confiar em Jesus, confiar no seu amor, confiar no seu ato redentor e salvífico.
Podemos até achar que o mundo está perdido, que a humanidade está perdida, mas não está. Jesus já pagou um alto preço pela humanidade, um preço de sangue derramado na cruz. A humanidade não está caminhando para o caos, porque Ele já conseguiu a vitória. O Reino já está no meio de nós. Embora, às vezes, não seja fácil enxergá-lo no meio de tantos valores contrários.
O Reino de Deus está entre nós como uma semente lançada no coração de cada pessoa. A semente da Palavra já foi lançada na humanidade e em cada um, basta deixar a água que jorra do peito aberto de Cristo ser a primeira chuva para que esta semente germine.
É a água que brota do coração de Jesus, a água límpida, cristalina, repleta de minerais, de graças, de bênçãos, que fará brotar. É a confiança que fará brotar em nós a esperança, que fará brotar em nós os valores do Reino. Se deixarmos a semente do mal permanecer em nós e alimentarmos o vício do pecado, ele produzirá a morte.
Se, confiarmos em Jesus e permitirmos que a água que brota do seu coração venha a nós, o fruto da graça germinará.
A paz interior é um dom do Espírito Santo, como nos diz a Carta aos Gálatas: “Por seu lado, são estes os frutos do Espírito: amor, alegria, paz” (Gl 5,22). Isso quer dizer que ela deve ser pedida como o próprio Apóstolo Paulo afirma: “Apresentem a Deus todas as necessidades de vocês através da oração e da súplica, em ação de graças. Então a paz de Deus, que ultrapassa toda compreensão, guardará em Jesus Cristo os corações e pensamentos de vocês” (Fl 4,7). Esse trecho da Carta aos Filipenses nos dá uma certeza que a paz não é uma utopia, não é um “talvez”, mas é uma certeza em Jesus. Ele venceu o mundo! A paz já nos foi concedida!
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 28 de fevereiro
Filhos e filhas,
Tempo
de Quaresma é o tempo favorável. É o tempo de conversão. É a volta à
casa do Pai. É o tempo em que a nossa abertura para Deus nos faz
reconciliar com Ele.
Meus irmãos, o pecado nos aniquila. O pecado nos vicia e a Quaresma é o tempo oportuno de ajustar a nossa vida com a proposta de Deus. É o tempo de graça e de retiro, para a reflexão e conversão espiritual.
Deus quer se reconciliar conosco, porque Ele nos amou primeiro. Se alguém virou as costas, fomos nós, não Deus! O esforço da Quaresma é se deixar tocar por Deus e se deixar envolver pela Sua misericórdia. Logo não sejamos indiferentes e deixemos Deus, no seu Espírito, nos provocar.
Deixemo-nos converter por Deus através de três práticas:
Oração
Nesse tempo somos convidados a nos recolher interiormente e a refletir pela oração sobre como está nossa vida espiritual. Se você já reza, intensifique a oração. Não falte à missa, pelo menos as dominicais. Esse é um tempo de escuta mais atenta da Palavra de Deus. Reze com os Salmos e aprofunde-se nas leituras bíblicas. Procure fazer confissões. Participe da oração da Via Sacra. Se dedique àquilo que converge ao foco central desses quarenta dias: Jesus.
Caridade
É o convite a quebrarmos o orgulho e imitar a misericórdia do Senhor. Não se trata apenas de esmola material, mas da prática das obras de misericórdia com a caridade material, a escuta, o amor, a visita aos doentes e à solidariedade com os que sofrem.
Jejum
É a forma de penitência que consiste na privação de alimentos. O jejum nos ensina que somos dependentes de Deus, nos exercita na disciplina, na força de vontade, nos torna sensíveis à fome dos irmãos e irmãs, aumenta nossa concentração e vigilância. Além de tudo isso, o jejum feito por amor a Cristo, tem a função de nos unir a Ele, em Seu sofrimento.
Não se pede que ninguém passe fome no jejum Quaresmal. O jejum recomendado pela Igreja e que todos os cristãos podem fazer, consiste em que se tome o café da manhã normalmente e depois faça apenas uma refeição completa, podendo escolher almoço ou jantar. A outra refeição será substituída por um lanche simples, que não seja igual em quantidade à habitual ou completa.
O importante é não comer nada além dessas três refeições. Estão obrigados ao jejum, na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, os que tiverem completado dezoito anos até os cinquenta e nove completos. Os outros podem fazer, mas sem obrigação. Estão dispensados grávidas e doentes, como também as pessoas que desenvolvem intenso trabalho braçal ou intelectual no dia do jejum.
A oração, aliada à caridade e ao jejum é o que nos prepara para viver a Páscoa do Senhor, fortalecendo nossa fé e esperança. Não há como separar a oração da caridade e ambas do jejum. Elas são inseparáveis e devem ser praticadas simultaneamente. Sobre isso assim se expressou São Pedro Crisólogo: “O jejum é a alma da oração e a misericórdia é a vida do jejum, portanto quem reza, jejue. Quem jejua tenha misericórdia. Quem, ao pedir, deseja ser atendido, atenda quem a ele se dirige. Quem quer encontrar aberto em seu benefício o coração de Deus não feche o seu a quem o suplica’’.
Finalizo esse artigo citando novamente São Leão Magno: “Tempo de Quaresma é tempo de se viver a doçura, a humildade, a paciência e a paz”. Acima de tudo é tempo de perdoar as injustiças, as afrontas e esquecer as injúrias. Tempo de combate espiritual. Tempo de jejum medicinal. Tempo de caridade reconciliadora.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
BOLETIM DO DIA 21 DE MARÇO
Meus irmãos, o pecado nos aniquila. O pecado nos vicia e a Quaresma é o tempo oportuno de ajustar a nossa vida com a proposta de Deus. É o tempo de graça e de retiro, para a reflexão e conversão espiritual.
Deus quer se reconciliar conosco, porque Ele nos amou primeiro. Se alguém virou as costas, fomos nós, não Deus! O esforço da Quaresma é se deixar tocar por Deus e se deixar envolver pela Sua misericórdia. Logo não sejamos indiferentes e deixemos Deus, no seu Espírito, nos provocar.
Deixemo-nos converter por Deus através de três práticas:
Oração
Nesse tempo somos convidados a nos recolher interiormente e a refletir pela oração sobre como está nossa vida espiritual. Se você já reza, intensifique a oração. Não falte à missa, pelo menos as dominicais. Esse é um tempo de escuta mais atenta da Palavra de Deus. Reze com os Salmos e aprofunde-se nas leituras bíblicas. Procure fazer confissões. Participe da oração da Via Sacra. Se dedique àquilo que converge ao foco central desses quarenta dias: Jesus.
Caridade
É o convite a quebrarmos o orgulho e imitar a misericórdia do Senhor. Não se trata apenas de esmola material, mas da prática das obras de misericórdia com a caridade material, a escuta, o amor, a visita aos doentes e à solidariedade com os que sofrem.
Jejum
É a forma de penitência que consiste na privação de alimentos. O jejum nos ensina que somos dependentes de Deus, nos exercita na disciplina, na força de vontade, nos torna sensíveis à fome dos irmãos e irmãs, aumenta nossa concentração e vigilância. Além de tudo isso, o jejum feito por amor a Cristo, tem a função de nos unir a Ele, em Seu sofrimento.
Não se pede que ninguém passe fome no jejum Quaresmal. O jejum recomendado pela Igreja e que todos os cristãos podem fazer, consiste em que se tome o café da manhã normalmente e depois faça apenas uma refeição completa, podendo escolher almoço ou jantar. A outra refeição será substituída por um lanche simples, que não seja igual em quantidade à habitual ou completa.
O importante é não comer nada além dessas três refeições. Estão obrigados ao jejum, na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, os que tiverem completado dezoito anos até os cinquenta e nove completos. Os outros podem fazer, mas sem obrigação. Estão dispensados grávidas e doentes, como também as pessoas que desenvolvem intenso trabalho braçal ou intelectual no dia do jejum.
A oração, aliada à caridade e ao jejum é o que nos prepara para viver a Páscoa do Senhor, fortalecendo nossa fé e esperança. Não há como separar a oração da caridade e ambas do jejum. Elas são inseparáveis e devem ser praticadas simultaneamente. Sobre isso assim se expressou São Pedro Crisólogo: “O jejum é a alma da oração e a misericórdia é a vida do jejum, portanto quem reza, jejue. Quem jejua tenha misericórdia. Quem, ao pedir, deseja ser atendido, atenda quem a ele se dirige. Quem quer encontrar aberto em seu benefício o coração de Deus não feche o seu a quem o suplica’’.
Finalizo esse artigo citando novamente São Leão Magno: “Tempo de Quaresma é tempo de se viver a doçura, a humildade, a paciência e a paz”. Acima de tudo é tempo de perdoar as injustiças, as afrontas e esquecer as injúrias. Tempo de combate espiritual. Tempo de jejum medicinal. Tempo de caridade reconciliadora.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 14 de Março
Filhos e filhas,
No
próximo dia 19, dia de São José, celebraremos propriamente esse santo
tão querido da Igreja. José foi escolhido por Deus, para ser o marido de
Maria e o pai adotivo de Jesus e por isso ele é invocado também como
protetor das famílias.
E filhos e filhas, como a família hoje precisa de proteção. A sociedade de hoje dá pouco valor à família. É difícil ser um verdadeiro pai e mãe num mundo de tantos contra valores, em que o amor acaba sendo medido pelos bens materiais.
A imagem de família é mostrada de forma distorcida, os valores éticos e morais que os pais devem passar aos filhos também. O grande problema é que não percebemos, porque tudo ocorre de forma velada. De imediato não conseguimos ter uma ideia concreta sobre esta influência, ela vai acontecendo em doses homeopáticas, um pouquinho a cada dia. É em longo prazo, mas o efeito fica. Quando a gente desperta, o estrago está feito e é difícil de reverter.
E, aquilo que foi semeado lentamente acaba sendo absorvido e aceito como normal, mas é como eu digo sempre, tem coisas que estão se tornando comuns, mas não são normais.
Infelizmente, muitas vezes, a mídia está ocupando o espaço dos educadores, pais e evangelizadores.
A família é chamada por Deus a ser testemunha do amor e fraternidade, colaboradora da obra da Criação. Seu papel é fundamental na formação dos filhos, já que aos pais é dada a responsabilidade de formar pessoas conscientes e cristãs. Eles são representantes legítimos de Deus perante os filhos que devem ser conduzidos nos valores do Evangelho.
