Santa Gema Galgani - 11 de Abril
A curta existência desta santa, que nasceu em Camigliano, na Toscana, em 1878, e morreu em Lucca, aos 25 anos de idade, foi, em certo sentido, uma vida rotineira. É uma história de fervorosa piedade, de caridade e de contínuos sofrimentos. Estes sofrimentos foram causados, em parte, por uma saúde débil, em parte pela pobreza em que sua família caiu, em parte pela zombaria daqueles que se ofendiam com suas práticas devocionais, seus êxtases e outros fenômenos, e em parte por aquilo que ela acreditava serem assaltos do demônio. Mas ela contava com o consolo da comunhão constante com Nosso Senhor, que lhe falava como se estivesse corporalmente presente, e também encontrou muita bondade por parte da família Giannini, que a tratou nos seus últimos anos de vida depois da morte do pai quase como uma filha adotiva.
Ao nascer, em 12 de março de 1878, na pequena Camigliano, perto de Luca, Gema recebeu esse nome, que em italiano significa joia, por ser a primeira menina dos cinco filhos do casal Galgani, que foi abençoado com um total de oito filhos.
Gema Galgani teve uma infância feliz, cercada de atenção pela mãe, que lhe ensinava as orações e o catecismo com alegria, incutindo o amor a Jesus na pequena. Ela aprendeu tão bem que não se cansava de recitá-las e pedia constantemente à mãe que lhe contasse as histórias da vida de Jesus. Mas essa felicidade caseira terminou aos sete anos. Sua mãe morreu precocemente e sua ausência também logo causou o falecimento do pai. Órfã, caiu doente e só suplantou a grave enfermidade graças ao abrigo encontrado no seio de uma família de Luca, também muito católica, que a adotou e cuidou de sua formação.
Conta-se que Gema, com a tragédia da perda dos pais, apegou-se ainda mais à religião. Recebeu a primeira eucaristia antes mesmo do tempo marcado para as outras meninas e levava tão a sério os conceitos de caridade que dividia a própria merenda com os pobres. Demonstrava, sempre, vontade de tornar-se freira e tentou fazê-lo logo depois que Nossa Senhora lhe apareceu em sonho. Pediu a entrada no convento da Ordem das Passionistas de Corneto, mas a resposta foi negativa. Muito triste com a recusa, fez para si mesma os juramentos do serviço religioso, os votos de castidade e caridade, e fatos prodigiosos começaram a ocorrer em sua vida.
Quando rezava, Gema era constantemente vista rodeada de uma luz divina. Conversava com anjos e recebia a visita de são Gabriel, de Nossa Senhora das Dores passionista, como ela desejara ser. Logo lhe apareceram no corpo os estigmas de Cristo, que lhe trouxeram terríveis sofrimentos, mas que era tudo o que ela mais desejava.
Entretanto, fisicamente fraca, os estigmas e as penitências que se auto-infligia acabaram por consumir sua vida. Gema Galgani morreu muito doente, aos vinte e cinco anos, no Sábado Santo, dia 11 de abril de 1903.
Imediatamente, começou a devoção e veneração à “Virgem de Luca”, como passou a ser conhecida. Estão registradas muitas graças operadas com a intercessão de Gema Galgani, que foi canonizada em 1940 pelo papa Pio XII, que a declarou modelo para a juventude da Igreja, autorizando sua festa litúrgica para o dia de sua morte.
fonte:https://franciscanos.org.br/vidacrista/calendario/santa-gema-galgani/#gsc.tab=0
A história desta santa, tão perto de nós no tempo (1878-1903) e nos costumes do dia a dia, tem coisas incríveis pelos fenômenos místicos de que foi protagonista. Em certos períodos de sua atormentada existência suportou afrontas de todo tipo. O demônio lhe aparecia até na forma humana do seu confessor para lhe sugerir coisas obscenas. Outras vezes lhe aparecia como um anjo luminoso; desmascarado, desaparecia numa grande chama vermelha deixando um monte de cinzas. Seguidamente batia nela, deixando-a inerte sobre o chão, onde a encontravam com o rosto inchado e os ossos deslocados.
