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Santa Brígida da Suécia
Viúva, religiosa da Terceira Ordem (1302-1373). Fundadora da Ordem das Irmãs de São Salvador. Canonizada por Bonifácio IX em 7 de outubro de 1392.
Conhecemos bem os acontecimentos da vida de Santa Brígida, porque os seus pais espirituais redigiram a sua biografia para promover o processo de canonização logo após sua morte, ocorrida em 1373. Brígida nasceu em 1303, em Finster, na Suécia, uma nação do Norte europeu que, já fazia três séculos, havia acolhido a fé cristã com o mesmo entusiasmo com que a santa a tinha recebido de seus pais, pessoas muito piedosas, pertencentes a nobres famílias próximas à Casa real.
Podemos distinguir dois períodos na vida desta santa. O primeiro é caracterizado pela sua condição de mulher alegremente casada. O marido chamava-se Ulf e era governador de um importante distrito do reino da Suécia. O matrimônio durou 28 anos, até a morte de Ulf. Nasceram oito filhos, dos quais a segunda, Karin (Catarina), é venerada como santa. Isso é um sinal eloquente do compromisso educativo de Brígida em relação a seus próprios filhos. Além disso, a sua sabedoria pedagógica foi apreciada a tal ponto que o rei da Suécia, Magnus, chamou-a à corte durante um certo período, com a missão de introduzir a sua jovem esposa, Bianca de Namur, na cultura sueca.
Brígida, espiritualmente conduzida por um douto religioso que a iniciou no estudo das escrituras, exerceu uma influência muito positiva sobre a sua família que, graças à sua presença, tornou-se uma verdadeira “igreja doméstica”. Juntamente com o marido, adotou a Regra dos Terciários franciscanos. Praticava com generosidade obras de caridade em favor dos indigentes; fundou também um hospital. Próximo à sua esposa, Ulf aprendeu a melhorar o seu caráter e a progredir na vida cristã. Ao retornar de uma longa peregrinação a Santiago de Compostela, feita em 1341 juntamente com outros membros da família, os esposos amadureceram o projeto de viver em continência; mas, pouco tempo depois, na paz de um mosteiro ao qual havia se retirado, Ulf concluiu a sua vida terrena.
Esse primeiro período da vida de Brígida ajuda-nos a apreciar aquela que hoje podemos definir como uma autêntica “espiritualidade conjugal”: unidos, os esposos cristãos podem percorrer um caminho de santidade, sustentados pela graça do Sacramento do Matrimônio. Não poucas vezes, exatamente como aconteceu na vida de Santa Brígida e Ulf, é a mulher que, com a sua sensibilidade religiosa, com a delicadeza e a doçura pode fazer o marido percorrer um caminho de fé. Penso com reconhecimento em tantas mulheres que, dia após dia, ainda hoje iluminam as próprias famílias com o seu testemunho de vida cristã. Possa o Espírito do Senhor suscitar também hoje a santidade dos esposos cristãos, para mostrar ao mundo a beleza do matrimônio vivido segundo os valores do Evangelho: o amor, a ternura, o auxílio recíproco, a fecundidade na geração e na educação dos filhos, a abertura e a solidariedade com relação ao mundo, a participação na vida da Igreja.
Quando Brígida torna-se viúva, inicia-se o segundo período da sua vida. Renunciou a outras núpcias para aprofundar a união com o Senhor através da oração, penitência e obras de caridade. Também as viúvas cristãs, portanto, podem encontrar nessa santa um modelo a seguir. Com efeito, Brígida, com a morte do marido, após ter distribuído os seus bens aos pobres, mesmo sem ter feito a consagração religiosa, estabeleceu-se junto ao mosteiro cisterciense de Alvastra. Ali começaram as revelações divinas, que a acompanharam durante todo o resto de sua vida. Essas foram ditadas por Brígida a seus secretários-confessores, que as traduziram do sueco para o italiano em uma edição de oito livros, intitulados Revelationes (Revelações). A esses livros, une-se também um suplemento, que é intitulado precisamente Revelationes extravagantes (Revelações suplementares).