Jesus fala de edificar a casa na rocha firme (cf. Mt 7,24-27), e a casa edificada na rocha é uma família que pratica a Palavra, é temente a Deus. Como lemos em Josué, eu e minha casa serviremos ao senhor, está dizendo que praticaremos a vontade de Deus. Seremos tementes a Deus. O alicerce de nossa casa é a rocha e a única rocha é Jesus Cristo.
Muitas vezes permitimos que os fundamentos de nossa família comecem a ruir quando guardamos mágoas, dissabores, segredos; quando deixamos de rezar, quando não percebemos que os corações estão se distanciando.
Mas é possível novamente fundamentar na rocha quando se volta a Deus. Voltar a Deus é reedificar os alicerces da família. “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24,15) deveria ser o lema das famílias.
Em sua homilia do Encontro das Famílias, o Papa Francisco assim falou: “O verdadeiro vínculo é sempre com o Senhor. Todas as famílias têm necessidade de Deus: todas, todas! Necessidade da Sua ajuda, da Sua força, da Sua bênção, da Sua misericórdia, do Seu perdão. E requer simplicidade. Para rezar em família requer simplicidade! Quando a família reza unida, o vínculo torna-se mais forte”.
Vale a pena investir na família, ela traz alegria e realização a todos nós.
Finalizo esta mensagem, humildemente pedindo oração pelo VI Retiro Nacional que vai acontecer neste final de semana. Que o Espírito Santo ilumine a todos no pensar, no falar e no agir.
E filhos e filhas, como a família hoje precisa de proteção. A sociedade de hoje dá pouco valor à família. É difícil ser um verdadeiro pai e mãe num mundo de tantos contra valores, em que o amor acaba sendo medido pelos bens materiais.
A imagem de família é mostrada de forma distorcida, os valores éticos e morais que os pais devem passar aos filhos também. O grande problema é que não percebemos, porque tudo ocorre de forma velada. De imediato não conseguimos ter uma ideia concreta sobre esta influência, ela vai acontecendo em doses homeopáticas, um pouquinho a cada dia. É em longo prazo, mas o efeito fica. Quando a gente desperta, o estrago está feito e é difícil de reverter.
E, aquilo que foi semeado lentamente acaba sendo absorvido e aceito como normal, mas é como eu digo sempre, tem coisas que estão se tornando comuns, mas não são normais.
Infelizmente, muitas vezes, a mídia está ocupando o espaço dos educadores, pais e evangelizadores.
A família é chamada por Deus a ser testemunha do amor e fraternidade, colaboradora da obra da Criação. Seu papel é fundamental na formação dos filhos, já que aos pais é dada a responsabilidade de formar pessoas conscientes e cristãs. Eles são representantes legítimos de Deus perante os filhos que devem ser conduzidos nos valores do Evangelho.
Jesus fala de edificar a casa na rocha firme (cf. Mt 7,24-27), e a casa edificada na rocha é uma família que pratica a Palavra, é temente a Deus. Como lemos em Josué, eu e minha casa serviremos ao senhor, está dizendo que praticaremos a vontade de Deus. Seremos tementes a Deus. O alicerce de nossa casa é a rocha e a única rocha é Jesus Cristo.
Muitas vezes permitimos que os fundamentos de nossa família comecem a ruir quando guardamos mágoas, dissabores, segredos; quando deixamos de rezar, quando não percebemos que os corações estão se distanciando.
Mas é possível novamente fundamentar na rocha quando se volta a Deus. Voltar a Deus é reedificar os alicerces da família. “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24,15) deveria ser o lema das famílias.
Em sua homilia do Encontro das Famílias, o Papa Francisco assim falou: “O verdadeiro vínculo é sempre com o Senhor. Todas as famílias têm necessidade de Deus: todas, todas! Necessidade da Sua ajuda, da Sua força, da Sua bênção, da Sua misericórdia, do Seu perdão. E requer simplicidade. Para rezar em família requer simplicidade! Quando a família reza unida, o vínculo torna-se mais forte”.
Vale a pena investir na família, ela traz alegria e realização a todos nós.
Finalizo esta mensagem, humildemente pedindo oração pelo VI Retiro Nacional que vai acontecer neste final de semana. Que o Espírito Santo ilumine a todos no pensar, no falar e no agir.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
BOLETIM DO DIA 21 DE MARÇO
Filhos e filhas,
Nós
estamos em um tempo propício para a confissão, um dos Sacramentos de
cura. Não estou falando de uma confissão direta com Deus, porque esse
tipo de confissão, para nós católicos, é insuficiente. Estou falando da
confissão sacramental que passa pelos ouvidos do padre, o Sacramento da
Penitência e da Reconciliação.
Mas quem inventou a confissão? Está no Evangelho segundo João: “Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 21, 21 - 23). Ou seja, o próprio Jesus Cristo instituiu o sacramento da confissão.
Jesus Cristo, o médico dos médicos, curou e perdoou os pecados e quis que Igreja continuasse pela força do Espírito Santo a sua obra da cura e salvação. E como podemos realizar isso? Através da confissão.
Para explicar os benefícios deste sacramento usarei as palavras de Pio XII: “A confissão não só perdoa os pecados, mas dá força para evitá-los”. Ainda segundo Pio XII, são seis os resultados da confissão: autoconhecimento, humildade, pureza de coração, força de vontade, direção espiritual e aumento da graça.
De confissão em confissão crescemos na graça de Deus, mas o arrependimento precisa ser verdadeiro. Deus perdoa, mas sem isso o perdão vai e volta, porque não tem aderência. Quando uma pessoa está realmente arrependida ela se torna maleável, fácil de ser esculpida como uma pedra sabão.
Outro ponto importante: a confissão precisa ser de forma clara e concisa para que seu confessor entenda imediatamente. Pedir perdão em pensamento não basta. Se o padre te conhece e o seu pecado te trouxer constrangimentos, procure outro sacerdote, mas não deixe de confessar. Lembrando que a confissão é o exercício da humildade.
De qualquer forma, se um pároco contar algo escutado no ato da confissão ou agir pelo que ouviu pode ser excomungado. Uma vez, antes da missa, uma pessoa me confessou algo relativo com o tema da homília daquele dia, que já estava preparada. Eu não podia mais fazer aquele sermão, porque eu podia deixar entender ao penitente que estava levando ao público o seu pecado. Tive que mudar, e a homilia ficou até sem pé nem cabeça.
Um dos princípios para uma boa confissão é não querer continuar no pecado. Mas por que pecamos? Porque temos o livre arbítrio. A liberdade de dizer o que queremos e de fazer o que queremos nos permite realizar atos contrários ao Criador.
Segundo São João, há pecados que levam a morte (I João 5,16), mas para isso existe uma combinação de fatores a se considerar: é preciso que a pessoa tenha pleno conhecimento de que aquilo que está fazendo é pecado. Outro exemplo é quando há consentimento, ou seja, a pessoa tem tempo de refletir, escolher e mesmo assim comete aquela infração. Outro fato é ter liberdade plena, sem condicionamentos, nem frustrações e mesmo assim pecar.
Disto resultou a opinião de Santo Agostinho que disse que é muito difícil cometer pecado mortal, mas não é impossível. Quem morre em pecado grave sem arrependimento, tem a morte eterna.
É tempo de confissão, é tempo de conversão.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Mas quem inventou a confissão? Está no Evangelho segundo João: “Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 21, 21 - 23). Ou seja, o próprio Jesus Cristo instituiu o sacramento da confissão.
Jesus Cristo, o médico dos médicos, curou e perdoou os pecados e quis que Igreja continuasse pela força do Espírito Santo a sua obra da cura e salvação. E como podemos realizar isso? Através da confissão.
Para explicar os benefícios deste sacramento usarei as palavras de Pio XII: “A confissão não só perdoa os pecados, mas dá força para evitá-los”. Ainda segundo Pio XII, são seis os resultados da confissão: autoconhecimento, humildade, pureza de coração, força de vontade, direção espiritual e aumento da graça.
De confissão em confissão crescemos na graça de Deus, mas o arrependimento precisa ser verdadeiro. Deus perdoa, mas sem isso o perdão vai e volta, porque não tem aderência. Quando uma pessoa está realmente arrependida ela se torna maleável, fácil de ser esculpida como uma pedra sabão.
Outro ponto importante: a confissão precisa ser de forma clara e concisa para que seu confessor entenda imediatamente. Pedir perdão em pensamento não basta. Se o padre te conhece e o seu pecado te trouxer constrangimentos, procure outro sacerdote, mas não deixe de confessar. Lembrando que a confissão é o exercício da humildade.
De qualquer forma, se um pároco contar algo escutado no ato da confissão ou agir pelo que ouviu pode ser excomungado. Uma vez, antes da missa, uma pessoa me confessou algo relativo com o tema da homília daquele dia, que já estava preparada. Eu não podia mais fazer aquele sermão, porque eu podia deixar entender ao penitente que estava levando ao público o seu pecado. Tive que mudar, e a homilia ficou até sem pé nem cabeça.
Um dos princípios para uma boa confissão é não querer continuar no pecado. Mas por que pecamos? Porque temos o livre arbítrio. A liberdade de dizer o que queremos e de fazer o que queremos nos permite realizar atos contrários ao Criador.
Segundo São João, há pecados que levam a morte (I João 5,16), mas para isso existe uma combinação de fatores a se considerar: é preciso que a pessoa tenha pleno conhecimento de que aquilo que está fazendo é pecado. Outro exemplo é quando há consentimento, ou seja, a pessoa tem tempo de refletir, escolher e mesmo assim comete aquela infração. Outro fato é ter liberdade plena, sem condicionamentos, nem frustrações e mesmo assim pecar.
Disto resultou a opinião de Santo Agostinho que disse que é muito difícil cometer pecado mortal, mas não é impossível. Quem morre em pecado grave sem arrependimento, tem a morte eterna.
É tempo de confissão, é tempo de conversão.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 11 de Abril
Filhos e filhas,
Dentro
de nós existe um desejo imenso de escutar os apelos de Deus, pois todos
nós fomos feitos em Deus. Ele nos conhece profundamente e sua voz ecoa
em nós. Embora, às vezes, ouvimos apelos diferentes, vozes diferentes e
rumores que nos tiram da Criação.