Era porém, frequentemente, confortada pela companhia de Cristo, da Virgem Santíssima e do Anjo da Guarda. Assim ela mesma contou, por obediência, os acontecimentos que precederam ao misterioso fenômeno da impressão dos estigmas: “Estávamos na tarde de 8 de junho de 1899, quando, de repente, sinto uma dor interna dos meus pecados… Apareceu Jesus. Tinha todas as feridas abertas; mas daquelas feridas não mais saía sangue, saíam chamas de fogo, que vieram tocar nas minhas mãos, nos meus pés e no meu coração. Eu me senti como morta”.
As chagas abertas reapareciam todas as semanas das 20 horas de quinta-feira às 15 de sexta-feira, acompanhadas de êxtase. Diante desses misteriosos fenômenos, que logo se tornaram motivo de curiosidade, o povo do quarteirão em Lucas, na rua dos Borghi, onde a santa morava, criou logo uma expressão adequada: “a menina da graça”. Era uma menina que cresceu muito depressa, amadurecida pela experiência da dor.
Filha do farmacêutico de Camigliaio, província de Lucas, órfã de mãe aos 8 anos teve de socorrer os sete irmãos. Poucos anos depois, morreu-lhe também o pai e ela, curada prodigiosamente de uma doença que a molestava demais, pediu para entrar no convento, mas o seu pedido foi rejeitado. Foi aceita na casa do cavaleiro Mateus Giannini, onde teve uma vida muito escondida, tranquila e obediente ao diretor espiritual e às irmãs passionistas que cuidaram dela. Escondia debaixo de suas luvas e do modestíssimo hábito religioso os sinais da sua participação na paixão de Cristo.
Entretanto as manifestações de sua santidade haviam ultrapassado os limites de seu bairro e da sua cidade. Muitos que haviam batido à sua porta movidos só pela curiosidade, saíam transformados na alma. A doença dos ossos que a atingira na meninice voltou a atormentá-la atrozmente. Entendeu então que o seu calvário estava chegando ao fim. Em sua humildade, porém, julgava não ter pago ainda com a moeda do sofrimento o privilégio de ter sido associada à paixão de Jesus Cristo. Morreu aos 25 anos, em 1903. Era a manhã do sábado de aleluia.
Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
fonte:https://www.paulus.com.br/portal/santo/santa-gema-galgani-virgem/
A história da mística Santa Gemma Galgani – Santo do dia 11/04
Uma santa extraordinária, de sensível beleza, uma jovem simples, que é modelo para os jovens de hoje.
Deixou escritos de intensa simplicidade e de muita profundidade e sinceridade de coração, que são reflexos claros das maravilhas da graça na alma dessa santa que viveu, no
próprio corpo, as dores do Crucificado.
CHAGADA COM OS ESTIGMAS TEM AINDA A GRAÇA DE SER CELEBRADA NA SEMANA SANTA. DEUS E SEUS CAPRICHOS
“Eu não procuro mais nada; sacrifiquei tudo e todos a Deus; agora eu me preparo para morrer. Agora é mesmo verdade que não me resta mais nada, Jesus. Eu recomendo a minha pobre alma a Ti… Jesus!”
Infância e caminho de fé
Santa Gemma Galgani (1878-1903) nasceu em Lucca, um vilarejo italiano e desde criança manifestou grande desejo pela oração graças a sua mãe. Esta morreu muito cedo de tuberculose e o pai de Gemma deixou a pequena aos cuidados do semi-internato das Irmãs de Santa Zita.
De tanto insistir, recebeu a primeira comunhão aos 9 anos. Ela dizia: “Dá-me Jesus… e verás quão boa eu serei. Eu vou mudar bastante“.
Anos mais tarde, quando ela já tinha 19 anos, seu pai veio a falecer e infelizmente os gestores de sua empresa não souberam administrar o dinheiro, perdendo tudo, o que deixou ela e seus irmãos em condições de pobreza.
O sofrimento começava a fazer parte de sua vida. Ela desenvolveu uma séria doença na coluna e além disso, contraiu meningite; em pouco tempo seus braços e pernas começaram a paralisar. Foi neste momento que se apegou a São Gabriel Possenti de Nossa Senhora das Dores (na época Venerável) e passou vê-lo todas as noites perto de sua cama.
Certa noite, quando achava que sua morte se aproximava, ouviu o barulho de um terço a mover-se; era o santo. Este lhe pediu de fazer uma novena em honra ao Santíssimo Coração de Jesus para alcançar a cura. Ao final dos nove dias Gemma estava de pé para a alegria e espanto de todos.
