Oração à Virgem Maria, Mãe de Jesus
Virgem Maria, Mãe de Jesus,
Dá-me um pouco de tua força para minha fraqueza.
Um pouco da tua coragem para o meu desalento.
Um pouco da tua compreensão para o meu problema.
Um pouco da tua plenitude para o meu vazio.
Um pouco da tua rosa para o meu espinho.
Um pouco da tua certeza para a minha dúvida.
Um pouco do teu sol para o meu inverno.
Um pouco da tua disponibilidade para o meu cansaço.
Um pouco do teu rumo infinito para o meu extravio.
Um pouco da tua neve para o barro do meu pecado.
Um pouco da tua luminosidade para a minha noite.
Um pouco da tua alegria para a minha tristeza.
Um pouco da tua sabedoria para a minha ignorância.
Um pouco do teu amor para o meu rancor.
Um pouco da tua pureza para o meu pecado.
Um pouco da tua vida para a minha morte.
Um pouco da tua transparência para o meu escuro.
Um pouco do teu Filho Jesus para este teu filho pecador.
Com esses poucos, Senhora, eu terei tudo!
"Maria guardava todas estas coisas, meditando-as no seu coração" (Lc 2,19).
Esta devoção mariana tem uma ligação teológica no ensinamento de Santo Agostinho que a este respeito dizia: «A palavra deve nascer do silêncio e esta da palavra. … Para ver Deus é necessário o silêncio».
A Virgem do Silêncio ensina aos fiéis cristãos o valor de um silêncio fecundo e humilde, cheio de obras e realizações. Ensina todos os seus filhos na difícil arte de falar pouco e fazer muito.
O silêncio de Maria era um silêncio contemplativo da obra de Deus na sua vida, na de Jesus e na dos outros. Um silêncio de humildade, de discrição, de ocultação.
Quantas vezes a Virgem se calou, para que falassem as suas obras, e para que Deus falasse nela e nos outros. O seu era um silêncio feito oração e ação. Um silêncio completo, não vazio ou oco. Um silêncio cheio de Deus, suas palavras, suas maravilhas.
A Virgem nos convida a ficar em silêncio, para poder meditar sobre o Mistério de Cristo, que é algo tão grande que só podemos apreendê-lo minimamente com o coração, tendo fé sem entender tudo.
Por que ficar em silêncio? Simplesmente porque muitas vezes as palavras atrapalham, são supérfluas e não nos permitem agir com sanidade, ou com bondade de coração.
Nos últimos anos, aumentou a devoção à "Virgem do Silêncio", ícone que o frade italiano Emiliano Antenucci encomendou a uma religiosa beneditina que se dedica à iconografia.
“Maria guardava todas as coisas, meditando-as no seu coração”, afirma o Evangelho. Porque só no silêncio se podem compreender as palavras de Deus e "as suas coisas":
silenciosa Maria,
que você imaginou tudo sem falar, além de qualquer visão humana,
ajuda-me a entrar no mistério de Cristo lenta e profundamente
como um peregrino sedento
Eu entro em uma caverna escura
no final da qual se ouve um leve correr de água.
Em primeiro lugar, deixe-me ajoelhar
Adorar, faça-o então empurrar a rocha com confiança,
e envia-me serenamente ao mistério.
finalmente matar minha sede com a água da Palavra
silenciosamente como você Talvez então Maria
o segredo do Filho Crucificado será revelado a mim
na sua imensidão sem fronteiras e as imagens e palavras cairão
para abrir espaço apenas para o infinito.
(Cartão John Henry Newman)
fonte:https://fraymartinblog.wordpress.com/2018/09/30/la-virgen-del-silencio/
A Virgem do Silêncio é um sinal de profecia contra a ditadura da sociedade do barulho, contra as fofocas que existem na Igreja e nos faz ouvir a voz de Deus no silêncio
“Na pandemia, temos uma mãe que cuida de nós”, disse à Aleteia o frei Emiliano Antenucci, capuchinho, reitor do santuário diocesano dedicado à Virgem Maria do Silêncio, recém-inaugurado na igreja de São Francisco de Assis, localizada em Avezzano, na região italiana de Abruzzo.