Dentro de nós existe a semente de Deus, do eterno, do divino. São coisas que fomos esquecendo e quando olhamos no espelho nos vemos deformados, e olhamos para o mundo, para outras pessoas e os vemos deformados, nos valores, nos princípios.
Mas não foi assim que Deus nos pensou. Ele nos fez à sua imagem e semelhança, portanto, quando Jesus diz que o semeador saiu a semear, Ele fala de Deus Pai que não se cansa de lançar apelos.
As sementes são boas, estão potencialmente boas para germinar. A Palavra de Deus é atual. Tem em si tudo e o suficiente para produzir em nós algo maravilhoso. A semente do reino é a Palavra de Deus. Como disse o Papa Emérito Bento XVI: “Quem semeia no coração do homem é sempre e só o Senhor. Só depois da sementeira abundante e generosa da Palavra de Deus é possível aventurar-se pelas sendas do acompanhamento e da educação, da formação e do discernimento. Tudo isto está vinculado àquela pequena semente, dom misterioso da Providência celeste, que emana de si uma força extraordinária. Com efeito, é a Palavra de Deus que, por si mesma, realiza eficazmente aquilo que diz e deseja”.
O semeador lança sementes boas. O problema é como nós nos abrimos para esta graça de Deus. Que encontre uma terra boa. Lembrem-se todos nós somos bons, nós podemos ser a terra boa.
A grande mensagem é que o Senhor não desiste nunca. Ele continua a lançar sementes. E a grande meta de todo ser humano é procurar ter um coração trabalhado, uma alma dócil, uma mente aberta aos apelos de Deus.
A pergunta é, no hoje de nossa história, como estamos nos posicionando aos apelos de Deus? A essa pergunta temos que responder para nós mesmos. Se nós nos tornamos terreno árido, peçamos o derramamento do Espírito.
Se somos terreno pedregoso devemos limpá-lo. Se estivermos mais para um canteiro de espinhos, arranquemo-los. Lembremos o que diz o Senhor: “Assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação, assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la” (Is 55,10-11).
A Palavra deve provocar decisão, mudança, acolhimento ao Reino de Deus e seguimento de Jesus. Que o nosso coração esteja sempre aberto para receber a Palavra de Deus.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Dentro de nós existe a semente de Deus, do eterno, do divino. São coisas que fomos esquecendo e quando olhamos no espelho nos vemos deformados, e olhamos para o mundo, para outras pessoas e os vemos deformados, nos valores, nos princípios.
Mas não foi assim que Deus nos pensou. Ele nos fez à sua imagem e semelhança, portanto, quando Jesus diz que o semeador saiu a semear, Ele fala de Deus Pai que não se cansa de lançar apelos.
As sementes são boas, estão potencialmente boas para germinar. A Palavra de Deus é atual. Tem em si tudo e o suficiente para produzir em nós algo maravilhoso. A semente do reino é a Palavra de Deus. Como disse o Papa Emérito Bento XVI: “Quem semeia no coração do homem é sempre e só o Senhor. Só depois da sementeira abundante e generosa da Palavra de Deus é possível aventurar-se pelas sendas do acompanhamento e da educação, da formação e do discernimento. Tudo isto está vinculado àquela pequena semente, dom misterioso da Providência celeste, que emana de si uma força extraordinária. Com efeito, é a Palavra de Deus que, por si mesma, realiza eficazmente aquilo que diz e deseja”.
O semeador lança sementes boas. O problema é como nós nos abrimos para esta graça de Deus. Que encontre uma terra boa. Lembrem-se todos nós somos bons, nós podemos ser a terra boa.
A grande mensagem é que o Senhor não desiste nunca. Ele continua a lançar sementes. E a grande meta de todo ser humano é procurar ter um coração trabalhado, uma alma dócil, uma mente aberta aos apelos de Deus.
A pergunta é, no hoje de nossa história, como estamos nos posicionando aos apelos de Deus? A essa pergunta temos que responder para nós mesmos. Se nós nos tornamos terreno árido, peçamos o derramamento do Espírito.
Se somos terreno pedregoso devemos limpá-lo. Se estivermos mais para um canteiro de espinhos, arranquemo-los. Lembremos o que diz o Senhor: “Assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação, assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la” (Is 55,10-11).
A Palavra deve provocar decisão, mudança, acolhimento ao Reino de Deus e seguimento de Jesus. Que o nosso coração esteja sempre aberto para receber a Palavra de Deus.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 18 de Abril
Filhos e filhas,
É para a liberdade que cristo nos libertou (Gl 1, 5)
Mas, de que? Somos livres para que? Como podemos disser que somos livres? Com muita frequência recomendamos: examinem a consciência. O que é consciência? Se existe consciência, por que insistimos no errado?
O problema é que nossa consciência pode estar danificada, e continuamos com o mal e o pecado coabitando em nós. São Pedro nos diz: “Pois o batismo não serve para limpar o corpo da imundície, mas é um pedido a Deus para obter uma boa consciência, em virtude da ressurreição de Jesus Cristo.” (1Pd 3, 21)
Somos livres na pratica do bem. É para a liberdade que Cristo nos libertou, mas uma liberdade que embase a ressurreição em Jesus, uma libertação em Jesus, um sepulcro vazio em Jesus, uma liberdade que deve nos levar a uma boa consciência.
Deus nos deu o chamado “livre arbítrio”, que é a liberdade de fazermos escolhas, de agir ou não agir, de fazer as coisas ou não fazer. Essa liberdade alcança a sua perfeição quando esta em profunda sintonia com Deus.
O fato da pessoa dizer que fez algo coagido, porque as circunstâncias o levaram agir de forma errada, não justifica e não a livram da responsabilidade e das consequências de seu erro, pois fez mau uso do seu livre arbítrio e não ouviu a voz de Deus que fala na consciência.
Os pais são os primeiros responsáveis na educação da consciência moral dos filhos e não devem se eximir disso, primeiro pelo testemunho, segundo por criar um lar de ternura perdão respeito e fidelidade. Educando os filhos de forma virtuosa e para isso é preciso ter domínio de si, é necessário dar bom exemplo aos filhos, com o custo de se criar filhos sem consciência moral, se as crianças, os adolescentes estão crescendo com a consciência desvirtuada é porque não conseguiram aprender dos seus primeiros professores. É necessário que os pais corrijam, cuidem e orientem os filhos segundo uma lei divina. (Ef 6, 4.) É preciso edificar e levar os jovens ao amadurecimento, ao uso correto da liberdade e da razão.
Deus criou o homem de tal forma que deixou a decisão da sua vida entregue em suas mãos, como diz no Livro do Eclesiástico: Deus criou o homem e entregou a suas próprias decisões (Eclo,15, 14). Então, os atos levam a imputabilidade, o que fazemos tem consequências para nós, para os outros e para nossa salvação.
Deus é misericordioso, mas respeita o nosso livre arbítrio. Deus é bondoso, mas sofreremos as consciências do nosso livre arbítrio, porque Ele nos deixou o homem nas mãos de suas próprias decisões.
O caminho para se tomar decisões certas é endireitar a consciência, endireitar a vontade pela razão. No nosso dia-a-dia temos que tomar decisões, não estamos protegidos por uma retoma, temos que usar nosso livre arbítrio e nos valer de nossa liberdade, mas como não errar? Como fazer as escolhas certas?
O ser humano, pode ou não seguir a Deus, é nossa decisão também. Enquanto não estivermos em plena sintonia com Deus, enquanto não estivermos absorvidos em Deus, podemos escolher o bem e o mal. Crescer na perfeição para Deus ou definhar no pecado. A decisão é nossa.
Quanto mais caminhamos numa consciência reta para o bem, mais livre seremos.
Estamos no processo de conversão, não em pequenos gestos, mas de uma conversão interna. A conversão se realiza na vida e no dia a dia. Conversão no exercício com os pobres, consciência reta na defesa da justiça. Consciência lúcida na correção fraterna, consciência atinada na revisão diária de nossas vidas, no exame de consciência, no direcionamento da liberdade na aceitação do sofrimento, tomar a cruz cada dia e seguir Jesus.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Mas, de que? Somos livres para que? Como podemos disser que somos livres? Com muita frequência recomendamos: examinem a consciência. O que é consciência? Se existe consciência, por que insistimos no errado?
O problema é que nossa consciência pode estar danificada, e continuamos com o mal e o pecado coabitando em nós. São Pedro nos diz: “Pois o batismo não serve para limpar o corpo da imundície, mas é um pedido a Deus para obter uma boa consciência, em virtude da ressurreição de Jesus Cristo.” (1Pd 3, 21)
Somos livres na pratica do bem. É para a liberdade que Cristo nos libertou, mas uma liberdade que embase a ressurreição em Jesus, uma libertação em Jesus, um sepulcro vazio em Jesus, uma liberdade que deve nos levar a uma boa consciência.
Deus nos deu o chamado “livre arbítrio”, que é a liberdade de fazermos escolhas, de agir ou não agir, de fazer as coisas ou não fazer. Essa liberdade alcança a sua perfeição quando esta em profunda sintonia com Deus.
O fato da pessoa dizer que fez algo coagido, porque as circunstâncias o levaram agir de forma errada, não justifica e não a livram da responsabilidade e das consequências de seu erro, pois fez mau uso do seu livre arbítrio e não ouviu a voz de Deus que fala na consciência.
Os pais são os primeiros responsáveis na educação da consciência moral dos filhos e não devem se eximir disso, primeiro pelo testemunho, segundo por criar um lar de ternura perdão respeito e fidelidade. Educando os filhos de forma virtuosa e para isso é preciso ter domínio de si, é necessário dar bom exemplo aos filhos, com o custo de se criar filhos sem consciência moral, se as crianças, os adolescentes estão crescendo com a consciência desvirtuada é porque não conseguiram aprender dos seus primeiros professores. É necessário que os pais corrijam, cuidem e orientem os filhos segundo uma lei divina. (Ef 6, 4.) É preciso edificar e levar os jovens ao amadurecimento, ao uso correto da liberdade e da razão.
Deus criou o homem de tal forma que deixou a decisão da sua vida entregue em suas mãos, como diz no Livro do Eclesiástico: Deus criou o homem e entregou a suas próprias decisões (Eclo,15, 14). Então, os atos levam a imputabilidade, o que fazemos tem consequências para nós, para os outros e para nossa salvação.
Deus é misericordioso, mas respeita o nosso livre arbítrio. Deus é bondoso, mas sofreremos as consciências do nosso livre arbítrio, porque Ele nos deixou o homem nas mãos de suas próprias decisões.