As Revelações de Santa Brígida apresentam um conteúdo e um estilo muito variado. Às vezes, a revelação apresenta-se sob a forma de diálogos entre as Pessoas divinas, a Virgem, os santos e também os demônios; diálogos nos quais também Brígida intervém. Outra vezes, ao contrário, trata-se do relato de uma visão particular; e, em outras, é narrado ainda aquilo que a Virgem Maria lhe revela acerca da vida e dos mistérios do Filho. O valor das Revelações de Santa Brígida, por vezes objeto de algumas dúvidas, foi precisado pelo Venerável João Paulo II na Carta Spes Aedificandi: “Não há dúvida que a Igreja, ao reconhecer a santidade de Brígida, mesmo sem se pronunciar sobre cada uma das revelações, acolheu a autenticidade do conjunto da sua experiência interior” (n. 5).
De fato, lendo as Revelações, somos interpelados sobre muitos temas importantes. Por exemplo, retornam frequentemente as descrições, com detalhes bastante realistas, da paixão de Cristo, pela qual Brígida teve sempre uma devoção privilegiada, contemplando nessa o amor infinito de Deus pelos homens. Na boca do Senhor que fala, ela coloca com audácia estas comoventes palavras: “Ó meus amigos, amo tão ternamente as minhas ovelhas que, se fosse possível, desejaria morrer tantas outras vez, por cada uma dessas, por aquela mesma morte que sofri para a redenção de todas” (Revelationes, Livro I, c. 59). Também a dolorosa maternidade de Maria, que a tornou Mediadora e Mãe de misericórdia, é um argumento que aparece frequentemente nas Revelações.
Recebendo esses carismas, Brígida era consciente de ser destinatária de um grande dom de predileção da parte do Senhor: “Filha minha – lemos no primeiro livro das Revelações –, escolhi a ti para mim, ama-me com todo o teu coração […] mais do que tudo o que existe no mundo” (c. 1). De resto, Brígida bem sabia, e estava firmemente convencida, de que todo o carisma é destinado a edificar a Igreja. Exatamente por esse motivo, não poucas das suas revelações eram destinadas, sob a forma de admoestações também severas, aos fiéis de seu tempo, incluídas as Autoridades religiosas e políticas, para que vivessem coerentemente a sua vida cristã; mas fazia isso sempre com uma abordagem respeitosa e de fidelidade plena ao Magistério da Igreja, em particular ao Sucessor do Apóstolo Pedro.
Em 1349, Brígida deixou para sempre a Suécia e foi em peregrinação a Roma. Não somente buscava participar do Jubileu de 1350, mas desejava também obter do Papa a aprovação da Regra de uma Ordem Religiosa que pretendia fundar, em honra ao Santo Salvador, e composta por monges e monjas sob a autoridade da abadessa. Esse é um elemento que não deve surpreender-nos: na Idade Média, existiam fundações monásticas com um ramo masculino e um ramo feminino, mas com a prática da mesma regra monástica, que previa a direção da Abadessa. De fato, na grande tradição cristã, à mulher é reconhecida uma dignidade própria, e – sempre sob o exemplo de Maria, Rainha dos Apóstolos – um lugar próprio na Igreja, que, sem coincidir com o sacerdócio ordenado, é igualmente importante para o crescimento espiritual da Comunidade. Além disso, a colaboração dos consagrados e consagradas, sempre no respeito da sua específica vocação, reveste-se de grande importância no mundo de hoje.
Em Roma, na companhia da filha Karin (Catarina), Brígida dedicou-se a uma vida de intenso apostolado e de oração. E, de Roma, partiu em peregrinação a diversos santuários italianos, em particular a Assis, pátria de São Francisco, pelo qual Brígida nutriu sempre grande devoção. Finalmente, em 1371, coroou o seu maior desejo: a viagem à Terra Santa, para onde foi em companhia dos seus filhos espirituais, um grupo que Brígida chamava de “os amigos de Deus”.
Durante aqueles anos, os Pontífices encontravam-se em Avignon, distante de Roma: Brígida dirigiu-se severamente a eles, a fim de que voltassem à sé de Pedro, na Cidade Eterna.
