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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

ADVENTO - 2017

            Que maravilhoso e belo é o Tempo do Advento!

Anunciação

Anunciação
“Ao celebrar anualmente a Liturgia de Advento, a Igreja reviva a espera do Messias: participando da longa preparação da Primeira Vinda do Salvador, os fiéis renovam o ardente desejo de sua Segunda Vinda.” (CIC §524)

O TEMPO DO ADVENTO começa com as vésperas do domingo mais próximo ao 30 de novembro e termina antes das vésperas do Natal.

Para nós católicos é um tempo de preparação da alma, de expectativa e alegria;
Em que os fiéis, ao festejar o Nascimento do Salvador do Mundo, despertam em si o arrependimento de suas faltas;
Com penitência (para nos tirar do nosso sonambulismo do pecado e fazer nascer em nós a verdadeira esperança) e adquirem ânimo na luta pela vinda do Reino de Cristo à terra.

A palavra “advento”, do latim Adventus, do verbo advenire, significa vinda, chegada, começo, início, princípio. 

Os dias que vão de 16 a 24 de dezembro (Novena de Natal) são para nos preparar mais especificamente para a grande Festa do Natal do Senhor.


Com o Advento, a Igreja inicia o novo Ano Litúrgico.

Esse tempo litúrgico possui dupla característica:

É um tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a Primeira Vinda do Filho de Deus entre os homens.
E também um tempo em que, por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da Segunda Vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo no fim dos tempos, para julgar os vivos e os mortos.

Por este duplo motivo, o Tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa e alegre expectativa.


O Advento é, portanto, um tempo especial para que façamos um sério e profundo exame de consciência de nossa vida pessoal e também quanto ao mundo em que vivemos.

É um momento adequado para averiguarmos se a Semente de Amor ao bem e ao belo – ou seja, a virtude da admiração –, lançada por Nosso Senhor Jesus Cristo no coração dos homens está frutificando.

O Natal é uma celebração que nos transmite profundos ensinamentos de vida.
Ao contemplarmos a gruta de Belém, descobrimos o imenso Amor de Deus;
– Criador e Todo-Poderoso, Alfa e Ômega, Princípio e Fim de todas as coisas –
Que se presta a assumir nossa mísera condição humana e vir ao mundo, sob a frágil forma de uma criança, para nos salvar.

É Deus que se humaniza para divinizar o homem.

A Festa do Natal nos permite considerar, na humildade e na pobreza do Presépio, a Grandeza e a Riqueza do Amor divino.

É perceber a lição de humildade radical que Nosso Senhor Jesus Cristo veio nos ensinar.
É optar pelo Caminho que Ele veio nos mostrar, Caminho que, em última análise, estão consubstanciados no seu exemplo e nos seus ensinamentos.
É considerá-lo  com total sinceridade e disposição de espírito a esse Deus –  ao mesmo tempo, infinito em grandeza e pequenino;
Majestoso e tão humilde – no mais profundo de nossas almas, corações e mentes, juntamente com as verdades que Ele veio nos comunicar, pondo-as em prática no nosso cotidiano.

Isto inevitavelmente nos tornará seres humanos melhores e mais valorosos a cada dia.

É assumir compromisso com os princípios e causas do Evangelho, lutando em defesa da vida, ao lado dos que sofrem perseguição por amor às leis de Deus;

Proclamando sem medo as verdades eternas, como fizeram os batalhadores santos ao longo da História.

É ser reflexo de Nosso Senhor Jesus Cristo neste mundo de pecados e abominações de toda ordem. 

Os católicos devem celebrar o Natal com tal espírito.

E é por ser uma comemoração tão importante que se faz necessário que nos preparemos bem.
É esta a finalidade do Tempo do Advento.
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Fonte: ofielcatolico.com
FONTE;http://www.aascj.org.br/home/2017/11/o-tempo-do-advento/



Dia 3 de dezembro - Primeiro Domingo do Advento 2017 
Ano Litúrgico Ano B

Encaminho-lhes, em anexo:
- uma reflexão do Padre Adroaldo, SJ 
- uma explicação sobre a Coroa do Advento, incluindo uma oração para ser rezada ao acender a vela.
Ainda dá tempo de preparar uma coroa na família.