O caminho para se tomar decisões certas é endireitar a consciência, endireitar a vontade pela razão. No nosso dia-a-dia temos que tomar decisões, não estamos protegidos por uma retoma, temos que usar nosso livre arbítrio e nos valer de nossa liberdade, mas como não errar? Como fazer as escolhas certas?
O ser humano, pode ou não seguir a Deus, é nossa decisão também. Enquanto não estivermos em plena sintonia com Deus, enquanto não estivermos absorvidos em Deus, podemos escolher o bem e o mal. Crescer na perfeição para Deus ou definhar no pecado. A decisão é nossa.
Quanto mais caminhamos numa consciência reta para o bem, mais livre seremos.
Estamos no processo de conversão, não em pequenos gestos, mas de uma conversão interna. A conversão se realiza na vida e no dia a dia. Conversão no exercício com os pobres, consciência reta na defesa da justiça. Consciência lúcida na correção fraterna, consciência atinada na revisão diária de nossas vidas, no exame de consciência, no direcionamento da liberdade na aceitação do sofrimento, tomar a cruz cada dia e seguir Jesus.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 02 de Maio
Filhos e filhas,
Primeiro
boletim do mês de maio. Que Nossa Senhora nos cubra com seu manto
protetor e interceda a Jesus por todos nós. Aproveito esse início de mês
para trazer uma reflexão sobre o perdão.
Deus amou de tal forma o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que n’Ele creia não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3,16). Nós amamos porque Deus nos amou primeiro (1Jo 4,19). Somos constantemente perdoados por Deus, que nos amou primeiro. E, porque somos perdoados e amados por Deus, devemos também perdoar.
Mas qual a medida do perdão? Pedro chega para Jesus e faz essa pergunta: Senhor, quantas vezes devo perdoar? (cf. Mt 18,21). E é surpreendente que Pedro faz a pergunta e nem espera, ele mesmo sugere: “Até sete vezes?” (Mt 18,19,21). Como ele foi afobado na resposta mostrou que ele não compreendeu o mestre, por que Jesus disse: “Oh! Pedro! Não sete, mas setenta vezes sete, isto é, sempre! (cf. Mt 18,22).
É impressionante perceber isso, porque se trata de perdoar muitas vezes a mesma pessoa, às vezes nos mesmos erros, nos mesmos equívocos, isso significa tolerância, isso significa misericórdia. Mas, exige força de vontade e empenho, porque geralmente se trata de pessoas mais próximas. Primeiramente, porque as atitudes de terceiros não nos causam tanto sofrimento e decepção quanto aquelas de quem queremos bem e, por essa razão, não esperamos receber tratamento hostil ou deliberadamente prejudicial.
Em segundo lugar, porque, muitas vezes nesse caso, o perdão exige reconstruir a confiança, a convivência e o próprio relacionamento. Porém, sem querer ser egoísta ou estimular o egoísmo, mas ao perdoar não nos preocupemos se o outro vai mudar.
Não devemos nos preocupar com os efeitos que o nosso perdão vai causar, se vai trazer a pessoa de volta, se vai restaurar a amizade ou se ela também vai nos perdoar. A reconciliação é uma consequência do perdão que nem sempre acontece.
Se o amor para ser vivido precisa ser recíproco, o perdão pode ser unilateral, não significa que o outro tenha que nos perdoar, significa que nós vamos perdoar, é diferente. O perdão deve ser algo gratuito. Não se deve estabelecer condições para o perdão. Deus não age assim conosco; por mais egoístas, miseráveis e pecadores que sejamos, Ele nos perdoará sempre.
O perdão deve acontecer, principalmente por se tratar de um preceito de Nosso Senhor. Vamos ser honestos, ao perdoar não agimos só movidos por amor, por complacência ou benevolência, perdoamos porque foi isso que Jesus nos pediu.
Quem se fecha à graça do perdão fica preso ao passado, à dor, à magoa, à raiva e, às vezes, até ao desejo de vingança, sentimentos tóxicos que acabam bloqueando o futuro. Além disso, podem gerar doenças psicossomáticas, pois reduzem a imunidade do organismo e abrem espaço para as enfermidades oportunistas.
E Maria, nossa Mãe, é especialista em perdoar. Ela perdoou aqueles que mataram seu único filho. Recorramos a Ela, para que tenhamos sempre o perdão em nossos corações e assim, uma vida livre em Deus.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Deus amou de tal forma o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que n’Ele creia não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3,16). Nós amamos porque Deus nos amou primeiro (1Jo 4,19). Somos constantemente perdoados por Deus, que nos amou primeiro. E, porque somos perdoados e amados por Deus, devemos também perdoar.
Mas qual a medida do perdão? Pedro chega para Jesus e faz essa pergunta: Senhor, quantas vezes devo perdoar? (cf. Mt 18,21). E é surpreendente que Pedro faz a pergunta e nem espera, ele mesmo sugere: “Até sete vezes?” (Mt 18,19,21). Como ele foi afobado na resposta mostrou que ele não compreendeu o mestre, por que Jesus disse: “Oh! Pedro! Não sete, mas setenta vezes sete, isto é, sempre! (cf. Mt 18,22).
É impressionante perceber isso, porque se trata de perdoar muitas vezes a mesma pessoa, às vezes nos mesmos erros, nos mesmos equívocos, isso significa tolerância, isso significa misericórdia. Mas, exige força de vontade e empenho, porque geralmente se trata de pessoas mais próximas. Primeiramente, porque as atitudes de terceiros não nos causam tanto sofrimento e decepção quanto aquelas de quem queremos bem e, por essa razão, não esperamos receber tratamento hostil ou deliberadamente prejudicial.
Em segundo lugar, porque, muitas vezes nesse caso, o perdão exige reconstruir a confiança, a convivência e o próprio relacionamento. Porém, sem querer ser egoísta ou estimular o egoísmo, mas ao perdoar não nos preocupemos se o outro vai mudar.
Não devemos nos preocupar com os efeitos que o nosso perdão vai causar, se vai trazer a pessoa de volta, se vai restaurar a amizade ou se ela também vai nos perdoar. A reconciliação é uma consequência do perdão que nem sempre acontece.
Se o amor para ser vivido precisa ser recíproco, o perdão pode ser unilateral, não significa que o outro tenha que nos perdoar, significa que nós vamos perdoar, é diferente. O perdão deve ser algo gratuito. Não se deve estabelecer condições para o perdão. Deus não age assim conosco; por mais egoístas, miseráveis e pecadores que sejamos, Ele nos perdoará sempre.
O perdão deve acontecer, principalmente por se tratar de um preceito de Nosso Senhor. Vamos ser honestos, ao perdoar não agimos só movidos por amor, por complacência ou benevolência, perdoamos porque foi isso que Jesus nos pediu.
Quem se fecha à graça do perdão fica preso ao passado, à dor, à magoa, à raiva e, às vezes, até ao desejo de vingança, sentimentos tóxicos que acabam bloqueando o futuro. Além disso, podem gerar doenças psicossomáticas, pois reduzem a imunidade do organismo e abrem espaço para as enfermidades oportunistas.
E Maria, nossa Mãe, é especialista em perdoar. Ela perdoou aqueles que mataram seu único filho. Recorramos a Ela, para que tenhamos sempre o perdão em nossos corações e assim, uma vida livre em Deus.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 16 de Maio
Filhos e filhas,
Na próxima semana, celebraremos o Pentecostes e neste ano
de 2018, quero rezar pelas comunidades. Estamos no ano do laicato, quando a
Igreja aqui no Brasil propõe como tema: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na
‘Igreja em saída’, a serviço do Reino”.
Estamos no ano do laicato, quando a Igreja aqui no Brasil propõe como tema: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino”. Se os cristãos leigos e leigas são os sujeitos da evangelização, eles devem ser alimentados pela Eucaristia e animados pelo Espírito Santo pertencendo a uma comunidade. Essa precisa ser viva e atuante para que possa irradiar a Boa Nova do Evangelho.
Isso, filhos e filhas, sem nunca esquecer que o Espírito Santo é o protagonista da evangelização, é o nosso consolo. Jesus prometeu enviar-nos o Paráclito e enviou para sempre estar conosco. Assim, no domingo seguinte à Ascensão do Senhor, celebramos a Solenidade de Pentecostes.
Interessante percebermos que os próprios Apóstolos, que foram batizados, conviveram com Jesus, aprenderam com o Mestre, O viram Ressuscitado, receberam instruções Dele antes de subir aos céus, mesmo assim não sabiam como começar, tiveram medo. Permaneceram unidos em oração, mas não saíram direto para a missão.
Eles somente se sentiram capacitados no dia de Pentecostes, porque Jesus cumpriu o que prometera: “Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito para que fique eternamente convosco. O Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito” (Jo 14,16.26).
O Espírito Santo desceu sobre eles, como nos mostra o capitulo 1 dos Atos dos Apóstolos. Por isso, Pentecostes tornou-se o símbolo do nascimento das comunidades cristãs, reunidas ao redor dos ensinamentos de Jesus. É o dia do aniversário da Igreja.
Por isso, também é tão importante o sacramento da Crisma, pois confirma em nós os dons recebidos no Batismo. Devemos suplicar sempre: "Vem Espírito Santo, e traz a nós e a Igreja, um novo vigor, um novo Pentecostes.".
Então, nessa preparação para a Solenidade de Pentecostes, rezemos pedindo uma Efusão do Espírito Santo em nossa vida e em nossa comunidade:
Estamos no ano do laicato, quando a Igreja aqui no Brasil propõe como tema: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino”. Se os cristãos leigos e leigas são os sujeitos da evangelização, eles devem ser alimentados pela Eucaristia e animados pelo Espírito Santo pertencendo a uma comunidade. Essa precisa ser viva e atuante para que possa irradiar a Boa Nova do Evangelho.
Isso, filhos e filhas, sem nunca esquecer que o Espírito Santo é o protagonista da evangelização, é o nosso consolo. Jesus prometeu enviar-nos o Paráclito e enviou para sempre estar conosco. Assim, no domingo seguinte à Ascensão do Senhor, celebramos a Solenidade de Pentecostes.
Interessante percebermos que os próprios Apóstolos, que foram batizados, conviveram com Jesus, aprenderam com o Mestre, O viram Ressuscitado, receberam instruções Dele antes de subir aos céus, mesmo assim não sabiam como começar, tiveram medo. Permaneceram unidos em oração, mas não saíram direto para a missão.