Morreu em 1373, antes que o Papa Gregório XI retornasse definitivamente para Roma. Foi sepultada provisoriamente na igreja romana de San Lorenzo in Panisperna, mas, em 1374, os seus filhos Birger e Karin a levaram de volta para a pátria, ao mosteiro de Vadstena, sede da Ordem religiosa fundada por Santa Brígida, que teve subitamente uma notável expansão. Em 1391, o Papa Bonifácio IX canonizou-a solenemente.
Papa Bento XVI
fonte:https://franciscanos.org.br/carisma/calendario/santa-brigida-da-suecia#gsc.tab=0
A mensagem de Santa Brígida para a Europa
Debora Donnini - Cidade do Vaticano
"A mensagem de Santa Brígida hoje é tão atual quanto era em sua época: a Europa é tão marcada pelo secularismo, pelo materialismo e também pelo ódio. Hoje, mais do que nunca, existe a necessidade de viver a mensagem de Santa Brígida, que nos chama à unidade, à paz e à solidariedade".
O forte apelo que a Santa sueca fazia à Europa é reiterado pela Madre Hilaria Vieyra, Vigária Geral da Ordem do Santíssimo Salvador, fundada por Santa Brígida no século XIV e renovada por Santa Maria Isabel Hesslblad no século XX. Mas quem era essa mulher tão moderna e tão importante na história da Igreja, para ser declarada co-Padroeira da Europa?
Esposa e mãe de 8 filhos
Santa Brígida nasceu em 1303 de uma nobre família sueca e, apesar de sentir sua vocação, aceitou se casar como seu pai queria. Ela tem oito filhos. Com seu marido Ulf, governador de um importante distrito do Reino da Suécia, ela vive um casamento feliz e de fé. "A vida de Brígida era de oração, de escuta do Evangelho, ela meditou sobre a Paixão de Nosso Senhor e daqui nasce o seu carisma, de união, de paz e de solidariedade", explica Madre Hilaria.
O empenho para o retorno do Papa de Avinhão a Roma
A segunda parte da vida de Santa Brígida começa quando fica viúva. "Ele veio a Roma em 1349 para celebrar o Ano Santo de 1350, antes de tudo para ter a aprovação das regras da Ordem que estava fundando", conta a religiosa.
Brígida queria, de fato, fundar uma Ordem composta por freiras e religiosos. "Vindo a Roma, encontra uma situação desastrosa. O Papa estava em Avinhão, não em Roma, o povo romano era como ovelha sem pastor, havia a peste, havia uma guerra entre França e Inglaterra", prossegue Madre Hilaria, sublinhando que “o seu grande amor por Jesus, a levou a fazer com que o Papa voltasse de Avignon para Roma".
A mulher sueca decide se estabelecer em Roma e nos quartos da Praça Farnese - onde hoje está localizada a Cúria Geral - "recebeu a maior parte das Revelações, mas também em diferentes igrejas de Roma". "Santa Brígida, de fato, tira sua mensagem do Evangelho, da união com Jesus, de seu ardente amor ao Crucifixo".
O coração de sua missão e de sua contemporânea Santa Catarina da Sena, portanto, será pedir fortemente ao Papa para que retorne ao túmulo de Pedro. Ela não verá o Papa retornar a Roma, porque Urbano V retornará mas apenas por um breve período de tempo. Ela veio a falecer em 1373, enquanto será Catarina a testemunhar o retorno definitivo do Papa Gregório XI em 1377. "Santa Brígida – recorda Madre Hilaria - não somente rezou e fez sacrifícios, mas falou diretamente com o Papa, os cardeais, os príncipes da Europa".
A paz na Europa
A outra "frente" em que se empenhou com força, foi a paz na Europa. Intercede para que tenha fim a Guerra dos Cem Anos entre a França e a Inglaterra. Suas obras de caridade foram decisivas nesse período. Ela, que tinha sido nobre vivia na pobreza, encontrando-se também pedindo esmolas nas portas das igrejas. São os anos de peregrinação a várias partes da Itália: de Assis a Gargano. E, por fim, de peregrinação em peregrinação, chega à Terra Santa. Ela tinha quase setenta anos, mas isso não a impede.