O Papa Francisco deu a bênção para que os peregrinos e os fiéis possam prestar culto público a essa dedicação mariana especial, cujos dons são um modelo para realizar as obras de misericórdia em silêncio, em segredo, sem se gabar de nada, praticando o estilo da discrição.
Frei Antenucci acredita que “A Virgem do Silêncio” pode inspirar as pessoas durante esta pandemia.
“Todos nós estamos passando por essa provação mundial. O silêncio forçado durante a pandemia nos fez criar um silêncio interior. A Virgem do Silêncio é um sinal de profecia contra a ditadura da sociedade do barulho, contra as fofocas que existem na Igreja e nos faz ouvir a ‘brisa suave’, como disse o profeta Elias, a voz de Deus no silêncio”.
“O silêncio nos chama a confiar na vida, em Deus, nos outros, em nós mesmos”, afirma o frei Antenucci.
Silêncio pela capacidade de ouvir
O distanciamento social obrigatório também pode ser uma tentação de se isolar e manchar a alma com o egoísmo, individualismo e auto-referência.
O antivírus para essa tendência é praticar uma escuta ativa que vem do silêncio.
Precisamente durante a primeira fase de confinamento na Itália, na Capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco convidou a valorizar a oportunidade oferecida pelo silêncio deste período de pandemia.
“Nesse período há muito silêncio. Você pode até ouvir o silêncio. Que esse silêncio, que é um pouco novo em nossos hábitos, nos ensine a ouvir, nos faça crescer em nossa capacidade de ouvir” (21 de março de 2020).
Distanciamento social, mas não do coração
O reitor do novo santuário mariano afirma que “o distanciamento social nunca deve ser um distanciamento da alma e do coração; portanto, este tempo de provação deve nos fazer renascer para uma nova humanidade”.
“Precisamos de um novo modelo de proximidade social à imagem e semelhança da ‘Santíssima Trindade’: Deus está em relação. Deus não é solidão infinita. Portanto, hoje, mais do que nunca, é importante ser sociável”.
O silêncio não é passivo
O frade, que é autor do livro “O caminho do silêncio”, produto de cursos sobre o silêncio que ele ministra, explica que Maria, com seu silêncio, é mostrada pelos Evangelhos como “mãe laboriosa e, como todas as mães, é a mãe da vida, que cumpre o objetivo de gerar a vida”.
“Em um filme, vi algo muito bonito. Uma definição de mãe: ‘mãe é quem te protege dos males do mundo’; portanto, a Virgem é a mãe que nos protege dos males que existem no mundo, causados também por nós, seres humanos, e pelo barulho ensurdecedor do mal”.
O silêncio prepara palavras esperançosas
“O silêncio também produz palavras de esperança”, afirmou o religioso capuchinho. “A Virgem acompanha os que acolhem o silêncio na busca de palavras autênticas, verdadeiras, esperançosas e reconfortantes. Silêncio contra o mal, contra palavras violentas e destrutivas que são como pedras ou projéteis contra as pessoas”.
Frei Emiliano Antenucci diz que o silêncio é a linguagem de Deus e nos prepara para rezar. Ele lamenta, especialmente no contexto das redes sociais, a disseminação de uma linguagem bélica que contamina com o “vírus do medo”.
O silêncio e o senso de sacrifício
O silêncio não é passivo. Pelo contrário, os religiosos lembram que a ação da Virgem e da Sagrada Família Nazaré é ativa e em defesa da vida.
“O fruto do silêncio é a oração. O fruto da oração é fé. O fruto da fé é o amor. O fruto do amor é serviço. O fruto do serviço é a paz”, afirmava Madre Teresa de Calcutá.