Eles somente se sentiram capacitados no dia de Pentecostes, porque Jesus cumpriu o que prometera: “Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito para que fique eternamente convosco. O Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito” (Jo 14,16.26).
O Espírito Santo desceu sobre eles, como nos mostra o capitulo 1 dos Atos dos Apóstolos. Por isso, Pentecostes tornou-se o símbolo do nascimento das comunidades cristãs, reunidas ao redor dos ensinamentos de Jesus. É o dia do aniversário da Igreja.
Por isso, também é tão importante o sacramento da Crisma, pois confirma em nós os dons recebidos no Batismo. Devemos suplicar sempre: "Vem Espírito Santo, e traz a nós e a Igreja, um novo vigor, um novo Pentecostes.".
Então, nessa preparação para a Solenidade de Pentecostes, rezemos pedindo uma Efusão do Espírito Santo em nossa vida e em nossa comunidade:
Vem, Espírito Santo, e
renova em mim a chama do Teu amor.
Enche-me de fé, Senhor, e revela com a Tua luz todos os meus pecados e traumas.
Liberta-me, Espírito Santo, e faz de mim uma nova criatura.
Santifica o meu espírito e alma, renovando também todo o meu ser, emoções, mente, ouvidos, olhos, lábios e atos.
Capacita-me a viver a Palavra de Nosso Senhor Jesus Cristo em toda a sua profundidade.
E agora, Santo Espírito, dá-me os Teus dons para que eu possa melhor servir o reino de Deus, amando, indistintamente, todos os meus irmãos.
Mas, acima de tudo, derrama o dom do louvor, para que, em tudo e por tudo, eu glorifique o Senhor Nosso Deus.
Em nome de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Amém.
Enche-me de fé, Senhor, e revela com a Tua luz todos os meus pecados e traumas.
Liberta-me, Espírito Santo, e faz de mim uma nova criatura.
Santifica o meu espírito e alma, renovando também todo o meu ser, emoções, mente, ouvidos, olhos, lábios e atos.
Capacita-me a viver a Palavra de Nosso Senhor Jesus Cristo em toda a sua profundidade.
E agora, Santo Espírito, dá-me os Teus dons para que eu possa melhor servir o reino de Deus, amando, indistintamente, todos os meus irmãos.
Mas, acima de tudo, derrama o dom do louvor, para que, em tudo e por tudo, eu glorifique o Senhor Nosso Deus.
Em nome de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Amém.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 06 de Junho
Filhos e filhas,
Disse Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”
(Jo 14,6a). Ao colocar essas afirmações, Ele consegue condensar,
sintetizar o processo de santificação, de humanização, de divinização e
de cura. Ele mostra como pode fazer um processo de cura do homem todo e
todo homem, porque a grande meta de Jesus é que o homem todo e todo o
homem seja perdoado, regenerado, curado Nele.
Sendo o caminho, a verdade e a vida, aproveitei essas três palavras para apresentar um processo de reerguimento, de renovação. Jesus se diz o caminho, que implica para todos nós cristãos, para todos aqueles que de fato querem chegar ao Pai, uma porta estreita, difícil de passar (cf. Jo 10,9).
Ninguém vai ao Pai se não passar por Jesus e para passar por Jesus é necessário entender sua proposta. O caminho significa seguir os Seus passos, assumir as consequências do discipulado. O caminho que significa resignação, esvaziamento, obediência a Deus, o caminho que significa aceitar a perseguição, o caminho que é carregar a cruz, o caminho que é Jesus Cristo. A verdade.
“Eu sou a vida”, disse Jesus. Quando se perde a vida plena de Deus somos prisioneiros de nossas paixões. A vida que Deus nos propõe em Jesus Cristo nos faz livres, mais donos de nós mesmos. A vida em Cristo é liberdade diante de nossos próprios apetites, de nossas próprias paixões e de nossos próprios vícios. É a liberdade de escolhas que o Apóstolo Paulo ilustrou muito bem ao dizer: “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma” (1Cor 6,12). Por isso é um caminho de santificação e humanização.
Eu sou o caminho, a verdade e a vida, são três palavras que nós não deveríamos escrever, mas tatuar em nossos corações, tatuar em nossa mente, tatuar em nossa alma, desculpe a palavra tatuar, mas é a que eu acredito que seja mais oportuna.
O Apóstolo Felipe foi aquele que, como nós, às vezes temos dificuldades e pedimos: “Mostra-nos o Pai” (cf. 14,8). Um pedido até inocente e estaria tudo certo se a resposta de Jesus não fosse: “Ninguém vai ao Pai, senão por mim” (Jo 14,6b). Ele é a porta estreita que temos que atravessar.
Felipe, exatamente a nossa busca de Deus sem Jesus, do Criador sem o Redentor, do Todo-Poderoso sem a encarnação. Por isso, Felipe representa um pouco de cada um de nós, na nossa limitação de fé.
Se estamos buscando a santidade, temos que nos perguntar: o caminho, a verdade e a vida são para nós realmente um modelo de discipulado e de vida? Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação (1Ts 4,3).
Que Ele em Jesus, com a intercessão de todos os santos, nos ajude a buscar e viver a santidade.
Sendo o caminho, a verdade e a vida, aproveitei essas três palavras para apresentar um processo de reerguimento, de renovação. Jesus se diz o caminho, que implica para todos nós cristãos, para todos aqueles que de fato querem chegar ao Pai, uma porta estreita, difícil de passar (cf. Jo 10,9).
Ninguém vai ao Pai se não passar por Jesus e para passar por Jesus é necessário entender sua proposta. O caminho significa seguir os Seus passos, assumir as consequências do discipulado. O caminho que significa resignação, esvaziamento, obediência a Deus, o caminho que significa aceitar a perseguição, o caminho que é carregar a cruz, o caminho que é Jesus Cristo. A verdade.
“Eu sou a vida”, disse Jesus. Quando se perde a vida plena de Deus somos prisioneiros de nossas paixões. A vida que Deus nos propõe em Jesus Cristo nos faz livres, mais donos de nós mesmos. A vida em Cristo é liberdade diante de nossos próprios apetites, de nossas próprias paixões e de nossos próprios vícios. É a liberdade de escolhas que o Apóstolo Paulo ilustrou muito bem ao dizer: “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma” (1Cor 6,12). Por isso é um caminho de santificação e humanização.
Eu sou o caminho, a verdade e a vida, são três palavras que nós não deveríamos escrever, mas tatuar em nossos corações, tatuar em nossa mente, tatuar em nossa alma, desculpe a palavra tatuar, mas é a que eu acredito que seja mais oportuna.
O Apóstolo Felipe foi aquele que, como nós, às vezes temos dificuldades e pedimos: “Mostra-nos o Pai” (cf. 14,8). Um pedido até inocente e estaria tudo certo se a resposta de Jesus não fosse: “Ninguém vai ao Pai, senão por mim” (Jo 14,6b). Ele é a porta estreita que temos que atravessar.
Felipe, exatamente a nossa busca de Deus sem Jesus, do Criador sem o Redentor, do Todo-Poderoso sem a encarnação. Por isso, Felipe representa um pouco de cada um de nós, na nossa limitação de fé.
Se estamos buscando a santidade, temos que nos perguntar: o caminho, a verdade e a vida são para nós realmente um modelo de discipulado e de vida? Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação (1Ts 4,3).
Que Ele em Jesus, com a intercessão de todos os santos, nos ajude a buscar e viver a santidade.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 04 de Julho
Filhos e filhas,
"Nunca me aconselhes coisas vãs. É mau o que tu me ofereces, bebe tu mesmo o teu veneno!
A Cruz Sagrada seja a minha luz, não seja o dragão meu guia. Retira-te satanás!"
A Cruz Sagrada seja a minha luz, não seja o dragão meu guia. Retira-te satanás!"
Começo esta mensagem com a oração de São Bento devido à proximidade de sua festa litúrgica e também porque fiquei impressionado com a repercussão dos materiais de São Bento nas redes sociais, em especial o Instagram (@padremanzotti). Muitas pessoas curtindo e compartilhando, pedindo proteção e força na luta contra o mal.
São Bento foi um homem que lutou bravamente contra o mal. Ele é o fundador da ordem dos beneditinos que tem como lema "Ora et Labora", ou seja, "Reza e Trabalha". São Gregório, no livro dos Diálogos, descreve São Bento como um homem que recebeu o dom da sabedoria desde sua mais tenra idade e insiste sobre um carisma que era peculiar a Bento: o discernimento dos espíritos.
Durante sua vida, utilizando-se de seu dom do discernimento, São Bento encontrou três brechas por onde o Inimigo pode entrar em nosso coração, lugares de maior fragilidade humana e espiritual. É nestas brechas que precisamos de mais vigilância. Como uma casa assolada por goteiras, à primeira vista não são encontradas rachaduras, mas basta uma chuvinha para que o inconveniente se manifeste.
Primeira brecha: A COBIÇA
É a idolatria das coisas. Por exemplo, fazer do dinheiro um deus. É o apego às coisas da terra. São Bento coloca como símbolo desta brecha o porco, pois seu focinho está sempre ligado ao chão. Nesta brecha a luta acontece na reorientação dos desejos. É preciso conquistar uma atitude de oblação, de generosidade e desapego.
Segunda brecha: A VAIDADE
É a idolatria do outro como objeto de prazer. É a necessidade de ser reconhecido e amado distorcida, pois esquece da relação de fraternidade com o próximo e pensa apenas em si mesmo. É fazer tudo só pelo interesse de ocupar o primeiro lugar, ser bem visto pelos outros, elogiado, ter status, ser admirado. Aqui São Bento usa o símbolo do Pavão. É preciso reorientar esta necessidade natural e boa de ser reconhecido e amado. É dizer com sua vida e todo o seu coração: “Senhor, vosso é o Reino, o Poder e a Glória. Se na primeira brecha, a atitude de desapego era uma garantia de vitória, nesta segunda brecha é necessário perseguir a atitude da solidariedade, do diálogo, da comunhão com Deus e com próximo. Para isso é fundamental a mansidão e a simplicidade.
Terceira brecha: O ORGULHO
É querer dominar tudo para si. Ser um verdadeiro deus. É a idolatria de “si mesmo”. Aqui São Bento ilustra com o símbolo da águia. O orgulho é a origem de todos os pecados. É pelo orgulho que o homem se separa de Deus e procura sua independência. É necessário perseguir a virtude da humildade. Na luta espiritual, às vezes Deus nos dá a graça da humilhação como uma espécie de exercício para crescermos na humildade e vencermos a brecha do orgulho.