A mística
Central na sua experiência de fé, a Paixão de Cristo e a Virgem Maria. Testemunham isto o rosário brigidino e as orações, ligadas a particulares graças prometidas por Jesus àqueles que as recitassem.
Santa Brígida e os Papas
Canonizada em 1391 por Bonifácio IX, Santa Brígida é a santa padroeira da Suécia. Foi declarada em 1999 co-Padroeira da Europa por São João Paulo II. "Indicando-a como co-Padroeira da Europa, tem a intenção de fazer com que a sintam próxima não somente aqueles que receberam a vocação a uma vida de especial consagração, mas também aqueles que são chamados às ocupações comuns da vida laical no mundo e especialmente à alta e exigente vocação de formar uma família cristã", escreveu S. João Paulo II em sua Carta Apostólica em forma de Motu Proprio com a qual a proclamava, de fato, co-Padroeira da Europa, juntamente com Santa Catarina de Sena e Santa Teresa Benedita da Cruz.
O Papa também salientou que "a Igreja, mesmo sem nunca ter se pronunciado sobre cada uma das revelações, acolheu a autenticidade do conjunto da sua experiência interior" e cerca de um mês mais tarde, na celebração ecumênica em memória de Santa sueca, recordou do seu empenho "pela unidade de fé e da Igreja".
Bento XVI, em 2010, a ela dedicou uma catequese de uma Audiência Geral, ligando sua figura à busca da plena unidade de todos os cristãos: "Santa Brígida - disse - testemunha como o cristianismo permeeou profundamente a vida de todos povos” da Europa.
Maria Isabel Hesselblad, que renovou a Ordem no século XX dando a ela um forte caráter ecumênico, foi canonizada em 2016 pelo Papa Francisco.
As brigidinas hoje e o ecumenismo
"Nós oferecemos a nossa vida por este propósito: a unidade dos cristãos. Fazemo-lo em silêncio, na oração, na Eucaristia ... em todas as nossas casas praticamos a hospitalidade, acolhemos não somente os peregrinos escandinavos, e oferecemos o nossa serviço de humildade, de caridade e de simplicidade com uma finalidade ecumênica", diz ainda Madre Hilaria, sublinhando que na casa na Praça Farnese, Santa Maria Isabel Hesselblad durante a Segunda Guerra Mundial, escondeu muitas pessoas, “escondeu judeus. Ela, como Santa Brígida - conclui - era uma mulher forte e corajosa, com um grande amor pelo Senhor, que a levou a fazer o bem, ajudava os pobres com a acolhida, com aquele grande amor que se via nela. Ela dizia isto a suas filhas ... e nós tentamos seguir o exemplo dela!"
fonte:https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2018-07/santa-brigida-co-padroeira-da-europa.html
Revelações do purgatório . Santa Brígida
O Purgatório e seus diferentes Graus.
REVELAÇÕES DO PURGATÓRIO
Santa Brígida estava rezando, quando numa visão espiritual, viu um palácio muito grande e cheio de gente, todos com roupas brancas resplandecentes e cada um em seu assento. Mas havia um trono judicial superior aos outros, que estava ocupado por um Ser como o SOL. DELE saia uma prodigiosa Luz e o resplendor era de dimensões notáveis na longitude, latitude e profundidade. Próximo ao trono estava uma VIRGEM com uma preciosa coroa na cabeça, e todos do palácio serviam Aquele que estava no trono brilhando como um SOL, dando-LHE mil louvores com hinos e cânticos.
Atrás DELE, vi um negro, como se fosse um etíope, feio e de aspecto abominável, cheio de imundice e inflamado de cólera, que começou a gritar dizendo: “Ó JUIZ justo, julga esta alma e ouve as suas obras, porque pouco lhe resta de estar no corpo, e me dá licença para que atormente a alma e o corpo no que for justo”. Depois, a Santa viu um soldado armado junto ao trono, com aspecto modesto, sábio nas palavras e educado em seus gestos, dizendo: “Ó JUIZ, vês aqui as boas obras que esta alma fez até hoje”. E logo se ouviu uma voz do trono dizendo: “São, pois, os vícios que existem nesta alma, mais que as virtudes. Não é justiça que tenha a soma dos vícios como parte da virtude, nem elas podem se juntar”. Em seguida disse o negro: “Para mim é de justiça que esta alma me seja entregue; que ela tenha vícios não importa, porque estou cheio de maldades, e assim, ela estará bem comigo”. Disse o soldado: “A misericórdia de DEUS acompanha todas as pessoas até a morte, e até que a alma tenha saído do corpo não se pode dar uma sentença; e esta alma, sobre a qual pleiteamos, ainda está no corpo e tem sua liberdade para escolher o seu caminho”.