Estigmas
Gemma cultivava em seu coração a ideia de entregar-se a vida religiosa, todavia o Senhor lhe reservava outros planos.
Certo dia, enquanto pensava sobre isto, ela se pôs a orar e de súbito entrou em êxtase, sentindo um profundo pesar pelos seus pecados. Foi então que a Virgem Maria se apresentou e disse: “Meu filho Jesus te ama sem medida e deseja dar-te uma graça. Eu serei uma Mãe para ti. Serás uma verdadeira filha.”
Foi então que ela viu Jesus com todas as suas chagas em fogo e rapidamente as chamas atingiram suas mãos, pés e coração.
“Senti como se estivesse morrendo, e eu teria caído no chão, se minha Mãe não me tivesse segurado, enquanto todo esse tempo eu permanecia sob o seu manto”.
Gemma relata que permaneceu naquela posição por várias horas e quando acabou, caiu de joelhos, sentindo fortes dores nas mãos, nos pés e no coração.
“Levantei para ir para a cama, e percebi que saía sangue dessas partes onde sentia dor. Cobri-as o melhor que pude, e, ajudada então pelo meu Anjo, pude ir para a cama…”
Entre anjos e demônios
Gemma tinha experiências muitos ricas com seu Anjo da Guarda; muito provavelmente sua pureza atraiu seu fiel guardião e tinham longas conversas. Oravam juntos diversas orações e os salmos, além de meditarem a Paixão de Cristo.
Foi então que no ano de 1902 Gemma se ofereceu a Deus como vítima pela salvação das almas; logo depois ficou extremamente doente. Seu estômago não aceitava nenhum tipo de alimento, tempos depois começou a expelir sangue.
Junto a isso iniciou-se em sua alma um período intenso de aridez espiritual, com ataques do próprio demônio. Ele tentava convencê-la de que Deus a havia abandonado e como não obtinha sucesso por vezes a atacava fisicamente.
Testemunhas diziam que ela recebia golpes e que o demônio lhe aparecia em forma de bestas que a atacavam de forma feroz.
Seu corpo se fragilizava mais e mais até que no dia 11 de abril 1903, já sem forças, pediu o viático:
“Eu não procuro mais nada; sacrifiquei tudo e todos a Deus; agora eu me preparo para morrer”. Agora é mesmo verdade que não me resta mais nada, Jesus. Eu recomendo a minha pobre alma a Ti… Jesus!”
Gemma sorriu e pendeu a cabeça para o lado dando seu último suspiro. Ela tinha 25 anos.
Orações para pedir a intercessão de Santa Gemma
Aqui me tens prostrada a vossos pés Santíssimos, meu querido Jesus, para manifestar-vos em cada instante meu reconhecimento e gratidão por tantos e tão contínuos favores como me haveis dado e que todavia quereis conceder-me.
Quantas vezes os tenho invocado, Oh! Jesus, me haveis deixado sempre satisfeita; tenho recorrido a vós, e sempre me haveis consolado.
Como poderei expressar meus sentimentos amado Jesus? Vos dou graças… mas outra graça quero de Vós. Oh!, Deus meu, se é de vosso agrado… (Aqui se manifesta a graça que se deseja conseguir). Se não fosseis Todo-Poderoso não vos faria esta súplica. Oh! Jesus, tende piedade de mim. Faça-se em tudo vossa Santíssima vontade.
Pai-Nosso, Ave-Maria e glória…
Oração para obter a cura de um enfermo
Oh! minha celeste padroeira Santa Gemma, por vossa ardente caridade para com o próximo sofreste, na terra, longas e cruéis enfermidades. Lembrai-vos de que, se Deus vos exaltou a tão grande glória, por para que, do Céu, consolásseis os aflitos, convertêsseis os pecadores e curásseis os enfermos.
O pensamento de que milhares dos que a vós recorreram foram socorridos, me anima a pedir a graça que tanto desejo. Restituí, pois, pelo amor de Jesus, restituí perfeita saúde ao meu enfermo.
Oh! Santa Gemma, ouvi esta minha prece! Vós não me haveis de recusar esta graça, se for da vontade de Deus. Eu não a mereço, mas confio inteiramente em vossa poderosa intercessão. Amém.