As lições de São Bento são muito atuais, uma vez que somos tentados todos os dias. Muitos se deixam levar por uma falsa neutralidade, acreditando ser possível “manter-se em cima do muro”, mas a verdade é que ou estamos trabalhando para o Reino de Deus, ou estamos a serviço do reino de Satanás. Que São Bento nos ajude nesse combate contra o mal.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
BOLETIM DO DIA 25 DE JULHO
Filhos e filhas,
Estamos
nos últimos dias do mês de julho, dedicado ao Preciosíssimo Sangue de
Cristo. Semana passada já abordei esse assunto, mas quero voltar
justamente para marcar em nossas mentes e corações, julho é o mês de
Nossa Senhora do Carmo e do Preciosíssimo Sangue de Cristo!
O sangue de Cristo é precioso porque foi o preço que Deus se permitiu pagar, para nos resgatar da escravidão do pecado e da morte eterna. O sangue derramado por Jesus é o sinal claro da nossa salvação. Então, celebrar o Preciosíssimo Sangue de Cristo é celebrar o amor infinito que foi derramado por nós e em nossos corações.
São João Paulo II nos diz: “O sinal do ‘sangue derramado', como expressão da vida doada de modo cruento em testemunho do amor supremo, é um ato da condescendência divina à nossa condição humana. Deus escolheu o sinal do sangue, porque nenhum outro sinal é tão eloquente para indicar o envolvimento total da pessoa”.
O sangue de Jesus nos purifica totalmente. Os mártires derramaram o seu sangue por Cristo, na força do seu Sangue: “Estes venceram por causa do Sangue do Cordeiro e de seu eloquente testemunho. Eles estavam prontos para dar a sua vida e morrer” (Ap 12, 11). O Apocalipse ainda nos mostra que os santos lavaram as suas vestes (as almas) no Sangue de Cristo: “Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no Sangue do Cordeiro” (Ap 7, 14).
Hoje esse Sangue redentor de Cristo está à nossa disposição a cada Eucaristia. Sim, por mais que muitas vezes por questões pastorais, comungamos somente o pão, ali, na hóstia, está Jesus com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Na Comunhão podemos ser lavados e inebriados pelo Sangue redentor do Cordeiro sem mancha que veio tirar o pecado de nossa alma.
O sangue de Jesus é o sacramento da Vida, a fonte inesgotável de amor que Ele nos deixou como herança, “Este vinho é meu sangue, o sangue da nova e eterna Aliança que será derramado por vós” (Mt 26,28).
E assim, ainda inebriados no sangue de Cristo, gostaria de lembrar todos os avôs e avós, que na próxima quinta-feira, dia 26 de julho, celebram o seu dia, em honra a São Joaquim e Sant’Ana, os avós de Jesus. Que tenham força e saúde para que possam vivenciar belos momentos na companhia de seus netos e netas.
E por todos os vovôs e vovós, convido a fazer essa oração:
O sangue de Cristo é precioso porque foi o preço que Deus se permitiu pagar, para nos resgatar da escravidão do pecado e da morte eterna. O sangue derramado por Jesus é o sinal claro da nossa salvação. Então, celebrar o Preciosíssimo Sangue de Cristo é celebrar o amor infinito que foi derramado por nós e em nossos corações.
São João Paulo II nos diz: “O sinal do ‘sangue derramado', como expressão da vida doada de modo cruento em testemunho do amor supremo, é um ato da condescendência divina à nossa condição humana. Deus escolheu o sinal do sangue, porque nenhum outro sinal é tão eloquente para indicar o envolvimento total da pessoa”.
O sangue de Jesus nos purifica totalmente. Os mártires derramaram o seu sangue por Cristo, na força do seu Sangue: “Estes venceram por causa do Sangue do Cordeiro e de seu eloquente testemunho. Eles estavam prontos para dar a sua vida e morrer” (Ap 12, 11). O Apocalipse ainda nos mostra que os santos lavaram as suas vestes (as almas) no Sangue de Cristo: “Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no Sangue do Cordeiro” (Ap 7, 14).
Hoje esse Sangue redentor de Cristo está à nossa disposição a cada Eucaristia. Sim, por mais que muitas vezes por questões pastorais, comungamos somente o pão, ali, na hóstia, está Jesus com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Na Comunhão podemos ser lavados e inebriados pelo Sangue redentor do Cordeiro sem mancha que veio tirar o pecado de nossa alma.
O sangue de Jesus é o sacramento da Vida, a fonte inesgotável de amor que Ele nos deixou como herança, “Este vinho é meu sangue, o sangue da nova e eterna Aliança que será derramado por vós” (Mt 26,28).
E assim, ainda inebriados no sangue de Cristo, gostaria de lembrar todos os avôs e avós, que na próxima quinta-feira, dia 26 de julho, celebram o seu dia, em honra a São Joaquim e Sant’Ana, os avós de Jesus. Que tenham força e saúde para que possam vivenciar belos momentos na companhia de seus netos e netas.
E por todos os vovôs e vovós, convido a fazer essa oração:
"Ó DEUS eterno e todo-poderoso,
em vós vivemos, nos movemos e somos.
Nós vos louvamos e bendizemos por terdes dado a estes vossos filhos e filhas,
nossos queridos vovôs e nossas queridas vovós,
uma vida longa com perseverança na fé e em boas obras.
Concedei que eles, confortados pelo carinho dos filhos,
netos e amigos, se alegrem na saúde e não se deixem abater na doença,
a fim de que, revigorados com a vossa bênção,
consagrem o tempo da idade madura ao vosso louvor,
seguindo os exemplos de São Joaquim e de Santa Ana,
que na fidelidade à Palavra de Deus,
cumpriu sempre a vontade de servir e de amar a todos.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém."
em vós vivemos, nos movemos e somos.
Nós vos louvamos e bendizemos por terdes dado a estes vossos filhos e filhas,
nossos queridos vovôs e nossas queridas vovós,
uma vida longa com perseverança na fé e em boas obras.
Concedei que eles, confortados pelo carinho dos filhos,
netos e amigos, se alegrem na saúde e não se deixem abater na doença,
a fim de que, revigorados com a vossa bênção,
consagrem o tempo da idade madura ao vosso louvor,
seguindo os exemplos de São Joaquim e de Santa Ana,
que na fidelidade à Palavra de Deus,
cumpriu sempre a vontade de servir e de amar a todos.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém."
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Os cristãos do Brasil e do mundo são convidados nessas semanas a voltar as atenções para a família. Aqui em nosso país, estamos em plena Semana Nacional da Família e no próximo dia 22 começa em Dublin, na Irlanda, o IX Encontro Mundial das Famílias com o Papa Francisco.
As duas ações têm o mesmo tema: “O evangelho da Família, alegria para o mundo”. O Papa Francisco, na carta de preparação para o Encontro Mundial das Famílias, escreveu que “somente a partir do amor, a família pode manifestar, difundir e regenerar o amor de Deus no mundo. Sem o amor não é possível viver como filhos de Deus, como cônjuges, pais e irmãos”.
E na família, o amor se traduz em gestos concretos, principalmente na relação entre o casal. O relacionamento entre marido e mulher é um conjunto de sentimentos, gestos e ações que precisam ser bem trabalhados senão o amor pode acabar.
Em várias partilhas que ouço, percebo que o que mais machuca duas pessoas envolvidas numa relação, e que vai arranhando o amor, matando o companheirismo e acabando com a convivência é a desconsideração. Isto é, não valorizar as qualidades e apontar sempre os defeitos do outro.
Quando a desconsideração se torna crônica, provavelmente o casal chegou perto da dissolução, porque o ser humano não suporta viver numa relação em que nunca é valorizado. Por isso ressalto, a valorização do outro precisa acontecer no dia a dia do relacionamento. Não uma valorização extraordinária, num momento especial, só em datas especiais, mas no cotidiano, porque é aí que a relação vai se enfraquecendo.
Ninguém se casa para ser infeliz, carregando o peso de uma relação que, às vezes se torna até doentia, abusiva, onde não há momentos de alegria, de prazer, não há cumplicidade. Filhos e filhas, o casamento é para que um faça o outro feliz! E para isso, devemos sempre reservar o nosso melhor para a família.
Jesus fala de edificar a casa na rocha firme (cf. Mt 7,24-27), e a casa edificada na rocha é uma família que pratica a Palavra, é temente a Deus. E eu e minha casa serviremos ao senhor, está dizendo que praticaremos a vontade de Deus. Seremos tementes a Deus. O alicerce de nossa casa é a rocha e a única rocha é Jesus Cristo.
Muitas vezes permitimos que os fundamentos de nossa família comecem a ruir quando guardamos mágoas, dissabores, segredos; quando deixamos de rezar, quando não percebemos que os corações estão se distanciando. Mas é possível novamente fundamentar na rocha quando se volta a Deus. Voltar a Deus é reedificar os alicerces da família. “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24,15) deveria ser o lema das famílias.
A Igreja é muito feliz em nos propor uma Semana da Família, de intensificar as orações pela família. Em sua homilia do Encontro das Famílias, o Papa Francisco assim falou: “O verdadeiro vínculo é sempre com o Senhor. Todas as famílias têm necessidade de Deus: todas, todas! Necessidade da Sua ajuda, da Sua força, da Sua bênção, da Sua misericórdia, do Seu perdão. E requer simplicidade. Para rezar em família requer simplicidade! Quando a família reza unida, o vínculo torna-se mais forte”.
Vale a pena investir na família, ela traz alegria e realização a todos nós.
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 15/08/2018 - Família
Filhos e filhas,
Os cristãos do Brasil e do mundo são convidados nessas semanas a voltar as atenções para a família. Aqui em nosso país, estamos em plena Semana Nacional da Família e no próximo dia 22 começa em Dublin, na Irlanda, o IX Encontro Mundial das Famílias com o Papa Francisco.
As duas ações têm o mesmo tema: “O evangelho da Família, alegria para o mundo”. O Papa Francisco, na carta de preparação para o Encontro Mundial das Famílias, escreveu que “somente a partir do amor, a família pode manifestar, difundir e regenerar o amor de Deus no mundo. Sem o amor não é possível viver como filhos de Deus, como cônjuges, pais e irmãos”.