Replicou o negro: “A Escritura que não pode mentir diz: Amarás a DEUS sobre todas as coisas e a teu próximo como a ti mesmo. E tudo que esta alma tem feito é por temor, não por amor a DEUS, e todos os pecados que ela confessou, foi com pouca contrição e arrependimento. Assim sendo, ela não merece o Céu, justo é que ela seja enviada ao inferno, pois seus pecados estão aqui absolutamente claros diante da Justiça Divina, e deles, ela nunca teve uma verdadeira contrição e arrependimento”. Disse o soldado: “Esta infeliz, esperou e acreditou que assistida pela graça teria essa verdadeira contrição”.
Respondeu o negro: “Tens trazido aqui todo bem feito por esta alma, todas as sua palavras e pensamentos que possam lhe servir para a salvação; mas tudo isto não é suficiente nem com muita boa vontade, comparando ao que vale um verdadeiro ato de contrição e arrependimento, nascido da caridade Divina com fé e esperança; e por conseguinte, não pode servir para apagar todos os seus pecados. Isto porque, a Justiça é de DEUS, definida em sua eternidade, que ninguém se salvará sem arrependimento; e como é possível que DEUS vá contra este seu decreto eterno? Resulta que, com toda razão peço esta alma para ser atormentada com a pena eterna no inferno”.
O soldado não replicou, e logo apareceram inúmeros demônios, semelhantes as centelhas que saem de um fogo ardente, e uma voz clamava dizendo ao que estava no trono: “Bem sabemos que é um DEUS em três Pessoas Divinas, que não tem princípio e nem fim, nem existe outro DEUS senão TU, que é o verdadeiro Amor (Caridade), em Quem se junta a Misericórdia e a Justiça. TU está em TI Mesmo desde o princípio, não há em TI nenhuma modificação ou inconstância, TU és o Mesmo, tudo está em TI perfeitamente acabado e completo como convém a um DEUS; fora de TI não existe nada, e sem TI não existe satisfação e nem alegria”.
“TEU Amor fez os Anjos com o poder de TUA Divindade, e os fizestes segundo a VOSSA infinita Misericórdia. Mas depois que interiormente nos inflamamos com a soberba, inveja e avareza, TUA Caridade, que ama a Justiça, jogou-nos do Céu com o fogo de nossa malícia ao incompreensível e tenebroso abismo que se chama inferno. Assim fez então TUA Caridade, que também não se afastará agora de TEU justo julgamento, que se faz segundo a TUA Misericórdia, ou segundo a TUA Justiça. E ainda nos atrevemos a dizer, que se o que amas com preferência a todas as coisas, que é a VIRGEM MARIA, TUA MÃE e que TI gerou, e que nunca pecou, se tivesse pecado mortalmente e morrido sem contrição Divina, amas tanto a Justiça, que sua alma nunca teria subido ao Céu. Logo, ó JUIZ, porque não declaras ser nossa esta alma, para que a atormentemos segundo as suas obras”?
Ouviu-se depois o som de uma trombeta e todos ficaram em silêncio, e uma voz disse: “Calai e ouvi todos vocês, Anjos, almas e demônios, vai falar a MÃE DE DEUS”. Em seguida a VIRGEM MARIA apareceu diante do trono do JUIZ, trazendo muitas coisas escondidas embaixo do manto, e disse aos demônios: “Vocês, inimigos, perseguis a misericórdia, e sem nenhuma caridade pregais a justiça. Ainda que seja verdade que esta alma se acha em falta com as boas obras, e por falta delas não possa entrar no Céu, olhe o que trago debaixo de meu manto. E levantando um painel por ambos lados, via-se uma pequena igreja e nela alguns religiosos; e pelo outro lado viam-se homens e mulheres, amigos de DEUS, e todos rezavam a uma só voz, dizendo: SENHOR, tenha misericórdia dessa alma”.