TRECHOS DO MANUSCRITO AUTOBIOGRÁFICO:
O CADERNO DOS MEUS PECADOS
Contato com o diabo:
“Segundo conta padre Germano, em seu livro sobre a vida de Santa Gemma Galgani, o Diabo estava tão enfurecido com estes escritos que usou de todos os artifícios para destruí-los.
Quando ela concluiu os manuscritos, padre Germano pediu que os entregasse primeiro aos cuidados de sua mãe adotiva, a senhora Cecília Giannini, para que os guardasse, esperando a oportunidade de entregá-los. Passados alguns dias, Gemma viu o Diabo passar, rindo, pela janela do quarto onde ficava a gaveta na qual estavam guardados os manuscritos, e depois desaparecer no ar. Acostumada com tais aparições, como vemos em seu diário, ela não suspeitou de nada. Todavia, o Diabo retornou logo depois para molestá-la, como acontecia frequentemente, mas não teve êxito. Furioso por ter falhado, o Diabo saiu rangendo os dentes e declarando exultante: “Guerra, guerra, o teu livro está em minhas mãos”. Ele havia roubado os escritos da gaveta e agora estava de posse deles.
Ao perceber que seus escritos estavam nas mãos do Diabo, Gemma escreveu imediatamente a seu diretor, contando–lhe o ocorrido. Contou também o fato a sua benfeitora, Cecília Giannini, a quem devia obediência, tendo a obrigação de partilhar de todos os acontecimentos extraordinários que lhe sucedessem. Elas foram até o quarto, abriram a gaveta e viram que os escritos já não estavam ali. Imediatamente, elas comunicaram o fato ao padre Germano, que ficou profundamente
consternado pela perda do tesouro. Padre Germano não sabia o que fazer e foi rezar junto ao túmulo de São Gabriel da Virgem Dolorosa, amigo espiritual de Gemma Galgani, buscando uma luz diante do ocorrido. Em oração, uma ideia lhe veio à mente: decidiu que exorcizaria o demônio para que devolvesse os manuscritos, caso ele os tivesse realmente roubado, e assim o fez. Voltou para o convento, tomou a estola, o ritual do exorcismo e água benta, e retornou para junto do túmulo do já falecido servo de Deus, Gabriel da Virgem Dolorosa, e lá, apesar de estar bem distante de Lucca, onde os manuscritos haviam sido roubados, pronunciou o rito de exorcismo na sua forma regular. Padre Germano diz que Deus ouviu suas preces e, na mesma hora, os escritos foram devolvidos ao lugar de onde haviam sidos retirados alguns dias antes. No caderno estavam as provas de que o Diabo tentara destruí-lo: as páginas estavam chamuscadas de cima a baixo, e queimadas em algumas partes, como se cada uma delas tivesse sido exposta ao fogo separadamente…”
Mais sobre ela:
Santa Gemma Galgani Mística da redenção
A figura mística de Santa Gemma Galgani continua a fascinar pela sua única experiência espiritual que nos permitiu de conhecer a vontade de Deus. Uma experiência que ainda hoje pode aquecer o coração e iluminar a nossa mente.
Gemma foi uma mística toda ardente pelo amor de Jesus. Este amor a permitiu de viver uma autentica paixão. Das suas “cartas” se entende todo o seu imenso amor por Cristo, amor que raramente se pode encontrar na mesma intensidade em outros Santos. «Quem te matou, Jesus» pergunta Gemma. E responde Jesus «O amor» (II 82).
O amor a que se refere Gemma não é somente uma emoção, mas um Amor doado por Cristo através da Sua palavra, e ela se deixa tanto levar como discípula de colocar-se e sentir-se como ele. «Diversas vezes perguntei a Jesus que me ensine o verdadeiro modo de amá-lo, e então Jesus parece que me faça ver as suas Santíssimas chagas abertas» (I,15).
No participar à paixão ela deseja ajudar Jesus nas suas dores. Se cria assim um pacto de amor em modo tal que Jesus a possa oferecer ao Pai como vítima de amor por todos os pecadores.
Esta é a sua missão, salvar os pecadores, não com a palavra ou com o ensinamento, mas com a vida, com a participação à Paixão de Jesus.
Através dessa graça mariana, descobre o significado místico da virgem aos pés da Cruz e doa a Maria a sua própria alma. Da sua parte, Maria prepara a Santa à graça da estigmatização.