“Este é um tempo que exige misericórdia e silêncio”, afirma o religioso.
Claro, há um silêncio ensurdecedor, o do luto. Mas há também um silêncio do coração, que, como o Papa Francisco aponta, é uma ocasião para ouvir a voz de Deus.
Ouça a linguagem de Deus
“Ouça a si mesmo, a Deus e aos outros. Hoje o silêncio assusta porque vivemos nessa ditadura do barulho.”
“O silêncio é a verdade, e por isso o silêncio é difícil. Mas o silêncio é a linguagem de Deus. É o caminho que leva mais rapidamente à espiritualidade e interioridade.”
“O interessante é que este santuário nasceu na pandemia. Em tempos de crise, de testes para a humanidade, as mães saem para ajudar seus filhos.”
“Vários santuários marianos nasceram após grandes catástrofes para a humanidade. A Virgem da Saúde concomitante ao fim da peste, a Rainha da Vitória na Batalha de Lepanto (1571), a Salus Popoli Romani (590 dC). Toda a história da mariologia nos ensina que as manifestações marianas ocorrem em tempos de crise. É um sinal da proximidade de Deus com a humanidade, processado pela mãe, a Virgem Maria, que não nos abandona.”
Virgem do Silêncio ícone
No ano passado, durante uma audiência privada, Frei Antenucci levou ao pontífice a cópia original do ícone da Virgem do Silêncio: a Mãe de Deus coloca o dedo nos lábios com um gesto que nos convida a permanecer em silêncio. Francisco também abençoou a abertura do Santuário Mariano, depois do pior momento da pandemia na Itália.
A abertura do santuário da Virgem do Silêncio já traz seus primeiros frutos, segundo o padre Antenucci.
“Há tantas graças: muitas pessoas vêm orar e outras se confessam depois de muitos anos. O silêncio é uma conexão. A Virgem nos convida a deixar para trás o turbilhão de ruídos do mundo e o primeiro milagre que Ela faz é o da paz e da alegria no coração.”
O silêncio não é a ausência de Deus
O silêncio não é a ausência de Deus, é Deus quem preenche tudo. “Não estamos à mercê das provações e dificuldades que existem no mundo. Temos Mãe”, afirma o reitor do santuário.
fonte:https://pt.aleteia.org/2020/06/09/papa-abencoa-primeiro-santurario-dedicado-a-virgem-do-silencio/
Você sabia que Papa Francisco tem uma devoção especial a Nossa Senhora do Silêncio?Certa vez ele rezou assim, “Mãe do silêncio, que conservas o mistério de Deus, liberta-nos da idolatria do presente”.
Existe um ícone muito belo que expressa essa devoção. Não é uma pintura que exalta as habilidades de um artista, mas um modo de transmitir o Evangelho a partir da arte. Diante de Nossa Senhora do Silêncio contemplamos a simplicidade da Virgem Maria num gesto que conhecemos, o dedo sobre os lábios como um pedido de silêncio. De fato, num mundo barulhento corremos o risco de cair na grande confusão interior, perdendo-nos em nossos pensamentos dispersos.
Papa Francisco no seu Twitter afirmou: “há tanto barulho no mundo! Aprendamos a estar em silêncio dentro de nós mesmos e diante de Deus” (18/11/2014). Esse desejo do Papa é o mesmo que se espera diante do ícone de Nossa Senhora do Silêncio. Para resgatar a interioridade precisamos acolher o silêncio como a libertação do inferno de nossos pensamentos agitados para escutar a voz de Deus.
Uma postura silenciosa nos ajuda a refletir sobre os acontecimentos da vida e as palavras que escutamos. Sem silêncio não há palavras sábias nem escolhas sinceras.
Aprendamos com Maria a cultivar o silêncio, que não é somente ausência de palavras, mas caminho necessário para encontrar o Senhor e viver pacientemente, respeitando o tempo e fazendo uma coisa de cada vez. Sejamos como Maria que “conservava a lembrança de todos esses fatos em seu coração” (Lc 2,51).