Reinou um grande silêncio e NOSSA SENHORA prosseguiu: “A Sagrada Escritura diz que aquele que tem uma verdadeira fé pode mudar os montes de um lugar para outro. O que não pode fazer então os clamores e súplicas de todos aqueles que tem fé e servem a DEUS com fervoroso amor? O que não podem alcançar os amigos de DEUS, que rogam e pedem por esta alma, para que fosse afastada do inferno e conseguisse o Céu, e bem mais ainda quando por suas boas obras não procuraram outra vantagem que os bens celestes para aquele que necessitava? Porventura, não podem as lágrimas e as orações de todos os bem-aventurados ajudar a levantar esta alma, para que antes de sua morte tenha uma verdadeira contrição com o Amor de DEUS? Eu também unirei os meus rogos as orações de todos os Santos que estão no Céu, a quem esta pessoa honrava com particular veneração”.
“E a vós demônios, os mando da parte do JUIZ e de seu poder, que atendais em sua justiça ao que estão vendo agora”. E todos responderam numa só voz: “Vemos que no mundo as lágrimas e o arrependimento aplacam a ira de DEUS, assim os pedidos que são feitos O inclinam a Misericórdia com Amor”. Depois disto, ouviu-se uma voz que saiu Daquele que estava sentado no Trono resplandecente: “Pelos rogos de Meus amigos, esta pessoa terá contrição antes da morte e não irá para o inferno, irá para o Purgatório com os que ali padecem tormentos por causa de seus pecados: e assim que terminar de pagar todos os seus pecados, receberá seu prêmio no Céu, com aqueles que tiveram fé e esperança, mas com pouca caridade”. E assim que ouviram isto, os demônios fugiram.
LIVRO 4 – Capítulo 6
fonte:https://blog.comfebrasil.com.br/revelacoes-do-purgatorio-santa-brigida/
Certa vez, em uma visão, Jesus lhe disse: "O que eu te falo não é somente para ti, (...) mas por meio de ti falarei ao mundo". Santa Brígida era a primeira na sucessão real; era ela a Princesa Real da Suécia. Todavia, invocando o Espírito Santo, conseguiu o que queria: esquivar-se da realeza para se dedicar unicamente ao Reino de Deus.
O tempo presente e as profecias de Sta. Brígida
“...40 anos antes do ano 2000 (nos anos 1960, portanto), o demônio será deixado solto, por um tempo.”“Um sinal dos eventos que marcarão o fim dos tempos será este: os sacerdotes deixarão de usar o hábito santo e se vestirão como pessoas comuns; as mulheres se vestirão como os homens e os homens como as mulheres.”“…Esta é a hora de Satanás, que tem a infame intenção de destruir a minha Criação...”
Estas quinze orações a seguir foram ditadas por Jesus a Santa Brígida e aprovadas pelo Papa Pio IX, em 31 de maio de 1862, que as reconheceu como autênticas e de grande proveito para as almas.
Veja as promessas de Jesus:
Como já há muito tempo Santa Brígida desejasse saber o número de golpes que Jesus levara durante a Paixão, certo dia, Ele lhe apareceu dizendo: "Recebi em todo o Meu Corpo 5.480 golpes. Se desejais honras as chagas que eles Me produziram, mediante uma veneração particular, deveis recitar 15 Pai-Nossos e 15 Ave-Marias, acrescentando as seguintes orações, durante um ano inteiro; quando o ano terminar, tereis prestado homenagem a cada uma das Minhas Chagas.
Quem recitar estas oração durante um ano inteiro conseguirá livrar do Purgatório 15 almas de sua família, 15 justos também de sua linhagem serão conservados em graça e 15 pecadores de sua família serão convertidos.