Gemma com a oferta da sua vida concluiu a missão que Deus lhe havia confiado, amando-o com todo o seu ser.
Porém, apesar de tudo, Gemma não pode revestir o hábito de consagrada a Deus e isto representou, sem dúvida, a maior delusão da sua vida, mas consumiu a sua união de amor com Jesus Crucifixo no mundo, na normalidade da vida laical. Um sinal evidente que esta estrada pode ser percorrida por todos nós.
Em Gemma se verificaram dois fenômenos cardiopáticos místicos: o alçamento das costelas, quando a Santa teve que dizer a Jesus «És muito grande, o Jesus: o meu coração é pequeno, tu não podes estar dentro dele, que se dilate este coração!»; o segundo fenômeno foi aquele da queimadura do peito, quando ela exclamou «Mas serão estas chamas efeito do teu amor, o Senhor?»
A sua personalidade era de asceta: Caminhava descalça e sem meias, inclusive de inverno. Usava o cilício até quando não lhes foram proibidos. Nela existem todos os ingredientes de uma Santa Estigmatização como Padre Pio, cheia de amor como Santa Teresa de Lisieux. A seguir se pode encontrar tudo aquilo que se pode fazer arder o coração.
Atrás de uma aparência normal se esconde uma Santa extraordinária. Uma mística em contínuo e afetuoso dialogo com Jesus. Uma contemplativa que reza com a simplicidade de uma moça e a profundidade de um teólogo. Supera as mais terríveis dificuldades deixando-se guiar pelo seu Anjo da Guarda. Desde moça mantém a alma cândida com a firme intenção de uma vida imaculada.
Gemma nasce em Borgonuovo de Casigliano (Lucca) no dia 12 de Março de 1878. Enquanto recebe a crésima na Igreja de S. Miguel em Foro, Jesus lhe pede o sacrifício da mãe. Aos 18 anos se opera ao pé sem anestesia e no dia de Natal do mesmo ano, faz o voto de castidade. Gemma fica orfã cedo,quase abandonada na maior miséria.
Já com 20 anos, Gemma não aceita uma proposta de casamento, por ser «toda de Jesus». Durante este ano fica curada milagrosamente de problemas na espinha e iniciam as experiências místicas. A chamam, na cidade, «a mocinha da graça».
Fala com o seu Anjo da Guarda e lhe da também encargos delicados, como aquele de entregar em Roma a correspondência ao seu diretor espiritual. «A carta, apenas terminada, a dou ao Anjo, ela escreve. Está aqui perto de mim que espera». E as cartas, misteriosamente, chegavam a destinação sem passar através do Correio do Reino.
Em junho de 1899, Cristo lhe dá o dom das estigmas. No mesmo ano, durante a missão em S. Martino, Gemma conhece os padres Passionistas que a introduzem na casa Giannini. Acolhida como uma filha nesta casa devota e rica, conduz uma vida retirada entre casa e Igreja. Mas as manifestações da sua santidade superam os muros da casa patrícia. Faz conversões, prediz acontecimentos futuros, cai em êxtase. Na oração, sua sangue; no seu corpo, além dos sinais dos pregos, aparecem as chagas da flagelação. Aqui conhece Padre Germano que que se torna seu diretor espiritual.
Logo se vem a saber que as suas luvas pretas e a sua veste escura e estreita escondem os sigilos da Paixão. Estas estigmas se abrem, dolorosas e sanguinantes, toda semana, na véspera das sextas-feira.
Diante dela os cientistas não conseguem esconder o embaraço. Até alguns diretores espirituais não sabem como justificar a extraordinária moça: suspeitam de mistificação, falam de histerismo ou de sugestão, pedem provas, exigem obediência.
Somente ela, Gemma Galgani, no meio das dores físicas e às provas morais, não diz nada, ou melhor, diz sempre sim. Não pede nada, ou melhor, pede a Jesus para si, mais dores e para os outros pede a conversão e a salvação.
No ano 1901, com 23 anos, Gemma escreve por ordem de Padre Germano, a Autobiografia, “O quaderno dos meus pecados”. No ano seguinte se oferece vítima ao Senhor para a salvação dos pecadores. Jesus a pede de fundar um mosteiro de clausura Passionista em Lucca. Gemma responde com entusiasmo. No mes de setembro do mesmo ano se adoece gravemente. A sua vida é marcada profundamente da dor.