E na família, o amor se traduz em gestos concretos, principalmente na relação entre o casal. O relacionamento entre marido e mulher é um conjunto de sentimentos, gestos e ações que precisam ser bem trabalhados senão o amor pode acabar.
Em várias partilhas que ouço, percebo que o que mais machuca duas pessoas envolvidas numa relação, e que vai arranhando o amor, matando o companheirismo e acabando com a convivência é a desconsideração. Isto é, não valorizar as qualidades e apontar sempre os defeitos do outro.
Quando a desconsideração se torna crônica, provavelmente o casal chegou perto da dissolução, porque o ser humano não suporta viver numa relação em que nunca é valorizado. Por isso ressalto, a valorização do outro precisa acontecer no dia a dia do relacionamento. Não uma valorização extraordinária, num momento especial, só em datas especiais, mas no cotidiano, porque é aí que a relação vai se enfraquecendo.
Ninguém se casa para ser infeliz, carregando o peso de uma relação que, às vezes se torna até doentia, abusiva, onde não há momentos de alegria, de prazer, não há cumplicidade. Filhos e filhas, o casamento é para que um faça o outro feliz! E para isso, devemos sempre reservar o nosso melhor para a família.
Jesus fala de edificar a casa na rocha firme (cf. Mt 7,24-27), e a casa edificada na rocha é uma família que pratica a Palavra, é temente a Deus. E eu e minha casa serviremos ao senhor, está dizendo que praticaremos a vontade de Deus. Seremos tementes a Deus. O alicerce de nossa casa é a rocha e a única rocha é Jesus Cristo.
Muitas vezes permitimos que os fundamentos de nossa família comecem a ruir quando guardamos mágoas, dissabores, segredos; quando deixamos de rezar, quando não percebemos que os corações estão se distanciando. Mas é possível novamente fundamentar na rocha quando se volta a Deus. Voltar a Deus é reedificar os alicerces da família. “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24,15) deveria ser o lema das famílias.
A Igreja é muito feliz em nos propor uma Semana da Família, de intensificar as orações pela família. Em sua homilia do Encontro das Famílias, o Papa Francisco assim falou: “O verdadeiro vínculo é sempre com o Senhor. Todas as famílias têm necessidade de Deus: todas, todas! Necessidade da Sua ajuda, da Sua força, da Sua bênção, da Sua misericórdia, do Seu perdão. E requer simplicidade. Para rezar em família requer simplicidade! Quando a família reza unida, o vínculo torna-se mais forte”.
Vale a pena investir na família, ela traz alegria e realização a todos nós.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 29 de agosto
Filhos e filhas,
Na última segunda (27/08) e terça-feira (28/08), celebramos Santa Mônica
e Santo Agostinho, mãe e filho que muito podem nos ensinar para o
crescimento da nossa fé. Mônica, durante muitos anos rezou pela
conversão de Agostinho, que depois se tornou Bispo e doutor da Igreja,
escreveu: “Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz
do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da
eternidade”. Nessa frase de Santo Agostinho está a missão de cada pai, de cada mãe: gerar também para a graça.
Nos diz o Catecismo da Igreja Católica, “O papel dos pais na educação dos filhos é tão importante que é quase impossível substituí-los” (CIC 2221). E ainda a Exortação Apostólica Familiaris Consortio, São João Paulo II nos diz: “O direito e o dever de educação são primordiais e inalienáveis para os pais” (FC 36).
Santa Mônica também ensina a nunca desistir dos filhos. Ela era uma cristã exemplar que se preocupava com a conversão de sua família, por isso se consumiu na oração pelo esposo e, principalmente, pelo filho mais velho Agostinho, que vivia nos vícios e na imoralidade.
Mesmo sem ver no horizonte uma melhora, Santa Monica intensificou suas orações e súplicas para ver a conversão de seu filho. Certo dia ouviu de um bispo, a seguinte revelação: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”. E aqui, Santa Mônica é um exemplo para todos nós, devemos sempre perseverar na oração confiando que Deus nos ama e quer o melhor para nós.
E Santa Mônica foi recompensada, nos últimos momentos de sua vida e disse a Agostinho: “Meu filho, nada mais me atrai nesta vida; não sei o que estou ainda fazendo aqui, nem porque estou ainda aqui. Já se acabou toda esperança terrena. Por um só motivo eu desejava prolongar a vida nesta terra: ver-te católico. Deus me satisfez amplamente, porque te vejo desprezar a felicidade terrena para servi-lo… Enterrai este corpo em qualquer lugar, e não vos preocupeis com ele. Faço-vos apenas um pedido: lembrai-vos de mim no altar do Senhor… Para Deus nada é longe”.
Com Santa Mônica aprendemos a nunca desistir da conversão do próximo e com Santo Agostinho aprendemos que nunca devemos desistir da nossa própria conversão. Como Agostinho, creio que quase todos nós temos um passado do qual não nos orgulhamos muito. Situações que preferíamos apagar de nossa história.
Ouço muitas partilhas de pessoas que estão presas a um passado, um erro que cometeram e não conseguem viver o presente e nem planejar um futuro. Muitas vezes utilizam esse erro como um escudo, excluindo uma possibilidade de mudança. O famoso: “Eu sou assim e vou morrer assim”. Essa desculpa faz o passado limitar o nosso futuro.
Então olhamos para Agostinho e seu exame de consciência, no livro Confissões, e observamos que nunca é tarde demais para mudar e começar a ser a pessoa que Deus quer que sejamos. Hoje conhecemos Agostinho como santo e isso pode nos induzir a relativizar o seu passado. Mas é preciso saber quem ele era antes de se decidir a mudar e perceber que a santidade está no alcance de todos, porque a misericórdia de Deus é infinita.
Que Deus nos dê a graça da consciência dos nossos pecados e nós nos deixemos alcançar pela Misericórdia Divina.
Nos diz o Catecismo da Igreja Católica, “O papel dos pais na educação dos filhos é tão importante que é quase impossível substituí-los” (CIC 2221). E ainda a Exortação Apostólica Familiaris Consortio, São João Paulo II nos diz: “O direito e o dever de educação são primordiais e inalienáveis para os pais” (FC 36).
Santa Mônica também ensina a nunca desistir dos filhos. Ela era uma cristã exemplar que se preocupava com a conversão de sua família, por isso se consumiu na oração pelo esposo e, principalmente, pelo filho mais velho Agostinho, que vivia nos vícios e na imoralidade.
Mesmo sem ver no horizonte uma melhora, Santa Monica intensificou suas orações e súplicas para ver a conversão de seu filho. Certo dia ouviu de um bispo, a seguinte revelação: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”. E aqui, Santa Mônica é um exemplo para todos nós, devemos sempre perseverar na oração confiando que Deus nos ama e quer o melhor para nós.
E Santa Mônica foi recompensada, nos últimos momentos de sua vida e disse a Agostinho: “Meu filho, nada mais me atrai nesta vida; não sei o que estou ainda fazendo aqui, nem porque estou ainda aqui. Já se acabou toda esperança terrena. Por um só motivo eu desejava prolongar a vida nesta terra: ver-te católico. Deus me satisfez amplamente, porque te vejo desprezar a felicidade terrena para servi-lo… Enterrai este corpo em qualquer lugar, e não vos preocupeis com ele. Faço-vos apenas um pedido: lembrai-vos de mim no altar do Senhor… Para Deus nada é longe”.
Com Santa Mônica aprendemos a nunca desistir da conversão do próximo e com Santo Agostinho aprendemos que nunca devemos desistir da nossa própria conversão. Como Agostinho, creio que quase todos nós temos um passado do qual não nos orgulhamos muito. Situações que preferíamos apagar de nossa história.
Ouço muitas partilhas de pessoas que estão presas a um passado, um erro que cometeram e não conseguem viver o presente e nem planejar um futuro. Muitas vezes utilizam esse erro como um escudo, excluindo uma possibilidade de mudança. O famoso: “Eu sou assim e vou morrer assim”. Essa desculpa faz o passado limitar o nosso futuro.
Então olhamos para Agostinho e seu exame de consciência, no livro Confissões, e observamos que nunca é tarde demais para mudar e começar a ser a pessoa que Deus quer que sejamos. Hoje conhecemos Agostinho como santo e isso pode nos induzir a relativizar o seu passado. Mas é preciso saber quem ele era antes de se decidir a mudar e perceber que a santidade está no alcance de todos, porque a misericórdia de Deus é infinita.
Que Deus nos dê a graça da consciência dos nossos pecados e nós nos deixemos alcançar pela Misericórdia Divina.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 14 de Novembro
Filhos e filhas,
Um
dos ensinamentos mais desafiadores que Jesus nos deixou foi o perdão.
Muitas são as passagens nos Evangelhos que Jesus nos exorta a isso. Em
uma específica, ele nos diz que devemos perdoar várias vezes no mesmo
dia: “Se ele (o teu irmão) pecar contra ti sete vezes num só dia, e
sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo” (Lc 17,4).
Imagine
a situação: em um único dia, uma pessoa te ofende muitas vezes e vem,
arrependida, pedir perdão, ainda assim devemos perdoá-la? Sim, filhos e
filhas, lembrando que perdoar não é só sentimento, não é apenas uma
questão emocional, mas é decisão, vontade Perdoar é libertar-se, não é
mágica, é vontade.
Tanto que na oração que Jesus nos ensinou, o Pai Nosso, a sexta e a sétima petições são relacionadas a esse tema: “Perdoai as nossas ofensas”,
essa parte tudo bem, Jesus deveria ter parado por aí, Ele teria
proclamado a misericórdia de Deus, mas o grande problema foi que
continuou a oração “assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.
Volto
a citar, em muitas parábolas Jesus ensina o sentido do perdão, como a
do funcionário que foi perdoado pelo rei numa grande quantia e esse
quando encontra um companheiro que lhe deve uma quantia ínfima, não o
perdoa (cf. Mt 18,21-35).
Jesus
falou muito da necessidade de perdoar sempre e nos deu o exemplo. Rezar
e perdoar, na verdade, requer de nós um exame de confiança permanente.
Quem eu ainda não perdoei? Quem ainda me falta perdoar? Quando rezamos o
Pai Nosso, colocamos para Deus algo extremamente perigoso, porque
estamos dizendo: “Pai, eu acredito na Vossa misericórdia, mas me perdoe na mesma proporção que eu perdoo”.