A pessoa que as recitar será elevada ao mais eminente grau de perfeição e 15 dias antes da sua morte Eu lhe darei meu Precioso Corpo, para que ela seja livre da fome eterna. Eu lhe darei também de beber o Meu Precioso Sangue, afim de que não padeça sede eternamente e 15 dias antes da morte ela experimentará uma profunda contrição de todos os seus pecados e um perfeito conhecimento deles. Diante dela colocarei o sinal da Minha Cruz vitoriosa como socorro e defesa contra os embustes dos seus inimigos.
Antes da sua morte, Eu virei em companhia de Minha muito cara e bem amada Mãe, para receber a sua alma e conduzi-la às alegrias eternas. E tendo-a levado até lá, Eu lhe darei a beber um trago singular da fonte da Minha Divindade, o que não farei, absolutamente, a outros que não tenham recitado as Minhas Orações.
Aquele que disser estas Orações pode estar seguro de ser associado ao supremo coro dos Anjos e todo aquele que as ensinar a alguém, terá assegurado para sempre sua felicidade e seus méritos. Sim, eles serão estáveis e durarão perpetuamente.
No lugar onde se encontrarem e onde forem recitadas essas Orações, Deus estará também presente com as Suas Graças."
Todos esses privilégios foram prometidos a Santa Brígida por Nosso Senhor Crucificado com a condição de que as orações fossem recitadas diariamente. São, igualmente, prometidas a todos os que as recitarem, devotamente, durante um ano inteiro.
Pergunta-se: É necessário recitá-las sem interrupção? A resposta é: Faltar o menos possível. Todavia devemos recuperá-las, se, por força maior, não as pudermos rezar em um dia. Devemos recitá-las 365 vezes dentro de um ano, com devoção, esforçando-nos para penetrar no sentido profundo das palavras que vamos pronunciando.
Observações:
- 1. É bom rezar sempre a intenção antes de cada oração;
- 2. Não precisa ler este cabeçalho com as promessas de Jesus todos os dias;
- 3. É preciso rezar todas as orações a cada dia, durante um ano inteiro.
- 4. Se a pessoa vier a falecer durante este período, o mérito lhe será conferido;
- 5. Nunca tenha medo que algo lhe acontecerá de mal se você as rezar;
- 6. As intenções indicadas antes de cada uma das orações são de Nossa Senhora.
Quinze Orações de Santa Brígida
Comece, sempre, com o Sinal da Cruz!
+ Pelo sinal da Santa Cruz,
+ Livrai-nos Deus, Nosso Senhor,
+ Dos nossos inimigos.
+ Em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Faça uma oração inicial ao Espírito Santo e depois diga:
1ª Oração: Pelos Sacerdotes, freiras e religiosos militantes!
Reze agora um Pai-Nosso... E depois uma Ave-Maria... (E a seguir:)
Ó JESUS CRISTO, doçura eterna para aqueles que Vos amam, alegria que ultrapassa toda a alegria e todo o desejo, esperança de salvação dos pecadores, que declarastes não terdes maior contentamento do que estar entre os homens, até o ponto de assumir a nossa natureza, na plenitude dos tempos, por amor deles. Lembrai-Vos dos sofrimentos, desde o primeiro instante da Vossa Conceição e sobretudo durante a Vossa Santa Paixão, assim como havia sido decretado e estabelecido desde toda a eternidade na mente divina. Lembrai-Vos, Senhor, que, celebrando a Ceia com os Vossos discípulos, depois de lhes haverdes lavado os pés, deste-lhes o Vosso Sagrado Corpo e precioso Sangue e, consolando-os docemente lhes predissestes a Vossa Paixão iminente. Lembrai-Vos da tristeza e da amargura que experimentastes em Vossa Alma como o testemunhastes Vós mesmo por estas palavras: "a Minha Alma está triste até a morte". Lembrai-Vos, Senhor, dos temores, angústias e dores que suportastes em Vosso Corpo delicado, antes do suplício da Cruz, quando, depois de ter rezado por três vezes, derramado um suor de Sangue, fostes traído por Judas Vosso discípulo, preso pela nação que escolhestes, acusado por testemunhas falsas, injustamente julgado por três juízes, na flor da Vossa juventude e no tempo solene da Páscoa. Lembrai-Vos que fostes despojado de Vossas vestes e revestido com as vestes da irrisão, que Vos velaram os olhos e a face, que Vos deram bofetadas, que Vos coroaram de espinhos, que Vos puseram uma cana na mão e que, atado a uma coluna, fostes despedaçado por golpes e acabrunhado de afrontas e ultrajes.