Começa o período mais escuro da sua vida. As consequências do pecado caem pesantemente sobre o seu corpo e sua alma. No ano 1903, era um Sábado Santo, Gemma Galgani morre aos 25 anos, devorada do mal, mas pedindo até o último momento ainda mais dor.
O Somo Pontífice Pio X assina no ano 1903, o Decreto de fundação do Mosteiro Passionista em Lucca.
Em 1905 as irmãs de clausura Passionistas iniciam a sua presença em Luca, realizando o antigo desejo que Jesus tinha feito a Gemma.
Padre Germano, diretor espiritual de Gemma, escreve em 1907 a primeira biografia. Iniciam os processo canônicos para o reconhecimento da sua santidade.
No ano 1933 Pio XI inclui Gemma Galgani entre os Beatos da Igreja.
Será Pio XII, no ano 1940 a elevar Gemma Galgani à gloria dos Santos e indicá-la modelo da Igreja universal pelas das virtudes cristãs.
Giuliane Matos
Originário de Todi e diácono da Igreja romana, Martinho foi eleito ao sumo pontificado após a morte do papa Teodoro (13 de maio de 649) e logo mostrou mão firme no governo do leme da barca de Pedro. Não pediu nem aguardou o consentimento à sua eleição da parte do imperador Constante II que no ano anterior promulgara o Tipo, documento em defesa da tese herética dos monotelitas. Para barrar a difusão dessa heresia, três meses após sua eleição, o papa Martinho convocou, na basílica de são João de Latrão, grande concílio, para o qual foram convidados todos os bispos do Ocidente.
A condenação de todos os escritos monotelitas, sancionada nas cinco sessões solenes, provocou irritadíssima reação da corte bizantina. O imperador ordenou ao exarca de Ravena, Olímpio, que fosse a Roma e prendesse o papa. Olímpio quis cumprir as ordens imperais com algumas alterações e tentou, por meio do seu escudeiro, assassinar o papa durante a celebração da missa em Santa Maria Maior. No momento de receber a hóstia consagrada das mãos do pontífice o sicário puxou o punhal, mas foi imediatamente atingido por uma cegueira total.
Provavelmente esse fato convenceu Olímpio a trocar de atitude e a reconciliar-se com o santo pontífice e projetar uma luta armada contra Constantinopla. Em 653, morto Olímpio de peste, o imperador pôde cumprir a sua vingança, fazendo com que o novo exarca de Ravena, Teodoro Calíopa, prendesse o papa.
Martinho, acusado de ter-se apossado ilegalmente do alto cargo de sumo pontífice e de haver tramado com Olímpio contra Constantinopla, foi conduzido por via marítima até à cidade do Bósforo. A longa viagem, que durou quinze meses, foi o início de um cruel martírio. Durante as numerosas escalas, a nenhum dos tantos fiéis que foram encontrar-se com o papa foi concedido aproximar-se dele. Ao prisioneiro não era dada nem água para se lavar. Chegando a Constantinopla a 17 de setembro de 654, o papa ficou estendido numa cama na rua pública recebendo os insultos do povo durante um dia inteiro, antes de ser fechado por três meses na prisão Prandiária. Depois iniciou-se o longo e exaustivo processo, durante o qual os sofrimentos foram tão grandes a ponto de o acusado murmurar: “Façam de mim o que quiserem; qualquer morte será para mim um benefício”.
Humilhado publicamente, despido e exposto aos rigores do frio, carregado de correntes, foi fechado na cela reservada aos condenados à morte. A 16 de março de 655 fizeram-no partir secretamente para o exílio em Quersoneso, na Crimeia. Sofreu fome e foi se enfraquecendo no mais absoluto abandono durante outros quatro meses, até que a morte o colheu, fraco de corpo, mas não de vontade, aos 16 de setembro de 655.
Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
fonte:https://www.paulus.com.br/portal/santo/sao-martinho-i-papa-e-martir/
Hoje, 25 de abril, a Igreja Católica celebra a festa de dão Marcos Evangelista, discípulo de são Pedro e autor do segundo evangelho do Novo Testamento. Seu símbolo é o leão alado por sua relação com o Apocalipse e são João Batista.