Interessante
que nós podemos ver nisso uma armadilha e um aprendizado. Nós sabemos
que Deus perdoa, mas só conseguiremos ser perdoados por Ele na medida em
que perdoarmos os nossos irmãos. Por isso, muitas vezes, confessamos
mais de uma vez e não conseguimos sentir o perdão de Deus, porque
provavelmente perdoamos pouco.
Quem
muito ama, muito perdoa. Portanto, quanto mais perdoarmos, mais o
perdão de Deus sentiremos. Quanto mais perdoamos, mais o amor de Deus
sentiremos. Um coração que se entrega ao Espírito Santo, um coração de
filho que realmente reza ao Pai, consegue ter três atitudes que ninguém
consegue a não ser pela fé: compaixão, purificar a memória e transformar
a ofensa em intercessão.
Então, a petição “assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”
quer dizer perdoar a ponto daquilo que era mágoa, ferida,
transformar-se em compaixão. Com este espírito de filho do Pai
misericordioso conseguimos a purificação da memória, daquela lembrança
dolorida, os registros negativos e traumas são purificados. A partir do
momento que perdoamos e temos nossa memória purificada, o que era motivo
de sofrimento transforma-se em motivo de intercessão, em oração por
aquela pessoa.
Então
peçamos, filhos e filhas, que o perdão cure os ressentimentos para que
sejamos livres para amar a Deus e ao próximo, superando as desavenças e
vivendo em paz e harmonia. Façamos um exame de consciência, rastreando
quais os pecados que Deus nos mostra e peçamos perdão, rezando ao
Senhor:
"Senhor, permito que trabalhes em mim.
Coloco-me como barro em Tuas mãos.
Permito, Senhor, que mexas em mim.
Aceito a presença do Teu Espírito Santo.
Dá-me, Senhor, a clareza das minhas feridas.
Dá-me, Senhor, a clareza das minhas amarguras.
Creio que vieste trazer vida em plenitude, dá-me esta vida.
Reconstrói-me Senhor, refaz-me no Teu amor.
Aceito ser trabalhado.
Aceito passar por essa transformação.
Quero, Senhor, sobre mim, Teu perdão.
Aceito esse bálsamo que cura.
Quero este bálsamo que vai cicatrizar minhas feridas.
Hoje, Senhor, me apropriarei da graça do perdão.
Hoje, Senhor, com a Tua graça, eu quero perdoar.
Perdoo aqueles que me feriram.
Sim, Senhor, porque me amaste primeiro, eu posso perdoar!
Hoje, Senhor, quero me libertar das mágoas.
Hoje, Senhor, quero buscar a felicidade.
Quero, preciso e, com a Tua graça, Senhor, conseguirei.
Amém."
Deus abençoe a todos.
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 05 de Dezembro
Filhos e filhas,
Mais
uma vez somos agraciados, através da liturgia da Igreja, com um tempo
especial de vivência em preparação para o Natal. O Advento é um tempo
favorável, de alegre espera, esperança, vigilância, conversão, que nos
ajuda a vencer o comodismo e direcionar o olhar para o Natal, preparando
o coração para acolher o Menino Deus que vai nascer.
Os
dois primeiros domingos do Advento acentuam a espera da segunda vinda
de Jesus Cristo, no final dos tempos. Os outros dois, nos propõem uma
intensa preparação para o Natal do Senhor. A cada Domingo do Advento
somos exortados com um tema para reflexão.
O
primeiro, nos coloca a necessidade de vivermos a vigilância permanente.
Ser vigilante consiste em estar atento aos sinais de Deus em nossa
vida, que se manifestam no nosso dia a dia, e ser comprometido com Jesus
e com o Reino que Ele veio anunciar.
Hoje,
falsos valores tentam sufocar os valores evangélicos. A vigilância
cristã exige uma atitude pessoal e libertadora, obtida na sobriedade e
oração contínua, como nos ensina São Pedro: “sejam sóbrios e fiquem de prontidão” (1Pd 5,8-9).
No
segundo Domingo do Advento chega até nós, através de João Batista, um
forte apelo de conversão, de preparar o caminho do Senhor: “Convertam-se,
porque o Reino do Céu está próximo. João foi anunciado pelo profeta
Isaías que disse: “Esta é a voz daquele que grita no deserto: Preparem o
caminho do Senhor, endireitem suas estradas!” (Mt 3,2-3).
A
conversão proposta é uma mudança na forma de viver. “Endireitar suas
estradas” significa mudar o que nos impede de viver as exigências
evangélicas: hábitos, gestos, sentimentos, atitudes, pensar e agir.
Exige penitência, arrependimento, perseverança e a busca pela justiça
sem nos conformarmos com a maldade deste mundo.
O
terceiro Domingo do Advento é o chamado “Domingo da Alegria”, ou
Domenica Gaudete. A chegada do Salvador está próxima e somos convidados a
nos alegrar com esta espera: “Fiquem sempre alegres no Senhor!
Repito: fiquem alegres! Que a bondade de vocês seja notada por todos. O
Senhor está próximo. Não se inquietem com nada. Apresentem a Deus todas
as necessidades de vocês através da oração e da súplica, em ação de
graças. Então a paz de Deus, que ultrapassa toda compreensão, guardará
em Jesus Cristo os corações e pensamentos de vocês” (Fl 4,4-7).
Não
uma alegria qualquer, mas que gera a justiça, o amor, a paz, que só o
Senhor pode nos dar. Todos os anos, no terceiro Domingo do Advento, a
Igreja realiza a coleta para a Campanha Nacional para a Evangelização e
nos convida a dar nossa colaboração para que a Palavra de Deus seja
levada e anunciada a todas as pessoas.
O quarto Domingo do Advento nos coloca às portas do Natal. Refletimos sobre o mistério da Encarnação: “Vejam: a virgem conceberá e dará a luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que quer dizer: Deus está conosco” (Mt 1,23).
Contemplamos a figura de Maria e as circunstâncias que a envolveram nos dias que precederam o nascimento do Menino Jesus. “Deus enviou o seu Filho”
(GI 4, 4). Mas, para Lhe “formar um corpo” (129), quis a livre
cooperação de uma criatura. Para isso, desde toda a eternidade, Deus
escolheu para ser a Mãe do seu Filho, uma filha de Israel, uma jovem
judia de Nazaré, na Galileia, “virgem que era noiva de um homem da casa de David, chamado José. O nome da virgem era Maria” (CIC 488).
A Salvação nos chega pelo seio de Maria. Ela é o modelo perfeito de obediência, humildade, pureza e fé.
Somente
se nos prepararmos e procurarmos vivenciar profundamente os elementos
de cada Domingo do Advento, o nascimento do Salvador terá um sentido
concreto em nossa vida e não será uma mera lembrança de um fato
histórico.
Deus os abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
Boletim do dia 19 de Dezembro - Natal
Filhos e filhas,
Boletim do dia 19 de Dezembro - Natal
Filhos e filhas,
Na
próxima terça-feira, dia 25, será Natal! O momento para o qual nos
preparamos neste último mês mais especificamente é daqui a pouco.
Intensifica-se a preparação para a festa cristã que celebra o nascimento
de Nosso Senhor Jesus Cristo.
E
essa festa deve muito ser celebrada, pois esse fato mudou o rumo da
história da humanidade. O Verbo de Deus, a luz verdadeira, vem ao mundo
para iluminar todos os homens (cf. Jo 1,9).
Jesus,
o Emanuel, Deus Conosco na plenitude dos tempos, entra na história como
uma frágil criança. É Deus que, esvaziando-se de Si mesmo, vem a nós e
faz sua morada, assumindo nossa natureza humana em tudo, menos no
pecado. Vem para trazer a luz, a paz e a salvação.
Não
há certeza do dia exato do nascimento de Jesus. As Sagradas Escrituras
registram onde, mas não quando nasceu o Salvador Inicialmente os
cristãos, em cada comunidade e segundo suas tradições, buscaram uma data
para festejar o Natal de Jesus. Procurando unificar em uma só data esta
festa, no início do século IV, a Igreja Católica estipulou o dia 25 de
dezembro para festejar o nascimento de Jesus.
A
data escolhida pela Igreja coincide com o tempo do solstício de inverno
no Hemisfério Norte, o que torna a partir do dia 25 de dezembro, os
dias mais longos e as noites mais curtas. Data propícia para celebrar a
chegada de Jesus, luz do mundo.
A
Bíblia narra o nascimento de Jesus, nos Evangelhos de Mateus e Lucas,
sendo que o de Lucas é mais rico em detalhes, citando o local e as
condições: “Naqueles tempos, apareceu um decreto de César Augusto
ordenando o recenseamento de toda a terra. Este recenseamento foi feito
antes do governo de Quirino, na Síria. Todos iam alistar-se, cada um na
sua cidade. Também José subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, à
Judeia, à Cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de
Davi, para se alistar com a sua esposa Maria, que estava grávida.
Estando eles ali, completaram-se os dias dela. E deu à luz a seu filho
primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque
não havia lugar para eles na hospedaria. Havia nos arredores uns
pastores, que vigiavam e guardavam seu rebanho nos campos durante as
vigílias da noite. Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor
refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor. O anjo disse-lhes: Não
temais, eis que vos anuncio uma boa-nova que será alegria para todo o
povo: hoje vos nasceu, na Cidade de Davi, um Salvador que é o Cristo
Senhor. Isto vos servirá de sinal: achareis um recém-nascido envolto em
faixas e posto numa manjedoura. E subitamente o anjo se juntou a uma
multidão do exército celeste, que louvava a Deus e dizia: Glória a Deus
no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, objetos da benevolência
(divina)”. (Lc 2,1-14).
Na
noite do dia 24 de dezembro celebramos uma Missa especial onde a
liturgia da Palavra narra os fatos que envolveram o nascimento de Jesus.
Essa Missa era realizada tradicionalmente à meia-noite. Com o passar do
tempo, a Missa do Galo, por questões pastorais, foi antecipada para uma
hora mais adequada.
Recebeu
esse nome, porque o galo anuncia a chegada do sol trazendo um novo
amanhecer. Mas, nesse dia a humanidade é quem canta: Nasceu o Sol da
Justiça, a Luz do Mundo, o Amanhecer da Esperança. E, nas Missas do dia
25, celebramos o Verbo, Deus que se fez carne e habitou entre nós.
A
cada ano, somos chamados por Deus a celebrar esse dia significativo na
história da salvação, porque Natal é renovação. Que todos tenhamos um
santo e feliz Natal.
Deus os abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti
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