Por: Sem. Marcos Bento | Diocese de Livramento de Nossa Senhora (Bahia)7 exemplos de Maria para praticar o silêncio
Quem é silencioso sabe escutarNuma conversa entre amigos, sempre que o silêncio reinava por alguns segundos, alguém dizia: “Foi um anjo que passou por nós!”
Faz tempo que não escuto essa expressão! Ou os anjos estão assustados com as nossas conversas ou é a ausência de silêncio dos nossos dias. Vou ficar com a segunda opção! Uma mulher soube, por causa do silêncio, sentir a presença e ouvir o anjo. Maria é modelo de quietação para nós. Vamos aprender com Ela?
1. Silenciosa e escondida
No Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria, São Luís de Montfort nos leva a Nazaré a encontrar uma jovenzinha escondida. Não com medo, mas reservada, delicada e simples. Era Maria. São Luís afirma que nem os anjos conheciam essa mulher. O silêncio dela era do agrado de Deus e pela sua humildade foi escolhida para tão perfeita missão: mãe de Jesus.
Hoje, nossos barulhos pelas redes sociais, pelo ego, pelo desejo de sermos destaques nos impedem de gerar Cristo em nós. Pelo silêncio da Virgem, foi gerado o Verbo encarnado e, em nós, pelo barulho, são deixados de lado os ensinamentos do mesmo Verbo.
2. Silenciosa e confiante
Maria não contou a José sobre a gravidez. E nem a Isabel. A Palavra nos conta que José, percebendo a gestação, quis abandonar Maria em segredo. Certamente Maria orou muito. Abandonou-se em Deus e confiou. E José, por sonho, acreditou. A Bíblia também narra que Maria mal tinha chegado à casa de Isabel e já foi saudada por sua prima. Como Isabel sabia? Nossa Senhora não saiu divulgando a todos, mas pelo seu silêncio e jeito meigo tornou-se bendita. Precisamos aprender a maturidade do silêncio que nos leva a confiar e não nos vangloriar.
3. Silenciosa e grata
Sabe aquela expressão, “falou pouco, mas falou bonito”? Encaixa-se perfeitamente a Maria. Quando ela abriu a boca, cantou o Magnificat em gratidão ao amor de Deus.
Tem gente que quer enfeitar tanto sua fala que mais enche linguiça do que toca no coração das pessoas. Maria ensina a usar os lábios para o bem e não para ser o queridinho.
4. Silenciosa e perceptiva
Em Caná, Maria interveio para o primeiro milagre de Jesus. Nossa Senhora estava em um lugar barulhento. Era uma festa! Tinha música, conversas… E ela estava se divertindo, porém o fruto de uma vida regrada pelo silêncio fez Nossa Senhora perceber o drama dos noivos com o vinho que iria acabar.
Em muitas situações a agitação nos domina e não percebemos os necessitados e sofredores ao nosso lado.
5. Silenciosa e paciente
Aos pés da Cruz, diante da dor de ver seu filho morrendo, Maria poderia se desesperar. A dor era imensa, mas seu silêncio ajudava a cicatrizar as feridas. A quietação permitiu trocar olhares e dar força a Jesus.
Em nossas dores precisamos silenciar. A agitação no momento da Cruz só aumenta as feridas e nada resolve. Assim como nos momentos de raiva. Agir com a cabeça quente mais machuca do que cura.
6. Silenciosa e solícita
Quem é silencioso sabe escutar. Oferece os ouvidos para quem quer desabafar. Maria é refém dos nossos pedidos. Fica à espera de nossas orações e confianças.
Aprendamos com Ela a ser atenciosos, oferecendo nossos ouvidos para um simples desabafo.