São Marcos era judeu de origem e de uma família tão cristã que sempre acolheu os primeiros cristãos em sua casa.
Acompanhou Paulo e Barnabé, seu primo, à Antioquia na primeira viagem missionária. Também foi com Pedro a Roma.
São Marcos se separou deles em Perga e retornou para sua casa. Mais tarde, Paulo se recusou a aceitar Marcos. Barnabé rompeu a associação missionária com são Paulo e foi para Chipre com seu primo. Anos depois, são Marcos e são Paulo se juntariam em outra viagem missionária.
Sobre seu evangelho, são Marcos o escreveu em grego, aparentemente, para um público cristão. A data em que ele escreveu é debatida, mas talvez tenha sido na década de 60 a 70 depois de Cristo.
O evangelista foi a Roma com são Pedro, apóstolo que se dirigiria a são Marcos como “meu filho”. Marcos estabeleceu a Igreja em Alexandria, onde fundou sua famosa escola cristã.
Foi martirizado aproximadamente em 25 abril de 68 em Alexandria. Suas relíquias descansam na catedral de Veneza.
São Marcos é retratado como um leão alado em relação a um dos quatro seres viventes do Apocalipse. Alguns consideram que isso é porque o evangelho de Marcos começa com João Batista clamando no deserto, como um leão que ruge.
Fonte:ACI.digital
Hoje a Igreja Católica celebra o dia de São Marcos, um jovem cristão que assumiu seu chamado missionário e fez a diferença por onde passou. E até hoje ele continua fazendo a diferença por meio de seus escritos que nos aproximam de Cristo.
Separamos sete curiosidades para você conhecer um pouquinho mais deste jovem santo. E que São Marcos interceda para que nós, jovens, tenhamos a coragem de assumir nossa vocação e testemunhar nosso encontro com Jesus! Ah, e se você quer ser amigo de Jesus, está no lugar certo.
1- Fazia parte de uma das primeiras famílias cristãs
Ao contrário do que muitos pensam, São Marcos não foi discípulo de Jesus, mas o conheceu muito bem. Judeu, era filho de Maria de Jerusalém, e sobrinho de São Barnabé, aquele que foi companheiro de São Paulo em algumas viagens missionárias (Atos 12, 25).
2- Foi batizado por São Pedro
Quando Jesus morreu e ressuscitou, Marcos ainda era muito jovem. Portanto, segundo a tradição, ele foi batizado por São Pedro, que era um grande frequentador de sua casa e amigo de sua família.
3- Sua casa recebeu importantes celebrações com Jesus
A casa de São Marcos era sempre aberta para receber as festas e reuniões de Jesus e seus discípulos. Segundo a tradição, a família deveria ser rica, já que conta-se também que a última Ceia e Pentecostes (onde se reuniram cerca de 120 pessoas) foram celebradas lá, e outros eventos depois (cf. Atos 12,12).
Reprodução/ Vatican News
4- Foi o primeiro a escrever o Evangelho
Apesar de não ser um dos 12, vê-se que Marcos, desde jovem, pôde presenciar momentos importantes e particulares da vida de Jesus e seus discípulos.
Segundo historiadores, seu Evangelho é o mais antigo e foi escrito por volta do ano 60 d.C., quando acompanhou Pedro em uma viagem a Roma.
5- Foi martirizado no dia da Páscoa
Depois das mortes de Pedro e Paulo, Marcos saiu em missão para pregar o Evangelho, passando pela Ásia Menor, Egito e, de maneira especial, em Alexandria, onde fundou igrejas que muito prosperaram.
Foi martirizado no dia da Páscoa, enquanto celebrava a Missa.
6- É representado com um leão
Em suas imagens, é representado com um leão aos seus pés. A representação vem de seu Evangelho, que se inicia com a passagem de São João Batista: “uma voz que clama no deserto” (Marcos 1,3).
No deserto, era comum ouvir fortes rugidos dos leões, daí a relação.
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7- É padroeiro de Veneza
Depois de seu martírio, mercadores italianos levaram seus restos mortais para Veneza, na Itália. Por conta disso, o santo é padroeiro da cidade, que possui uma catedral dedicada a ele, onde até hoje permanecem seus restos mortais.
fonte:https://www.a12.com/jovensdemaria/artigos/crescendo-na-fe/7-curiosidades-sobre-o-jovem-e-evangelista-sao-marcos
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