Que Deus antecipadamente abençoe todas as pessoas com as quais vamos entrar em contato, neste ano que finda!

Ir. Zuleides Andrade, ASCJ
Santuário Nacional de Cristo Rei
Av. Cristo Rei - Alto do Pragal
2800-058 - Almada - PORTUGAL





ADVENTO: VIVER NA ATENÇÃO CRIATIVA

“O que vos digo, digo a todos: vigiai!” (Mc 13,37)

S. Gregório de Nissa afirma que “na vida cristã vamos de começo em começo, através de começos sem fim”. Re-começar contínuo, no qual nos colocamos sempre de novo em sintonia com Aquele que plenifica nossa existência, dando sentido e inspiração ao nosso modo de ser e viver.
Estamos re-começando mais um tempo litúrgico, sempre original e instigante; trata-se do Advento.
No evangelho, indicado para este primeiro domingo, o apelo de Jesus (“vigiai”) poderia perfeitamente ser traduzida por “estejam atentos”, “estejam despertos”.        
Por que essa insistência em viver despertos, atentos e lúcidos, como nos pede o tempo do Advento? Porque, como dizia Antony de Mello, a grande tragédia da vida não é tanto aquilo que sofremos, mas aquilo que perdemos. Perdemos muitas oportunidades porque a dispersão e a distração nos acompanham sempre. E isso é justamente o que pretende a espiritualidade do Advento: despertar.
De vez em quando, deveríamos ter a coragem de deixar ressoar em nós esta pergunta: “Você vive ou simplesmente sobrevive?”; pois o perigo de viver adormecidos ou de maneira superficial nos espreita continuamente. Aqui podemos recordar um texto de Henry Thoreau que se fez famoso graças ao filme “A sociedade dos poetas mortos”: “Fui aos bosques porque queria viver em plena consciência, queria viver a fundo e extrair toda a essência da vida; eliminar tudo o que não fosse a vida, para que, quando a minha morte chegasse, eu não descobrisse que não tinha vivido”. 

S. Paulo também nos convida a despertar de nossa inconsciência para deixar-nos iluminar por Cristo e assim viver em plenitude, e não como mortos vivos: “Desperta, tu que estás dormindo, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará” (Ef 5,14)
Sabemos que o maior inimigo da atenção e da vigilância é a rotina e o modo de funcionar em “piloto automático”. A rotina tem a vantagem de facilitar as coisas e nos confere uma certa sensação de seguran-ça: movemo-nos por caminhos trilhados nos quais tudo nos torna familiar; ela é como uma roda que, de vez em quando, nos move para aquilo que já sabemos, para o já conhecido. Os hábitos permitem que façamos muitas coisas sem precisar pensar: são feitas de uma maneira “in-sensata”, ou seja, sem sentido e sem discernimento.

Muitas de nossas rotinas são manias que herdamos, atmosferas que respiramos, condutas que imitamos, maneiras de ser que assumimos como próprias; nessa repetição do conhecido, vamos nos habituando a viver na apatia, na falta de sonho e de entusiasmo. A rotina nos encobre, nos disfarça, nos mascara e nos anula no costumeiro, na tradição, no hábito, na repetição.
Alguém já disse que a rotina é o colchão da comodidade na qual a pessoa vai morrendo, pouco a pouco”.
rotinas que se impõem a nós, sobretudo para que nada se modifique, para que tudo continue como sempre; com isso não arriscarmos ao novo e, sobretudo, atrofiamos nosso espírito aventureiro e criativo que nos sussurra outras brisas, que nos instiga a caminhar por paisagens desconhecidas e nos impulsiona para horizontes inspiradores.
A rotina nos instala no gesto mecânico, no movimento inconsciente, na vida sem alento, nas maneiras normóticas de agir, no vazio do estancamento e na vigília adormecida; ela nos converte em figueiras este-reis, nos seca por dentro, nos torna deserto, sem brilho nos olhos, sem vibração no coração, sem presença inspiradora em nosso mundo.