7. Silenciosa e advogada
Os advogados precisam de muitos argumentos para defender seus clientes. Maria é tão bendita e formosa para Deus que uma palavra já basta para nos salvar. Ela é advogada e mãe de misericórdia. Quando a mãe fala o filho obedece!
Queremos ser do agrado de Deus a exemplo de Maria!
José Eymard, via Jovens de Maria
Fonte: https://pt.aleteia.org/2018/05/10/7-exemplos-de-maria-para-praticar-o-silencio/
fonte: https://cleofas.com.br/7-exemplos-de-maria-para-praticar-o-silencio/
Nossa Senhora do Silencio - 21 agosto
Oração a Nossa Senhora do Silencio
Venho a Ti;
Querida mãe, Senhora nossa, Santíssima Virgem Maria;
Que acompanhou Jesus, seu Filho, em todos os momentos de sua vida; (Lc 1,31)Tanto nos momentos de dor e tristeza e nas alegrias e vitórias;
E em todos os momentos, fizeste presente, com tão incomparável silêncio!
É exemplo e, modelo, diante das tribulações ou alegrias;
Ajuda-nos a calar todo nosso ser e não maldizer ou malfazer diante das dificuldades;
Ensina-nos a calar e não falar, a parar e não agir;
A aprender o silêncio do coração para escutar Jesus;
Dá-nos;
O silêncio do pensar, do ver;
O silêncio do ouvir, do falar;
O silêncio do agir, do sentir;
O silêncio do comunicar.
Para obtermos o discernimento para fazermos o bem e afastai-nos do mal.
Nossa Senhora, Virgem do Silêncio, abençoa-nos, proteja-nos e intercedei a todo o momento.
Amém!
........
Nossa Senhora a Virgem do Silêncio,
venho pedir sua intercessão
para que eu possa a teu exemplo
saber ser uma pessoa de oração, de silêncio, de humildade, de fé e principalmente completamente confiante em Deus.
Com alegria podemos ler nos Evangelhos o relato de suas virtudes,
entre elas que “guardavas tudo meditando no coração”.
Ensina-me Senhora, com tua intercessão,
a ser semelhante a ti no amor a Deus e no “silêncio” de oração aqui na terra.
Quantas vezes Senhora certamente calastes
diante das dificuldades e não pecastes na murmuração.
Quantas vezes neste silêncio do coração,
sua voz interior falava com Deus.
Como fostes, e ainda és e serás sempre exemplo de vida para seus filhos.
Senhor Jesus, ensina-nos a não responder sem amor a nenhuma criatura, assim como sua Mãe jamais o fez aqui nesta terra.
Retira de nós o pecado da fofoca, da intriga,
e todos os outros pecados que começam na mente e exalam sua maldade pela língua.
Interceda por nós Mãe, junto a Jesus,
que nos purifique de todo mal, de todo falatório ofensivo a mim mesmo, falatório sobre certas situações, pessoas ou até mesmo ofensas contra Deus.
Virgem do Silêncio, consagro hoje meus sentidos a tua Imaculada Conceição e peço que interceda diariamente a Teu Filho para que eu possa alcançar a graça de testemunhá-Lo sempre, sem nunca ofender ao Céu. Amém.
http://www.nospassosdemaria.com.br/
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Senhora do Silêncio - Ignacio Larratarre
Mãe do Silêncio e da Humildade, tu vives perdida e encontrada no mar sem fundo do Mistério do Senhor.
Tu és fecundidade e plenitude.
Tu és atenção e solicitude pelos irmãos.
Estás revestidas de fortaleza.
Resplandecem em ti a maturidade humana e a elegância espiritual.
És senhora de ti mesma antes de ser nossa Senhora.
Em ti não existe dispersão.
Jamais se viu figura humana de tamanha doçura, nem se voltará a ver nesta terra uma mulher tão inefavelmente evocadora. Entretanto, teu silêncio não é a ausência, mas presença. Estás abismada no Senhor e ao mesmo tempo atenta aos irmãos, como em Caná. A comunicação nunca é tão profunda como quando não se diz nada, e o silêncio nunca é tão eloqüente como quando nada se comunica.