Em memória destas penas e dores que suportastes antes da Vossa Paixão sobre a Cruz, concedei-me, antes da morte, uma verdadeira contrição, a oportunidade de me confessar com pureza de intenção e sinceridade absoluta, uma adequada satisfação e a remissão de todos os meus pecados.
Assim seja!
2ª Oração: Pelos trabalhadores em geral;
Pai-Nosso... Ave-Maria...
Ó JESUS CRISTO, verdadeira liberdade dos Anjos, paraíso de delícias, lembrai-Vos do peso acabrunhador de tristezas que suportastes, quando Vossos inimigos, quais leões furiosos, Vos cercaram e, por meio de mil injúrias, escarros, bofetadas, arranhões e outros inauditos suplícios Vos atormentaram à porfia. Em consideração destes insultos e destes tormentos, eu Vos suplico, ó meu Salvador, que Vos digneis libertar-me dos meus inimigos, visíveis e invisíveis e fazer-me chegar, com o Vosso auxílio a perfeição da salvação eterna. Assim seja!
3ª Oração: Pelos presos;
Pai-Nosso... Ave-Maria...
Ó JESUS, Criador do Céu e da terra, a quem coisa alguma pode conter ou limitar, Vós que tudo abarcais e tendes tudo sob o Vosso poder, lembrai-Vos da dor, repleta de amargura, que experimentastes quando os soldados, pregando na Cruz Vossas Sagradas mãos e Vossos pés tão delicados, transpassaram-nos com grandes e rombudos cravos e não Vos encontrando no estado em que teriam desejado, para dar largas à sua cólera, dilataram as Vossas Chagas, exacerbando assim as Vossas dores. Depois, por uma crueldade inaudita, Vos estenderam sobre a Cruz e Vos viraram de todos os lados, deslocando, assim, os Vossos membros.
Eu vos suplico, pela lembrança desta dor que suportastes na Cruz, com tanta santidade e mansidão, que Vos digneis conceder-me o Vosso Temor e o Vosso Amor. Assim seja!
4ª Oração: Pelos doentes;
Pai Nosso... Ave-Maria...
Ó JESUS, médico celeste, que fostes elevado na Cruz afim de curar as nossas chagas por meio das Vossas, lembrai-Vos do abatimento em que Vos encontrastes e das contusões que Vos infligiram em Vossos Sagrados membros, dos quais nenhum permaneceu em seu lugar, de tal modo que dor alguma poderia ser comparada a Vossa. Da planta dos pés até o alto da cabeça, nenhuma parte do Vosso Corpo esteve isenta de tormentos e, entretanto, esquecido dos Vossos sofrimentos, não Vos cansastes de suplicar a Vosso Pai, pelos inimigos que Vos cercavam, dizendo-Lhe: "Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem".
Por esta grande misericórdia e em memória desta dor, fazei com que a lembrança da Vossa Paixão, tão impregnada de amargura, opere em mim uma perfeita contrição e a remissão de todos os meus pecados. Assim seja!
5ª Oração: Pelos funcionários dos hospitais;
Pai-Nosso... Ave-Maria...
Ó JESUS, espelho do esplendor eterno. Lembrai-Vos da tristeza que sentistes, quando, contemplando a luz da Vossa Divindade a predestinação daqueles que deveriam ser salvos pelos méritos da Vossa santa paixão, contemplastes, ao mesmo tempo, a multidão dos réprobos, que deveriam ser condenados por causa de seus pecados e lastimastes, amargamente, a sorte destes infelizes pecadores, perdidos e desesperados.
Por este abismo de compaixão e de piedade e, principalmente, pela bondade que manifestastes ao bom ladrão dizendo-lhe: "Hoje mesmo estarás Comigo no Paraíso", eu Vos suplico ó Doce Jesus, que na hora da minha morte useis de misericórdia para comigo. Assim seja!
Arquivo CJFC
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