O Advento, como “primeiro movimento”, é sempre atenção, convite a estar desperto para fazer novas todas as coisas”. Não é promover novidade superficial, mas recuperar o novo que sempre brota a partir de nosso ser mais profundo. O Advento é tempo litúrgico da criatividade; as rotinas nos alienam, a criati-vidade nos faz, nos re-refaz.
A atenção vigilante nos conecta com a vida, porque nos traz ao presente. E o presente é o único lugar da vida. Graças à atenção, vivemos na consciência, acolhendo tudo a partir da lucidez e amando tudo a partir da sabedoria; nós nos sintonizamos com a corrente da vida e passamos a habitar o momento presente, deixando-nos fluir com a vida mesma.
E, em meio a qualquer atividade, devemos acostumar a nos perguntar: “estou completamente aqui?”
O cultivo da atenção tornará possível a saída progressiva do sono e da ignorância para poder viver na luz; tal prática continuada, não só fará com que saboreemos a vida, mas que reconheçamos e nos família-rizemos com nossa verdadeira identidade: não somos a “onda” que emerge fazendo movimentos, mas o “oceano” de onde a onda surge. Ver isto é “estar despertos”.

Cada Advento nos mostra um cenário no qual tudo brota de novo, sem estridências nem espetáculos extravagantes. É o tempo do silêncio que vai gestando algo novo, pleno de vida e de sabor; tempo que nos move a re-estreiar nossa vida; para isso é preciso destravar nossos sentidos para olhar, escutar, sentir, tocar, saborear tudo como se fosse a primeira vez.
À luz do evangelho deste domingo, vemos que o tempo da ausência do dono da casa que partiu em viagem não é um tempo morto, mas um tempo de intensa gestação. Não é uma espera vazia, angustiante e ansiosa, provocadora de medo, mas uma espera centrada no Senhor que vem e centrada na responsa-bilidade que nos foi confiada: serviço.
Muitos cristãos perdem a intensidade da espera; e aqueles que persistem na espera vão aprendendo a paciência da espera, mobilizando outros recursos interiores.
A vigilância consiste em viver esperando o inesperado e o surpreendente. As comunidades cristãs precisam fortalecer uma pedagogia da espera. Sabem que o Senhor chega de forma surpreendente.
A espera é sempre ativa, atenta aos sinais dos tempos e aos clamores da vida; ela busca expandir-se, pois aguarda “o novo céu e a nova terra”.

O Advento é um tempo de oportunidades únicas; e ele está carregado de sinais, elementos fora do comum, pessoas e acontecimentos pelos quais Deus interpela nossa liberdade e frente aos quais é preciso tomar uma atitude.
Estamos diante daquilo que podemos chamar de “Kairós” (tempo oportuno, carregado de inspiração).
Se excepcionais podem ser as pessoas, os lugares, as relações, as habilidades, etc... excepcional também pode ser um determinado tempo, que não depende de sua durabilidade, mas o quanto é carregado de sentido e de presença. É um tempo qualitativamente diferente e denso. É um tempo de graça, propício para o reencontro, para avançar, para passar a uma nova etapa da vida. É preciso aproveitar esta oportuni-dade única.
Oxalá, neste Advento esperemos o Cristo e saiamos ao seu encontro. E contagiemos os outros com nossa esperança. Essa é a disposição de uma Igreja em saída e que não aguarda em uma “sala de espera”.

Texto bíblico:  Mc 13,33-37

Na oração: Diante do Senhor, que continuamente
                     está vindo em nossa direção, podemos nos perguntar: “minha vida, continua adormecida?
- Como seguidores(as) de Jesus, somos homens e mulheres que podemos despertar o mundo?
- O que estamos vislumbrando no nosso horizonte pessoal, eclesial, social, familiar...?