Faze-nos compreender que o silêncio não é desinteressante pelos irmãos, mas fonte de energia e de irradiação, não é encolhimento mas projeção. Faz-nos compreender que, para derramar, é preciso preencher-se. Afoga-se o mundo no mar da dispersão, e não é possível amar os irmãos com um coração disperso. Faze-nos compreender que o apostolado, sem silêncio, é alienação, e que o silêncio, sem apostolado, é comodidade.
Envolve-nos em teu manto de silêncio e comunica-nos a fortaleza de tua fé, a altura de tua Esperança e a profundidade de teu Amor.
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APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA EM KNOCK, IRLANDA. NOSSA SENHORA DO SILÊNCIO.
História da Nossa Senhora do Silêncio
A aldeia de Knock está situada a oeste de Dublin e a norte de Galway, no condado de Mayo.
Em 1829, foi aí construída uma pequena e pobre igreja paroquial onde não cabiam mais de 30 pessoas.
Foi dedicada a S. João Baptista. Em torno da Igreja havia uma pequena escola para rapazes e outra para moças.
O terreno da igreja era rodeado por um muro de pedra.
Durante todo o século XIX, a Irlanda sofreu uma depressão da sua economia por causa das más colheitas, sobretudo da batata.
No ano de 1879, os agricultores quase não tinham de comer. Nesse ano, houve mas uma desastrosa colheita de batata o que anunciava mais miséria e fome.
As pessoas morriam de fome e de doenças, minadas por uma vida muito dura.
Bartholomew Cavanah, foi nomeado prior da igreja em 1867.
Era um santo homem, profundamente devoto de Nossa Senhora da Imaculada Conceição.
Era de bom grado que sacrificava os seus bens materiais para ir em auxílio dos pobres e famintos, e nunca teve conta bancária. Também assim considerava as pobres almas do Purgatório.
Considerando a Virgem Maria como Mãe de Deus e de todos os filhos de Deus, recorria à sua intercessão por todos os que estavam no Purgatório.
Na verdade, alguns meses antes da aparição em Knock, o Padre Cavanah começou a dizer 100 missas pelas pobres almas do Purgatório que Nossa Senhora mais desejasse ver libertas. Surpreendentemente, foi no dia da centésima missa que Nossa Senhora visitou Knock, ao final da tarde de 21 de Agosto de 1879.
Foi um dom maravilhoso que exprimiu a gratidão de Nossa Senhora e das almas que foram para o Céu.
Nesse dia, o céu estava coberto de pesadas nuvens.
O Padre Cavanah tinha ido visitar paroquianos em regiões vizinhas. Nessa tarde, uma chuva cerrada encharcou-lhe a roupa e a aldeia ficou toda molhada pela noite fora.
Mary McLoughlin, a sua empregada, acendeu a lareira para lhe secar as roupas e depois foi-se embora visitar uma amiga, Mary Beirne, que ali morava próximo.
Ao passar junto à igreja deu conta de estranhas figuras e de um altar junto à empena da igreja voltada a sudoeste.
Parecia haver uma luz estranha em volta daquelas figuras, mas pensou que era um efeito da luz brilhando através da bruma. Depressa achou que talvez o prior tivesse encomendado algumas imagens novas.
Mais ou menos ao mesmo tempo, um outro membro da família Beirne, Margaret Beirne, chegou à igreja para a fechar durante a noite.
Também ela deu conta dum brilho estranho que vinha do lado sudoeste da igreja. Mas, com pressa de se abrigar, não olhou mais, nem disse a ninguém nada sobre o brilho naquela noite.
Quando terminou a visita, a amiga Mary Beirne acompanhou Mary McLoughlinde de volta, em direcção à igreja.