Pe. Adroaldo, SJ
  





Coroa do Advento

No tempo litúrgico do Advento, as famílias católicas dedicam-se à santa preparação para o Nascimento de Jesus. Um dos elementos densos de significado neste período de preparação para o Natal é a Coroa do Advento. A seguir, explicamos os seus elementos, o simbolismo de cada um deles e como viver esta preciosa tradição espiritual!
O que é a coroa do Advento:
É uma coroa feita de ramos verdes, na qual são colocadas 4 velas: geralmente, três velas são roxas e uma é rosa. Os ramos verdes podem ser intercalados por uma fita vermelha e por maçãs, também vermelhas. Nas casas, o costume é colocar a coroa sobre uma mesinha ou sobre um tronco de árvore. Nas igrejas, não se costuma colocá-la em cima do altar, mas junto ao ambão ou ao lado de uma imagem ou ícone de Nossa Senhora.
A coroa do Advento é considerada como “o primeiro anúncio do Natal”.
Os ramos verdes:
A coroa do Advento é feita de ramos verdes, que, seguindo as origens europeias dessa tradição, devem ser de plantas que conservam a folhagem durante o ano inteiro, inclusive no gélido inverno do hemisfério Norte. Desta forma, o significado é a continuidade da vida. O verde também representa a esperança.
A forma circular:
Simboliza a eternidade de Deus, que não possui início nem fim. Representa também, pela participação em Deus, a imortalidade do cristão, bem como a vida eterna em Cristo.
As maçãs e a fita vermelha:
As maçãs representam o jardim do Éden, evocando Adão e Eva, o pecado original e a expulsão do paraíso, bem como o permanente anseio do ser humano de voltar a ele; portanto, recorda-se a necessidade da vinda do Salvador, Jesus Cristo, para nos redimir. A fita vermelha significa o amor de Deus que nos resgata e nos envolve, bem como a nossa resposta de amor ao Senhor.
Em alguns lugares, também são usados pinhões e nozes para ornamentar a coroa, representando-se com eles a vida e a ressurreição.
As quatro velas (ou cinco!):
Representam as quatro semanas do Advento. Também pode ser colocada uma quinta vela, no centro da coroa, maior do que as outras e na cor branca, para representar Jesus.
As cores das velas:
Embora possam ser usadas velas de cor natural, o tradicional é usar três velas roxas e uma rosa. A cor roxa é a própria do Advento e recorda a vigilância na espera do Cristo que vem. A vela rosa deve ser acesa no terceiro domingo do Advento, chamado de “Domingo Gaudete”A palavra “gaudete”, em latim, significa “alegrai-vos“. Essa vela evoca a alegria de termos chegado à metade do Advento, Está bem próximo o Santo Natal do Salvador. A quinta vela, que é opcional e que seria branca – simboliza Jesus.
A progressiva iluminação da coroa:
Representa a espera que marcou a primeira vinda do Cristo e também a espera da Sua segunda vinda. No primeiro domingo do Advento (que neste ano será este dia 3 de dezembro), acende-se a primeira vela e reza-se a oração de bênção, em família. Da mesma foram, acende-se a cada domingo uma vela a mais. Também é possível colocar uma vela branca e maior do que as outras no centro da coroa: ela simboliza Jesus Cristo e só é acesa na noite de Natal, 24 de dezembro.
A oração de bênção da coroa do Advento:
Senhor, a terra se alegra nestes dias, e tua Igreja transborda de gozo diante do teu Filho, nosso Senhor, que chega como luz esplendorosa, para iluminar os que jazem nas trevas
da ignorância, da dor e do pecado. Repleto de esperança em tua vinda, teu povo preparou esta coroa e a enfeitou com carinho.
Neste tempo de Advento, de preparação para a vinda de Jesus, nós te pedimos, Senhor, que, enquanto cresce a cada dia o esplendor desta coroa, com novas luzes, que Tu nos ilumines com o esplendor daquele que, por ser a Luz do mundo, iluminará toda escuridão.
Ele que vive e reina pelos séculos sem fim. Amém.