Diziam que as figuras eram imagens iluminadas pela luz. Mas, quando se aproximaram, Mary Beirne exclamou:
"Mas não são imagens, estão a mexer-se. É a Santíssima Virgem!"
Por baixo da parede da igreja voltada a sudoeste, três imagens estavam de pé, por cima da erva crescida e não cortada.
As duas mulheres tomaram consciência que não podiam ser imagens porque aqueles seres passeavam-se por cima do monte de erva por baixo delas.
Todos vestiam de branco e brilhavam como prata.
Uma luz dourada, brilhante, envolvia-as, bem como um altar que estava colocado um pouco por trás delas, virado a oeste.
Sobre o altar estava um cordeiro e por cima do cordeiro erguia-se uma grande cruz branca.
Seis anjos com asas que se moviam, rodeavam o altar e a cruz.
A certa altura, Mary Beirne correu para os vizinhos mais próximos e disse-lhes para virem ver "a visão maravilhosa!"
Rapidamente outros se juntaram a elas para ver e rezar diante da aparição do céu.
Todos os que testemunharam o acontecimento, afirmaram que se tratava da Virgem Maria com S. José à sua direita e S. João Evangelista, à esquerda.
Maria tinha um manto de um branco puro e uma coroa dourada na cabeça.
Ao meio da coroa, acima da testa, brilhava uma rosa de ouro plenamente aberta.
Tinha as mãos erguidas, como se rezasse.
S. José tinha uma barba grisalha e a cabeça inclinada para a frente. S. João, segurava o livro dos Evangelhos.
Estava vestido com traje de bispo e parecia estar a pregar.
No entanto, nenhum deles disse uma palavra durante as duas horas que durou a aparição.
A mais velha das videntes era Bridget Trench, de 75 anos.
Caminhou em direcção à visão e, à chuva, tentou beijar os pés de Maria.
Mas não conseguiu: parecia que Maria se afastava um pouco.
Quando as mãos e a cabeça inclinada de Bridget entraram na área da visão, caiu de joelhos na erva seca. Nessa área, não lhe caiu em cima uma gota de chuva. Mais tarde, disse:
"Não percebo porque não consegui palpá-los com as minhas mãos, da mesma forma que os via com os olhos."
Os quinze vidente permaneceram fixados à visita luminosa durante duas boas horas.
Rezaram o terço em conjunto. Mais tarde a aparição desvaneceu-se.
Durante as semanas e meses que se seguiram à aparição, toda a aldeia continuava a perguntar: "Porque é que Nossa Senhora lhes tinha aparecido?"
Multidões de pessoas começaram a afluir a Knock.
Deram-se numerosas curas e várias delas foram relacionadas com a aplicação de terra retirada da parede da empena. Tanta terra tiraram que a parede estava em perigo de cair.
Nos primeiros três anos que se seguiram à aparição de "Nossa Senhora do Silêncio", o Padre Cavanah registou aproximadamente 300 curas milagrosas associadas com o santuário de Knock!
Reconhecimento da Igreja
Basílica de knock
Em 1880, a primeira comissão eclesiástica aprovou o testemunho de todas os 15 videntes como "digno de confiança e satisfatório".
Em 1936, provas confirmadas e centenas de curas milagrosas foram enviadas para Roma.
A aparição de Knock teve a sua aprovação total e o reconhecimento da Igreja Católica.
Cem anos depois da aparição, em 1979, o papa João Paulo II abençoou o local com a sua presença na celebração do centenário.
Meio milhão de peregrinos se juntaram no santuário onde o papa declarou a passagem da Igreja de Nossa Senhora, Rainha da Irlanda, a Basílica.
O Papa João Paulo II presenteou Knock com a rosa de ouro, símbolo do apreço à devoçâo à santíssima Virgem e reconhecimento da importância da Basílica.
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fonte: https://nossasenhoratodas.blogspot.com/2016/01/nossa-senhora-do-silencio_19.html
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